Aos Seus Encantos escrita por Masary, Black


Capítulo 36
Onde Você Estiver


Notas iniciais do capítulo

Hey lindas, amei os comentários!Espero que gostem!P.S.: capítulo dedicado a Nathielly Dashiian.QUem se interessar esse aqui é um grupo no face de fanfics! Eu faço parte! Participem!https://www.facebook.com/groups/DivulgacaodeFanfics/



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P.D.V. Scorpius

A minha cabeça com toda certeza explodiria em alguns minutos, ou até mesmo segundos. A única coisa que me lembro de era de comprar uma coisa trouxa e tomar até mandar parar. Minha cabeça doía, a claridade me incomodava.

Virei para o lado, para tentar me esconder da claridade que entrava no quarto, mas congelei. Havia alguém comigo. Uma ruiva estava deitada ao meu lado, minha mão segurava sua cintura possessivamente, ela estava calma, minha Rose estava ali.

Virei-me calmamente, para não acorda-la. Ela dormia como um perfeito e pequeno anjo. Ela estava ali, mas o que ela fazia ali? Não importa. Minha garota estava ali, sentia falta de seu cheiro, da maciez de sua pele, da sua expressão calma.

– Hum. – Resmungou ela e eu a observei mais ainda enquanto ela se encaixava mais ainda no meu peito. – Apaga a luz.

– Ela está apagada, pequena. – Sussurrei a ela, que assentiu.

Ela ainda estava dormindo, não havia reconhecido que estava com outra pessoa. Olhei em volta e percebi que estávamos no quarto dela, tenta me lembrar da noite passada, mas era em vão. Peguei sua mão delicadamente e percebi que ela ainda usava o anel que havia dado a ela, ainda bem.

– Scorpius! – Rose deu um pulo e me fez cair da aqui! – Quero dizer, Malfoy!

– Oi pequena. – Coloquei a mão em minha cabeça tentando afastar a dor. – Bom dia.

– Bom dia? – Perguntou ela estressada. – Boa tarde, Scorp... Malfoy. O que você pensou que estava fazendo?!

– O que eu fiz? – Perguntei com medo da resposta.

–Você só falou porcaria Scorpius. Só porcaria.

– Tipo? – Perguntei rindo, ao ver que ela havia cuidado de mim.

– Você perguntou como estava o Nemo! – Gritou ela e eu ri.

– É tão bom te ver assim. – Aproximei mais dela. – Eu amo você!

– Eu te odeio! – Rebateu ela e eu balancei a cabeça.

– Mentira. Eu sei que é mentira, minha pequena ruiva.

– Eu. Não. Sou. Sua. Malfoy. – Falou ela entredentes.

–Você sempre foi minha. Minha pequena, minha garota, minha. Entenda isso Rose, eu preciso de você. Você é a minha vida.

– Isso é papo de gente louca! Muito louca! – Gritou ela.

– Não se descontrole. – Falei a ela.

Corri em sua direção e a segurei firme. Ela se debateu, tentando se soltar. Segurei suas pernas e as suspendi, segurando-a em meu colo. Minha cabeça ainda doía, mas resolvi ignorar. Fecheis os olhos e aparatei.

Ao abrir os olhos encontrei o lugar que queria. Um campo verde, aonde ocorria os jogos de Quadribol. Não havia ninguém ali, apenas eu e Rose. Rose olhou tudo e começou a se debater novamente.

– Para, Rose. – Falei segurando seus ombros. – Para com isso agora!

– Você não manda em mim! – Gritou ela. – Me larga Scorpius.

– Me chamou de Scorpius, temos um avanço. – Sussurrei a ela que corou fortemente.

– O que você quer hein?

– Você. Apenas você. Olha, Chloe foi um grande erro. Eu me arrependo. Eu sempre vou amar você.

– Eu não me arrependo do que fiz tá? Só quero que saiba disso! – Gritou ela e minha respiração falhou.

– O que você fez Rose? – Perguntei a ela, tentando manter a calma.

– Eu beijei o Trenton! Eu beijei meu ex. Beijei por quis.

Foi como se tudo tivesse parado. Ela havia beijado outro garoto. Olhei para ela estático, minha respiração estava baixa e ela me olhava com raiva. Rose saiu correndo, mas não conseguia correr. Não consegui me mexer.

Olhei para a minha mão, onde estava o Pomo de Ouro. Iria dar a ela como lembrança e ela simplesmente conta o que me fez. O Pomo abriu suas asas. Soltei-o novamente. Ele voou para longe, junto com a minha alegria.

– Sinto muito. – Sussurrou alguém próximo de mim e vi uma mulher.

– Quem é você? Como entrou aqui?

– Sou Elizabeth. – Ela sorria para mim, mas minha cabeça ainda estava em Rose.

–Então procure Minerva. – Disse e aparatei.

**

Andava em passos rápidos pelos corredores. A raiva crescia cada vez mais em mim, sabia onde aquele traidor estaria. A imagem da Rose ficando com outro garoto não sai da minha mente, não ia deixar isso assim.

Passava corredor pelos corredores, até que o vi. Ele conversava com Braider. Isso com Braider, e a expressão dele não era muito boa. Nada boa. Sem nem ao menos fazer cerimonia, dei um soco naquele covarde que me olhou espantado.

– Ficou maluco cara?! – Perguntou ele gritando enquanto colocava a mão no rosto.

– Quem você acha que é para beijar a Rose? – Braider o empurrou e ele foi para longe, parece que nos estávamos concordando em algo. – Ela é como minha irmã, canalha.

– Ah eu sinto muito se o namoradinho dela não dá conta do recado. – Ele falou provocativo e parti para cima dele.

Joguei-o no chão e comecei a dar uma sequência de murros nele. Como ele era de Drumstrang ele conseguia se defender e me acertar alguns socos. Sou puxado para trás e me estresso mais ainda.

– Para Scorpius! Para com isso! – Escuto Alvo gritar. – Ah é você? Pode continuar.

Ia avançar nele novamente quando escuto uma voz falar.

– Para! – A voz da Rose preencheu o corredor e todos nos paramos.

– Covarde! – Chutei-o mais uma vez e Rose olhou para mim chocado.

– Trenton!

Rose se jogou no chão e parou ao lado do corpo de Trenton, ele havia desmaiado. Alvo levantou Rose e pegou o corpo dele e começou a caminhar em direção da enfermaria. Não sentia nada de culpa, só raiva. A raiva começava a surgir cada vez mais em mim e a Rose saiu correndo atrás do Alvo e Trenton.

– Você fez o certo. – Murmurou Braider e vi que ele também tentava se controlar.

– Tem certeza? – Estranho porque tinha perguntando isso a ele.

– Não. – Olhei para ele. – Podia ter batido mais.

– Podia ter ajudado. – Falei para ele rindo e estendi a mão. – Podemos tentar algo?

– Claro, somos irmãos. – Ele pegou na minha mão e sorriu. – Ótimo. Já tá bom.

– Passou de bom. – Falo enquanto soltava sua mão. – Quem sabe não te considere um Malfoy.

– Engraçadinho. – Fala ele provocando. – Quem sabe agora não vira um sonserino.

– É por isso que não gosto de você, idiota!

– Mauricinho.

– Fruto proibido. – Fiquei com receio ao falar isso e ele achar ruim.

– Grifinório.

– Oh, pegou pesado, né Braider? – Ele ri e começamos a andar pelo corredor. Aquele tão de Trenton não ia muito longe com nos dois.

P.D.V. Braider

Depois de meu quase entendimento com o Scorpius, ou sei lá o que aquilo foi, comecei a andar pelo castelo. Vi a Black vindo em minha direção correndo, ela tinha uma expressão agoniada em seu rosto.

Ela me avistou e correu em minha direção. Sem nem ao menos falar nada ela pulou em meus braços. Abracei a rapidamente, temendo sua reação. Ela não chorava, mas me apertava.

– Eu nunca quis te fazer mal, você sabe não é? – Ela perguntou a mim e eu estranhei.

– Claro que sei, por que a pergunta? – Perguntei a ela.

– Sua mãe está aqui, Brai. – Senti como uma facada em meu peito.

– Ela está morta, gatinha. – Falei tentando me acalmar.

– Você realmente a ama. Estou surpresa com isso, filho. Desculpe-me por julga-la. – Olhei para frente e ela estava ali.

Elizabeth Scarbot.

–Mãe? – Perguntei não acreditando no que estava vendo. – Você tá... Você tá...

– Filho. – Sussurrou ela. Sai dos braços de Babi e a abracei forte. – Como você cresceu.

– Como... Como você...?

– Seu pai nunca deixou de ser um Malfoy querido. – Sussurrou ela me apertando em seu braço.

Há anos não sentia aquele abraço, aquela proteção. Minha mãe estava ali e viva. Ela estava comigo. Minha mãe.

– O que quer dizer com isso? – Perguntei limpando as lágrimas de meu rosto.

– Mãe, essa é a Bárbara - apresentei a morena

– Desculpe se te tratei mal, mas não vejo meu filho há anos. – Black nós encarava.

– Você estava morta e agora puff. Como você tá viva? – perguntou.

–Seu pai me impediu de ver você, meu filho. Ele disse que eu iria acabar com o nome dele. Ele me impediu por anos. Ele te colocou em Drumstrang, depois em Hogwarts e nas férias nunca me deixava chegar perto de você. – Contou ela.

– Mas... Você não morreu mãe.

– Eu descobri a alguns dias que ele havia falado para você que eu havia morrido. Encontrei-o no mundo mortal, junto com sua esposa. Contei tudo a ela, tudo o que ele havia feito todos esses anos e ela me mostrou onde ficava Hogwarts.

– Dá licença? – Bárbara perguntou. – Como à senhora está aqui dentro?

– Eu sou bruxa. – Olhei para minha mãe espantando e a abracei novamente. – Descobri isso com Astória.

– Sinistro. – Sussurrou a Black

–Eu amo você, mãe. Agora tudo vai mudar. – Falei para ela. – Não vou mais precisar daquele homem.

– Nunca mais filho, uma guerra se aproxima. – Olhei para ela. – Um homem chamado Harry Potter me contou.

Observei minha mãe, ela estava linda. Seus olhos incrivelmente castanhos, seu cabelo estava no mesmo tom que o meu, ela havia envelhecido, mas continuava linda. Ela continuava viva.

– Você não pode ficar aqui, mãe. Eu não posso perder a senhora. – Sussurrei a ela. – A meu ódio só aumenta quando penso no que ele fez com a senhora.

– Ele vai pagar filho. Ele vai pagar. – Falou ela. – A vida já está fazendo isso.

– Como? – Perguntei, a vingança não saia de minha cabeça.

– Você nunca o amou. – Disse ela. – Você sempre teve raiva, mas eu espero que um dia você o aceite.

– Nunca vai chegar. – Olhei para trás e Bárbara já havia saído. – Nada dá certo para mim, mãe.

– Ela ama você, filho. Posso ver isso.

– Não parece.

– Acho que preciso saber de tudo que aconteceu na sua vida, meu pequenino.

– Fiz uma careta ao vê-la me chamar assim.

–Mãe. – Repreendi-a e ela sorriu.



P.D.V. Silas

Caminhava junto de Cam, logo estaríamos na Torre de Astronomia. Tinha que fazer isso, não posso tolerar traições nos Slofs, todos que resolverão ajudar a Weasley vão pagar caro e como vão. Meu corpo estava tenso, hoje começaria as coisas. O mundo bruxo deveria saber o que viria a seguir.

– Pronto Silas, o que queria? – Cam perguntou impaciente.

– Temos que mostrar o poder dos Slofs. – Mantive-me firme com a minha decisão.

– Mate um aluno. – Falou ele e começou a andar em círculos. – Mate a Black, você já ia fazer isso mesmo.

– Ainda não. – Cortei-o. – Ela tem que sofrer e implorar para morrer.

– Quem tem em mente então? –Ele parou próximo ao parapeito da janela.

– Você. – Apontei minha varinha para seu peito.

– Silas, nós somos amigos. – Podia ver o medo em seu olhar.

– Não, eu não tenho amigo! Avada Kedrava!– Gritei e o feitiço o atingiu direito no peito de Cam.

Aproximei-me da barra de segurança e fiquei vendo seu corpo caindo sem vida, rumo ao chão. Ele era meu conhecido, mas eu tenho que me tornar o novo lorde das Trevas. Tenho de eliminar tudo e qualquer empecilho que esteja no meu caminho.

Senti a presença de alguém ali e sorri. As coisas estavam começando a darem certo. Já esperei tempo demais, já deixei pessoas vivas demais. Hoje será o estopim de tudo.

– Saia. Sei que você está ai. – Desde o inicio sabia que algum nos observava – Accio Bárbara Black.

Ela veio de encontro a mim, sua pele estava mais pálida quer o normal e os olhos arregalados, ela estava com medo. Com o impacto do feitiço seu corpo bateu em meu peito e eu a segurei, passando um braço em sua cintura. Garantindo que ela não sairia dali nem tão cedo. Pobre Black.

– Me solte Silas. – Ela se debatia.

– Não tente me dar uma ordem, há tempos tento acabar com sua família e olha só! Você é a última. – Debochei e a apertei mais em meus braços. – Você sabia que eu estaria aqui.

– Sabia, eu te segui. - Disse rude.

– Não deveria. – Aproximei-me de seu ouvido e sussurrei – Viu o que aconteceu com o Cam? Vai acontecer o mesmo com seu amado Braider se você não facilitar as coisas.

– Vo... Você não teria coragem. – Respondeu com um fio de voz.

– Te espero às oito da noite, na floresta negra, Black. Vá sozinha, caso contrário, já sabe. – Falei e fui me afastando até estar totalmente longe.

Um sorriso maléfico brotou em meus lábios, era hoje que a minha vingança estaria completa, hoje eu acabaria definitivamente com a última Black e assim por diante. Primeiro a Black, depois os Potters e por último os Weasley. Isso vai ser épico.

P.D.V. Braider

A notícia da morte de Cam, pegou todos de surpresa afinal ele era um Slofs, um dos que não estavam do nosso lado, ele não tinha motivo para morrer. Um professor de Hogwarts também foi morto e agora todo o mundo mágico sabia de Silas.

A notícia correu solta por todo o mundo mágico. O Ministério já estava se preparando para o pior. As coisas não iam nada bem, pode ser que amanhã já não reste mais nada. Não reste nenhum de nos.

Mandei minha mãe para uma casa afasta daqui, muito longe daqui. Ela ficará segura na Itália, ela ficaria bem. A única coisa que espero é que eu não morra nisso tudo e que eu possa ficar com a minha mãe, mas as coisas vão de mal a pior.

– Foi o Silas. – Rose dizia invicta. – Só pode ter sido.

– Rose. – Alvo de pronunciou. – Mesmo que tenha sido ele foi jogado da torre de Astronomia, não temos provas o suficiente para acusá-lo.

Ela bufou contrariada e foi para o outro lado da Sala Precisa onde a maioria das meninas estava. Percebi que Scorpius estava ao meu lado. Engraçado que agora começamos a nos entender, depois de anos nos odiando. A vida é algo inusitado e as vezes traiçoeira.

– Soube que sua mãe não morreu. – Falou ele, tentando puxar assunto.

– É. – Um sorriso bobo brotou em meus lábios. – Ela não morreu.

– Está feliz. – Ele afirmou e riu. – Dá pra perceber isso só de olhar pra sua cara.

– Estou. – Era estranho como estávamos nós tratando agora. – Muito e com razão!

– E como vão as coisas com a Black? – Ele tocou num assunto que eu não queria lembrar.

– Não a vejo desde a parte da manhã. – Suspirei. – Vejo que você e Rose também não estão bem.

– Tudo culpa daquele Trenton. – Ele bufou irritado. – Deveríamos ter batido mais nele.

– Mas já que está todo mundo morrendo acho que se fizer isso nem vão perceber! – Brinquei e Scorpius riu.

– Concordo. – A porta foi aberta e minha conversa com Scorpius foi interrompida.

Ela deixou seus olhos vagarem pela Sala e seu olhar parou em mim. Bárbara olhava para mim e seu olhar estava diferente. Em seu uniforme da Sonserina, que caia perfeitamente em seu corpo, ela estava linda.

– Braider. – Aproximou-se. – Posso falar com você?

– Claro. – levantei-me e a segui para perto da janela, onde não tinha ninguém.

– Você está bem? – Perguntou-me.

– Estou, acho que foi só um choque inicial. – Gostei de saber que ela estava preocupada comigo.

– Fico feliz por você. - Ela estava tão perto que eu não consegui me segurar, quando vi já a tinha abraçado.

– O que você fez com a gente, Andrômeda? – Sussurrei enquanto beijava seus cabelos.

– Nunca teve um “a gente” Braider. – Ela me apertava forte. – Vou sentir sua falta..

– Aonde você vai? – Perguntei fitando seus olhos.

– Só andar. –Depositou um beijo em minha bochecha. – Se cuida.

– Espera! – Segurei seu pulso. – Você vai voltar?

– Logo você saberá. – Logo ela saiu pela porta da Sala Precisa, fechando-a atrás de si.

Um aperto tomou conta do meu peito, não era uma sensação boa. Sentia como se algo de ruim fosse acontecer. O que ela estava tramando? A neve caia lá fora em perfeitos flocos de neve, estava tudo muito calmo dentro daquela sala.

– Não acredito. – McDillan grunhiu enquanto corria para a porta.

– Que foi? – Scorpius que estava em um canto perguntou.

– Não percebem? – Todos negaram inclusive eu. - Ela nós trancou aqui, não nós queria lá fora por algum motivo.

– Mais que droga! – Alvo Potter falou. – Ela me pediu a capa de invisibilidade ontem à noite e quando veio me entregar hoje, estava estranha.

– Eu a vi conversando com aquele outro amigo de vocês. – Drake apontou para Scoot.

– Cadê os outros Slofs? – Rose perguntou e agora tudo parecia fazer sentido.

Corri para a porta ao mesmo tempo que McDillan, acho que ele percebeu o que estava para acontecer. Babi ia fazer uma grande besteira! Ela não podia!

– Abre merda! – gritamos juntos.

– Ei. - Scorpius se alarmou. – O que deu em vocês?

– Não é o que aconteceu e sim o que vai acontecer. – Olhei de relance para o moreno ao meu lado, mesmo ele sendo o ex da garota que eu amo, acho que poderia ajudar.

– Ela vai se encontrar com os outros Slofs. – Soltei e acho que todos entenderam agora.

– Bombarda! – Rose disse o feitiço e apontou para a porta, em menos de dois segundos ela virou um montinho de madeira quebrada.

– Para onde? – Perguntei.

– Parceria? – McDillan rebateu.

– Por ela. – Falei.

– Só por ela.

P.D.V. Bárbara Black

Meu corpo parecia congelar a cada passo que eu dava mais próxima eu ficava de meu destino. Valia à pena morrer por algum que amo? Sim ainda mais se esse alguém fosse Braider Malfoy, a julgar pelos fatos essa era a melhor opção.

Eu não tinha mais ninguém e ele acabará de descobrir que a mãe não estava morta, não podia deixar que Silas o machucasse. Preferia a minha morte ao vê lo morrer.

– Bem pontual – a voz fria e arrastada de Silas arrepiou os pelos do meu braço.

– Não costumo me atrasar para coisas importantes – estávamos numa das muitas clareiras da Floresta Proibida.

– Ótimo – ele sacudiu a varinha e um corpo veio levitando até nós – Espero que não se incomode com um pouco de diversão.

Meus olhos se arregalaram assim que eu vi o tipo de diversão que ele dizia, enrolado em cordas estava diante de mim o Professor Horácio, marcas de queimadura e sangue já seco se encontravam em seu corpo.

– Professor – sussurrei com lágrimas nos olhos.

– Por favor – se virou para Silas – Me mate!

– Todos vermes, não merecem ser chamados de bruxos. Imploram pela morte como um cachorro implora por comida – chutou as costelas do professor, me movi para ajudar – Nem mais um passo Black!

– Silas deixei-o ir – recuei um passo – Já não se divertiu o suficiente?

– Não - virou se para Horácio, brandiu a varinha e disse – SECTUMSEMPRA!

Tentei não olhar meu professor agonizando até a morte, lágrimas marcavam minha face. Duas mortes no mesmo dia! Definitivamente Silas era um monstro sem coração ou um pingo de amor para com os outros.

Percebi quando os gritos agonizantes pararam, eu sabia meu professor estava morto. Mantive a cabeça baixa até que dedos frios tocaram meu rosto.

– Deve se perguntar o porquê de estar aqui – tentei afastar Silas de mim, mas ele era forte.

– Estou aqui por Braider – tentava controlar minhas lágrimas.

– Não é só por assim – fitei seus olhos e um calafrio percorreu minha espinha – Eu já amei alguém Andrômeda, mas ela me trocou por um Black. Deve conhece – lá, Druela Black.

– Druela? – ele não poderia estar se referindo a mãe da Bellatrix, Narcisa e Andrômeda ou a bisa avó do Braider e do Scorpius.

– Sim, eu a amava. Só que ela me trocou um Black nojento, um verme sem utilidade. Antes de me trancarem em um caixão eu jurei que acabaria com vocês.

– Foi você? – soluços escapavam de minha garganta.

– Depende do que – ele estava com um semblante tranquilo – Fui eu que provoquei o acidente de seu pai, fui eu que matei sua querida avó trouxa. E vou ser eu a te matar.

Cai de joelhos, a dor em meu coração só não era maior que a dor física que eu sentia agora, podia ouvir a risada de Silas longe, parecia que cada célula do meu corpo se romperia. Definitivamente ser torturada com Crucios era uma quase morte.

Alguns momentos de minha vida vieram na minha mente, como meu primeiro machucado:

Ai papai! – gritava no jardim.

– Que foi filha? – via o homem de belos olhos cinza e cabelos negros se aproximando.

– Eu cai, meu joelho está doendo. – me lancei em seus braços, pois era ali que eu me sentia segura.

– Fica calma, querida. O papai vai cuidar disso pra você – ele beijou o topo de minha cabeça enquanto me carregava para dentro de casa.

Minha seleção:

– Por favor, Sonserina! – sussurrava baixinho.

– Desculpe menina, mas tem certeza que a neta de Sirius Black quer ser uma cobra? – o Chapéu Seletor me perguntou.

– Tenho! – disse firme, pois era isso que eu queria.

Quando conheci Lorcan Scamander:

– O que está fazendo? – alguém se aproximou.

–Só viajando para um mundo onde posso ser eu mesma – respondi sem fitar quem estava ao meu lado.

–Posso ir com você? – um menino loiro de olhos azuis sapecas me perguntou sorrindo.

–Sou Bárbara Black – lhe estendi a mão.

– Lorcan, Lorcan Scamander! – ele apertou minha mão e se sentou ao meu lado.

Quando descobri o segredo de Lorcan:

– Lorc! – gritei enquanto corria.

–Eu sinto muito Babi – ele estava chorando – Estou partindo.

–Não – me agarrei a sua blusa – Você não pode me deixar assim Lorcan, você é meu melhor amigo!

–Eu sou um lobisomem, quase te matei na noite passado – ele beijava meus cabelos – Não me perdoaria se algo acontecesse com você.

–Não me deixa – soluçava – Por favor, fica aqui comigo.

–Eu sinto muito mesmo – assim eu vi seu rosto pela última vez.

Quando Scoot me ajudou:

– Eu não vou deixar que o Silas te machuque – ele me apertava fortemente contra seu corpo.

– Eu tenho medo Scoot – minhas lágrimas molhavam sua camisa.

Não chore – ele segurava meu rosto – Eu daria a minha vida, só para ver você bem.

Quando Braider me chamou para o baile:

– Gostaria de me acompanhar ao baile? – virei-me e dei de cara com o aluno novo.

– Por que deveria? – eu era difícil, não seria um sorriso bonito que me faria mudar.

– Pois caso não aceite, vou quebrar a cara de todos os outros garotos que te chamarem – respondeu como se fosse à coisa mais normal do mundo, seus olhos gélidos me fitavam enquanto esperava uma resposta.

– Acho que não tenho muito opção então! – eu odiava quando não tinha uma saída.

– Ótimo, te pego as oito – assim ele se retirou com seu sorrido maroto nos lábios.

Braider, foi nele que eu pensei. Em como seu sorriso era bonito, como seu jeito de bagunçar os cabelos me deixava arfando, quando suas mãos apertavam minha cintura e principalmente quando seus lábios tocavam os meus.

E antes de ficar tudo escuro sussurrei:

– Eu sempre vou estar com você, onde quer que eu esteja. – Sussurrei e desabei, apreciando a escuridão.


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Notas finais do capítulo

Hey, esse capítulo foi um capítulo mais explicativo. Próximo começa a guerra e ai puff.... Estamos chegando no final! Beijos e comentem!Só posto com 12 comentários!



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