Diarios De Um Coração Insano. escrita por Cassie


Capítulo 37
Harvelle Hoad House (Bar da Estrada) part.2


Notas iniciais do capítulo

Gente, narrar um POV do Cast é sempre um desafio. Mas até que gostei do resultado.
Perdoem qualquer erro de digitacao (ou correção troll automática) e não reparem na narração ruim, eh que estou frequentando fóruns e algumas partes podem estar narradas nesse formato. Devagar eu vou consertando.
Não vou prendê-las ainda mais aki então, Boa Leitura =}



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~Castiel POV~

Não tive sossego desde que Flora chegou, o que se resume em uma semana. A garota possui um dom natural que faz o mundo girar em torno de si. Acabei por fazer todas as suas vontades e entre elas, não fui a escola nenhum um dia depois que deixei Hinna na casa de Lysandre. Por falar em Lysandre, ele está estranho, não compareceu aos ensaios e quando o fazia se atrasava. Ele nunca se atrasa a não ser que esteja envolvido com uma garota, embora eu duvide que alguém lhe desperte interesse. E ainda que fosse ele certamente me contaria.
Rosa não me pareceu nada bem da última vez que a vi, espero que isso não seja por causa daquele otário que ela chama de namorado ou ele terá um encontro com meu punho. Meu primo ainda não veio atrás da irmã e isso não me agrada em nada. Me faz pensar por quanto tempo ela continuará na cidade. Ou melhor , no meu pé.
Hoje nos apresentaremos no Harvelle, Lydandre se empolgou mais do que eu, aquele lugar não me trazia lembranças tão boas quanto pra ele, mas isso mudaria hoje. Sai do banho e me deparei com Flora no meu quarto futricando algo em minha gaveta. Logo ela jogou uma cueca box na cor cinza em cima de minha cama. Saltou até o armário e fez o mesmo com uma camisa social do meu cabideiro.
-Que porra é essa? -- perguntei irritado. Ela parecia surda, ou deb-mental, quando queria algo e não se aquietava até conseguir. A garota apenas me olhou e abriu a outra porta de meu guarda-roupas pegando uma calça preta e repetindo o feito de minutos atrás.
-Não vai se vestir como um favelado na sua noite de estréia né. -- ela disse tranquilamente procurando algo em minas gavetas. Eis que me.lança um par de meias.
-Vou a um bar, não ao programa da Oprah. -- disse serio, porém pesei no sarcasmo.
-Muito engraçado Cass.Primeiro, tem que estar apresentável porque sei que Lysandre estará, segundo, você não vai, nós vamos e eu não quero que meu primo esteja deselegante. -- ela disse presunçosa. Torci o lábio inferior em discórdia, mas estava sem a menor paciência pra iniciar uma discussão com um ser tão abundantemente irritante. Tive que tirá-la do quarto a base de empurrões para me trocar, mal terminei de vestir minas calças e a chata entrou no quarto novamente. Tratou de me "ajudar" a vestir a camisa. Me olhei no espelho e até que não tava tão mau assim. A olhei e em suas mãos ela segurava uma gravata.
- Ah nem vem, eu não vou usar isso! -- camisa social tudo bem, mas uma gravata? Isso já era demais.
-Ótimo, assim não vou ter o trabalho de tirá-la no fim da noite. -- disse rindo e eu a encarei com o cenho torcido.
-Esquece Flora, nem uma coisa e nem outra.-- peguei a gravata de sua mão e a enfiei numa gaveta. -- Vai se arrumar porque Lysandre é um cara pontual. Vou pentear meu cabelo. -- tentei me livrar daquela tagarela mesmo que por instantes.
Estava pronto e fui até a geladeira preparar um sanduíche com refrigerante para comer. Enquanto me alimentava vendo o canal de esportes Flora saiu do banheiro enrolada na toalha e me tomou parte do lanche. Aquilo era estranho, mas não deixava de ser sexy. Ela me deixava louco, me provocava de todas as formas que podia e no entanto, minha força para resistir a tanta tentação tinha nome. E endereço também. A menina entrou no quarto, passou algumas horas lá dentro e quando saiu me engasguei com a coca que tomava. Ela estava incrível, com um vestido verde esmeralda que se destacava em sua pele clara e combinava perfeitamente com seus olhos de mesma cor. O decote arredondado realçava seus seios que eram de tamanho médio. Suas curvas bem definidas com o tecido que era justo marcando sua cintura fina e revelando suas coxas grossas. Seus cachos castanhos estavam presos de lado e seus lábios pintados de um tom suave de rosa. Ela estava sedutora, mas não de forma vulgar como Ambre e suas amigas, e sim como uma dama, fina e elegante.
-Acha que está exagerado? Não gostei muito do sapato, vou trocar. -- ela disse apontando para uma sandália prata, com tiras finas que desenhavam seus pés em contornos únicos.
-Você está linda Flora, não precisa trocar nada.-- eu disse me levantando. Fui ao quarto pegar minha guitarra e meu celular e descemos para a recepção do condomínio. Tão logo Lysandre chegou com o carro que alugamos e sem demora estávamos no Harvelle. O local estava cheio e a noite estava apenas começando. Alguns conhecidos nos cumprimentaram e fomos montar nossos instrumentos no palco.
Lys testou o som recitando um de seus poemas, levando as garotas a histeria. O poema nem era romântico e as iludidas gritavam como se estivessem morrendo, ou pior como se estivessem sido pedidas em casamento.
O lugar estava enchendo cada vez mais. Começamos a tocar, Lysandre optou por Castle of Glass do Linkin Park, vi Hinna e as garotas que vivem grudadas nela chegarem e se sentarem de frente ao balcão de bebidas. Ela olhava para nós enquanto as outras pareciam distraidas. Errei uma nota enquanto reparava na ruiva que estava belíssima, e por sorte ninguém ali percebeu, a não ser Lysandre, mas ele não conta muito. Flora estava quase em cima do palco, só que não pulava como uma louca igual as outras. Tocamos You Lied do Green Day seguido de Automatic da Tokio Hotel e Stay Away do Nirvana, voltando a Linkin Park com Blackbirds que era um som mais calmo para abrir espaço a um pequeno intervalo.
Fomos até as garotas de nossa classe, conversamos um pouco e bebemos algo. Hinna estava bem próxima de Rosa e Lysandre. Mal olhava pra mim e como eu não era de puxar assunto ficamos alheios a presença um do outro grande parte do tempo. Flora logo se juntou a nós, colando-se em meu pescoço e vez ou outra encarava Hinnari com curiosidade. Eu já não sabia quantos copos havia bebido, estava enjoado e sai dali por minutos. Fui ao banheiro onde aproveitei para fumar um cigarro. Lavei o rosto e passei a mão molhada em minha nuca. A água me ajudaria a despertar. Estava inquieto. Havia deixado passar alguma coisa. Algo que me incomodava de forma indireta. Voltei para o balcão e todos conversavam sobre assuntos diversos. Rosa me cobrou as faltas e o lance do grêmio. Não tinha preparado nada mas já tinha uma idéia formada. Marcamos de irmos a casa de Lysandre que era a mais acessível a todos e ficava de frente à praça próxima ao centro. Todos concordaram em ir ás sete da noite no sábado, ou seja, amanhã.
Subimos outra vez ao palco, chamei Nina, a dona do fã clube de Lysandre pra tocar Monster-Paramore e a garota deu um show. Ela tinha por volta dos 12 anos e era muito carismática. Aparecia em todos os eventos que nos convidavam para tocar e achei justo dividir o palco com ela. Deu tão certo que o platinado começou a cantar Broken do Seether com a Amy Lee. Nina o acompanhou mostrando sua potência vocal e o abraçou emocionada ao fim da música. A galera fez barulho pedindo mais e ela se recusou, dando um beijo no rosto do seu "anjinho" como o chamava e me mandou um ao ar enquanto descia e se juntava as outras pirralhas do fã clube. Lys se virou para mim e disse que tocariamos Dear God da Avenged Sevenfold. Assenti e iniciei a introdução da música.
-Quero dedicar essa a uma pessoa especial, que me cativou bastante nos últimos dias. -- ele disse deixando o olhar passeando por todos ali. Fiz o mesmo procurando a tal pessoa especial. Ele havia começado a cantar e chegamos ao refrão.
"Dear God, the only thing that I ask of you, is to hold her when I'm not around."
("Querido Deus, a unica coisa que te peço é que cuide dela quando eu não estiver por perto.")
Ao pronunciar tais palavras, seu olhar encontrou o de Hinnari, e ambos se olharam por longo tempo, por todo o refrão e a estrofe seguinte. Ela o olhava boba, e ele a olhava com fascínio. Aquela música era pra ela. Ele a dedicou para ela. Meu melhor amigo e minha... Sacudi a cabeça para espantar aqueles pensamentos e com isso lancei a guitarra em qualquer lugar ali. Sai atordoado do bar, sem ligar para os outros presentes naquele estabelecimento. Apenas segui para o estacionamento e me encostei no carro alugado. Não podia ir embora porque a chave estava com Lysandre se não o teria feito. Acendi um cigarro e o fumei tentando organizar as informações em minha mente. Eu não devia me preocupar, sempre deixei bem claro que Hinnari não era importante pra mim, sempre tentei convencer a todos e a mim mesmo que não me importava com ela. Nunca disse a ele e não podia culpá-lo, simplesmente porque Hinna é uma ótima garota. E eu devia saber que isso aconteceria. Só não esperava que fosse com ele. Não o meu melhor amigo. Era duas vezes mais difícil de aceitar.

~Narrador~

O menino Castiel fumava, sua cabeça doía e ele brigava com a própria mente quando sua prima o surpreendeu.
-Cass o que é isso? Tira essa porcaria da boca seu idiota. -- ela disse derrubando o cigarro do ruivo no chão. Ele olhou para a pequena e depois para o chão. Seus olhos reviraram-se involuntários em sinal de chateação.
-O que você quer Flora? -- ele perguntou impaciente.
-O que eu quero? Se toca Castiel, essa galera toda veio te ver e é assim que você age? O que aconteceu pra sair daquele jeito? -- ela perguntou autoritária segurando em seu braço. -- Vamos, seja o que for pode esperar.-- tentou puxa-lo sem muito sucesso. O mesmo debateu-se e se livrou da garota.
-Vá você. Porque não me esquece um pouco?-- disse agressivo avançando na direção de Flora que o olhou assustada.

Hinnari saia do bar quando Lysandre tocou-lhe o braço segurando-a levemente.
-Hey, estas bem? -- perguntou puxando a moça para si com delicadeza e a abraçou beijando-lhe a testa.
-Eu... Não sei. -- ela o respondeu vaga.
- Como podes não saber?
- Castiel. Porque ele.. O que aconteceu naquele palco?
-Oh, quanto a isso também me encontro confuso. Não queres entrar? Ele volta quando esfriar as idéias.-- sugeriu sutilmente a puxando devagar. A garota firmou os pés no chão despertando a curiosidade do moço que a olhou atencioso.
-O que te aconteces Hinna? Pareces um tanto tensa.
-Lysandre, essa situação está me incomodando. Sabe, não somos namorados e você me abraça na frente de outros, e eu gostei da música que me déficit, mas não acho que seja apropriado.-- ela diz francamente e o mesmo a olha com espanto.
- Estás dizendo que queres ser minha namorada? Eu não me oponho Hinna, queria pedir-lhe no melhor momento.
- Não, não é isso Lys, é que não sou apaixonada por você. Temos algo especial sim, mas não dessa forma. E eu não me sinto a vontade com isso, não acho certo. Desculpe.
-Gostas dele não é?-- o garoto perguntou de forma retórica. Ela se manteve calada. Não tinha certeza para afirmar nada, mas negar também não lhe parecia correto.
-Não tenho certeza.
-Vá conversar com ele, precisamos de um guitarrista. -- O heterocromático sorriu dando-lhe um selinho e se virou para entrar novamente no bar, para ele não havia dúvida. Nunca houve dúvida.
Hinnari também se virou, em direção ao estacionamento. Caminhou até o mesmo e avistou Castiel e Flora bem próximos. Flora, assustada com Castiel recuou alguns passos e logo avistou Hinnari, Castiel também a havia visto.
-Hinna?-- disse o ruivo surpreso.
- E você é?-- perguntou Flora com desdém.
-Hinnari, amiga próxima de Castiel. -- a ruiva responde de mesma forma.
-Hum, próxima? Ele não fala muito de você. E olha que passo muito tempo com ele, não é Cass?-- a morena olhou pra Castiel que deu um sorriso de canto confirmando automaticamente.
- Azar o seu. Vim ver se estava tudo bem, mas parece que você está ótimo não é. -- a ruiva disse amarga e Flora se aproveitou do momento.
-Sim, ele está ótimo querida, pode ir agora.-- disse agarrando o moço e tomando-lhe um beijo contrariando o garoto que logo a afastou. Hinnari havia saído dali com passos pesados em fúria.
- Hinna.-- gritou o ruivo, queria abraçá-la, mas sabia que depois daquela noite ela o odiaria. Ora, ele não entendeu muito do que aconteceu ali, mas o olhar da garota lhe disse que o queria, que se importava com ele. Até o momento em que esse olhar se manchou em brasa ardente e o queimou como fogo.


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Notas finais do capítulo

Agora sim, peço desculpas pelo atraso, isso não se repetirá, pelo menos não sem aviso prévio.. Estou me organizando, e os post' serão frequentes, toda terça e quinta.
Pouco a pouco no ajeitamos *0*
Ja iniciamos a maratona de POV's dos personagens e vão reparar que a Hinna não fará parte de todos eles. Encerrando a maratona de POV's, vamos entrar na etapa mais difícil, e mais fácil da fic, que eh quando vuxes começarão a entender um pouco mais da história conhecendo a fundo cada personagem.
Por enquanto eh só o que tenho a dizer.
Um bzo e nos vemos quinta o/
P.S.: a palavra "déficit" foi correção automática do teclado e deveria ser "dedicou" . (ainda não da pra corrigir la no texto =} agradeço a compreensão.)



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