Presos escrita por kethycia


Capítulo 4
Capítulo 4 - Telefones


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo: desculpa pela falta de consideração com vocês. Desculpem, desculpem e desculpem. Sei que foi um erro gigantesco tê-los abandonado, deixado um "hiatus" de mais de cinco meses. Espero que me desculpem pelo erro e por favor apreciem o novo capítulo.

Capítulo dedicado à estes leitores muito especiais: André, Sarah, Isinha haha, e Lulu! :)



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– Você o que?! – Perguntou folgazão, Louis a Matteo.



– Você a beijou?! – Agora o folgazão a falar era Douglas, que perguntou em um tom muito mais alto que Louis.


Já se passavam das 18h da tarde e já haviam se passado três dias desde o beijo de Matteo e Lisa, sendo que os únicos da parte de Matteo que sabiam, agora, eram Douglas e Louis.

Estavam na biblioteca, um lugar em que o silêncio é sagrado. Agora era quase um inicio de noite, a penumbra já corria pelo céu e o Sol já começava a ser esconder; os dois rapazes haviam decidido ficar o restante do dia na Universidade por pedidos constantes de Matteo durante os pouquíssimos minutos livres de professores. Porém, como era segunda-feira, os meninos tiveram que esperar Matteo concluir seus horários por Física para poderem ouvir o que o rapaz tinha de dizer.

– Eu realmente não me importo em saber quem você beijou ou a quem você deixou de beijar, Douglas Pontyer. – Começou a ditar, de repente, a senhora Bergstrom sem tirar os olhos do artigo que lia. – A única coisa com a qual eu me importo... – Levantou os olhos. – É de silêncio na minha biblioteca.

Sabendo que Douglas provavelmente não iria acatar com a indireta da bibliotecária, Matteo e Louis resolveram ir para o gramado do Campus. Com empurrões e gargalhadas, cada um se estirou na verdeado que era aquele solo.

, beleza. Estamos aqui fora, conta o que aconteceu entre você e ela, cara... – Solicitou Louis.

Matteo, com um sorriso sapeca começou a ditar a eles o que havia acontecido desde o momento em que Louis havia se despedido no pátio até quando houve o beijo.


***



Após terem dado as mãos naquele inicio de noite, Lisa, literalmente, fugiu de lá. Apertou brutalmente a mão de Matteo, do nada, e deu um pulo da cama. Correu até a sala, catou a sua bolsa e fugiu porta a fora. Matteo só conseguiu ver a porta sendo batida, estrondosamente.


Posicionou as mãos na cabeça meio assustado pensando no que poderia ter feito de errado, e lembrou-se do beijo. Ah, que beijo! Rodopiou e pousou no sofá com um belo sorriso, que doces lábios aquela moça tinha!

Ficou repassando a cena do beijo em sua cabeça até a noite dar seu olá e ele próprio a cochilar em seu velho sofá cheio de bolotas, marcas da extensa idade. O rapaz chegou a acomodar-se aqui e ali durante a noite até que não aguentou os indícios da friagem que adentrava a saleta, pelo estreito vão que a janela deixava.

Acordou abobado, com músculos rígidos e pele arrepiada, frisou rudemente as mãos pelos antebraços na esperança de esquentar-se e fechou bruscamente a janela e dirigiu-se com passos arrastados a sua cama. Jogou-se debochadamente na cama, e por um segundo lembrou do que havia acontecido horas atrás. Havia um leve e fraco vestígio do doce e delicado perfume de Lisa nos lençóis. Formou um sorriso com o rosto amassado.


– Quer dizer então que ela saiu, assim, do nada? Que estranho, velho. Acho que você não beija tão bem assim. – Falou e brincou Louis enquanto limpava seus óculos.



– Rá, rá, nossa, que engraçado Louis, vai pega um balão aí. – Rebateu Matteo com o pulso unido estendido enquanto rolava os olhos.


– Ok, parem com isso. Vamos pensar em um por que para Lisa ter saído tão repentinamente lá do Matteo... – Douglas ficou com os joelhos dobrados sobre a grama e com as mãos fechadas, encaixou o queixo sobre elas, braços pairavam nos joelhos. – Hmmm... Não sei, desisto de pensar.

– Já esperava por alguma conclusão assim, Douglas. – Ironizou Matteo.

– Se você acha que pode fazer algo melhor, ou pensar em algo melhor, pense, meu querido. – Rebateu Douglas com um ar bastante tedioso.

– Estou brincando, Dou.

– Eu sei, Téo.

Sorriram.

Após alguns segundos da comunicação dos rapazes não ser nada além de várias trocas de olhares e risadas tímidas, surgiu uma leve cômica dúvida na mente de Matteo:

– Douglas. É, hum, – Douglas havia focado o olhar em Matteo e Louis havia se aproximado dos amigos. – Você não me contou o que aconteceu contigo e a Devone. Conte-nos, por favor.

Louis e Matteo trocaram um leve olhar, Louis aproximou-se mais ainda e acomodou-se no gramado. Já Douglas, não expressou facialmente que queria contar o seus momentos com Devone, seu rosto poderia muito assemelhar-se ao nojo.

– Ah, bem, cara. – Douglas juntou as palmas das mãos e focou-se nelas. – Eu achei que acabaria me dando bem, saca? Dá uns beijinhos e tal, mas não. – Sua face enrijeceu. – Mas não foi isso que aconteceu, não. Depois que saímos da sala de aula, pegamos o ônibus da linha Norte-Sul e fomos até o Parque Estadual XI, até aí sem problemas. A nossa conversa até que tava de boa, falando sobre a estrutura da faculdade e tal, mas... Chegamos ao Pé-ê. e ela me mostrou um santuário muito louco. – Deu uma pausa (que era mais para recuperar o fôlego).

– Como assim santuário? Tipo ocultismo ou o quê? – O silêncio fora interrompido por Louis que tinha um brilho de fascínio assustado nos olhos.

–... Não sei. – Ponderou Douglas.

Voltou os olhos as mãos.

– Continua. – Pediu Matteo com o pescoço um tanto esticado, dando a entender condolências. Suas sobrancelhas arqueadas amigavelmente.

– Ok, então. E não tinha a ver com ocultismo... – Continuou. – E muito menos com algo do tipo, que, bem, surpreendentemente, me surpreendeu. – Falou com sinceridade. – Esse santuário fica atrás de umas arvores e meio que idolatrava um... Um... Um astro intergaláctico. Que foi inventado por Devone... Martines. – Acrescentou.

– É. A Devone é meio estranha mesmo. – Admitiu Matteo com as mãos nos bolsos.

– E tinha, também, sabe... Excrementos ao redor do santuário. – Ditou Douglas com os olhos tortos.

– Excrementos tipo... Cocô?! – Exclamou Louis enojado.

Douglas lançou lhe um olhar sugestivo. “Sim”.

– Eu que não saio mais com esta louca. Jamais. – Jurou Douglas voltando os olhos para o gramado. – Quem vai inventar um treco deste tipo e ainda assim idolatra-lo?


***




– Que roupa ela estava usando, Matteo? – Perguntou Louis, de repente.




–Ah, sei lá, cara. Deixe-me pensar... Usava um short bege... E uma... Camiseta de um tecido leve, saca? Leve e bastante florido... Turquesa e rosa rosão. E tinha um nó, que deixava escapar o umbigo dela, haha... – Explicou Téo, encarando uma formiga que carregava um minúsculo pedaço de folhagem. – O cabelo dela, bem, estava solto, como eu sempre o vi, mas caia perfeitamente sobre seus ombros e, nossa, aquela franjinha dela... Nossa, cobre quase toda a testa dela... E... Ela estava sem maquiagem, se tinha alguma, era... Nenhuma.


Douglas e Louis olharam-se assim que Matteo terminou sua observação sobre a vestimenta da moça, olharam-se incrédulos e com um olhar bastante tenso.

– O que foi? Ah, e o perfume dela! Não era nenhum forte, era delicado. Mas deixou sua marca. Parem de me olhar assim, poxa! O que foi, Dou?

Douglas não disse nada, só mandou Matteo virar-se com o dedo. Este se virou e a viu com passos rapidíssimos e fujões; o máximo que Téo conseguiu fazer foi esconder-se atrás de Louis, tão rapidamente quanto os passos de Lisa. Ela estava com a cabeça baixa e matinha o olhar em algo pequeno e cinzento que estava em suas pequenas mãos, era o seu celular. Matteo mantinha as mãos nos ombros do amigo Louis, com os olhos sorrateiros sobre os dedos.

Os três rapazes sentados na grama surpresos observaram a mocinha caminhar por percurso além das sedes.

– Ela está indo para... Enfermaria. – Pronunciou Matteo enquanto se levantava lentamente.

– Por que você s-se escondeu?! – Perguntou um dos meninos enquanto os dois levantavam-se em um pulo.

– Eu... Não sei. – Respondeu Matteo coçando a cabeça enquanto levantava o rosto para olhar seus amigos. – Eu... Eu acho que ela foi falar à Cátia que nós nos beijamos. – Havia hesitando e falou algo diferente da ideia inicial do que pensava em falar, porém, isto que acabara de dizer também, a partir de agora, percorria sua curiosidade.

–Quem é Cátia? – Questionou Douglas, bastante confuso, além da dúvida do por que Lisa havia saído do loft de Matteo, de Matteo ter se escondido, havia esta nova: quem seria Cátia?

–A enfermeira doida do Campus. – Respondeu enfezado Louis.

–Você conhece a Cátia? – Perguntou Matteo virando-se realmente surpreso.

–Quem não conhece aquela doida? Desde que eu tive aquela dor de estômago eu nunca mais conseguir ver uma escova de dente laranja sem ter calafrios, cara.

–Ela é tão louca assim, Louis? – Perguntou Douglas com o dedo estirado. – Mas, ela é uma enfermeira e enfermeiras tem que serem fofas. Não é?

–Digamos que ela é a prova viva da palavra exceção. – Disse Louis com uma expressão bastante sábia.

–Pessoal, foco. – Evocou Matteo tendo como resposta os olhares molengas de seus amigos.


***



Matteo, assim como seus amigos, concluiu que Lisa havia ido à Cátia para contar a mesma sobre o que havia acontecido entre ela e Matteo na última sexta.


Decidiram por voltarem à biblioteca; Se vissem Lisa novamente ou Matteo iria se esconder ou... Iria se esconder. Já estava nervoso somente em pensar em Lisa, imagine ter que falar com ela sobre o beijo e sobre o que ela haveria conversado com Cátia! Não que ele já estivesse apaixonado por Lisa, longe disso, aliás, porém, ela o faz ficar mais nervoso do que o normal, e olha que eles nem se conhecem, sendo que seu primeiro “encontro” nem uma semana já tenha feito.

Limparam os vestígios de grama e terra das calças e mochilas e adentraram a sede; sentiram um frescor diferente do lá de fora, era mais gélido, porém tão confortável quanto uma ventilação natural. Teriam que, após passar pelo saguão da secretaria, caminhar por um extenso corredor, durante a caminhada encontrariam as portas da Reitoria, banheiros femininos e masculinos, pela porta que guardava a saleta de computadores de responsabilidade da secretaria. Logo que passaram por todas estas portas, encontraram a que intitulava a Biblioteca, que se encontrava logo no final do comprido corredor, só não seria a última por conta da que selava o corredor, a que abrigava o grandioso e imponente auditório.

Louis, Douglas e Matteo. Esta era a ordem em que os rapazes estavam no caminho a Biblioteca; Louis e Douglas estavam distraídos com algum assunto sobre o inicio da temporada de futebol, tanto da Universidade quanto mundialmente.

Mas Matteo estava a algum passo distante. Estava com a mente distante, também. Seus dedos brincavam uns com os outros no interior no bolso direito, enquanto a mão esquerda massageava os fios loiros da cabeça, estava estressado, confuso e nervoso. Porém diferente do Matteo que era há uma semana. Nada mudou. Completamente.

Não que sua aparência tenha sofrido alguma modificação, ou até mesmo seu modo de pensar, entretanto seus nervos haviam sido alterados. Agora eram nervosos, apreensivos e apesar dos pesares, mais calmos. Não estavam mais raivosos, persistiam no nervosismo, mas... Mudaram.

Matteo não entedia o porquê para isso. O que havia acontecido com ele? Dava graças por não sentir mais aquela maldita pressão no peito e aquele peso na cabeça. Porém, é o maldito, porém, sentia-se um tanto mais nervoso e temeroso. Desde a primeira vez que havia colocado seus olhos em Lisa, esvaiu-se a sensação de raiva, mas preencheu-se com outro tipo de angustia. Será que ele nunca teria paz? Pelo menos, mentalmente? (Já tinha na bagagem seus problemas familiares, faculdade e as inúmeras atividades e dúvidas... Agora, Lisa). Questionava isto durante a caminhada pelo corredor.

– Ei, Matteo, vamos logo, cara! Você parou aí no meio... – Douglas era o interlocutor no corredor, porém, por algum motivo, algo o fez travar e começar a falar as palavras pausadamente. – Do... Corredor...

– Haan? – Perguntou, abobado, o loiro. Levantou a cabeça e voltou a andar meio atordoado, não deu nem dois passos e esbarrou em um corpo em movimento que vinha em direção contraria a deles.

– Ah, desculpe! – Falou a voz fina e doce do corpo batido. – Eu não lhe machu... Matteo!?

– Não, não foi nad... Li-Lisa! – Exclamou Matteo segurando debilmente os braços de Lisa.

– Hum, é, sim, sou eu... Erm... Te-tenho que ir. – Falou Lisa no tempo que se desvencilhava seus braços dos de Matteo. – Desculpe. – Despediu-se com horror estampando sua face.

Nem Lisa nem Matteo tinham ideia ao que se tratava o Desculpe cochichado por ela.

Matteo observou Lisa caminhar a passos velozes até ela torna-se uma mancha azulada e mínima bem, bem distante da portaria da secretária. A viu caminhar pelo longíssimo corredor, atravessar o secretariado e suas vidraças e parti em direção à saída da Universidade. Virou-se e avistou Douglas e Louis, no parapeito da porta, observando a estranha cena ocorrida e o rosto pálido e inexpressivo de Matteo. Este passou por eles (que lhe abriram caminho afastando seus ombros do caminho de Téo), e sentou-se a mesa que Louis havia escolhido, uma vez que havia entrando precipitadamente.

Douglas seguiu Matteo, deixando, assim, Louis solitário na entrada da biblioteca – ironicamente, a senhora Bergstrom não havia ralhado com os meninos por deixarem a porta aberta, ainda –, mas logo depois de alguns segundos observando o corredor vazio, seguiu seus amigos e criou caminho para a mesa.

– Que estranho. – Sussurrou quando entrava e fechava a porta da Biblioteca.

***

Já estavam naquele retângulo moldado por livros há mais ou menos quinze minutos, sendo que parte deste tempo fora recheada por uma conversa um tanto forçada sobre os jogadores convocados para as partidas de verão no futuro, no correr da conversa, que como disse, era forçada, foi-se moldando e tornou-se uma meio-conversa-confortável. Os cinco minutos que antecederam os dez, haviam sido horríveis! Douglas e Louis estavam empolgados como haviam estado no corredor, momentos atrás e Matteo, bem, Matteo dava comentários quando intercalado.

Com a face pousada na palma da mão Matteo vistoriava cada cômodo da Biblioteca, mesas, prateleiras, cada detalhe; páginas de possíveis visualizações e até alguns amassos em diferenciados cartazes.

Continuou estudando as prateleiras até que seu pulso guiou sua cabeça ao que estava à frente da sua mesa, que era a mesa da senhora Bergstrom. Viu uma silhueta sentada a dianteira de Bergstrom. Via a parte de trás de uma cabeça loira. Cabelos que haviam sido recentemente aparados davam indícios de estarem crescendo de novamente.

Era Michael Lytras.

Enfermagem.

Irritantemente algo martelava na cabeça de Matteo. Michael e Enfermagem, Michael e seu curso, alguma semelhança, havia certa familiaridade nesta situação... O que era?

Enfermagem.

– Matteo... – Chamou Douglas em um breve sussurro ao pé do ouvido de Matteo, sua palma da mão estava ao lado, na tentativa de abafar o som.

– Hm? – Respondeu Matteo, sem tirar os olhos da cabeça de Michael (este que levava mais uma bronca de bibliotecária).

– Eu pensei por alguns minutinhos e... Você, sabe, chegou a pegar o número do celular de Lisa?

Matteo continuou com a cabeça na mesma posição, porém seus olhos arregalaram bruscamente.

Bobo. Boboca. Bobão! Como pôde se esquecer de pegar o número de Lisa? Enfermagem.

– Não. – Falou com o cenho franzido. – Não, Douglas – Continuou –, não peguei o número de Lisa... Droga!

– Ah, Matteo! Como você é palerma! – Trovejou Douglas com o olhar desesperado. – Você sabe que... Sei lá! Você tem que falar com Lisa, sabe disso... Mas como? Você não consegue nem mesmo pedir desculpas por ter esbarrado com ela no corredor, vai saber se consegue cara-a-cara em uma conversa normal... Ah, cara! Sei lá! – Douglas bateu o punho na mesa.

O que, com o impacto, originou um barulho.

Barulho que chamou a atenção da senhora Bergstrom e de Michael.

Enfermagem.

Lisa.

Mas é claro! Como pode ter sido imbecil de não ter ligado os pontos?! Claro! Vejamos: Lisa cursava Enfermagem, havia cumprimentado Michael e o defendido também, e o que fez Matteo sentir-se mais estupido em toda a história: havia grande, enorme, abissal, espantosa possibilidade de Michael e Lisa cursarem juntos! E, obviamente, de Michael ter o número telefônico de Lisa!

– Mas sinceramente! – Surtou a bibliotecária. – Douglas, irei contar de um a três, se você não se retirar daqui neste devido tempo, te juro que faço te expulsarem desta maldita Universidade!

Dona Bergstrom levantou-se com os olhos saltando da face, seguiu para a mesa dos rapazes, puxou Douglas e Matteo pela gola da camisa e ficou gritando para Louis se levantar. Douglas e Louis ficavam lhe acudindo, gritando, até. Perguntavam o pra quê de tanto alarme, enquanto Matteo conseguia se desvencilhar da bibliotecária (acabando por cair e puxar a bibliotecário um pouco para baixo – ela o ergueu com um puxão) e pensava rápido, procurando de algum modo de poder se comunicar com Michael.

– Matteo Belluno, se mova! – Gritou Bergstrom ao pé ouvido do loiro, fazendo-o dar um pequeno pulo e virar o rosto para ela. – Mexa-se menino, vamos. – Começou a empurra-lo com os punhos.

Matteo sem dizer uma palavra, obedeceu. Mas não deixou de procurar por Michael. Continuou com o olhar acima de toda aquela confusão que estava formando-se; procrastinava sua saída com alguns passados vacilantes para trás, enquanto Douglas e Louis alternavam suas vozes para ver se a senhora distraia-se a perguntando sobre diversas outras matérias. Via, também e sem querer, alguns alunos de outros cursos e novatos segurando o riso e tentando focar um pouco de suas atenções aos livros postos nas diversas mesas. Estreitou o olhar para a o local da mesa de Bergstrom e viu um rapaz abobado, procurando por alguma ordem.

– Ei, Bergstrom, é verdade que a posição da língua quando respiramos é a mesma quando dissemos “a”? – Indagava Douglas, em uma posição que lembrava um escravo suplicando por clemência a seu senhor e gritando “aaaaaah”.

–Respire e veja e saia. – Respondeu-lhe a velha com a irritação evidente no olhar.

–É bem... Sim! – Gritou Louis por trás, quando se jogou no piso e começou a encenar um ataque epilético.

–Misericórdia! – Pôs as mãos ao alto e virou os olhos impacientemente a dona que ainda pouca segurava Matteo pela manga da camiseta.

Assim que se viu solto das unhas de Bergstrom, Matteo direcionou-se com nenhuma pachorra e seu desespero bobo nos olhos e passos.

– Michael, preciso te pedir um favor. É urgente. – Pediu com humildade Matteo ao menino sentado. – Ok, talvez não seja tão urgente... Bem, é para mim... Mas... Não há ninguém morrendo, te garanto... Acho... É não se preocupe, mas é que... Bem, é...

– MATTEO BELLUNO RETIRE-SE DAQUI IMEDIATAMENTE OU...


Matteo nunca chegou a ouvir seu provável castigo. Douglas e Louis carregaram-no para a sala fora.




***




– Eu estava quase conseguindo! – Matteo gritou. –Por que vocês fizeram aquilo? – Virou-se para os amigos. – Hein?!


– Antes sem conseguir, do que a não ter mais nenhuma oportunidade. – Respondeu Douglas com suas pálpebras relaxadas e braços cruzados.

– E mais, de nada Matteo. – Acrescentou Louis com o dedo emergente.

– Ok, caras, desculpem e obrigado. – Jogou-se ao chão. – Eu irei ficar mais um pouco aqui, vai que o Michael sai. Bem, se quiserem ir...

– Pô, cara, adoraria ficar aqui contigo, mas... Hoje terei que tomar conta da Bianca. – Disse Douglas olhando para o relógio em seu pulso.

– Sem problemas. – Matteo sorriu para reforçar sua confirmação.

– Mas eu posso ficar aqui por mais meia-horinha sem problemas. – Completou com um sorriso de um lado.

Eu posso ficar aqui até quando você for embora, Téo. – Louis disse isto e sentou-se ao lado do amigo, abraçando os próprios joelhos.

–Vejo que você está meio chateado hoje, Loie. Por quê? – Matteo indagava ao amigo e apertou-lhe o ombro.

–É bem. Estou sim. – Respondeu Louis dando de ombros.

Dito isso, Louis começou a ditar diversos problemas com seu relacionamento com Laura, sua, até então, namorada. Disse que a moça era estupidamente ciumenta e que seu celular não podia nem mesmo apitar para avisar algum horário, que já achava que era alguma mulher a procura dele. Explicitou que havia semanas que toda vez que iniciavam algum tipo conversa, não era de fato uma conversa e sim uma discussão.

Até exemplificou de certa vez que quando ele fora à casa de Laura, passar a noite lá. Nesta ocasião ele e Douglas estavam trocando mensagens – por escolha de Louis, por Laura está dormindo e não queria que ela acordasse com o barulho da conversa –, porém, em algum momento da conversa, Laura por fim acordou. Ficou sem se mover e fingiu que continuava dormindo até determinado momento. Este fora quando Louis riu de algo que Douglas havia digitado e o enviado. Laura já “acordou” gritando e pedindo-o explicações. Até que por fim ela não acreditou que as mensagens haviam sido de Douglas (mesmo quando ele a mostrou todas as mensagens) e o expulsou da casa.

Na última sexta-feira, Louis prolongou sua fala e recheou o espaço em que havia deixado quando saiu sem muita resolução na última vez que se despediu dos amigos, quando disse que iria se encontrar com sua bela rapariga foi na verdade, um encontro para reavaliarem o relacionamento, quando este encontro, acabou, novamente, com uma explosiva briga.

Matteo ouviu tudo calmamente e sempre fazia breves comentários – todos pedindo para Louis prosseguir – e refletiu. Tentou-se imaginar vivendo alguma situação semelhante a esta. Mas na verdade, sequer conseguia se imaginar namorando. Seu último namoro havia sido há tanto tempo... Não se imaginava com os olhos brilhando, mãos suando, ansioso para algum próximo encontro. Não se imaginava no lugar de Louis. Mas já haviam lhe dito que estivera com os olhos brilhando, já se viu inquieto com um correr de pés. E já esperava por um novo esbarrão.


***



–Bem, vou indo. – Levantou-se Douglas depois de meia-horinha exata e inspecionou sua mochila uma primeira e ultima vez. – Melhoras, Luziluzi. – Cochichou ao ouvido de Louis e não deixou de ver o amigo escapar um sorriso entristecido. – E Matteo, boa sorte. – Falou já distanciado, piscando e acenando.


Matteo e Louis seguiram o anoitecer nascente com o olhar tentando fisgar qualquer movimento, ou da lua ou de alguém. Já se passava das oito da noite, surpreendente.

–Eu... Vou ali pro Pete, tá bom Matteo? – Levantou-se Louis, falando e limpando a parte externa dos bolsos. – Arejar um pouco mais a cabeça, hah. – Forçou um riso e andou em direção norte.

Matteo assentiu silenciosamente, feliz pelo amigo aparentar estar um pouco melhor. Olhou o seu relógio e seu estomago roncou. Gritou por Louis e pediu–lhe que lhe trouxesse um sanduíche, o amigo se aproximou e catou as notas de dinheiro que Matteo o estendia.

Perguntou algo sobre o sabor e se queria algo mais, se despediu e seguiu adiante.

Matteo voltou os olhos para a copa de algumas arvores e seu rosto fora iluminado pelo luar. De repente ouviu um barulho e virou-se instantaneamente: eram as moças da secretaria. Uma mera decepção e seu coração faltando pular fora do peito. As senhoritas passaram por ele e despediram-se.

Ele já cansado de está sentado por tanto tempo levantou-se e resolveu ir ao mesmo caminho do amigo Louis... Até que algo o chamou de volta.

–Matteo! – Gritou uma voz guinchada.

Matteo virou-se e viu Michael escondido por algumas sombras da secretaria. Havia se esquecido de Michael e sequer havia notado que dentre as moças que haviam saído, havia uma senhora: dona Bergstrom.

–Ah... Olá Michael. – Falou com a mão na nuca e confuso. Voz hesitante.

– Você... – A voz de Michael soava frouxa. – Você queria falar comigo?

– É... Bem... É. Já que você estuda Enfermagem... Então será que... Há a possibilidade de você, sabe, bem... Sei lá... É que...

– Você quer saber se eu estudo com a Lisa Di DePandi? – Retoricou Michael com o olhar cético.

Com um vão aberto pela boca, Matteo respondeu – Sim. Você...?

– Sim. – Respondeu Michael interrompendo Matteo. – Lisa é uma das melhores alunas. – Complementou.

– Ah... Tá. Obrigado. – Ficou de costas para Michael com uma rodada de calcanhares. Suas mãos continuavam na nuca.

– De nada. – Respondeu Michael, feliz consigo mesmo por ter ajudado alguém.


Michael curvou-se para colher sua mochila.



– Michael... – Cochichou Matteo, que havia se virado novamente e andou de volta em direção a Michael.


– Hm? – Murmurou Michael enquanto procurava por seu estojo azul-marinho pela mochila.

– Você... Tem... O número...

– Você está gaguejando.

– Ah, é. –Matteo respirou fundo e voltou a falar: – O número da Lisa. Você tem?

– Eu não tenho celular, Matteo, desculpe.

– Ah... Tá. Obrigado. – Repetiu as palavras e os atos de momentos atrás.

– Sem problemas. – Michael já estava aborrecido por não encontrar seu estojo... Até que notou que o segurava este tempo todo. Deu de ombros e encaixou a mochila no ombro esquerdo e posicionou-se para ir embora.

– Michael. – Matteo repetiu o nome do rapaz. Desta vez, estava de costas.

– O que foi Matteo?

– Você conhece alguém que tenha o número da Lisa?

Michael parou por alguns segundos e respondeu:

– Acho que n... Ah! Sim, sim. A enfermeira aqui do campus... A Cláudia... A Tássia... Não sei o nome da senhora...

– Cátia! – Matteo corrigiu animadamente Michael.

– É! Esta mesma! – Michael concordou com o dedo estirado em sinal de animação.

– Será que ela ainda está aqui?

– Eu não sei...

– Ahhhhh, minha querida! – Ouviram a voz, mesmo abafada pela distância, bem alta.

E logo reconhecerem-na, era de Cátia. Souberam, quase de imediato, de onde vinha o barulho e para quem provavelmente era, Lisa.

– Você quer que eu... – No momento em que Michael abriu a boca, ele se arrependeu de ter aberto a boca e ter começado a falar. De ter falado com Matteo. De ter procurado Matteo. Arrependeu-se de ter nascido.

– Você faria isso, cara? Sério mesmo? – Matteo sequer deixou Michael terminar de questionar (se bem verdade, que talvez, nem Michael fosse terminar de falar) e pulou em seu ombro com um sorriso de orelha a orelha.

Michael não tinha escolha. E foi. Concordou com uma careta que se podia traduzir por: “Já que falei muito, não? Que eu termine o que eu comecei droga”. Matteo até notou a careta, porém, deixou o entusiasmo que sentia fazer ignorar o presumível desconforto do rapaz.

Mantiveram caminho com o som de passos úmidos os escoltando. Matteo tentava manter-se discreto, mas, por mais que tentasse, sempre deixava escapar um sorriso entusiasta surgir. Michael estava suficientemente nervoso, virava os olhos em autoreprovação, mas de qualquer modo, bem no fundo, sentia um doce alivio e se sentia satisfeito, era inebriante a sensação de adrenalina que sentia desde o momento do colapso de pessoas na Biblioteca. Sentia-se entusiasmado de está saindo um pouco de sua rotina e gosta desta dessa sensação; dessa sensação de ajudar; dessa sensação de, para Michael, quebrar as regras.

Agora cerrou os pulsos em sinônimo de júbilo celestial. Como ele próprio é.


***



Matteo e Michael já caminhavam juntos e compassados. Às vezes até chegavam a bater suas mãos e Michael chegou a tropeçar umas quatro vezes. Matteo, espantosamente, não tinha nada em sua cabeça funcionando. Não tinha nenhuma engrenagem o confundindo. Até que ele notou isso. E estranho, obvio. E uma dúvida florou em sua cabeça: como Lisa chegou à biblioteca? Se ele e os meninos a viram passar direto para a Enfermaria? E de modo alguma, a viram voltar e entrar na secretaria?


Chegaram.

Distinguiram duas sombras pela transparência das portas. Ouviram algumas risadas e foram adiante para o trio de degraus que levavam a entrada da Enfermaria.

Matteo, assim que subiu o primeiro degrau foi sucumbido por uma força maior que o próprio e correu para o mais longe possível da Enfermaria, de Michael, de Cátia, de Lisa.

Até chegou a um ponto, não muito longe ou de Michael ou da iluminação dos postes da Enfermaria, notou que aquilo seria uma enorme burrada. Virou-se e começou a dar mínimos e letíssimos passos e pôde ver Michael conversando com Lisa e até mesmo apontando para ele, para Matteo. Aquela força que havia sentindo momentos antes havia voltado bem mais forte, mas Matteo conseguiu superar esta energia e a inverteu para uma falsa coragem e obrigou seus pés a seguirem caminho até Michael e Lisa.

***

Lisa viu aquele magricela se arrastar em sua direção. Seu coração, sem seu consentimento, deu um mínimo pulo. Não conseguiu evitar, seus lábios se abriram para formar um sorriso. Puxou dois dedos e tampou sua boca. Não deixou de perceber que o magrelo também sorria. Ah, ele tropeçou! Como podia ser tão interessante e ao mesmo tempo tão bobo? Lisa não tinha a resposta, mas sabia que este enigma era Matteo.


***



Recuperado do tropeço, Matteo posicionou um pé direto no primeiro degrau de três e mão direto ao corrimão. Mas Lisa já estava lá, em um piscar de olhos, Lisa já estava lá. Matteo retrocedeu um passo – não por medo de Lisa, mas para deixa-la mais confortável.


Matteo tentou distanciar seu olhar de Lisa, por momentos, só para ver se acalmava seus nervos, e posicionou olhar em Michael que conversava com Cátia – esta, estranhamente calma que vira e mexe lançava um olhar gélido a Matteo. Mesmo nem um pouco mais calmo, baixou o olhar a Lisa.

Trocados certos sorrisos sem jeito, Matteo emitiu um som e iniciou uma conversa:

– É... Olá. E... E... Desculpe por ter esbarrado em você. Daquele jeito. No corredor. – Forçou um sorriso e colocou as mãos no bolso.

–Eu que peço desculpas por isso. E por mais algumas coisas. – Abaixou o olhar e acrescentou, mentalmente, se é que você me entende. – Vamos andar? – Assinalou com a mão em direção a saída. – Meu ônibus já irá passar... – Olhou para o pulso e checou o material oval que emitia mínimos tic-tacs seguros por duas tiras de couro.

–Sem problema algum Lisa. Vamos... – Falou em um mero sussurro.

Já havia se dado vários passos até que Lisa parou e gritou em direção ao caixote branco: – Tchau, Cátia! Obrigada pela conversa!

Matteo conseguiu ouvir Cátia se despedir de Lisa e ele jura, que quando virou as costas, ouviu a Enfermeira do Campus gritar algo meio como: “Cuida dela, moleque!”. Mas preferiu fingir que nunca havia ouvido aquilo.

–Espeeeeeeeeeeeera! – Ouviram gritar uma voz, era Michael correndo. – É o meu ônibus! Espeeeeeeeeeeeera! Tchau Matteo! Tchau Lisa!

–Tchau Michael e obrigado! – Matteo viu um joinha por cima da cabeça de Michael.

–Obrigado por que, Matteo? – Lisa questionou, abraçando a sua pequena bolsa no peito.

– Você com seus agradecimentos por Cátia, eu por Michael. – Matteo sorriu para Lisa e foi retribuído.


Caminharam por vários metros até que chegaram ao Lanche do Pete, onde Téo pediu para Lisa esperar alguns minutos, ele tinha que falar com Louis.



Subidos alguns degraus, desvios de mesas, e Matteo chegou ao balcão onde Louis estava sentado e conversava com uma das atendentes.


– Ei Lou, já vou indo. E... –Seu rosto se iluminou de entusiasmo – Consegui falar com a Lisa, haha. – Matteo encostou-se a Louis.

– Aí, irmão! Parabéns! – Louis esticou a mão e bateu com a de Matteo.

Clap!

– Você vem com a gente?

–Não, não. Laura vem me buscar. A gente vai conversar de novo. – Olhou para Matteo e seus olhos brilhavam com ceticismo. – Deseja-me sorte. – Pediu enquanto sujava seu canudo. – Ah, está aqui seu sanduíche e... Não teve troco, hehe.

–Tudo bem e obrigado. – Franziu os lábios e abraçou o amigo. – Boa sorte. – Cochichou.


***




–Fui buscar um sanduíche. – Mostrou o grande embalado para Lisa.




–Ah, sim. – Lisa olhou e soltou sua bolsa, que ficou pendendo pelas alças em seu ombro.


Voltaram a andar e nenhum som, além de seus passos, foi transmitido por eles.

Chegaram ao portão que quando se entra lhe dá boas-vindas e quando se saí, é pedido para que se volte. Quando Lisa encaminhou-se para a Parada de Ônibus (que tinha dois alunos, ambos desconhecidos tanto por Lisa quanto por Matteo), ela lançou um curto olhar para Matteo. Ele a seguiu. Nervoso.

–Lisa?

Ela virou-se para Matteo.

–Você pode... Han... Dar-me seu celular? Quer dizer, seu número de celular... Pra... Quem... Seu número...

–Pode me dar seu celular para eu anotar?

–Claro! – Matteo bateu a mão em seu bolso traseiro, nada. N’outro, nada também. Os bolsos da frente tão vazios quanto os de trás. Aí Matteo sentiu-se desesperado.

Olhou para Lisa e pediu um segundo; puxou a mochila para o peito e abriu alguns pequenos bolsos, somente canetas e papéis amassadíssimos. Abriu os bolsos laterais. Anotações em tiras. Abriu o compartimento principal da mochila e encontrou o seu pequeno celular embasbacado entre livros e algumas canetas fugindo do estojo aberto. Alivio.

Catou-o e entregou a Lisa. Estava travado. Matteo o destravou e já estava suado, secou o celular em sua camisa e entregou às pequenas mãos da moça Lisa.

Assim que Lisa o entregou a Matteo, seu ônibus atravessou a esquina e ia em direção à parada; Lisa esticou o dedão.

–Lisa! – Matteo gritou assim que Lisa colocou os pés no ônibus. – Daqui uma semana, acho, iremos à praia! Quer ir junto?

–Me liga. – Falou Lisa com um sorrisinho.



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Notas finais do capítulo

E aqui chegou o fim do capítulo. O capítulo saiu BEM MAIOR do que eu esperava. E acho que aqui vai um dos motivos para eu ter demorado tanto: eu não queria escrever um capítulo pequeno. Queria que tivesse, no minimo, mais de 1000 palavras. Daí, há uns dias, quando vi, passou das 4000. Foi falta de inspiração e até mesmo vontade, pessoal. E quando vi, já tinha passado meses e mais meses. Desculpa novamente.

No final das contas, não gostei muito do capítulo em si. Bem, o achei bem parado e até um pouco vazio, apesar de seu tamanho. De qualquer modo, tem algumas ideias neste capítulo que me agradaram. E caso vocês tenham achado que a ideia da praia tenha sido uma ideia só pra encher capítulo: não foi. Em fato, nos capítulos anteriores e neste, não foram citados tal evento, porém, eu queria que essa ideia de distração fosse algo que haviam atencedido ~~~dias antes~~~ do primeiro capítulo. E vocês viram que houve cena, pequena, mas importante cena, com o ponto de vista da Lisa? Pois é. E se vocês querem ter uma imagem para "persononificada" da Lisa, está aqui (a bela Rachel McAdams. ♥): http://weheartit.com/entry/58073748/via/simplyriya // http://weheartit.com/entry/66851854/via/anava // http://weheartit.com/entry/66524740/via/ladycrossfire chega de foto) c: EEEEE, Lisa ~não~ é loira. Mas... Quer saber? Esta é a minha visão deles, quero sabe a de você(s)! Conte!! Haha.

E Bianca é a filha de uma das irmãs de Douglas (como foi citado no capítulo dois, creio eu, ele mora com as irmãs). E neste capítulo foi abordado mais sobre Devone e Laura. Creio que nem Devone e nem Michael irão voltar a aparecer, fico em dúvidas se a própria Laura irá aparecer também.

E eu não consigo entender! O Matteo é uma pessoa tão gentil e a minha escrita está fazendo Matteo parecer tão egocentrico. Matteo é fofo, não panaca! Huhauahauehuaheuahe.

Acho que já terminei as notas por este capítulo. Qualquer outra coisa que eu tenha deixado pendente, por favor, comentem. JURO QUE O PRÓXIMO não levará meses para ser atualizado. Prometo a vocês.

Por favor, comentem, críticas, elogios, comentários afins e o que quiserem. Mesmo que seja somente para me xingar.

Proteção para vocês, fiquem com Deus e até mais,
Kethycia.



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