The princess of the white eyes escrita por Samyh


Capítulo 10
Capítulo X - Cerimônia


Notas iniciais do capítulo

A morte de Pandora alarmou toda a região, elfos em guerra e a magia não acaba, parece que iremos ver Rue sorrir neste capítulo, espero que gostem.



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Após o ocorrido com a pobre Pandora minha mãe se manteve sem chão, ela realmente não sabia o que fazer, depois de muito pensado ainda aquela tarde ela chamou Kalifa para libertar o espírito de Pandora de seu corpo, e assim foi feito.

Depois de algum tempo levamos minha mãe até seus aposentos e ficamos a sós, então eu disse – Posso desmarcar os convites mandando ninfas até os reinos. – tocando as mãos geladas de minha mãe que estava sentada sobre sua cama. – Não... O baile, o jantar e toda a cerimônia irão ocorrer hoje. – Disse minha mãe levantando-se e indo até a porta com seus olhos lacrimejando – Vamos saia já daqui e vá se trocar. – Logo ela abriu a porta com força e ficou ao lado da mesma, sem pensar duas vezes sai.

Fui até meu quarto obedecendo a ordem de minha mãe, tranquei a porta e fui me banhar, após isso troquei minhas vestes e prendi meu cabelo em forma de um rabo de cavalo com duas tranças em minha cabeça, uma ao lado direito e outra ao lado esquerdo, caminhei até a mesa de cabeceira e peguei minha tiara dourada com uma pedra roxa ao meio dela colocando-a em minha cabeça.

Dei duas batidinhas em meu vestido branco como a neve, e fui até o espelho.

– Francamente, não sei por que ainda tento... – Disse para mim mesma em frente a ele.

Notei algo estranho se mover, era como uma fumaça azul diante a mim, e após isso uma voz entranha disse – Está linda querida princesa... – Eu arregalei os olhos sem mudar minha expressão facial.

– Quem... Quem está ai? – Perguntei assustada.

– Seu protetor minha querida princesa. – Disse a voz estranha em tom alto e forte.

– Protetor? Acho que pode ir, tenho todo um exército para minha proteção.

– Mesmo? Acho que não foi um exército que lhe ajudou a sair daquele lago quando criança.

Ainda a frente do espelho, parei assustada, chegava a ser estranho como sentimentos ruins poderiam ser sentidos de formas tão fortes, já os bons teria que me esforçar para senti-lo. Consegui ver a névoa azul mais uma vez ao meu lado.

– O que é você?

– Sou um anjo, o anjo que lhe abraçou enquanto caía no lago, o mesmo que salvou você, consegue me ver certo? – Perguntou o dito anjo.

– Anjo... Sim, eu lhe vejo.

– Realmente, não ha alma alguma, só um pequeno resquício que posso sentir, mas que não posso ver totalmente.

– Esta é sua forma certa? – Perguntei ainda assustada.

– Esta é minha forma espiritual.

– Esta é minha forma corpórea. – Disse o anjo transformando-se em um humano magro, mas um pouco forte, de estatura media com olhos totalmente azuis, cabelos cacheados de tons dourados platinados da altura de seus ombros, pele branca e totalmente despido com duas asas brancas enormes.

Ele estendeu seu braço para frente e abriu sua mão e de uma forma incrível uma espada dourada com detalhes azuis ao seu redor e desenhos estranhos, para mim ao menos, em tom verde brilhando ao meio dela, de uma ponta a outra surgiu em sua mão, logo ele chegou seu punho segurando-a.

– É tão... Lindo. – Sussurrei maravilhada.

– Aqui estou. – Disse o anjo sorrindo.

– Ah... – Disse assustada ao notar o homem despido logo corri até a cama e lancei os lençóis brancos sobre ele.

– Não fique andando nu pelo reino. – Disse após jogar os lençóis e ir até a janela próxima a nós como tira-tempo.

– Háhá... – Sorriu o anjo após ver meu feito.

– Qual o seu nome? – Perguntei.

– Meu nome é Micha... – Antes que o dito anjo pudesse completar a frase todo o reino estremeceu.

– Mas o que é isto?! – Perguntei assustada.

– Ah, desculpe. – Após dizer isso o tremor no local foi cessado.

– Foi você?

– Sim, nós anjos somos forças... Quando nossos nomes são invocados cada força reage de uma forma.

– É tão... Majestoso.

– Devo encarar como um elogio? – Perguntou.

– Ah... Sim, é claro.

– Querida! Foi você?! – Gritava meu pai do corredor.

– S-sim, desculpe. – Respondi.

– Desça, o jantar irá começar a alguns minutos.

– Bom... Acho melhor eu sair de minha forma material não é? – Disse o anjo dando um rápido rodopio e se transformando em fumaça novamente.

Um anjo, francamente tudo estava a mil para mim, sai de meu quarto correndo e descendo as escadas rapidamente, pois uma princesa também tinha de atender os convidados.

Chegando aos portões do castelo notei minha mãe e meu pai e suas belas vestes, com a companhia das suas coroas é claro, o brasão de nosso reino poderia ser rapidamente notado em suas capas azuis.

Roger adentrou o castelo vestindo trajes negros, uma camisa branca a dentro, botas marrons e seu cabelo penteado para o lado direito, seu sorriso e seus olhos me encantavam, bem no fundo eu também conseguia sentir algo por Roger, bem no fundo.

– Olá majestade. – Disse curvando-se à minha mãe.

– Oh, olá Roger, está impecável. – Disse a rainha.

– O-obrig.. – Logo Roger olhou acima do ombro de minha mãe direcionando seu olhar para mim sem dizer uma palavra.

– Roger? – Perguntou a rainha.

Logo a rainha virou para ver o que ele havia visto e lá estava eu, com meu longo vestido branco, cabelo novamente preso e uma simples tiara a minha cabeça.

– Ah entendo. – Disse minha mãe dando um pequeno sorriso ao canto da boca e virando-se novamente para atender os outros convidados.

Roger saiu em disparada até mim ao chegar mais perto curvou-se rapidamente e estendeu sua mão em minha direção.

– Roger... – Disse tocando sua mão e indo até mais perto de meus pais.

A chegar mais perto notei várias pessoas se juntando a nós e a olhar melhor notei uma jovem de capuz e cabelos louros, sim, era Lilia, fui andando rapidamente até ela ainda segurando a mão de Roger.

– Lilia, você veio.

– Sim, vim.

– Mas, onde estão o rei e a rainha?

– Eles não puderam vir, a esta altura de tempo devem estar lutando contra o reino do leste.

– Ah, entendo.

Lilia olhou para minha mão assim dada a mão de Roger e sorriu.

– Seu namorado? – Perguntou Lilia.

– Como? Não. – Respondi.

– Ah, não, não. – Disse Roger corando-se.

– Foi só uma pergunta, para que isso tudo? – Perguntou Lilia.

– Bem... Todos me acompanhem para que possamos iniciar o jantar. – Disse minha mãe com um sorriso estampado em seu rosto, não sei como, acho que ela estava em prantos por dentro.

A chegar lá nos sentamos e aguardamos a refeição, era de muito prestigio pois fora preparada por uma chefe muito famosa na região, depois de algum tempo nos serviram colocando as talheres como nas ordens corretas de etiqueta.

Antes que pudéssemos comer a mulher de cabelos escuros aos tons de seus olhos, sobrancelhas enormes e, dita como chefe saiu da cozinha, trajada como tal se aproximou e disse – Bem, preparei com muita calma esta refeição, a magia também foi necessária, espero que gostem. – Terminou dando um sorriso.

Os convidados logo pegaram seus garfos ao lado dos pratos e começaram a comer, a minha esquerda estava Lilian e a minha direita estava Roger, a cozinheira nos fitada de longe com um olhar frio e cruel isto realmente me assustava, mas eu podia ver também todos ao redor da mesa sorrindo e festejando, não sei o que houve comigo mas um sorriso em meu rosto estava abrindo.

– Filha! – Gritou meu pai ao ver o sorriso assim apontando pra mim.

– Céus... – Disse Kalifa.

– Minha nossa, isso...Isso é um.. – Disse minha mãe.

Todos ao meu redor me olharam com suas expressões assustadoras em seus rostos, mas o que parecia estranho era que o sorriso não se fechava, e as outras pessoas não se mexiam, meu pai continuava a apontar seu dedo indicador da mão direita para mim, alguns não desfaziam seus sorrisos também, e logo a cozinheira deu uma gargalhada.

– Finalmente consegui rainha Genevive.

– Lembra-se de mim? – Perguntou a mulher ainda estranha.

Ela impulsionou-se e saltou sobre a mesa ainda sorrindo, nem ao menos os pobres serventes da corte se mexiam, todos totalmente paralisados, eu realmente estava assustada.

– Filhote de brutos. – Disse a mulher estapeando o rosto de minha mãe.

Filhote de brutos era a pior coisa que você poderia chamar outra pessoa, era totalmente indecente.

A mulher virou-se para mim e se ajoelhou a minha frente, levou sua mão até suas vestes e retirou uma adaga que brilhava a um tom dourado.

– Adeus princesa. – Disse a mulher enquanto elevava sua mão em direção a minha garganta.

– Ainda não. – Disse Lilia tirando um graveto das vestes e chutando a mão da mulher, fazendo com que a adaga caísse sobre a mesa.

– Mas como? – Perguntou a mulher a si mesma.

Vi um vulto a saltar de meu lado e um homem havia se formado sobre a mesa ao meu lado, com sua espada em mãos e despido, era o anjo.

– Não tente nada contra a princesa.

– Ou morrera aqui. – Completou Kalifa atrás da mulher, com um globo de energia em sua mão, em um tom lilás.

Lilia elevou um pouco o graveto e direcionou seu punho fechando-o como se tivesse manuseando um arco e uma flecha dourada se formou sem nenhuma matéria.

– Não terei piedade alguma. – Disse Lilia balançando a cabeça fazendo com que o capuz caísse e mostrasse suas orelhas élficas.



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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Espero que sim. Deixem reviews =3.



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