Soul P.O.V.

Ok. Depois que saí do meu paradoxo momentâneo, me toquei de uma coisa. Eu beijei a Maka! É, eu a beijei! E ela retribuiu! Não, não que isso seja um problema, eu até estou muito feliz por saber que realmente a  menina que eu amo também me ama. O negócio, é que agora eu não sei como a gir na frente dela! Tipo, eu vou falar normalmente com ela? Eu vou beija-la de novo? Eu vou me declarar direito? Aaaah! Como o amor pode trazer tantos problemas e pensamentos?

Agora que já desliguei o chuveiro, vou ter que sair daqui alguma hora... Como será que ela está? Será que está pensando nas mesmas coisas que eu? Será que ela está calma? Bom, a Maka sempre teve um intelecto calmo e sabe pensar em soluções, ela deve estar melhor do que eu.

Maka P.O.V.

Droga! Não consigo me concentrar! Por mais que eu leia e releia a mesma página desse maldito livro, não consigo pensar em outra coisa que não seja o Soul...

Sabe, é ótimo saber que ele me ama assim como eu o amo e sempre amei... Tenho um pouco de, não diria meda mas, desconfiança em homens desde que meu pai traiu minha mãe e tudo mais... Acho que o Soul não é esse tipo de pessoa, mas meu pai também não aparentava ser.

Ele está no banheiro até agora. Já desligou o chuveiro a algum tempo, mas ainda não saiu.

Autora P.O.V

Maka levantou-se da cama, colocando o grosso livro que lia em cima do pequeno móvel de madeira como um criado mudo que fica ao lado da cama e indo até a porta do banheiro.

-Soul, tudo bem aí dentro? -Perguntou meio receosa, afinal.

-M-Maka!? E-Estou bem, já estou saindo... -Falou o albino de dentro do cômodo, um pouco constrangido.

Depois de mais alguns minutos, Soul saiu do banheiro um pouco corado, somente com a toalha enrolada na cintura e nada mais. Maka, que já havia visto aquela cena quatro ou cinco vezes, virou-se, ficando de costas para o outro, deixando-o trocar-se.

-Maka... -O som da voz rouca e firme do parceiro soou pelo quarto com a mais perfeita e obvia apreensão.

-Sim?