After Hours escrita por Shorty Kate
Haviam preparado aquele jantar com tão trabalho, chamaram os pais e acharam ser o momento certo para finalmente os apresentarem um ao outro. Se no início Martha e Jim estavam muito calados, sem saber bem o que dizer, no final do jantar Castle e Beckett só esperavam que eles se calassem!
No início os dois se ficavam olhando, enquanto Castle e Beckett ficavam lançando tópicos de conversa que era vagamente respondidos quer por Martha, quer por Jim. Castle estranhava até o comportamento da mãe, muito calado e calmo, e Beckett via o pai mais quieto e nervoso que o normal.
Já nenhum se lembra o quê mesmo que provocou todas aquelas acusações e insinuações em tom baixo. Beckett ficava olhando a sala, respirando fundo, já que nunca na sua mente o jantar tomaria aquele curso. Castle, por sua vez tentava salvar a ocasião com o seu sentido de humor, mas nenhum dos dois parecia sequer ligar ao que o escritor falava.
Jim acabou por se cansar, parando de falar e olhando em redor, tal como a filha fazia, e Martha jogou o guardanapo sobre a mesa, se cansando também. De novo o embaraçante silêncio se instalara na sala. Desta vez nem Rick nem Kate tentaram romper esse silêncio, apenas se olhavam.
–Bem, está-se fazendo tarde. – Jim falou se levantando da mesa e caminhando para Kate. – Katie, - Ele disse deixando-lhe um beijo no topo da cabeça. – obrigada pelo convite, e obrigada também Rick. – Jim esticou a mão a Castle que lhe concedeu um aperto de mão. Depois olhou para trás, dizendo secamente. – Martha…
–Jim… - A ruiva falou de volta, com a mesma aspereza. Depois daquela despedida estava comprovado que eles não haviam gostado um do outro.
–Ah, pai, ainda é cedo. – Beckett foi falando seguindo o pai até à porta. – Fica mais um pouquinho. Eu sei que não o melhor dos jantares, mas fica mais um pouco. – Ela falou baixo. – Vocês estão nervosos…
–Não dá pra ficar, Katie. – Jim disse afagando o braço da filha.
–Como você vai embora? – Ela disse se rendendo. Aquela teimosia dela tinha que ter sido herdada! – Eu posso levar você.
–Vou de táxi, não se preocupa.
–Ok, tá bom. – Kate abriu a porta. – Desculpe se o jantar não foi das melhores coisas!
–A culpa não foi sua, Katie. O jantar estava perfeito, a mãe do seu namorado é que é um bocadinho excêntrica!
Beckett sorriu um pouquinho e acabou falando. – Depois a gente se fala. Tchau. - Os dois trocaram um beijo de despedida e Beckett ficou vendo ele chegar ao fundo do corredor para depois fechar a porta.
Quando ela voltou à sala, Martha e Castle já recolhiam os pratos, copos e talheres.
–Deixa ficar, Martha. – Beckett falou, tirando com jeito as coisas das mãos da outra. – A gente arruma tudo.
–Ah, não, vocês cozinharam, eu ajudo a limpar.
–Sério, mãe, deixa ficar. – Castle insistiu.
–Muito bem, se insistem eu me vou arrumar pra sair.
–Hey, – Castle falou rápido. – vai sair? Pra onde?
–Não sei ainda. Preciso de espairecer, tomar um bom cálice de vinho.
–A gente tem cálices e vinho em casa! Pra onde você vai?
–Quer saber? Preciso de ir encontrar homens menos carrancudos! – Depois olhou Beckett dizem. – Me perdoa, querida, mas é verdade.
Beckett assentiu com a cabeça, não levando a peito o comentário enquanto Martha caminhou para o quarto. Castle e Beckett estavam os dois calados, ainda não querendo fazer comentários enquanto Martha não saísse.
–Tchau, Richard, tchau Kate. – Martha falou e ainda nem havia chegado à porta.
–Devo esperar por você?
–Não sei querido.
–Pelo menos posso contar com você amanhã pela manhã, sóbria e solteira?
–Não sei querido! – A mulher falou, deixando Castle com cara de espanto e Beckett sorrindo.
Assim que a porta se fechou, Castle perguntou. – Me devo preocupar?
–Você sabe como é sua mãe, Castle. Ela fica bem.
Enquanto Castle ficava lavando, Beckett se sentou sobre a bancada, limpando a louça.
–Como começou mesmo aquela conversa toda deles? – Ele perguntou.
–Não sei bem. Estava tudo tão bem, e de um momento pro outro eles começaram se picando!
–Acha que foi mau o jantar? Talvez devêssemos ter esperado.
–Porquê? Teria sido a mesma coisa hoje ou noutro dia. Sua mãe e meu pai têm personalidades muito diferentes e eles hoje viram isso mesmo. A gente tem que dar tempo e voltar a convidá-los de novo.
–Mas, e se acontece de novo como hoje?
–Você não viu que eles estavam a tentar se manter educados? Eles se preocupam connosco e não queriam fazer parecer que o jantar foi um fiasco.
–Mas o jantar foi um fiasco! Mas, acho que tem razão sabe? Da próxima vez eles já sabem como a coisa vai ir e eles se vão controlar.
Beckett sorriu maliciosa, dizendo. – Mas é alguma novidade que eu tenho razão?
–Ah, olha Ms. Beckett se achando espertinha! – Castle brincou, dando um selinho nela. Ele enlaçou o braço na cintura dela e a fez descer da bancada, continuando a beijando. – Sabe que você está linda nessa roupa, mas eu quero muito tirar ela de você!
Ela sorriu, dando-lhe um beijo. – A gente não vai fazer nada. Vai quer a sua mãe decide voltar?
–Porquê? – A sobrancelha dele se arqueou e os lábios dele formaram um sorriso maroto. – Tá pensando em fazer alguma coisa aqui no meio da sala?
–Deixa de ser bobo, Castle. – Ela disse rindo. – Sabe muito bem que a noite de hoje não correu bem-
–Exatamente, a gente pode tornar ela melhor! – A mão dele entrou a pele dela e começou a subir pelas suas costas.
–Pára com isso, Castle! – Ela falou agarrando na mão dele. Ele lhe deitou um olhar de cachorrinho. – Não faz essa carinha, Castle. – Ela se colocou na ponta dos pés, dando-lhe um beijo na bochecha, lhe sussurrando no ouvido. – Eu também queria muito fazer amor com você, - Ela mordiscou o lóbulo da orelha dele, continuando. – mas hoje não. Sua mãe pode entrar a qualquer momento. – Ela deixou um beijo no pescoço dele e logo ela sentiu um volume crescendo nas calças dele. – Castle!
–Quê foi? Se não que nada role, pelo menos não provoca!
Beckett deu uma risadinha sabendo que era culpada, mas isso só o fez beijar avidamente a boca dela, fazendo a gemer enquanto os dedos dela se brincavam com os fios do cabelo da nuca dele. Ele passou suas mãos pelo corpo dela, se controlando a cada toque para não começar a despir ela.
Os beijos dele desceram para o pescoço dela, e ela respirava cada vez mais rápido arranhando o fino tecido da camisa. Ele a trouxe para ainda mais próximo de si, fazendo com que a sua coxa e as suas partes íntimas se roçassem na sua ereção.
De novo se beijaram num beijo tão apaixonado que sentiam o peito ardendo com a falta de ar. Pararam para respirar, encostando as testas um no outro. Se acalmaram também de todo aquela excitação, e ele acabou dizendo.
–Nossa, como eu queria…
–Eu sei, eu também.
Os dois sorriam se olhando olhos nos olhos e se perderam noutro beijo. Este porém muito lento e terno, apenas se saboreando um ao outro. A mão dele acariciava docemente a face esquentada dela e ela havia enlaçado os braços em redor do pescoço dele. Trocaram alguns selinhos enquanto reuniam ar nos pulmões.
–Eu tenho que ir embora.
–Eu sei… - Ele disse incapaz de desgrudar dos lábios dela. – Me liga mais logo?
–Sim, eu vou ligar. – Ela foi vestindo o casaco enquanto ele a ajudava. – E amanhã vou falar com meu pai.
–Tá bom, eu vou falar também com minha mãe.
Ele deu-lhe um beijo demorado, e depois a viu sair. Ela mordeu o lábio para evitar mostrar um sorriso bobo enquanto caminhava para o carro e ele decidiu ir escrever um pouco antes de ir para a cama.
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