–Já podemos escolher o nome do nosso segundo filho ou filha! –Afirmou Lindsay com um sorriso enorme. Parecia que não iria caber dentes ali.

Minha alegria era tanta, que não pude deixar de soltar uma lágrima de alegria, ela sorriu e nos abraçamos. Jess sorria, depois as amigas se abraçaram.

–Lind... Eu nem sei o que falar. Eu te amo. –A abracei de novo. Jess riu.

–Bom, galerinha eu tenho que ir, tchau. –Falou a melhor amiga dda minha esposa, saindo pela porta.

–Então, qual nome você quer? –Perguntou Lind se sentado no sofá.

–Pode escolher. Eu quero que seja outro menino. –Falei me juntando a ela no sofá.

–Eu quero que seja uma menina, sabe para ficar um casal. –Afirmou Lind deitando sua cabeça no meu ombro.

–Mas só tem uma coisa que me preocupa... –Sussurrei de uma forma que ela escutasse.

–O que te preocupa meu amor? –Perguntou ela tirando sua cabeça do meu corpo e sentando ao meu lado.

–Como eu vou ficar nove meses de novo se nenhuma relação? –Perguntei rindo, o que fez ela rir também, mas ironicamente.

–Ah Rob, você sabe que depois vale a pena. Eu sei que você aguenta amor. –Ela fez um carinho no meu cabelo enquanto falava.

–Mas eu vou ter você ao meu lado e isso é maravilhoso. –Sussurrei em seu ouvindo, consegui arrancar um sorriso lindo de felicidade.

–É mesmo meu Rob, mas vamos subir e dormir, amanhã eu tenho trabalho e o senhor tem aula. –Ela pegou minha mão e praticamente me puxou para o quarto.

Trocamos de roupas, deitamos e dormimos juntos, como o casal perfeito e sem problemas. Porque não temos problemas, parece a história perfeita.

POV LINDSAY

Era quinta-feira, havia um sol lindo na praia. Levantei primeiro para fazer o café, Rob parecia estar tendo lindos sonhos. Desci as escadas e fui até a cozinha, Greg comia sua ração e eu fui fazer as torradas que o Docinho ama.

Aquele café estava com um cheiro delicioso, eu sentei á mesa para começar a comer e Robbie descia as escadas. Ele depositou um leve beijo na minha testa, levantei e fui ao meu quarto. Troquei de roupa, me despedi do Robbie e fui para o trabalho.

Chegando lá, fui direto a sala do Mike, avisar que teríamos um novo membro na família. Bati na porta e ele pediu para entra, como sempre.

–Olá minha modelo. –Ele falou rindo quando viu que era eu.

–Oi Mike, eu tenho uma e uma má notícia. –Já cheguei avisando.

–A boa primeiro. –Ela falou se preparando.

–Eu estou grávida. –Afirmei rindo.

–Ah? E o seu trabalho? –Ele perguntou assustado.

–Essa é a notícia ruim. Eu vou ter que trabalhar mais e mais, antes da barriga crescer. Ou então uma loja de grávida podia me contratar. –Quando eu terminei de falar vi um sorriso no rosto no rosto de Mike.

–Isso. Olha, vá cuidar do trabalho de hoje e até o fim da semana. Quando sua barriga crescer eu contrato um loja de grávida. Agora vá ao trabalho! –Mike me ajudou a ter uma ideia de o que fazer nesse momento.

Fui ao set de fotografia, e ela trabalhei muito. Tive muito trabalho, e foi assim durante semanas e semanas. Robbie passou, ele se formou. Não teve formatura, na verdade teve, mas o Robbie passou a noite comigo no cinema.

O tempo passou realmente muito rápido. Robbie havia feito um show em um bar, foi lindo, mas não levou a nada. Meu guitarrista lindo, ele e seus amigos, na banda Over The Moon.

Eu estava com quatro meses, sim já quatro meses. Robbie tinha uma audição especial. A audição seria para uma festa de quinze anos de uma garota. Eu fui com eles até o lugar onde seria o grande teste.

Era um salão enorme, eram apenas três banda: A do Rob e seus amigos, e outras duas. Mas nenhuma chegavam aos pés da do meu maridão! Adivinha?  Eles ganharam! E em duas semanas a tal festa.

Rob e seus amigos ensaiaram direto, dias e dias. Chegando na festa, a decoração era a geração do filme. A banda Over The Moon foram para o lugar onde tocariam: em cima do palco. Um lugar de honra.

Eles tocaram apenas músicas deles, Rob tocava olhando para mim. Aquela luz do palco refletindo em seus olhos verdes... Não consegui esconder uma lágrima escorrendo do meu rosto. O sonho do meu marido se realizou. Não por completo, mas ele estava a caminho dele.

Ver o Rob fazendo o que gosta é uma das melhores sensações do mundo! Ele acabou o Show, a festa já tinha acabado, haviam poucas pessoas no salão. Até que um homem esquisito veio a nós...

–Com licença. –Ele pediu. –Meu nome é Brune e eu vim falar com sua banda.

–Minha? –Perguntou Rob curioso. –Meus amigos foram embora, mas eu estou aqui. Pode falar.

Nós três nos sentamos e o homem, Brune, começou a falar.

–Eu sou empresário, caço talentos. E adorei o som seu e dos seus amigos. Qual é o nome da banda? –Perguntou o empresário curioso.

–É Over The Moon, você tem um cartão o algo para eu pegar seu telefone? –E assim continuou a noite. Brune e Rob trocaram telefones e contatos.

Fomos para casa e Robbie estava radiante. Nós dormirmos juntos, Robbie com a mão na minha barriga, “protegendo” o nosso filho ou filha.

Era sexta-feira, mas feriado. Eu não iria trabalhar e Robbie ia estudar. Em alguns meses era o vestibular, e ele tinha realmente que estudar. Rob queria fazer faculdade de música, e eu o apoiava completamente.

Aproveitei que estudaria durante todo esse dia, eu sai com Felipe para comprar as roupas de ano novo que era em menos de um mês. Tinha um lindo sol na rua, Felipe olhava tudo querendo descobrir o mundo.

Na loja, que estava praticamente vazia, comecei a escolher a roupa do Robbie para o Réveillon. Eu já tinha escolhido minha roupa, e estava em casa. Como sei que o Rob não se preocupa com roupa, comprei uma simples, mas delicada e perfeita para ele.

Depois voltei naquela pracinha onde o Fê já tinha ido, onde eu havia arranjado um briga. Como ele estava de quatro meses, brinquei melhor com ele. A sensação de ver um sorriso naquele rostinho, era uma das melhores do mundo. A de ser mãe. 

Voltei para casa e vi o Rob lá no sofá estudando. Dei um beijinho em sua testa e fui ao quarto dar de mamar para Felipe. Quando meu bebê já estava alimentado, coloquei ele para dormir. Fui a sala ajudar o meu amor a estudar.

A matéria era física, sentei ao lado dele. E como física era minha matéria favorita, eu ajudei ele, tirei suas dúvidas e fizemos exercícios. Por volta de umas sete horas da noite, os olhos de Rob fecharam e ele nem percebia.

–Amor, vamos dormir. –Informei ajudando-o a levantar. O material ficou ali mesmo, no sofá e no chão da sala. Rob estava praticamente, em cima de mim, eu o carregava em meus braços.

Deitei ele na cama e tirei sua roupa. Coloquei seu pijama e o ajeitei na cama. Coloquei meu pijama e deitei junto a ele. O tempo passou, o Réveillon era essa noite e eu estava completando cinco meses.

Rob adorava minha barriga, parece que ele era o dono dela. Toda hora, ele vinha e dava um selinho nela ou então, queria escutar o bebê de lá dentro. Eu e Rob havíamos marcado uma consulta para alguns dias no médico iriamos descobrir o sexo do bebê.

O clima estava frio, nublado e a qualquer hora podia chover. Eu e meu marido lindo íamos passar a virada no mini jardim junto a Felipe e Greg. Rob já estava com sua roupa, ele saiu para comprar o seu espumante (Eu não ia beber por causa do bebê).

Aproveitando que ele saiu, coloquei um música e comecei a me arrumar para a virada.

Essa seria a minha roupa: um vestido branco e sapatos dourados. Desci as escadas e vi o Robbie colocando a bebida ainda fechada na mesa.

–Uau. Como você está linda. –Ele afirmou ao me ver. –Nem quer tanto dinheiro assim né?! Haha.

–É para nossos filhos. Não quero que falte nada a eles, nada. –Falei dando um selinho demorado no Rob.

–Verdade. Bom, eu vou subir e colocar minha roupa. –Informou Rob subindo as escadas em direção ao quarto.

Eu peguei as cadeiras e levei para o jardim, onde iriamos passar a virada. Rob veio até mim com a roupa que eu havia escolhido, ele estava tão lindo e sexy...

Conversamos muito tempo, eu só olhava para seu corpo, sim eu o queria, mas não podia. Ele segurava minha barriga com carinho e eu adorava. Faltavam poucos minutos para a virada, a contagem regressiva começou...

Rob olhavam fundo nos meus olhos e eu retribuía com um belo sorriso. Era 2013, e o primeiro ato foi, beijar o Rob. Foi um beijo diferente, calmo, delicado, romântico. Docinho pediu passagem com a língua e eu cedi, agora sim o beijo ficou mais completo.

Quando acabou, terminamos com um selinho demorado e depois um sorriso lindo. Rob me abraçou.

–Eu te amo. –Ele cochichou enquanto me abraçava. –Não sei viver sem você.

–Rob. Eu te amo, quero viver só com você. –Aquelas palavras me fizeram tão bem. Ele bebeu uma taça de espumante e foi para dentro comigo. Eu amamentei o Fê e fui dormir junto ao Robbie, junto ao homem que me ama.

Acordamos dia 1, com um calor enorme. Fui a cozinha fiz o café, sentei à mesa e Rob veio se juntar a mim.

–Lind o que você acha, de nós irmos na praia hoje? –Perguntou Rob se sentando junto a eu na mesa.

–Boa ideia. –Afirmei animada. –Mas e o Fê, ele vai com conosco?

–Não, podemos deixar ele com os meus pais. Vou ligar. –Rob levantou da cadeira, pegou seu telefone e teve um conversa bem rápida com sua mãe. –Ela cuida dele, agora coloque sua roupa que eu vou colocar a minha.

Rob subiu as escadas e foi ao quarto. Eu ri, Rob ama praia, quando eu terminei de comer subi para meu quarto. Coloquei uma roupa de praia, arrumei o Fê para a casa da avó e desci as escadas.

Na sala Rob já estava pronto e animado. Ele pegou as chaves do carro e saímos. O caminho foi tranquilo, não havia transito. Deixamos o Fê com sua avó e fomos para a praia!

Sol quente, areia, mar e o Rob... Tem como ficar melhor? Não. Armamos a barraca e a canga. Rob passou o protetor no meu corpo e depois no seu. Ficamos conversando sobre a festa em que o Rob tocou.

Ele pensava em como seria sua fama, ver seus olhos brilhando era tão bom, tão inspirador...

–Robbie, amanhã nós temos médico ok? Vamos descobrir se é menino ou menina. –Lembrei sorrindo.

–Amor, não importa o que seja: Menino ou menina; Desde que seja nosso filho. –Ele beijou minha testa e segurou minha mão.

Naquele momento eu senti que Rob estaria ao meu lado sempre. Era por volta do meio dia, fomos embora para casa descansar para amanhã. Eu e Rob fomos para o quarto.

–Lind, toma banho comigo? –Perguntou Rob já nu entrando no chuveiro.

–Claro. –Tirei minha roupa e entrei no box. Rob me analisou mordendo seu lábio inferior, e me puxou.

Com um beijo delicado, tudo começou, era tal bom. Só Rob sabia com me satisfazer. Senti suas mãos descerem e apertarem minha bunda. Soltei um gemido baixinho e com um sorriso do rosto do docinho.

Depois de muitos beijos e algumas mãos bobas, tomamos um banho normal. Esse banho demorou, muito, quando acabou, era por volta de umas três horas. Assim que terminamos, colocamos uma roupa e fomos assistir a um filme.

Como sempre eu dormi no meio do filme.

POV ROBBIE

Minha rainha dormiu, a peguei no colo e deitei ela na cama. Meu sono não chegava, eu queria apenas pensar no Brune e quando sua ligação iria chegar. Quando foi por volta das duas da manhã eu consegui dormir.

–Rob, amor acorda... –Fui acordado pelo sussurro da Lind me chamando, putz meu, que sono! – Temos médico hoje.

–Sim. –Dei um pulo da cama quando lembrei, como pude esquecer logo disso?!

–Eu já estou pronta amor, vou esperar você lá embaixo. –Informou Lindsay saindo do quarto e descendo as escadas.

Peguei uma roupa qualquer, uma roupa que estava na cômoda. A vesti e desci as escadas, minha mãe estava cuidando do Fê e quando a consulta acabasse, iriamos buscá-lo.

No caminho, eu via os olhos radiantes da minha mulher. Não demorou muito e chegamos. Fomos direto ao consultório, lá haviam mulheres grávidas, eu era o único homem, a não ser o médico.

Depois de alguns minutos a secretária avisou que nós podíamos entrar. Peguei a mão da Lind, que estava nervosa, e caminhamos até o final do corredor, onde uma porta grande e branca estava entreaberta a nossa espera.

Entramos e o médico nos esperava. Nós o cumprimentamos e ele logo começou a examinar Lindsay. Foram pequenos minutos, como ela estava de cinco meses, foi rápido descobrir “quem é?”.

–Então é um menino ou uma menina? –Perguntou Lindsay um pouco nervosa. Peguei sua mão e a segurei para a resposta.

–Parabéns, vocês vão ter um menina na família. –Informou o médico sorrindo.

Lind apenas sorriu, muito. Depois nos levantamos e nos abraçamos, ela não podia estar mais feliz. Nos despedimos do médico e fomos pegar o carro e ir para casa. Ajudei Lind entrar no carro, e antes que eu ligasse o carro, fui interceptado pela Lind.

–Uma menina Rob. –Ela falou segurando minha mão. –Temos que fazer compras, agora.

–Se você acha. –Respondi com um sorriso. Ela estava animada, seria a nossa menina, a menina da casa. Fomos até um shopping que tinha muitas lojas de roupas para bebês e recém-nascidos.

Nas lojas, havia um modelo de roupa mais bonito que o outro. Lind, a mãe coruja, olhava tudo com cada detalhe e percebia coisas que eu nunca pensei que podiam existir. Compramos um outro carrinho e um outro berço. As roupas, sapatos tudo era lindo.

Quando a sessão de compras estava quase completa, fomos até uma lanchonete, Lind estava grávida e precisava comer algo. O prato de comida dela era o dobro do meu, e ela sim, comeu tudo. E só Deus sabe para onde foi toda a comida.

Estávamos caminhando até o estacionamento do shopping, escolhendo nomes e tal quando uma nuvem negra surge na nossa frente, era só uma pessoa, mas uma pessoa que era capaz de destruir tudo, e todos.

–Olha só, o casal do ano. Lindsay, você está tão gorda... Pera aí, você está grávida. De novo, fazer o que né, se a puta não usar camisinha engravida. –Falou Kátia com um som de puro deboche.

–Alguém pediu sua opinião? Vai embora. Eu engravidei do Rob sua vadia, porque eu o amo. Agora cuida da sua vida porque a minha já tem dono. –Lind tem um fora perfeito, mas Kátia continuou.

–Robbie não te ama. Ele só quis sexo com você e quando te engravidou, teve que cuidar do bebê e por isso ele casou com você. Acredite em mim. –Kátia a provocou, foi um golpe no coração de Lindsay.

–Sai, me deixa viver em paz. Se você perdeu o Robbie, já pode ir atrás de outro. Mas não estrague uma família feliz e que está em crescimento. –Lindsay pediu educadamente segurando o choro.

–Eu não vou deixar isso barato, você vai ver. Eu vou descobrir seu ponto fraco e destruir você. –Informou Kátia em tom realmente muito assustador.

Lind deixou as compras caírem no chão, ela colocou as mãos no rosto e começou a chorar desesperadamente. Eu liguei para a Jess que veio me ajudar a levar tudo para casa. Ela pegou as compras colocou no carro e eu, com calma ajudei Lind a levantar e a entrar no carro.

Lá dentro eu e a Jess, conseguimos acalmá-la. Lind foi no banco de trás junto com Jess. Eu dirigi e foi para a casa da minha mãe buscamos o Fê, deixei Jess em casa e fui para minha casa com a Lind.

–Robbie, deixa que eu levo as compras ok? Leva o Fê pro berço. –Afirmou Lind saindo do carro, abrindo o porta-malas e tirando as sacolas. Ela entrou em casa e foi direto para o quarto.

Estacionei, peguei Fê e o coloquei no berço. Em seguida, fui ao meu quarto. Lá encontrei as sacolas no chão e Lindsay chorando na cama.

–Meu amor não fique assim, ela não vai me tirar de você, e nossos filhos ela nunca vai encostar. –A abracei mas ela continuou a chorar. –Sabe o que vai te fazer melhor, um banho. Quer? Eu dou.

No mesmo momento ela sorriu e assentiu com a cabeça. Fomos ao banheiro, tirei com muito cuidado sua roupa deixando-a nua. Depois tirei a minha roupa. Os olhos de Lind estavam inchados de tanto chorar.

Comecei a ensaboá-la com a esponja cheia de sabão. Passei o limpador por todo seu corpo e quando eu passa por sua barriga, eu via um sorrisinho em seu rosto. Quando tudo acabou, eu a sequei, coloquei o pijama e fomos deitar.

Deitamos de conchinha, eu cantei uma música romântica.

–Não importa o que vão dizer Lind, eu sempre vou te amar e estar ao seu lado. –Sussurrei em seu ouvido, ela dormiu com um sorriso lindo.

Era uma segunda-feira, estava nublado e frio. Lind fazia o café, o telefone tocou e eu fui atender.

–---------ligação on-----------------------

–Olá, aqui é Brune eu podia falar com o Robbie ? –Ele ligou!

–É ele. Oi Brune, o que me leva ao prazer da sua ligação? –Perguntei.

–Bom, eu sou empresário, queria investira na sua banda, Over The Moon. Você podia comunicar seus amigos , ensaiar e tudo mais. Na quinta-feira, eu vou ligar e marcar um encontro com todos os produtores. Vamos ver o que eles acham. Se eles gostarem, vamos investir em vocês e transformá-los em grandes estrelas! –Uau!

–E... Sim, claro eu aviso a eles. –Afirmei muito feliz.

–Então está combinado, tchau. –Nos despedimos e desligamos o telefone.

–-----------------ligação off--------------------

Contei a Lindsay sobre a grande ligação.

POV LINDSAY

Rob contou sobre a ligação, em seguida ele pegou o telefone e ligou para Dave e Tom, seus companheiros de banda. Rob os avisou sobre a grande chance.

–Amor eu vou na casa do Tom ensaiar ok? Eu já estou de volta tchau. –Ele saiu correndo e sorrindo, meu Robbie iria se tornar uma grande estrela do rock!

Fui ao quarto do Felipe e amamentei, ele voltou a dormir, meu anjo lindo! O dia passou rápido, muito rápido. Era por volta das seis da tarde, e Rob chegou em casa.

–Como foi seu dia amor? –Perguntei quando o vi entrar.

–Cheio de notas, haha. Eu vou deitar ok? Eu estou com muito sono. –Ele respondeu realmente com uma cara de sono.

E foi assim o resto da semana, ou pelo menos até a quinta-feira. Quando chegou a quinta-feira mais esperada, ele foi direto o lugar da audição. Eu o acompanhei. Felipe estava na casa da minha mãe.

Foi bem rápido, em alguns minutos nós chegamos. Era um lugar pequeno, mas que havia um palco grande, os amigos e Robbie só estavam a sua espera para começar a tocar.

Sentei junto aos empresários na plateia. Eles começaram a tocar, e na minha opinião... Eram maravilhosos! Eles tocaram arrasaram e divaram muito. Eu sabia umas partes da música, porque Robbie a cantava algumas vezes para mim. Quando acabou, eu levantei e comecei a bater palmas.

–Isso meu amor! –Que vergonha! Fui a única que levantou e bateu palmas. Eu fiquei vermelha na hora, eu via que Robbie queria rir mas não podia. Eu me sentei na cadeira.

–Eu não gostei. –Falei um empresário. –Eu amei, estou maravilhado. Vocês são muito talentosos.

E assim começou uma maré de elogios, Rob e seus amigos ficaram mais que radiantes ali no palco. Foram longos minutos de boas palavras para a jovem banda.

–Então vamos fechar o contrato? –Perguntou Dave curioso.

–Você ainda tem dúvida? Mas é claro, quero transformar a Over The Moon em um grande banda de sucesso! –Afirmou um dos empresários muito feliz e ambicioso.

–Vamos para a minha sala, lá vamos falar do contrato. –Pediu Brune. Rob, Dave e Tom, seguiram o Brune até uma salinha. Eu não podia entrar, então sentei lá e esperei. Foi por volta de um hora que eu esperei, mas eu esperaria muito mais pelo meu Rob.

Quando ele e seus amigos saíram da sala, ele veio e me abraçou forte.

–Lind, eu já tenho até show marcado. Lind, pronta para ser a esposa de um astro do rock? –Os olhos de Robbie pareciam duas pérolas de tanto que brilhavam, eu assenti com a cabeça e eu um rápido selinho nele.

Damos carona para o Dave e Tom, nós os deixamos em casa. Depois, eu e Robbie passamos na casa da minha mãe para buscar o Fê, logo em seguida fomos para casa descansar e refletir sobre as nossas vidas.

Chegando a casa, fui amentar Fê e depois o coloquei no berço para dormir. Eu e Rob estávamos muito cansados, trocamos de roupa e deitamos juntinhos, de conchinha. Mas antes de cairmos no sono, ele cantou para mim. Dormi nos braços de Robbie.

Acordei, era sexta-feira, chovia um pouco. Desci as escadas pensando no show do Robbie que seria em alguns meses. O empresário deu bastante tempo para ele e seus amigos ensaiarem. Só depois que eu tivesse a nossa filha, iria ser o show.

Fui a cozinha, peguei um copo de água e sentei no sofá. Liguei a televisão e ouvi os passos de Rob.

–Oi amor. –Eu falou ao me ver. –Tudo bem?

–Sim. –Ele me deu um selinho na testa. –Temos que escolher um nome.

–Tá, vamos resolver isso agora. –Ela pediu sentando ao meu lado no sofá. –Qual o nome que você quer?

–Hum, pode ser Zoe? –Perguntei mordendo meus lábios ansiosa para a resposta.

–Claro. –Ele abraçou e beijou minha barriga, onde abrigava a pequenina Zoe. –Ela está se mexendo...

Rob ria, sorria sempre quando entrava em contato com seus filhos. Eu vi aquela linda cena: Robbie conhecendo Zoe pela audição.

Assim, os meses se passaram. Certo mesmo, se passaram quatro meses e eu fiquei com uma barriga enorme. Durante algumas noites eu sentia dores e dores, mas nada que fosse tão assustador. Não até essa noite...

Era maio, sexta-feira de manhã. Robbie estudava geografia na escrivaninha do quarto. Eu estava deitada na cama lendo uma revista de moda. Greg estava deitado ao meu lado e Fê, para variar, estava dormindo.

As dores voltaram, só que mais fortes. Parei de ler a matéria sobre roupas laranjas e olhei para a cama em minha volta: ela estava molhada. Mas, por quê? Greg não faz xixi aqui, não derramei água...

–A bolsa estourou... –Sussurrei tentando chamar a atenção do Robbie. Ele parou de olhar o livro e olhou para minha expressão assustada.

–O que ouve? –Ele se levantou da cadeira e veio em minha direção, Rob parecia preocupado.

–A bolsa, a bolsa estourou. Preciso ir a um hospital... Ah –A dor da contração era enorme.

–Ok, ah. Eu vou ligar para a Jess.... –Falava Rob ao ser interrompido por mim.

–Robbie! Você tem carro e duas mãos! Leve-me a um hospital! –Eu não conseguia falar muito. Eu só conseguia pensar na dor e como doía.

Rob ligou para a Camilla, foi uma ligação rápida. Até que quando ele terminou, foi tudo rápido, ele me pegou no colo e quando eu fechei os olhos e abri, eu e ele já estávamos no carro. Eu podia sentir um líquido meio viscoso e nojento escorrendo das minhas pernas.

Meu marido lindo dirigiu bem rápido até o hospital. Eu não conseguia pensar, nem olhar para nada, eu só queria parar com aquela dor infernal dentro de mim. Meus olhos estavam quase se fechando.

Sinto Robbie me pegar no colo e me carregar até o hospital. Ele falou alguma coisa e algumas enfermeiras e médicos me rodearam. Fui colocada numa maca e senti ela se mexendo, eu só queria parar aquela dor...

Quando eu consegui abrir meus olhos, eu estava numa sala. E nessa sala, estava quase tudo pronto para o parto de Zoe e Rob estava ali.

–Rob, segura minha mão e não solta... –Eu sussurrei, naquele momento eu queria e precisava dele ao meu lado.

–Sempre. –Ele respondeu beijando minha mão.

Ouvi os médicos entrando, chegou a hora.