P.D.V. Rose

Malfoy tentava me acalmar, ele passava as mãos em meu cabelo em uma grande tentativa falha de me fazer sentir bem. Eu já li bastante sobre Hogwarts e sei que é quase impossível passar pelas barreiras de proteção de Hogwarts.

O que está entrando na escola é algo grande, como você-sabe-quem. Já pensei em várias possibilidades e uma delas é que a um herdeiro. Deve ter algo, tem que ter algo. Os alunos estavam todos calados e atentos a qualquer barulho ou movimento.

Malfoy me apertava e eu me encolhia cada vez mais em seus braços, por que desse medo todo? Eu não devia sentir isso, sou uma Grifinória.

- Calma Rose, está tudo bem – disse ele ainda estava tentando me acalmar.

- Você sabe que não está tudo bem Malfoy, sabe que o que quer que esteja em Hogwarts está atrás de nos. Somos a Nova Geração Malfoy, será que não percebe isso?!

- Temos que sair daqui Rose, vamos – Malfoy me levantou e segurou a minha mãe e começou a me puxar pelo o castelo.

Andávamos rápidos e eu me preocupava cada vez mais, o que estava acontecendo? Não tinha ninguém para me responder, não havia ninguém para me ajudar. O que está acontecendo?

- Rose calma! – disse Malfoy me apertando mais ainda, porque ele estava tentando me ajudar?

- Malfoy? – chamei-o e ele olhou para mim – O que é aquilo?

Pronto, já estava assustado e depois do que vi. Tinha um cara com a varinha em mãos apontada para nos, ele usava uma roupa toda preta por baixo e uma capa preta por cima cobrindo todo o corpo.

- Não pode ser um Comensal da Morte, Rose – disse Malfoy – Mas com toda certeza nos devemos correr o mais rápido possível para mais longe daqui.

Quando viramos para correr um daqueles caras apareceu em nossa frente e eu e Malfoy nos entreolhamos. O que vamos fazer? Olhei para Malfoy e ele pareceu entender, mas entender o que?

Malfoy correu para o outro lado do corredor e só agora eu percebi o que teria que fazer, nos tinha que nos dividir. Comecei a correr para o outro lado e vi que um daqueles caras de preto veio em minha direção e o outro foi para o lado de Malfoy.

- Reducto! – gritei enquanto apontava a varinha para aquele cara de preto, ele simplesmente voou para longe e eu continuei a correr.

Corria pelos corredores de Hogwarts e estava perto dos dormitórios, mas não poderia ir para lá. O que são esses caras de preto? Continuei a correr até que bato de frente com um garoto e logo percebo que é Drake, o garoto de Durmstrang.

- Está tudo bem ruiva? – perguntou ele colocando as mãos em meu rosto me forçando a olhar para ele.

- Eu estava com Scorpius e uns caras de preto simplesmente apareceram e nos separamos, mas eles vieram atrás de nos e eu joguei um feitiço em um deles.

- Que feitiço ruiva? – perguntou ele.

- Reducto – disse a ele que pegou em minha mão.

- Temos que chegar a sala da Minerva, vocês são a Nova Geração – disse ele me puxando.

Como ele sabia disso? Por que estava me ajudando? Os quadros estavam apavorados e não se via ninguém pelos corredores, feitiços começaram a serem disparados em nossa direção e apenas começamos a correr.

- Protego! – gritou Drake quando um feitiço ia me acertar – Cuidado ruiva, tente desviar.

- Como se isso fosse adiantar em alguma coisa, temos que encontrar alguém que não seja aluno – disse e ele me olhou confuso enquanto corria – Temos que achar alguém como Harry Potter.

- Harry Potter? – perguntou ele e percebi que corríamos mais rápido – Como vamos encontrar Harry Potter? Quem garante que o Harry Potter vai nos ajudar?!

- Ahn – gritei quando um feitiço passou do meu lado – Ele é meu tio.

Drake do nada me empurra e eu me vi atravessando uma parede, como ele me empurra? Olho em volta e percebo que estou na Sala Precisa, ele havia me empurrado para me proteger.

Tinha que sair para ajudar Drake, ele fez isso por mim. Comecei a andar de volta em direção à parede, mas paro quando vejo uma coisa. Braider e Scorpius Malfoy estavam dentro da sala e estava um de cada lado.

- O que estão fazendo aqui? – perguntei e os dois olharam apavorados para mim – Tem gente correndo perigo! Como podem?!

- Rose fique calma acima de tudo, calma – disse Braider e eu me aproximei deles.

Quando cheguei perto pude perceber que tinha um corpo no chão, um corpo familiar. Ruivo com sardas e se parecia comigo, meu pai estava caído no chão. Corri em direção do seu corpo e me joguei do lado dele.

- Pai! – gritei chorando, eu o balançava tentando o acordar – Pai! Acorda! Por favor.

- Rose calma, não adianta ficar assim – disse Malfoy.

- Vocês mataram o meu pai! – gritei e não sabia o que estava fazendo e muito menos falando – Pai!

- Rose não fizemos nada, quando chegamos ele já estava assim – disse Braider tentando arrumar uma desculpa e eu não escutava.

- Fizeram pra se vingar! – gritei – Não se deve confiar em um Malfoy! Pai acorda! Pai por favor!

- Tire a daqui Scorpius – disse ele – O castelo deve estar seguro, se Ronald Weasley está aqui os outros também estão.

- Pai! Acorda! – eu sabia o que tinha acontecido, mas não queria acreditar.

- Rose vamos – disse Malfoy me puxando e eu relutei.

- Me larga! Me solta Malfoy! – eu gritava e esperneava em seus braços tentando me soltar – Eu quero meu pai! Você e Braider fizeram isso! Me larga!

Malfoy simplesmente colocou a mão em minha boca e me puxou para fora da sala, ele me carregava e eu apenas chorava tentando me soltar. Parece que não tinha ninguém no castelo, nenhum perigo.

P.D.V. James

Pelo que meu pai disse eram apenas bruxos que queriam se mostrar, mas quem acredita nisso? Se Hogwarts está sendo ameaçada de uma nova força das trevas isso seria proposital? Apenas lerdos iriam acreditar nisso.

O que eles eram? Não queria me preocupar com isso e sim com a coisa mais linda que já vi no corredor. Loira de olhos azuis, mas um azul perfeito. Eu não sabia seu nome, ainda, simplesmente perfeita.

Tentei tira-la de onde aqueles caras de preto estavam lançando feitiços, mas ela simplesmente rejeitou, que garota. Estava na sala da Minerva, ordens de Harry Potter. Eles estavam vistoriando o castelo até que a porta se abre e Malfoy entra com Rose. Ele a segurava de uma maneira que a raiva subiu em minha cabeça.

- O que você fez com ela Malfoy? – perguntei gritando sem esperar ele responder – Se tiver machucado ela Malfoy eu acabo com você, o que fez a ela?

- James – escutei ela sussurrar e me abraçar forte – Eles mataram meu pai! Foi eles Jay.

- Quem fez isso pequena? – perguntei a ela com calma e a abraçando mais forte – O que ela está dizendo?

- Os Malfoy mataram ele – disse Rose chorando e eu olhei para Malfoy.

- Rose isso é impossível – disse passando a mão em seu cabelo – Seu pai foi fazer vistoria no castelo, daqui a pouco ele aparece.

Rose chorava de mais para quem estava inventando algo, apesar de ter acontecido algo entre eles Ronald está tudo bem. Olhei para Malfoy e ele abaixou a cabeça.

- Ela está culpando a mim e a Braider, Potter – disse Malfoy se sentindo culpado.

- Se minha princesa está falando isso é porque é verdade, Rose nunca inventaria algo assim – disse com raiva – O que aconteceu?

- Ele está morto Jay, ele nunca mais vai acordar – disse Rose chorando e sua voz estava falhando, isso não pode ter acontecido.

- Cheguei naquele corredor e uma porta simplesmente se abriu naquela parede, na hora soube que era a Sala Precisa. Entrei na hora junto com Braider porque infelizmente ele estava comigo, quando entramos encontramos o corpo do pai da Rose morto, no chão.

- É Weasley – gritou Rose e eu a apertei mais forte – Ele está mentindo Jay, meu pai...

- Calma princesa, você está de cabeça quente – disse a ela tentando a acalmar, Malfoy já começa a se sentir mau.

- Eu não fiz nada Potter, nunca faria nada para magoar Rose – gritou ela.

- É mentira! Eu não quero vê-lo nunca mais Jay, tira ele daqui! – gritou Rose e ela estava descontrolada, isso é medo, medo de perder mais alguém – O tira de perto de mim Jay, tira ele daqui!

- Calma Rose, calma – olhei para Malfoy apavorado e vi que ele tinha o mesmo olhar que eu – Cadê seu primo?

- Está na Sala Precisa – disse Malfoy em um tom baixo.

- Manda ele embora – mandou Rose com uma voz de choro – Eu perdi meu pai Jay, eu o amo.

- Vai ficar tudo bem pequena, tudo bem – disse a ela quando a porta abriu e Hermione passou por ela com os olhos vermelhos.

- Filha?