A Impostora escrita por Rena Smiles
Capítulo 4.
Desculpem-me, sério, estou em sérios problemas com minha mãe em casa, e escola, ando meio atrapalhada. O cap ficou pequeno, desculpa.
–Meu nome é Merida Werkheiser. E eu sou uma impostora.
É incrível como simples palavras vazias conseguem em segundos acabar com a sua vida - literalmente - de maneiras tão inusitadas. Aimee naquele momento se encontrava em um desses momentos peculiares. Os rostos se contorceram e ela voltou com um baque para a realidade. Uma interrupção na paisagem.
–Então é verdade! Você é uma suja!
–Mestiça!
–Moribunda!
Os gritos soaram no complexo. A audácia fora tomada. A facção fora enganada. Mas, o que acontece quando, uma máquina mortífera, se vira contra você?
Um tiro. E Rowen.
Os líderes, todos enfileirados, agora com armas em punhos.
–Achou que nos enganaria? - Uma mulher perguntou.
A garota engoliu em seco. O que mais temia começava a acontecer. Todos olhavam para ela. Seu coração palpitava no peito enquanto sua cabeça voava. Ainda estava tonta. E muitas armas e rifles apontavam para sua face. Mas ela não iria negar. Não iria chorar. Iria aguentar tudo o que fizera.
Uma pistola apontou sua testa e o dono desta era Rowen.
–Irá negar? - O jovem perguntou, acusador.
E a ruiva balançou a cabeça negativamente, com uma ingenuidade infantil.
Ele puxou o gatilho com a testa franzida em uma careta furiosa.
E a última coisa que ela viu foi o disparo. Reluzente como uma armadura. E a morte veio fria.
–Aimee! - Seu corpo foi balançado e ela abriu os olhos.
Liren Carpenter tinha as mãos em seus ombros finos, seus grandes olhos arregalados.
–Carpenter! - Ela disse lhe abraçando, o coração descompassado no peito.
Seu rosto foi para a curva de seu pescoço, inalando seu cheiro.
Ela se levantou inquieta, batendo os pés e mexendo no cabelo balançando as mãos e juntando suas coisas. Seu coração estava quase sem pulsação.
–Aimee! O que aconteceu?
–Nada Liren. Eu preciso de um minuto só.
Ela empurrou seu peito com as duas mãos até o lugar onde deveria se estar pregada uma porta.
A ruiva verificou se o garoto estava em seu quarto. Se lançou sobre o precário armário de madeira, abrindo um fundo falso próximo a viga de gesso, onde uma faca de cozinha estava envolta de um pano alaranjado. Precaução.
Seus verdes olhos avaliaram friamente o corredor, e seus pés minúsculos desceram cautelosamente a escada velha, que murmurava em rangidos sussurrantes. O onipresente silêncio da rua deserta foi substituído por um silêncio obscuro e fúnebre dos esgotos, e se podiam ouvir os mortos sem-facção cantando em tom baixo.
Com as pupilas se acostumando ao escuro do subterrâneo ela seguiu com os pés descalços na água escura e gélida. Cobriu o rosto com um pano preto ciente de que se fosse descoberta suas chances de voltar ao cortiço seriam extremamente pequenas. Viu conhecidos com um estranho sangue-frio.
Uma bifurcação se abriu em frente em meio a uma névoa. Dois grandes buracos a sua disposição, com a água suja reluzindo seu próximo passo.
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