La Vida Despues de Ti – LU

Edward POV. 

Doeu muito ver Bella indo embora daquela maneira. Eu limpei minhas lágrimas e decidi ir embora também. Peguei meu carro e voltei pro apartamento, ao chegar lá, todos ainda estavam assistindo filme. Alice me viu e se levantou para falar comigo. Eu já estava dentro do meu quarto. 

Te amei mas que o normal e pensei
Que nosso amor era
Infinito como o universo
E hoje ele diminui a um verso.

- Não era pra você estar com a Bella? – ela me indagou, confusa.

- Como sabe? – perguntei arqueando uma sobrancelha.

- Ela passou aqui te procurando e eu disse que você tinha ido à boate. – ela disse normalmente.

- Ótimo! – disse irônico.

- Que foi? – ela perguntou mais confusa ainda.

- Nós... – hesitei – Terminamos. – murmurei.

Não sei onde nem como estarei
Agora que você se foi
Meu coração se foi com você
Não sei... Não sei o que fazer comigo!

Joguei-me na cama de barriga para baixo e com cara no travesseiro.  Senti o outro lado da cama afundar, sabia que era a minha irmã, pois a mesma começou a passar suas mãos pequenas em meus cabelos. Não agüentei segurar mais as lágrimas, elas começaram a escorrer livremente.

- O que houve Edward? – Alice indagou.

Eu funguei o nariz, devido às lágrimas e me virei para ela. Comecei a narrar à história inteira para ela, que me olhava chateada. Eu sabia que tinha toda a culpa, mas eu não precisava de sermões agora. Se ela não percebeu, eu também estou sofrendo.

Quero esquecer que algum dia
Você me fez feliz
Mas fingir é inútil
Não posso, não posso, não posso
Viver sem você!

- Sei que estou errado Allie, mas eu não quero ouvir sermões agora. – disse assim que terminei de contar tudo e a mesma me olhava, como se me analisasse.

- Tudo bem Ed, mas você sabe que se quiser conquistá-la vai ralar um bocado, não sabe? – fitou-me, triste.

Eu somente assenti com a cabeça e deitei a mesma em seu colo, ainda chorando e ela acariciando meus cabelos. Não sei por quanto tempo eu chorei, mas fiquei no colo de Alice por um bom tempo. Parecia que meu coração estava em pedaços.

A vida depois de você
É um castigo sem fim
E eu não sobreviverei
Meu corpo sem seu corpo
Antes e depois de você
Nada é igual para mim
Me pus de baixo de uma obrigação para viver em véu
Eu não sobreviverei
Minha memória sem sua memória
É deste modo a vida, a vida depois de você.

Bella POV.

Contei ao meu irmão o que tinha acontecido e ele não ficara muito feliz com isso. Tomei um banho e coloquei qualquer roupa. Peguei o anel que Edward me deu no dia em que ele me pediu em namoro e o guardei na caixa, eu iria devolver esse troço. Somente coloquei um vestido de malha folgado e calcei minhas sandálias rasteiras, peguei a chave do meu carro e saí de casa. Derick tinha ido ao supermercado.

Era duro subir a esse apartamento pela última vez, lembro das vezes em que nos pegávamos no elevador – um sorriso involuntário surgiu em meus lábios, mas logo os tirei. Cheguei ao andar de Edward e toquei a campainha, não queria vê-lo, mas eu tinha que devolver esse anel. Para a minha sorte, foi Alice que abriu a porta, a baixinha me abraçou forte e sorriu, pensou mal.

Eu direi que isto não está me matando
Mas isso não é certo
Eu me tornei um fantasma eterno
Aquele que habita na sua memória

- Alice, eu não vim aqui falar com o seu irmão. – disse séria, e ela tirou o sorriso da face.

- Então... – ela me olhou, confusa.

- Devolva isso a ele. – disse, estendendo a mão com a caixinha.

- Bella! – ela sabia o que tinha dentro – Não precisava. – ela disse já com a caixinha na mão.

- Lógico que sim. – disse forçando um sorriso – Estou indo. – disse me virando.

- Ele está acabado. – ela disse murmurando e eu me virei lentamente.

- Não como eu estou. – disse ríspida e saí dali.

[...]

E deste modo que um dia foi agora não
Maldita minha sorte de
Só em sonhos te ver
De te amar... De te amar
E de te perder

Os dias foram passando e a dor em meu peito aumentando. Eu me sentia vazia, incompleta, estranha, parecia que aquela dor insana não iria passar nunca. Eu estava sentada num banco do parque que tinha na praça principal de Boston e via casais felizes por todos os lados.

A vida não tinha mais sentido sem ele nela. Tudo que eu via só me fazia lembrar ainda mais dele, parecia uma tatuagem que nunca mais saía de mim. Ou uma droga, que te vicia até a overdose. Eu estava em abstinência, mas eu não queria. Apesar de toda a mágoa, raiva e ódio que eu sentia, eu infelizmente o amava. Mais do que pensei que amasse.

Quero esquecer que algum dia
Você me fez feliz
Mas fingir é inútil
Não posso, não posso, não posso
Viver sem você!

E como ele está? Agarrando todas pela universidade. Irônico, não? Eu sofrendo como uma condenada e ele nem aí. Isso que me dá mais raiva... Ele não é pra mim. Nunca foi. Simplesmente me iludi, iludi com aquele jeitinho sedutor e aquelas olhadas, aqueles olhos verdes que te hipnotizam e aquele sorriso torto idiota que te deixa sem fôlego.

Fui a uma boate com o pessoal, por insistência das garotas, mas me arrependi assim que pus os pés lá. Edward completamente diferente, com a barba por fazer, cabelo maior e bem descuidado, e bêbado. Agarrado a duas... Isso foi frustrante e doloroso. Alice diz que ele faz isso para tentar inutilmente me esquecer – palavras dela –, mas eu acho que não é isso. Ele está simplesmente voltando a ser o que era.

A vida depois de você
É um castigo sem fim
E eu não sobreviverei
Meu corpo sem seu corpo
Antes e depois de você
Nada é igual para mim
Me pus de baixo de uma obrigação para viver em véu
Eu não sobreviverei
Minha memória sem sua memória
É deste modo a vida, a vida depois de você.

Agora já não adianta mais, as lágrimas já viraram minha companhia. Sei que estou preocupando meus amigos com minha depressão, somente saindo para as aulas e nada mais, só que eu não quero fazer nada, não sinto vontade de fazer nada. As únicas coisas que faço agora são: comer muito, posso virar obesa, e vomitar tudo depois, estou virando bulímica. 

Resumindo: minha vida está uma merda! Mas, eu já me decidi. O ano letivo está terminando e eu vou trancar o curso aqui, e vou voltar para casa dos meus pais, terminarei o curso lá.

Edward POV.

Minha vida está um caos. Não sei mais o que fazer... Já faz praticamente um mês que terminamos e a minha vida é boate, bebida e sexo. Não estou reclamando, porque antes de Bella a minha vida era essa.

Eu realmente me desleixei. Estava mais uma vez numa boate dessas da vida, me agarrando com duas garotas. Dei-me bem hoje! Mas, algo me chamou atenção, meus irmãos e amigos – se é que ainda o tenho, pois mal falo com os mesmos – estavam na boate, e pelo que vi, Bella também estava e a mesma me viu. Sorri cínico, perdeu minha querida. Sou de todas agora!

Ok. Eu estou bêbado, admito. A loirinha com quem me agarrava saiu para pegar uma bebida e eu fiquei com morena, por assim dizer. Ela era linda de corpo e de rosto também. Só que ao olhar em seus olhos... Aqueles olhos castanhos me lembraram os olhos cor de chocolate de Bella. Balancei a cabeça para esvair a imagem de Bella em minha mente, mas não obtive muitos sucessos.

Bebi bem mais que o normal nessa noite. Fui para o apartamento da morena que não me lembro o nome agora e antes que eu fechasse a porta do mesmo, a garota me empurrou para a parede, me agarrando e me beijando. O meu amiguinho já começou a dar sinal de animação... Amassos aqui, mão boba ali, gemidos de prazer de ambas as partes... Minutos depois eu estava ao lado dela em sua cama.

Perdi as inúmeras vezes que a chamei de Bella durante o ato. Eu tenho que me livrar dela, sinceramente. Está atrapalhando a minha concentração, fato. Depois de mais duas vezes fazendo o que eu sei fazer de melhor, ela tombou para o lado da cama e se aconchegou em meus braços, passando a perna por cima do meu tronco e fazendo carinho em meu peito, do mesmo modo que Bella fazia...

PUTA QUE PARIU! SERÁ QUE EU NÃO VOU ESQUECÊ-LA MESMO?

Por mais que eu tivesse acabado de transar com uma mulher incrivelmente gostosa e ter chamado o nome de Bella várias vezes durante o ato, lembro perfeitamente da nossa primeira noite em Las Vegas, no ano novo. Parece tão distante... Levantei-me aturdido da cama, eu estava ficando sentimental demais. A mulher, que agora me lembre seu nome: Nicole, se levantou um pouco da cama, pela brutalidade com qual saí.

- Aonde vai, gatinho? – ela me olhou, maliciosa.

- Embora. – disse ríspido.

Não estava nem um pouco a fim de agüentar mulher chorosa e grudenta no meu pé, não mesmo.

- Mas... Já? – fitou-me com seus olhos castanhos e tristes pra mim.

- Já. – respondi seco, já catando minhas roupas.

Ela não reclamou, somente ficou sentada na cama me olhando. Terminei de me vesti e ela me levou até a porta e eu dei um beijo em sua bochecha saindo dali. Dirigi meu Volvo até o parque e sentei num banco. Retirei do meu bolso a caixinha de veludo onde se encontrava o anel que dei a ela. Fiquei admirando o anel, que ela nunca tirou desde quando dei. Senti uma lágrima escorrer pela minha face.

Chega Edward Cullen! Ela acabou com tudo, lembra? Não deixou você se explicar, mesmo que o que você fizera não tinha explicação, mas ela não deixou... Gritava minha consciência. Nesse quase um mês separados, mal aparecia em casa, briguei com meu melhor amigo – que no caso é irmão dela – e perdi os meus outros amigos.

FLASHBACK  

Segunda-feira. Dia de aula seguinte ao meu término com Bella. Estava adentrando o prédio de medicina, quando fui abordado por Derick, meu ex-cunhado. Sabia que mais cedo ou mais tarde ele viria falar comigo.

- Eu te avisei, Edward, avisei que não era pra você fazer mal a Bella! – ele disse bem ríspido e irritado.

- Eu sei disso, Derick. Mas, não tenho culpa se ela interpreta mal as coisas! – me defendi.

- Interpreta mal as coisas? – desdenhou – Nunca, Cullen. – ele nunca me chamou pelo sobrenome – Eu disse, mas ela não me escutou também. Não gosto que façam minha irmã de idiota, Cullen. Ela está sofrendo a beça! – cuspiu as palavras em cima de mim.

- Eu não sofro não, né? – disse já irritado.

- Você tem sentimentos, Edward Cullen? – ele me indagou, rindo sarcástico. – Desde que te conheci, vi o modo como você trata as mulheres, como se elas fossem objetos! No início eu não gostei nada de vocês dois juntos, mas vi que você tinha mudado... Doce engano, você continuou o mesmo cachorro, estúpido e safado de sempre! Nem pense em encostar-se à minha irmã, ouviu? – gritou a última parte. 

Eu estava desconhecendo o meu melhor amigo, ele estava vermelho de raiva e se segurava para não me bater, seus punhos estava fechados. Mas, eu não iria apanhar não. A discussão já tinha uma pequena platéia. Logo, Betina chegou com Jasper e Alice.

- O que está havendo aqui? – perguntou ela.

- Nada. – disse a ela.

- Escute só, Cullen. – Derick me olhava furioso – Só não caio na porrada contigo agora em nome dos nossos anos de amizade. Somente por isso. – disse já se virando pra entrar.

- Como se eu fosse apanhar. – revirei os olhos.

Não esperei o que viria a seguir, somente senti o soco em minha face que me fez cambalear e sangrar o meu nariz, quando ia partir pra cima dele, Jasper e Alice me seguraram. 

- Não faça nada, Edward! – pediu minha irmã, desesperada.

- Está avisado! – gritou Derick, querendo vir pra cima. 

Betina saiu puxando Derick de perto que também queria briga, mas ele foi. Odiava perder uma briga, mas dessa vez, eu tive que admitir que eu merecia aquele soco.

FIM DO FLASHBACK.

A vida não era nada sem ela, mas eu não iria mais sofrer. Mesmo que eu a quisesse, ela não iria me querer. Eu realmente perdi a única mulher que amei com toda a sinceridade na minha vida. Eu seria pra sempre um womanizer.