Everything Started With An iloveyou escrita por Caroline Tarquinio


Capítulo 1
Capítulo 1




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SAM

Ai que saco... Nunca tinha me sentido assim. Tudo culpa do maldito Freduardo que atrapalhou tudo. Eu tinha planejado nunca me apaixonar até que o conheci. Lutei contra isso por anos até finalmente não aguentar mais, e depois que fiz a tremenda burrada de beijá-lo naquela noite na escola eu até me internei naquela ridícula casa de loucos pra tentar arrancar o terrível sentimento de dentro de mim.

- E aí Spencer? – eu disse chegando na casa da Carly – Qual o próximo objeto em que você vai atear fogo sem querer?

Ri sozinha enquanto lembrei da vez que os patins dele pegaram fogo do nada.

- Preparando minha mais nova invenção, um microondas que esfria ao invés de esquentar.

Usualmente as invenções de Spencer não davam muito certo mas eu as adorava, contanto que quem estivesse perto dela quando queimasse em chamas fosse o Gibby e não eu então tudo bem.

- Cadê a Carly? Deixa eu adivinhar, lá em cima com o Freddie. Agh.

- Pensei que vocês crianças tivessem terminado numa boa – Spencer respondeu concentrado no seu invento.

- Por favor! Ninguém termina numa boa. Isso são só mentiras que os perdedores contam para provarem que estão por cima da carne seca.

- Então você não está bem? – ele perguntou distraído.

- Mas claro que estou bem – menti.

- Mas acabou de dizer que ninguém terminava bem um namoro.

- Mas essa teoria se aplica a manés, ou seja, todos menos eu.

- Tá me chamando de Mané?

- Que bom que entendeu – eu disse e subi pra encontrar meu pesadelo.

Cheguei lá em cima e encontrei o Benson na descida das escadas e decidi agir naturalmente. Não queria ser uma daquelas lesadas que ignoram o EX... isso só os faz pensar que são importantes e eu não queria que Fred soubesse que eu ainda gostava dele.

- Sai da minha frente Freddiota!

- Sério que depois de tudo você ainda vai me tratar assim?

- Pensei que tivéssemos combinado que tudo voltaria ao normal. E pra mim o normal é eu voltar a ressaltar suas falhas.

- Só pensei que poderíamos ser amigos e que não teria mais que me preocupar com você “ressaltando minhas falhas” – ele disse fazendo sinal de aspas com os dedos.

- Não entendi as aspas se seus defeitos não são hipotéticos. Agora se me dá licensa preciso falar com a Carly. A propósito... Você não teria 20 pratas para me emprestar teria?

Ele tirou o dinheiro do bolso relutante. Puxei o dinheiro e saí porque aquela conversa estava me dando vontade de comer frango frito. Se foi doloroso? Claro, ele era meu EX e eu ainda gostava dele mas não iria agir como uma retardada com um balde de sorvete e lágrimas, por favor, eu já fui detida e no reformatório não há espaço para menininhas, tenho mais o que fazer.

- E aí Carls? – perguntei quando vi minha melhor amiga provando um sapato de palhaço para o novo quadro do iCarly que eu tinha criado. Se chamava frite o palhaço e que queria que o palhaço fosse o Gibby porque a Carly não me deixaria fritá-la de verdade. Com o Gibby eu teria mais liberdade criativa, ou como eu preferia chamar: LIBERDADE VIOLENTA.

- Oi Sam! – ela disse simpática. A simpatia da Carly era a única que não me incomodava.

- Tudo beleza?

- Aham. Espera... onde você conseguiu esse dinheiro? Saaam, você não andou roubando de novo né? Você sabe que da próxima vez não vão te deixar sair do reformatório, especialmente depois que você agrediu aquele mascote no jogo de futebol.

- Carly para! Claro que não roubei, eu tenho evitado roubar ultimamente. Peguei emprestado com o Freddie.

- Ah, era sobre ele mesmo que eu queria falar com você.

Ai não... eu amo a Carly, e eu nunca amo ninguém, mas eu detesto quando ela tentava ser sentimental. Eu não gosto de sentimentos que não me levam à agressão física e todos, especialmente Carly sabia disso.

- E o que eu teria pra falar sobre ele? – perguntei com interesse real, ela sabe que mesmo que gostasse dele eu nunca falava sobre isso, eu nem sei se conhecia palavras que me ajudassem numa conversa sentimental. As únicas palavras que eu conhecia eram “eu te amo” e eu já as tinha usado o suficiente com o Freddie ontem e com o meu taco de frango hoje de manhã.

- Sam, não precisa mentir pra mim. Eu sei que você tá mal.

- Ai Carly, acho que você tem razão. Maldito Taco... tô me sentindo péssima, preciso de um balde. – Qualquer coisa pra fugir daquela conversa.

- Sam... para.

- Já volto Carls... ah e acho que depois disso você talvez precise de uma reforma no seu banheiro.

- Eu sei que você ainda gosta deleee – eu ouvi ela gritar enquanto me afastava.

- Claro que gosto! Só porque me deu enjoo não quer dizer que odeio o pobre taco.

Cheguei no banheiro e de repente o enjoo que fingi pareceu real. Tudo bem que odeio sentimentos mas se ver o Freddie uma vez me deixou louca o fato de que o veria todo dia me fez sentir como se eu fosse o palhaço e estivesse sendo fritada por Gibby.

Reprimi o sentimento. Seu eu começasse a sentir que era o palhaço eu poderia sentir pena do palhaço e compaixão não é um sentimento que queira alimentar. Na verdade a única coisa que quero alimentar é o mafagafo na minha barriga. Mas de fato, não sei se posso ver o Freddie de novo sem esmurrá-lo.

FREDDIE

Tava conversando com a Carly naquela manhã e contei a ela as palavras que Sam e eu tínhamos trocado ontem à noite. Eu te amo parece um tanto sério e nunca pensei que poderia dizê-las a alguém, especialmente a Sam, mas não hora que eu disse pareceu certo, como se eu tivesse sentido aquilo o tempo todo. Foi tão natural que quase não foi doloroso, e acredite, tudo em relação a Sam era doloroso, especialmente sua meia de manteiga.

Carly disse que eu deveria agir naturalmente por que a Sam provavelmente me agrediria de todas as formas possíveis e eu aparentemente tinha que aceitar porque tínhamos tido “um lance”. Até parece... ela me agredia quando estávamos juntos então eu sabia que iria apanhar hoje então estava indo buscar o capacete que minha mãe tinha comprado pra eu tomar banho quando tombei com ela na escada e por um segundo achei que seria derrubado de lá, fiquei surpreso, porém aliviado de descobrir que o prejuízo foi apenas de 20 dólares e um amasso no meu já danificado ego.

Não vi mais ela naquele dia e agradeci a Deus porque não sei se ela conseguiria controlar seus impulsos violentos duas vezes no mesmo dia.

Quando cheguei em casa minha irritantíssima mãe veio com um tipo de pomada que tenho certeza que não era apropriada pra maiores de 1 ano de idade. Ela disse que evitaria assaduras. Desejei uma pomada que pudesse evitá-la. Consegui fugir e fui pro meu quarto e comecei a pensar em uma maneira de manter as coisas tranquilas com a Sam. Eu ainda gostava dela e não sabia bem porque tínhamos terminado, eu estava bem feliz namorando ela até que aquela conversa da Carly para o Spencer e sua babá/namorada/cópiafieldaminhamãe estragou tudo.

SAM

Ai, Freddie. Não sei se ia querer vê-lo de novo, eu poderia agredi-lo e voltar para o inferno/reformatório. Eu estava irritadíssima com ele porque ele nem tentou argumentar sobre terminarmos. Enfim, quando fiquei de saco cheio de pensar nele fui embora tentar tirar a minha mãe da nova cinta tamanho EXTRA PEQUENA na qual ela estava presa havia dois dias. Eu tive que rasgá-la com minhas mãos e me irritei quando peguei sem querer na pelanca das costas dela que eu tinha apelidado de Prudêncio. Mas até que fiquei mais animada porque nesses últimos dias minha mãe tinha aderido a forma de um funil e eu tive medo de ter que alimenta-la por uma sonda porque a comida não conseguiria passar.

Freddie, Carly e eu viemos direto da escola pra o estúdio do iCarly para ensaiarmos o programa da semana e os bombeiros estavam saindo. Obviamente ignoramos tudo e fomos para o elevador mas Spencer gritou:

- Ei!!

- O quê? – perguntei.

- Vocês não querem saber se estou bem? Afinal um incêndio acabou se acontecer aqui.

- Você quis dizer um incêndio de verdadeee?!?! – perguntou Freddie parecendo chocado – Exatamente igual aos trinta e dois que aconteceram nos últimos dois meses?

Todos rimos mas Spencer começou a explicar que o Meião tentou acoplar no micro-ondas disfuncional um novo sistema que ele estava desenvolvendo pra suas meias calças luminosas, algo deu errado e aparentemente tudo foi pelos ares. Desejei que Gibby estivesse no lugar de Spencer porque Spencer não ficou tão horroroso sem sobrancelhas quanto Gibby ficaria. Subimos e graças a Deus Spencer tinha conseguido fazer a frigideira gigante para Gibby.

Quando o ensaio acabou e os paramédicos asseguraram a Carly que Gibby ficaria bem, ela começou a gritar comigo algo sobre como eu não deveria ter ateado fogo nele.

- Carly, eu só estava me divertindo. É claro que eu não ateei fogo no Gibby. Eu só sem querer derrubei o isqueiro aceso e um pouco de álcool. Eu nunca queimaria o Gibby vivo. Pelo menos não o suficiente para matá-lo.

- Ah Sam! Não mente pra mim! Ele podia ter morrido, ou pior, ficado deformado.

- Você quis dizer mais deformado – corrigi.

- Sam não começa... Acho que você tá projetando os sentimentos frustrados em ralação ao término do seu namoro com Freddie no Gibby. Isso pode ser perigoso. Já imaginou se o fogo pega em mim?

- Ai Carls, eu sei o que faço quando mexo com fogo. E com licença! Sentimentos frustrados? A única coisa frustrada aqui foram os meus planos de queimar o Gibby.

- Então você admite que queria queimá-lo!

- Sam Puckett nunca admite nada. Adios. Uma travessa de chili me espera na sua geladeira.

Saí de lá antes que Carly pudesse me fazer falar sobre o Freddie. Ela tinha esse dom de transformar conversas como Gibbys queimados em Sam e Freddie: o término.

Quando passei no corredor para ir embora Freddie estava lá atrás de um vaso com o arbusto. O mesmo que me escondi quando estava naquele jogo de PaintBall maluco com o Spencer. Ele sussurrou:

- Ei Sam... vem cá.

Não tava a fim de ir pra casa e ver minha mãe de biquíni em sua nova forma afunilada então fui.

- O que você tá fazendo aqui? – perguntei no meu tom de voz normal mas ele colocou a mão na minha boca à mesma medida que se aproximou um pouco demais. Não me importei.

- Shhh! Minha mãe quer aspirar as minhas orelhas de novo!

- Mas que velha chata. Porque você não dá uma meiada nela? Eu posso fazer isso... tenho uma meia de manteiga bem aqui e seria ótimo bater naquela futricada. – Percebi que Freddie estava olhando pra mim.

- Foi mal! A velha é sua mãe. Tinha esquecido. Apesar de você ser um palhaço a sua mãe é uma mala.

- Não era por isso que eu estava olhando para você.

- E PORQUE ERA FREDUARDO? – gritei no tom mais alto que a situação me permitia. Não queria aquele ridículo ser humano olhando pra mim. Especialmente porque eu poderia acabar beijando-o como fiz naquela noite dos horrores.

- Porque acho que ainda te amo. – ele disse e meu coração gelou. Droga! Porque as pessoas tem essa mania irritante de colocar sentimentos onde não precisa? Eu estava quase batendo nele e em mim mesma quando ele me beijou.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam do REVIEW seus lindos por favor!!! É muito importante para mim saber se estão gostando ou não :$ Obrigada por ler :*



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