Mein Teil escrita por Vlk Moura


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Sei que não teve nada Ecchi para quem estava esperando, peço desculpas, mas prometo que quando menos esperarem terá algo interessante ;D



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Eu acordei antes de a Governanta entrar no meu quarto, olhei pela janela o dia estava encoberto, provavelmente uma tempestade iria atingir a região. Fui par ao banho, bateram na porta, quatro batidas.

– Sim? - gritei enquanto terminava de me lavar.

– A senhorita está bem? - eu ri da voz de preocupação que ela lançara.

– Estou sim. - falei. - E estou com fome. - ela riu.

– Certo, certo. Seu café te aguarda. - ouvi seus passos se afastando.

Sai do banho, a roupa não estava ali, eu estava adiantada e havia desacostumado, enrolei a toalha na cabeça e outra no corpo, abri a porta e atravessei a casa, estava sob a minha cama, a saia, esta mais comprida devido ao frio, um par de meias até os joelhos, era listrada vermelha e branca, meu tenis surrado, e os itens de sempre, me arrumei, peguei a mochila e desci correndo meu estomago reclamava.

– Bom dia, senhorita. - a cozinheira falou. Eu lhe respondi com um sorriso e de olho no bolo que ela tinha em mãos.

Após tomar meu café fui para a escola, Isaac estava sentado com seus curativos e de cabeça baixa. Sentei-me ao seu lado como de costume, fiz o mesmo, apesar de ter prometido tomar conta dele, não mudei quem sou, apenas tenho que cuidar de alguém. Todas as aulas ele sequer se moveu. No intervalo, os meninos comentavam algo, mas ele não se mexia, apenas o leve vento que passou pela janela era capaz de movê-lo já que mexia com seu cabelo.

Saí, encontrei o menino que havia me ameaçado há algum tempo, ele gelou quando me viu indo na sua direção. Peguei-o pelo colarinho e o coloquei contra a parede.

– O que houve? - ele não me olhava. - Ei! - eu gritava do fundo da minha garganta. - Ei! O que fizeram com ele? Por que ele está dessa forma?

– Não pergunte para ele. - olhei para quem havia falado, era o asiatico, ele gargalhava e abraçava duas meninas enquanto outras se penduravam nele. - Deveria perguntar para mim.

– O que você fez? - joguei o outro menino no chão, ele se afastou rastejando. O asiatico se aproximou.

– Ora... Não é que você é bonitinha... Poderia te ter na minha coleção. - ele segurou meu queixo me abrigando a fazer biquinho com a força. Dei um tapa em sua mão.

– Não me toque. - falei me afastando. - O que você fez com ele?

– O que te interessa se ele é apenas um pobretão que suja o colégio? - ele gargalhou. - Mas se quer mesmo saber, ontem eu apenas me diverti com ele, durante toda a noite. - ele me mandou uma piscadela. - Se é que você me entende... Ele é um bom garoto, faz tudo que pedimos, satisfez a todos. - eu me afastei horrorizada com suas palavras.

Entrei na sala assim que o sinal bateu. Isaac apenas havia mudado o braço que usava de apoio.

As aulas passaram, ele não se mexia. O sinal indicando a saida, fiquei parada, esperava vê-lo se levantar, mas ele não o fez continuou deitado apenas apertou a força com que sua mão ficava fechada. Coloquei a mochila no ombro, não falei com ele, apenas saí, esperei de fora da sala, mas ele parecia saber que eu ainda o esperava, pedi para que o motorista desse um tempo antes de partir, mas Isaac não saiu. Fui para casa.

Almocei, eu estava mergulhada em meus pensamentos, queria poder fazer algo com Isaac, ajudá-lo, mas se ele se comportasse dessa forma daqui para frente, protegê-lo seria algo complicado.

Nenhuma música, um dia vago sem cometarios estranhos, deveria me sentir aliviado ou incomodada?

Ao anoitecer uma mensagem explodiu, não era música, não era comentario sobre o último texto era: "Cuidado!"

A Governanta me acordou. Sentei na cama e a olhei, ela riu do meu rosto amassado, após me arrumar desci correndo as escadas, parei na porta da cozinha, os cozinheiros conversavam com alguém, um homem, ele se virou e sorriu na minha direção, eu apenas sorri e pulei em seu pescoço.

– Como você cresceu Haru. - ele colocou a mão no alto de minha cabeça e a outra me abraçava. - Vejo que muito por sinal. - ele me afastou, percebi seu olhar para meu busto, lhe dei as costas constrangida.

– Bruehl por onde você andava? - perguntei me sentando ao seu lado. O cabelo comprido até o pescoço com um tom preto perfeito, o rosto com um belo sorriso, ele usava um casaco pesado demais par ao clima quente que fazia, ele continuava o mesmo de sempre.

– Filho? - a Governanta pareceu se espantar com a presença dele.

– Olá, mamãe. - ele a abraçou, ele também havia crescido estava agora, talvez, com um e oitenta de altura. - A senhora continua linda.

– O que houve para você voltar assim? - ela me olhou e sorriu pedindo para que eu comesse logo ou iria me atrasar. Obedeci.

– Precisava descansar um pouco. - ele piscou para ela que sorriu.

– Haru, está na hora de ir.

– Certo. - eu o abracei minha cabeça batia em seu peito. - Te vejo mais tarde?

– Acho que não. - ele bagunçou meu cabelo como tinha costume de fazer. - Mas não devo demorar muito para retornar.

Entrei no carro.

Isaac estava lá de cabeça baixa, ele levantou apenas uma parte do rosto, pude ver uma linha que saia do outro olho e atravessava a cabeça.

– Você está bem? - perguntei jogando meu material na mesa, ele voltou a tapar o rosto. - Eu falei com você.

– Me deixa em paz. - ele grunhiu.

Puxei sua cabeça pelo cabelo, ele soltou um sussurro de dor e me xingou. Pude ver o tapa olho.

– Está feliz agora? - ele ficou bravo.

– O que houve?

– Não te interessa o que houve, é um assunto meu, você não pode fazer nada.

Sentei em meu lugar, ele voltou a abaixar a cabeça. Fiz o mesmo, porém com um dos olhos eu continuei a observá-lo.

Ao sinal do intervalo todos sairam da sala, ele continuou eu te fiz companhia. Alguém entrou caminhou até onde eu estava, levantou minha cabeça com delicadamente, fingi dormir, a pessoa foi até Isaac, quem quer que fosse consegui fazê-lo se mover. Quando sairam eu "acordei" e os segui, seguiam pelo corredor, era alguém da minha sala pelo uniforme. Os segui. Sairam para o pátio, o sinal tocou, ninguém os perceberia ali, havia mais alguns meninos.

– E a garota? - um deles perguntou.

– Dormindo, não deve acordar tão cedo, mas também quando acordar...

– Vocês prometeram não mexer com ela... - Isaac falou.

Eles riram, um deles se aproximou dele e o puxou para trás com o cabelo e beijou seu pescoço, o novato corou, depois mordeu sua orelha, ele ficou ainda mais vermelho e soltou um grunhido de dor, quando menino o afastou de seu corpo pude ver o fio de sangue que escorreu.

– Sério mesmo que você farão essas coisas aqui no meio do colegio? - eu sai do meu esconderijo. Um outro menino havia abraçado Isaac que começar a fazer... coisas com ele.

– Haru... - Isaac gemeu. Ele ofegava.

– Parece que ele fica alegrinho quando a vê, isto é, com o olho que restou.

– Quer se juntar? - um deles me agarrou.

– Haru! - Isaac gritou. - Afastem-se dela.

Eu ri, o menino me agarrou mais fortemente, eu o olhei, ele aproximou o rosto do meu pescoço. Pisei em seu pé, ele se afastou mancando, um chute em seu rosto, ele caiu. Outro veio na minha direção, mais e outro e outro foram derrubados, faltava apenas o que acariciava Isaac. Que o empurrou para o chão veio até mim e com um soco ele rodou, outro ele girou, um chute e caiu.

– Vem. Vou te levar para casa. - eu peguei o braço de Isaac, olhei para os meninos e comecei a puxá-lo.

– Haru. - ele sussurrou. - Haru... - ele tinha voz de choro.

– Sh... - eu levei o dedo até a boca. - Acho que teremos que assistir as últimas aulas, e depois, prometo te levar para casa.

Voltamos para a sala, todos nos olharam, os meninos não haviam voltado, nos sentamos. Quando a última aula começou os meninos apareceram e me encararam.

O sinal da saida. Esperei até que Isaac arrumasse as coisas, fomos os últimos a sair. O motorista estava lá e se assustou ao me ver acompanhada dele.

– Senhorita, o que isso significa? - ele perguntou e olhou minha roupa, só então percebi que não havia dois botões na camisa.

– Poderia nos levar para casa, por favor? - ele confirmou fechando a porta atrás de mim. - Então... - Isaac me olhou. - Aonde mora?

– Não tenho casa. - ele falou virando o rosto constrangido. - Eu fugi de casa há alguns meses e desde então busco por emprego e algum lugar que me aceite para morar. - o motorista me observava. - Mas tudo que eu trouxe foram problemas, inclusive para você.

– Não diga bobagens. - eu sorri. - Bom... Acho que não terá problemas em passar uma temporada comigo, - ele se assustou e me olhou. - eu moro sozinha, digo, não sozinha-sozinha, apenas longe dos meus pais, acho que não tem problema você vir comigo. - o motorista sorriu.

Chegando em casa corri par ao quarto e o arrastei comigo, depois fomos par a a cozinha e o apresentei a todos. A Governanta o aceitou muito bem e disse que iria preparar logo um quarto para que ele pudesse ficar.

– Posso dar uma olhada? - eu perguntei fazendo sinal para o tapa-olho. Ele levou a mão. - Se você quiser me mostrar... - ele negou. - Tudo bem, mas se precisar de algo é só falar comigo. Boa-noite, Isaac.

Não olhei o blog...

Acordei no outro dia com a Governanta me balançando, ela riu do meu olhar inchado e falou que Isaac já estava tomando o café, levantei e me arrumei rapidamente e desci. Lá estava ele sentado comendo, o pessoal havia adorado o novato. Eu me sentei ao seu lado e comecei a comer.

– Dormiu bem? - perguntei. Ele confirmou colocando um pedaço de bolo na bola.

Fomos para o colégio, logo na entrada alguns meninos impediram a nossa passagem, olhei para o que comandava tudo, eu havia batido nele no dia anterior.

– Haru. - ele falou. - Você virá conosco. - afastamos um passo, um deles segurou meu pulso, me debati, mas não consegui me soltar.

– E se eu recusar? - falei olhando para um deles, evitei olhar Isaac.

O mesmo que me segurava se aproximou do meu pescoço, deu um beijo e vagarosamente passou a língua até chegar em minha orelha.

– Deixem-na. - Isaac gritou. Ele havia corado.

– Aposto como ele deve estar "alegre" vendo isso. - um deles riu, era mesmo do dia anterior. - Prossigam.

Esse mesmo que me segurava passou a mão pela minha barriga e ia descer pela saia, mas eu me soltei e acertei um chute em seu rosto.

– Isaac. - eu falei, ele me olhou constrangido. - Entre no colégio.

– E você?

– Não se preocupe. - eu virei e sorri. - Logo entrarei.

Ele correu, levou minha mochila junto, eu os olhei. Sorriram para mim, um deles ia se aproximar, mas parou, alguém estava atrás de mim, eu não quis me virar, mas pude ouvir sua voz.

– O que pensam estar fazendo? - era o asiatico. - Agredindo uma dama indefesa.

– Desculpa, senhor. - eles se afastaram. Ele se aproximou.

– Obrigada. - eu entrei no colégio, ele ficou me olhando de fora, entrei na sala e me joguei ao lado de Isaac, ele me olhou, mantinha o olho tapado.

As aulas passaram normalmente, eu quase dormi na maioria. Na saida eu o esperei mais uma vez, todos da sala haviam saido quando ele começou a guardar o material, ele parecia mais triste, eu o puxei, ele corou.

Do lado de fora o carro já nos aguardava, o motorista sorriu na minha direção. Fomos até lá e entremos, ou eu deveria ter entrado, se não tivessem me puxado para trás. Isaac se assustou e o motorista não foi diferente, ele saiu do carro, os meninos o encararam.

– Haru. - ele falou. - A senhorita deixará que te peguem tão facilmente?

– Desculpa o incomodo. - eu sorri, ele fez o mesmo, os meninos riram, me livrei do que me segurava, um soco no estomago, e infelizmente recebi um vomito em minha roupa, os outros nos olharam e afastaram, entramos no carro e seguimos para casa. - Desculpa te fazer esperar. - Isaac virou o rosto tinha a mão sob o olho.

– Não tem do que se desculpar.

Chegamos em casa, ele se trancou no quarto, a Governanta perguntou se estava tudo bem, eu lhe contei tudo que havia acontecido, ela ficou assustada, esse tipo de coisa não deveria acontecer em um colégio como esse, foi o que ela disse.

Aproveitei para escrever...

I wanna feel you now like a thousand lies

Bleeding out of your heart

Burning in the night

Don't wanna see you crying

Fallen out of light

Já tinha um tempo, eu quase tinha me esquecido desse senhor mistério. Fui em deitar tarde, tive que fazer todas as lições e arrumar as coisas para o dia seguinte, uma parte eu havia adiantado, uma parte que seria só para a semana seguinte.

– Bom dia. - desci as escadas e logo fui recebida por ele. Bruehl.

– Bom dia. - falei sorrindo, olhei pela mesa e encontrei Isaac. - Bom dia para você também.

– Você conversa com o senhor pirata? - Bruehl riu, eu apenas me sentei e comecei a comer. - Foi uma brincadeira, ria comigo ou ficarei sem graça.

– Desculpa, não ando com muita vontade de rir.

– Alguma coisa errada?

Neguei e me levantei pedindo licença, Isaac me seguiu, em silêncio cabisbaixo. A Governanta me parou antes de sair e arrumou minha roupa, era de costume. O novato sorriu levemente tentando ser discreto diante do ato da mulher que sorriu para ele bagunçando seu cabelo e indo ao encontro do filho.

Conseguimos entrar na escola sem que ninguém nos perturbasse, seria um grande, longo e estranho dia normal.


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Notas finais do capítulo

Desculpe, não sei se estão gostando ou não da história, por favor eu adoraria comentários sobre meus escritos.



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