Estranho, Inevitável. escrita por Lu Medeiros


Capítulo 15
Capítulo 15 - Onda de Reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo maiorzinho pra ver se vocês se inspiram a comentar ein galera!
-Um capítulo feliz, para alegria da Fabi que recomendou a Fic. Obrigada, gatona! E divirta-se com o Capítulo!
Aproveitem!



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–- Segunda-feira da semana seguinte.

Eu estava abraçada com Edward sob uma árvore linda, cheia de flores lilases e delicadas, nós estávamos sorrindo um pro outro e nosso mundo estava concentrado ali, não havia nada além de nós. Eu não queria estar em outro lugar se não ali. Nós estávamos embalados por uma dança delicada regida pelo som do vento nas árvores e pelos pássaros. Foi quando um som diferente começou a soar em nossos ouvidos.

O meu despertador.

Eu acordei um tanto perturbada pelo sonho. Não fazia sentido. Não correspondia com a realidade – digo isso porque meus sonhos sempre trazem o que acontece comigo ou coisas que passam pela minha cabeça -. Eu me sentei na cama ainda confusa e atormentada. Aos poucos me levantei e fui ao banheiro fazer minha higiene. Fiz uma maquiagem leve pra variar um pouco e fui escolher minha roupa. Peguei uma blusa cinza, minha tradicional calça jeans e uma jaqueta de couro preta. Prendi meu cabelo num coque, peguei minha mochila e desci.

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Charlie já estava na cozinha tomando café. Peguei um copo de leite e umas torradas. Tomamos café em silêncio, depois eu fui escovar os dentes, desci de novo, dei um beijo na testa do meu pai e sai.. Quando já estava no carro dirigindo pra escola parei pra olhar o relógio e vi que estava cedo ainda, eu chegaria lá com pelo menos 25 minutos livres. Continuei meu caminho, parei numa vaga perto da porta de entrada do prédio das escolas, tinham alguns poucos alunos na escola. Reclinei um pouco o bando o fusca coloquei meus fones no ouvido e fiquei buscando alguma coisa interessante pra ouvir, que não fosse meu amado Paramore, ou Evanescence, ou Guns n’ Roses e encontrei algumas músicas de um grupo brasileiro chamado Legião Urbana. Eu gosto muito do estilo deles e da voz do Renato Russo, fora que eu conhecia as músicas de tanto ouvir e estudar as letras há um tempo, então eu fechei os olhos e fiquei ali cantando comigo mesma e me controlando pra que não acontecesse como no dia que eu fui flagrada dando meu showzinho particular de Misery Business.

O som não estava tão alto, então eu logo ouvi quando Alice bateu na janela toda serelepe, dando pulinhos. Ao longe eu pude ver Emmett imitando os pulos dela, e os demais Cullen rindo. O sorriso que Edward deu foi lindo, e me chamou atenção porque foi exatamente aquele sorriso que ele usava em meu sonho. Sacudi um pouco a cabeça afastando o pensamento enquanto abria a porta pra falar com Alice.

–Gatona! – ela falou me abraçando. O contato físico com ela era mais normal. Ela continuava com sua pele fria feito mármore, mas eu já me habituei a isso, já que ela adquiriu o costume de andar segurando minhas mãos. – Bom dia!

–Bom dia, fadinha saltitante.. – eu não pude evitar a brincadeira. O sorriso que ela me deu em resposta chegou a me ofuscar. Eu gostava disso nela. – Acordou com a pilha toda hoje, ein!

–E eu nem te conto porque, morena! – Disse Rosalie se aproximando de mim, e passando a mão na minha cintura pra me acompanhar, ela estava com um cardigan, então nossas peles não se tocavam, como de costume. Apesar da amizade que criamos, Alice era a única que não se importava muito com o contato direto.

–Conta, sim, Rose.. – eu pedi fazendo voz de criança, fazendo com que elas rissem.

Alice voltou a pular do meu lado e parou na minha frente.

– NÓS VAMOS FAZER COMPRAS HOJE, E DEPOIS VAMOS A UMA BALADA SUUUPER CHIQUE EM SEATTLE, E VOCÊ VAI COM A GENTE! – gritou Alice.

–Alice, menos! – eu repreendi. – E que história é essa de balada em plena segunda-feira, meninas? Tem aula amanhã!

–Bella, queridinha, você vai amar o programa de hoje.. E não se preocupe com a aula amanhã.. Agora vai pra sua aula e depois a gente fala sobre isso. – Alice respondeu e puxou Rosalie pra escada do segundo andar.

Emmett e Jasper passaram por mim. Jasper acenou com a cabeça pra mim e Emmett me cumprimentou com um sorriso largo que mostrou as covinhas dele. Eu fiquei maravilhada com o sorriso dele.

Quando entrei em sala percebi que Edward vinha atrás de mim então passei um pouco da carteira pra que ele passasse e tomasse seu lugar no canto. Respirei fundo antes de me sentar ao lado. Quando me sentei Angela me chamou e eu me virei pra trás..

–Bella, nós vamos eleger o representante de turma hoje, você quer se candidatar? – ela me perguntou. – Tem pouca concorrência.. Por enquanto só Jess, Eric e eu ainda não tenho certeza se vou entrar nessa.

–Humn, me exclua de qualquer tipo de burocracia, Ang. – eu disse rindo. – Que tal se você se candidatar no meu lugar? Eu posso até te dar uma mão se precisar! – eu sorri pra ela.

–Tudo bem.. Vou lembrar disso ein. – ela disse em resposta e piscou pra mim.

Quando me virei pro meu lugar havia um bilhete em cima da minha mochila, escrito com uma caligrafia perfeita e invejável.

Vai continuar nessa de me ignorar mesmo, Bella?

Edward. Será mesmo possível que ele consiga agir assim? Que bipolar, véi!

Eu respirei fundo outra vez, me virei pra ele e levantei o bilhete com cara de incredulidade.

–Que foi? – ele perguntou descaradamente.

–Você é muito idiota, Edward. – eu disse friamente.

–Bella, será que a gente já pode como agir como duas pessoas maduras, ou tá difícil?

–Tá difícil. – eu disse sorrindo ironicamente.

–Ótimo. Alguém fugiu da alfabetização. - ele fez piada.

Isso foi imaturo. Logo, pode-se dizer que você fugiu da alfabetização. Resolvida a questão.

–Nós viemos juntos então. Que tal?

–Idiota e irritante. – eu revirei os olhos. – Tá certo, Edward. Bandeira branca estendida..

–Ah, ela se rendeu. – ele brincou fazendo um gesto de comemoração com as mãos. Ok. Ele tá sendo ridículo. – Tá. Parei. – nós rimos.

O professor entrou em sala, e passou um trabalho entre as duplas, o que permitiu que Edward e eu conversássemos mais tranquilamente. Enquanto resumíamos o texto que o professor passou e depois copiávamos cada um sua parte ficamos num jogo de perguntas e respostas um tanto interessantes. Na verdade Edward fazia as perguntas, respondia e esperava a minha resposta. Depois de algumas perguntas ele questinou:

–Cor favorita? – mas dessa vez não seguiu com a resposta.

–Humn.. Roxo, eu acho. Não vai me falar a sua?

–Há tantas cores desconhecidas, cada dia é possível descobrir uma nova. Então não alimento nenhuma preferencia..

–Uaau, que profundo. – eu brinquei, ele sorriu, e tudo se iluminou. Me lembrei do sonho, e franzi as sobrancelhas. Ele percebeu.

–Algum problema?

–Vários..

–Não.. Você franziu a sobrancelha.. O que foi?

–Ah, nada. Só um pensamento que me ocorreu. Completamente alheio. Pode ignorar..

–Tudo bem.. Você não confia o suficiente em mim pra partilhar esse tipo de coisa, não é? – ele suspirou – Eu confio. – Eu achei estranho ele ter respondido isso como parte do jogo, e achei estranho que ele confiasse apesar dos nossos desentendimentos da última semana. Na verdade, não acho que essa postura faça sentido.

–Não muito. Acho que por causa do que se passou nas últimas semanas. – eu tentei ser delicada ao dizer isso. Ele não pareceu ofendido.

–Compreendo. Não te culpo. Eu fui o mais errado dessa história. – eu não consegui ler a expressão dele. Ele pareceu um pouco aflito talvez. – E aliás, eu quero pedir que me desculpe pelo meu comportamento. Eu fui mesmo um idiota.

–Ah, esquece isso. Tá tudo certo. Eu também não ajudei muito. – ele deu um sorriso torto em resposta. E que sorriso. Faltou pouco pra eu me derreter ali mesmo.

–Por que a bandeira branca agora? – ele disse rindo um pouco – Eu vi pelo seu relacionamento com minhas irmãs que você não é... Tão complicada e hostil como eu pensava, então resolvi ceder um pouco. – ele continuava com o jogo.. – Até que está valendo a pena por enquanto. – disse ele pra implicar.

–Ei! – eu fingi me ofender. – Eu não sei bem porque. Acho que eu estava sendo mesmo infantil demais, e que eu tenho afastado pessoas de mim, então quem sabe ser uma pessoa mais legal facilite minha vida. – eu disse um tanto deprimida me lembrando de Jacob.

–Interessante.. Alguém especial que foi embora? – pela forma como ele disse ‘especial’ eu percebi que ele se referia a algum namorado ou coisa do tipo. Ele ficou em silêncio. A pergunta não fazia parte do jogo.

–Especial sim, mas não da forma como você deve estar pensando. – eu resolvi abrir o jogo. – Meu melhor amigo.

–Você parece bem chateada com isso.. Acho que devia contar isso pra alguém, - a voz dele mostrava inocência. Era um conselho e não uma forma de fazer com que eu falasse pra ele, mas eu acho que posso confiar isso a ele.

–Posso contar pra você? – eu perguntei um pouco insegura e tímida, fitando o caderno.

–Se você quiser, e se seu ponto de vista sobre confiar em mim já tiver mudado, tudo bem. – ele brincou pra descontrair.

–Bom.. digamos que ele é apaixonado por mim. Eu gosto muito dele, mas é meu melhor amigo, sabe.. Ele tentou me beijar na semana passada e eu não deixei, e depois eu disse pra ele minha forma de amá-lo, mas eu acabei sendo hipócrita. Ele ficou chateado e desde então não nos falamos..

–Você não acha que é questão de tempo? - ele ergueu uma sobrancelha enquanto me encarava. Continuei fitando o caderno.

–Conhecendo Jacob como conheço, eu acho que ele não vai querer saber de mim. Eu o magoei de verdade. - segurei uma lágrima que finalmente resolveu aparecer. Fiquei surpresa por só agora sentir vontade de chorar desde o ocorrido. E que ótima hora pra isso.

–Jacob Black? – ele pareceu se enfurecer um pouco ao falar de Jacob.

–Sim.. – eu disse num suspiro. – Desculpe falar dele. Eu não estou acostumada com o problema que vocês tem.

–Não, tudo bem, isso não é culpa sua.. – ele disse relaxando um pouco. – Mas sobre o conflito de vocês, eu ainda acho que é questão de tempo.. Será que ele seria tão burro a ponto de perder o amor dele e a melhor amiga de uma vez só? Será que o ego dele é assim tão grande?

–Jacob é uma pessoa difícil nesse ponto. Na verdade, eu não sei mais o que esperar.. E obrigada por me ouvir. - eu disse por fim, cortando o assunto. Não sei quanto mais eu suportaria sem chorar ali na sala, e não queria descobrir.

–Disponha.. – Ele sorriu. – Já terminei minha parte, falta muito pra você? – ele apontou pras minhas folhas.

–Ah, não, já terminei também. – Disse terminando de organizar minhas folhas. Depois de juntarmos as nossas folhas eu me ofereci pra entregar ao professor, mas Edward insistiu em fazê-lo.

Edward entregou o trabalho ao professor e falou alguma coisa com ele.

–Ao alunos que forem terminando podem sair e ficar lá fora pro intervalo. – disse o professor.

Edward esperou que eu me levantasse e chegasse ao lado dele pra me acompanhar até o pátio. Decidimos ir até a quadra. De acordo com ele as meninas -Alice e Rose - estavam tendo aula da Educação Física agora. Fomos andando em silêncio. Nos sentamos na arquibancada e continuamos em silêncio. Quando o sinal tocou indicando o fim da aula as meninas vieram andando em nossa direção. Alice se jogou no colo de Edward. Ela parecia uma criancinha no colo dele de tão pequena que ela era. Rosalie ficou apoiada na mureta de frente pra nós.

–Pelo visto a paz decidiu reinar aqui, ein. –disse Alice com os olhos brilhando. Nós 4 rimos.

–Pois é.. As crianças cresceram, não é Bella? – Edward fez piada..

–Uma hora é preciso, né. – Eu e Alice dissemos juntas. Nós rimos de novo.

–Alice, vamos trocar de roupa? – convidou Rose, piscando pra ela.

–Vamos! – respondeu ela pulando do colo de Edward e andando em cima da mureta como uma ginasta olímpica.

–Ela é hiperativa? – eu perguntei rindo enquanto observava Alice ao lado de Rosalie.

–Vamos dizer que sim.. – disse Edward rindo. Ele parecia um pouco tenso com isso. –Bella, me desculpe, mas eu tenho que te deixar agora.. Jasper deve estar procurando por mim.

–Ah.. Tudo bem. Mande um abraço pro Emmett.

–Claro. Até depois, Bella. – ele disse e saiu andando. Ou melhor, desfilando em direção ao refeitório..

Assim que fiquei sozinha comecei a pensar em como foi bom me socializar com Edward. Era confortável estar com ele, era tranquilo. Não era nada forçado. Eu gosto dele.

Pensar em gostar dele me criou uma sensação estranha.. Eu me senti feliz de uma forma estranha, diferente.

–POV Edward –

Deixei Bella na quadra e fui acalmar Jasper. Ele estava preocupado comigo, por eu não ter aparecido e por ter ouvido os murmúrios de que eu estava com Bella. Cidade pequena é uma porcaria mesmo!

Assim que entrei no refeitório e Jasper me viu eu pude ver os ombros e os pensamentos dele relaxando. Alice estava toda contente sentada junto à Rosalie, mas não falava nada. Passei por ela e pensei em falar “Vamos lá fora, Alice”, ela viu isso acontecer e me seguiu enquanto eu continuava indo pro lado de fora do refeitório. Jasper sentiu minha irritação e veio com os outros atrás da gente. Ótimo, discussão de família agora.

–Alice, você tá dando bandeira pra Bella! Você sabe muito bem que ela não é nenhuma tapada! – eu disse baixo o suficiente pra nenhum humano ouvir. Mas com raiva o suficiente pra Alice cair na real.

–Edward, você sabe que eu já vi que tudo fica bem. Relaxa, irmãozinho.

–As coisas mudam, Alice. Você sabe bem como funcionam suas visões! – eu estava quase rosnando pra ela. – Isso pode causar problemas, e você sabe bem nós temos o dever de nos manter em segredo!

–Edward, eu me empolguei com o fato de poder ter uma amiga humana! E você é quem mesmo pra me julgar? Esquecer que é você que está apaixonado por ela? – ‘La tua cantante’, pensou Alice. Isso foi golpe baixo.

–Mas não sou eu que estou arriscando demais o nosso segredo! – eu cuspi com toda minha raiva. Jasper começou a me acalmar depois disso. – Jasper! – eu o repreendi.

–Calma, mano. Ela já entendeu, ok? – ele respondeu.

–Acho bom mesmo que tenha entendido. – eu virei as costas e sai andando. – Vou pra casa. Não quero ficar na escola agora.

–POV Bella-

Resolvi deixar de lado a estranheza que Edward deixou em mim. Foi meio difícil me desligar da beleza e da voz dele, e de tudo o que conversamos hoje na aula. Fui andando pro refeitório afim de comer alguma coisa. Peguei uma fruta e me sentei na mesa onde estavam Angela, Mike, Jessica e Tyler. Eles conversavam sobre uma viagem de férias que nossa turma poderia fazer.

–Viagem de férias? As aulas começaram há semanas! – eu me intrometi.

–Mas pra que tudo saia bem planejado e nos conformes é melhor começar a organizar o agora. Sabe como é né? – disse Tyler.

O sinal tocou e só então eu percebi que fiquei tempo demais sozinha na quadra com meus devaneios. Fui comendo pelo caminho da sala, entrei e me sentei no meu lugar esperando em silêncio pela professora.. A inspetora entrou um pouco depois avisando que não haveria aula no dia seguinte. Logo me lembrei de Alice falava em irmos pra uma balada. ‘Que coincidência, ou sorte’ , pensei comigo mesma.

****

Quando o “sinal da liberdade” tocou eu senti um aperto no coração. Ignorei, peguei minhas coisas, me despedi dos meus amigos e fui andando em direção à saída. Quando avistei meu carro, avistei também o motivo do aperto no meu coração. Continuei andando, abri a porta, joguei minhas coisas no banco de trás e me virei.

–Oi Bella.. – ele disse baixinho.

–Oi.. Jacob. – disse devagar. E fiquei encarando ele sem saber o que falar.

Depois de uns 5 minutos em silêncio ele me abraçou forte. Seu coração batia forte, ele estava ofegante, apesar de estar parado ali.

–Bella, me desculpe por ter sido tão idiota! Eu não posso ser bobo de perder sua amizade. Será que você pode aceitar ser amiga desse bobão imaturo e insensível aqui? – continuamos abraçados.

–Jacob, eu... Eu que fui hipócrita em te dizer aquilo, você tinha toda a razão de ficar chateado, e é você quem tem que me desculpar. – eu o apertei mais forte contra meu corpo. Eu estava com saudade do calor dele. – Me desculpa, Jake? Eu também estou errada.. – eu senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

–Bells..- ele suspirou. – Nós dois somos culpados, então a culpa de um anula a do outro, pode ser? – eu tive que rir com isso.

–Tudo bem. – concordei. Ele me afastou um pouco pra olhar meu rosto e sorrir, mas o sorriso logo saiu dali.

–Você.. Você tá chorando??

–Eu senti tanto medo de que você nunca mais quisesse falar comigo! – eu comecei a chorar de vez. Ele me abraçou de novo. – Eu senti tanto medo de te perder. Ah! Mas que droga! Estou sendo hipócrita de novo! Desculpa! – eu estava um tanto descontrolada.

–Tá tudo bem, Bella. Eu estou aqui. Tá tudo bem! – ele acariciou minha cabeça de um jeito que me acalmava.

–Desculpe por essa cena também. – eu disse com um sorriso idiota.

–Ai, chega de desculpas, pode ser?

–Pode! – nós rimos.

–Bom, missão de reconciliação cumprida. Agora eu preciso voltar pra La Push... Amanhã a gente se fala, ok?

–Ok. – quando ele saiu andando vi sua moto parada mais adiante. – Jake?

–Fala!

–É ruim se eu te pedir um abraço? – eu tô meio traumatizada..

Ele abriu os braços. Eu saí correndo e pulei no colo dele abraçando-o com toda minha força.

Era o MEU Jacob de novo. Eu me senti mais leve. Tive que jurar pra mim mesma ser mais comedida nas minhas palavras, principalmente com ele. Eu não posso me dar ao luxo de ficar sem ele. E eu não consigo deixar esse egoísmo de lado! “Aff ” , pensei em reprovação a mim mesma. Algo me diz que Jacob está disposto a ser mais compreensivo comigo, e a lutar pra manter firme nossa amizade apesar do que o que ele sente ser maior que isso. Eu ainda me sinto um pouco estranha com isso. O quase beijo, a minha declaração, a revolta dele, a ausência dele.. Tudo isso mexeu muito comigo..

Jacob me soltou e sorrimos um pro outro.

–Obrigada. - eu sussurrei. Ele sorriu ainda mais. E se virou indo embora.

Assim como o dia de paz com Edward mexeu muito comigo também. Eu não consigo identificar a sensação que esses acontecimentos me trazem. Isso é novo pra mim. Vai entender. Essa onda de reconciliação deve estar mexendo um pouco com o meu psicológico, mas tudo bem, eu estou mais feliz agora. “Só falta Jasper resolver virar meu amiguinho também.” Não pude evitar esse último pensamento. Mas acho que isso é querer demais.

Coloquei meus fones, voltei a ouvir e cantar Legião Urbana enquanto dirigia a caminho de casa.


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Notas finais do capítulo

Em homenagem à Fabi, minha leitora e comentarista resolvi parar de destruir relacionamentos e criar um clima legal entre as personagens(antes que ela resolvesse me matar).
Espero que tenham gostado do capítulo, e espero os comentários dos meus fantasminhas!
Beijos e até semana que vem!



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