Sweet Days escrita por Kurokocchi


Capítulo 2
Day 1 – A novata




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Ouvi um barulho diabólico, mas era apenas meu despertador. Pensei em fazer o pobre coitado voar para o outro lado do quarto, para dar bom dia à parede, mas minha mãe me mataria se eu quebrasse mais algum esse mês.

Arrastei-me pelo colchão, ainda sentindo o cheiro dos tecidos novos. Não havia me dado ao trabalho de abrir os olhos, mas quando o fiz, dei de cara com a minha mãe.

Com seus 1,76cm de altura, curvas bonitas e seios fartos, olhos dourados, cílios longos e rosto jovial. Seus cabelos eram prateados como os meus, e suas roupas consistiam em um vestido básico branco, e avental cheio de babados cor de rosa.

Ela me olhava esperançosa, e eu tinha certeza que ela ia me fazer provar mais algumas de suas invenções culinárias mirabolantes. Gemi só de pensar nas possibilidades.

Escondi o rosto no travesseiro. Não quero! Mas nem tive chance de protestar, ela me puxou para fora da cama pelo pé, e meu pijama quase ficou na cama sem mim. Ótimo é ter uma mãe mais estabanada que você.

- Lys, você tem escola. Não deve se atrasar no primeiro dia de aula! Vamos tomar café. – a determinação da minha mãe é meio que inabalável, então, mesmo recebendo protestos ela conseguiu me convencer a engolir os biscoitos feitos de casca de árvore. Não, não são feitos disso realmente, mas é algo bem próximo.  Fora que os biscoitos pareciam pedaços de carvão.

Bebi leite frio com açúcar, meio que desesperada. Não vou fazer cara feia para minha mãe, eu preso minha vida, e minha internet. Na verdade, nem mesmo percebi quando fui parar na copa, próximo ao balcão de mármore e conectava o lugar com a cozinha de uma forma mais visível.

- Anrietta, o que raios são essas ‘coisas’ ai na mesa? – era a voz do meu pai, um loiro de lindos olhos azul cobalto, e mais de 1,90cm de altura. Afinal, por que diabos eu, com dezesseis anos, possuo apenas 1,65cm? É bullying familiar isso ai!

- Eu fiz biscoitos para Alyss, para anima-la em seu primeiro dia de aula! – ela respondeu toda doce e eufórica, mas notou poucos segundos depois que seus biscoitos foram chamados de “coisas” com desprezo. Ela fuzilou meu pai, e eu pensei em ter crise de risos, mas acabei por me segurar.

- Papa como esta o andamento do seu livro? – perguntei, minha resposta foi um sorriso brilhante, mostrando-me seus dentes brancos perfeitos e bem alinhados.

- Eiri, sente-se. – minha mãe ordenou, e meu pai acabou obedecendo, o a louça ia acabar sobrando para ele. Sorri, e aproveitei a brecha para dar o fora da mesa.

Pergunto-me como raios um apartamento pode ser tão grande? Tive que correr para conseguir sair do campo de visão da minha mãe. Nos mudamos pra cá há três dias, e finalmente terminamos de deixar a casa do jeitinho que minha mãe queria, e meu pai finalmente poderia continuar com seus trabalhos em paz.

Fechei a porta do quarto, e com certa agilidade tomei banho, escovei os dentes e troquei-me. Uma saia de prega cor de rosa, uma blusa preta customizada, com mangas, mas que deixava meus ombros e antebraços descobertos. Botas largas e brancas, como alguns dos detalhes da minha blusa.

Eu usava uma meia três oitavos e a outra três quartos, pretas, e dane-se. Eu estava bonitinha, com os meus compridos cabelos róseos platinados, - que estava mais para um prateado com tons rosa, - soltos, com apenas duas pequenas mechas para frente, uma trança frouxa em cada lado, presas por lacinhos pretos.

Olhei para o relógio, seis e quarenta da manhã. Minha escola fica a dez minutos daqui... Peguei minha mochila preta, enfiei a pasta com os documentos necessários, o caderno, o estojo, as apostilas que minha mãe já havia pegado, e é claro, meu Playstation Portable, ou PSP, para abreviar.

Mandei beijo para grande parte dos meus pôsters, meus figure actions, e cogitei a ideia de levar algum mangá, mas vamos ver como é a escola primeiro antes de ignora-la por completo. Peguei meu celular, enfiei os fones no ouvido e fui correndo para escola ouvindo Karma – Bump of chicken.

Antes de deixar o apartamento, ouvi (por que minha mãe deu um grito, pobres dos vizinhos) minha mãe me desejar boa sorte.

Cheguei à escola, e não pude evitar fazer um muxoxo com os lábios. O lugar era grande, e muito, mais muito lotado. Tirei os fones quando avistei uma senhora, que pelo visto, era a diretora.

- Olá, chamo-me Alyss Nightjewel, sou a aluna transferida. – me apresentei, e senhora me sorriu docemente, tanto que eu quase molhei a calcinha, de tanto que isso me assustou.

- Vá até a sala dos representantes, Nathaniel irá orienta-la. Seja bem vinda a Sweet Amoris. – essa foi sua recepção, curta e simples. Afinal, o jardim de infância estava solto no pátio, e até bater o sinal, é necessário uma baba por ali.  Vamos lembrar que esta escola é da sétima série até o terceiro colegial, então sim, eu estou sendo irônica.

Entrei na escola, me deparando com um corredor muito extenso, e graças aos deuses, shinigamis, e magos das Fairy Tail, a sala dos representantes estava muito bem identificada. Mas antes de chegar perto da sala, escorreguei no chão liso. Vish. Enceraram agora?

Levantei e bati na porta antes de entrar, preparei um rápido dialogo em minha mente.

Eu poderia ser energética, e assustar o coitado com um jeito escandaloso, entrar de forma educada e perguntar por Nathaniel, ou então, ser grossa e dar uma de bad girl. Digamos que eu adore ter respostas prontas, por que geralmente dá certo assim.

- Com licença, gostaria de falar com Nathaniel, por favor? – sim, decidi que ser educada me daria menos dor de cabeça.

Um garoto loiro, de postura ereta, sorriso gentil e bonito pra caramba se apresentou. Obrigada por me fazer me sentir menor do que já sou. Você podia ter ficado sentado.

- Sou eu. – sorriso gentil, postura elegante. Existe este tipo de personagem na vida real? Tsc, duvido.

- A diretora me pediu para vir até aqui. Eu me chamo Alyss Nightjewel, sou a novata do segundo ano. – meu tom deveria estar sendo simpático, mas na realidade, era meio automática minha forma de responder. Como se eu fosse uma novata educada entrando em uma escola respeitosa, assim como nos jogos. Bem, acho que não é como se, e sim, como é.

- Oh, certo. – depois desse mini dialogo, acho que conversamos sobre minha ficha de inscrição, e ele elogiou-me por ser tão organizada. Mal sabe ele, que se eu não tivesse feito isso, minha mãe teria colocado fotos minha quando eu ainda era bebe. Seria... Muito tenso.

Depois de cinco minutos, eu esqueci onde ficava o salve point, quero dizer, a sala de aula. Mas encontrei graças às placas bem sinalizadas nos corredores.

Quando entrei na sala, havia apenas dois acentos vagos na fileira que eu queria, lá no fundo. Fui informada que o ultimo era de um garoto que no momento, estava matando aula. Sentei-me então, na penúltima. Caso a aula me encha, o professor não me vai ver flertando com meus bebes.

Eu era a novata da turma, provavelmente, era por isso que todos me encaravam como uma alien. Não que eu seja a pessoa mais normal do mundo.

Parei de prestar atenção nos meus ‘colegas’ de sala, quando um garoto ruivo entrou na sala na segunda aula. Eu conheço a banda que esta estampada na camisa dele. Alias, é o segundo personagem interessante que me cruza o caminho hoje.

Mais meu interesse morreu por ali, por que me deu vontade de desenhar. Peguei a ultima pagina do meu caderno, e fiz alguns rascunhos em forma de mangá.


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Notas finais do capítulo

Capitulo mostrando exclusivamente o como a personagem principal não tá nem ai com o mundo. Apartir dos proximos capitulos, PVO's serão utilizados apenas em capitulos que eu realmente precisar, do mais, agora, só depois de chegarmos ao prologo.



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