P.D.V. Scorpius

Acordei e continuei com os olhos fechados, há dias não durmo bem, essa noite fiquei preocupado com Rose e acabei não dormindo. Finalmente abri os olhos me acostumando com a claridade do meu quarto. Silas, esse nome não sai da minha cabeça.

Tentei me levantar, mas algo estava sobre meu peito. Olhei para baixo e vi um cabelo ruivo, Rose. Ela dormia calmamente, parecia um pequeno anjo. Rose tentava afundar cada vez mais, fazendo-a ficar mais próxima de mim.

– Pequena. – Sussurrei achando graça daquilo.

Rose nem se mexeu e comecei a acariciar seu rosto. Muita coisa havia mudado depois que comecei a namorar Rose, ela me mostrou que nem todos Malfoy são ruins.

– Vamos Rose, acorde. – Nada.

Bom já que ela não acorda vamos aproveitar. Tirei o cabelo ruivo que cobria seu pescoço e me abaixei. Comecei a traçar uma linha imaginária de beijo e ela se mexeu desconfortável.

– Vamos pequena, já está na hora de acordar.

– Me deixa dormir Scorp. – Reclamou ela e começou a tatear a cama. – Cadê o Nemo, Scorp?

– Eu não sei linda. – Como ela queria aquele peixe? Estávamos na minha casa, será que ontem ela o trouxe? Depois daquele ocorrido Rose quis vir aqui para casa.

Rose com toda certeza era o sonho de vários garotos, eu tenho sorte de tê-la. Por incrível que pareça ela é a única Weasley que parece uma boneca, a minha boneca.

Rose é frágil, pequena, corajosa, seu cabelo ruivo chama bastante atenção. A menina perfeita, garotos gostam de proteger suas namoradas e Rose se encaixa perfeitamente nesse critério.

– Achei! – A voz de Rose me tirou do meu transe. – Agora posso dormir.

Rose deitou novamente em meu peito e fechou seus olhos, Nemo estava em volta de seus braços. Eu já estava começando a me arrepender de ter dado aquele peixe a ela.

– O que eu vou fazer com você, pequena? – Perguntei a ela baixinho.

– Da ela pra mim Malfoy. – Levantei rapidamente, quem era esse garoto?

– O que faz na minha casa? – O garoto tinha feições de sonserino, branco, cabelos e olhos castanhos e um desconhecido.

– Bom Malfoy, se der ela para mim vai facilitar meu trabalho. – Ele finalmente olhou para a Rose e sorriu. – Merlin você é muito linda, hein?!

– Silas. – Sussurrou Rose espantada.

Ontem a noite Rose havia sussurrado esse nome, ele era o novo Lord das Trevas.

– Como você pode ser o Lord das Trevas? – Perguntei e ele assumiu uma expressão séria.

– Isso não é da sua conta Malfoy, nos vemos em Hogwarts pequena Weasley. –Disse ele enquanto piscava para Rose.

– Hogwarts? – Rose estava imóvel na cama.

– Sim, Hogwarts. Eu preciso estudar, acharam o quê? – Ele é idiota? – Ah e nem tentem contar para os alunos quem sou eu. Sei que sou demais, mas não vão contar.

– Acha que pode me impedir? – Perguntei desafiando-o.

– Beijos Rose, até mais tarde. – Ele disse e sumiu.

– Não adianta contar Scorpius, o Ministério vai cobrir tudo o que falarmos. Eles não querem acreditar que as trevas estão voltando, não querem aceitar isso. Temos que ir para Hogwarts, ele não vai fazer nada enquanto estivermos em público.

– Vamos contar a nossos pais. – Peguei na mão de Rose que tremia e ela se encolheu em meu corpo. Odiava essa sensação de ver ela assim e não poder fazer nada.

– Scorp...

– Vai ficar tudo bem Rose, tudo bem. – Disse enquanto depositava um beijo em seu cabelo.

P.D.V. Silas

Wow como Hogwarts havia mudado, isso daqui tá demais. Não acredito que vou ter que matar aquela porcelana da Weasley, que garota linda! Serio, acho que posso aproveitar enquanto ela está viva...

– Você é novato? – Uma garota com mechas ruivas apareceu em minha frente, que beldade!

– Deixa que eu mostre o castelo para ele. – Loira.

– Não, eu mostro.

– Saiam meninas. – A voz de Coud, argh. – É uma pena ter que dizer isso.

– Nossa, é uma mais linda que a outra. Agradeço agora por ter ficado preso dentro daquele caixão, esse tempo tá muito melhor que o outro. – Cam falou e eu assenti nem prestando atenção no que ele estava falando.

– Gente está aqui para matar a Weasley. – A voz de Scoot chamou nossa atenção. – Mas podemos deixar isso para depois.

O castelo havia mudado demais, sonserinos me encaravam, sou demais, eu sei. Ficamos quase duas horas na porcaria daquela diretoria, estávamos saindo até que bato de frente com alguém.

– Olha ele ai, eu não acredito! – Disse em tom irônico. – Cadê a pequena Weasley?

– Quem é esse? – Perguntou Scoot em um tom sério.

– Adivinha? – Coud já havia percebido quem era. – Um Malfoy. Não acredito que vocês ainda existem.

– Que gracinha! – A voz de Cam soou risonha. – Acho que as coisas não mudaram tanto.

– Tenha certeza que mudou. A época de vocês já passou. – Que língua afiada.

– E a de vocês acabou. – Disse enquanto deixava um Malfoy conversando, digamos, com a parede.

– Parece que estamos revendo a família novamente... Ou pelo menos um pedaço dela. – Coud disse enquanto andava.

– O nosso objetivo aqui é a Weasley gente, mas não precisamos cuidar dela agora, não é mesmo? – Perguntou Scoot.

– Claro que não, vamos aproveitar um pouco. – Cam tinha um sorriso malicioso no rosto.

– Olha por onde anda idiota! – A voz de uma garota soou e olhei em direção de Scoot, ele segurava uma garota pelos braços.

– Calma ai gatinha, não precisa ficar nervosa. – Essa é esquentadinha, ela é não me é estranha.

– É Black, idiota. Olha por onde anda, você tem dois olhos para isso. – Ela saiu, mas antes bateu com seu ombro no ombro de Scoot o empurrando.

– Ela é a última Black. – Disse, mortes viram.

– Nem pense Silas, não agora! – Sorriu malicioso para Scoot.

– Aproveite.

Viramos novamente para voltar a andar e continuar a caminhar pelo castelo, porém a pequena Weasley estava vindo em nossa direção. Ela tinha outra postura, estava diferente.

Andava com confiança, como se nada pudesse afeta-la. Olhava em meus olhos e não desviava, ela estava me enfrentando. Não é atoa que dizem que grifinórios são corajosos.

– Bom dia Silas. – Disse e eu olhei para ela, ia passando por nos, mas segurei em seu braço e a coloquei em nossa frente.

– Garotos essa é Rose Weasley. – Disse olhando ela da cabeça aos pés, Malfoy de sorte.

– Nossa... Que gracinha. – Disse Coud. – Tá a fim de brincar de boneca Cam?

– Não, o Silas já vai fazer isso. – Disse Cam e eu ri.

– Qual é gente, não pode brincar com ela. – Scoot começou a falar. – Ela é de porcelana pode quebrar.

– Se fosse de porcelana não seria a chave. – Depois que ela disse isso todos nos paramos de rir. – Cuidado novatos, as coisas mudaram. Vocês sabem que Voldemort caiu uma vez e vocês vão cair pela segunda. Não sabem quem foi o eleito, não sabem de nada.

– E no que isso muda? – Perguntou Coud, era impressão minha ou ele tinha se interessado? Wow a coisa tá ficando boa.

– Em tudo, já estamos acostumado com tudo isso aqui.

– A gente não ficou a vida toda presa em um caixão. – Scoot concluiu.

– Mas vão ficar, só que em baixo da terra. – Disse ela e nos olhamos para ela divertido. – Tire esse sorriso do rosto logo Silas, ele não vai durar por muito tempo.

– Prontos para aprontar? – Perguntou Cam, essa ruiva é fogo.

– Agora. – Respondeu Coud.

– Começamos pela aula de Poções. – Disse com um sorriso pervertido no rosto. – Vamos começar.