Perdidos Na Selva escrita por Dafne Federico
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoas, semideus, deuses menores, fúrias, parcas, deuses, titãs, gigantes, drakons, empousais, sátiros e etc!
Então, esse é o último capítulo - chorem comigo - mas eu pensei em fazer um epílogo, para poder explicar melhor o que aconteceu com Mary, Jane (quase um nome só) Bruce, Bob, Duff, Bodão e todos eles!
Boa Leitura!
Eram muitas informações para o meu cérebro, e olha que tenho uma capacidade bem extensa, mas aquilo era demais para qualquer um.
Depois de duas horas de caminhada, nós chegamos a sede do Parque Ecológico De Preservação Aos Mico - Leões - Dourados. Essa era uma sala vidrada no meio da mata, embora fosse perto da saída e do estacionamento do parque.
Quando reconheci as pessoas sentadas dentro da sala, pensei que estava tentando uma alucinação causada pela falta de alimento nas últimas horas, porém era real.
Meu pai estava sentado junto com os Dare, McLean, Jackson, Chase, Stoll e, até mesmo, Hades Di Ângelo. Isso seria absolutamente estranho, Zeus nunca se dera bem com os Di Ângelo e os Jackson, uma história complexa, mas piorou quando percebi o contexto da reunião. Todos na sala tinham manchas roxas na boca e seguravam taças de vinho Sangue de Boi e conversando.
– Esses são os nossos pais? - perguntou Piper, ela estava tão quieta que tinha me esquecido que estava perto. - Meu pai não costuma usar a camiseta com quatro dos botões abertos, a não ser em um filme onde ele era um galã persa.
A adorável Tenente La Rue nos empurrou para a entrada da salinha feita de vidros.
Ao entrarmos percebi outros detalhes. Uma mulher morena, com um corpão embaixo das roupas sociais e que parecia muito com Annabeth com aqueles olhos azuis acinzentados, estava descalça, os pés apoiados em uma mesa de centro e Poseidon, o ex - surfista, dono de um clube e pai do Percy, massageava os pés dela enquanto bebiam vinho rindo um do outro.
– Mãe! - gritou Annabeth.
– Pai! - gritou Percy.
– Vocês ... - uníssono.
Finalmente os "adultos" repararam na nossa presença. Atena retirou os pés de cima da mesa em velocidade recorde, Poseidon pigarreou e eles ficaram sem graça.
– Annie! Estava tão preocupada com você perdida na mata, com o P... seus amigos! - ela mudou de assunto puxando a filha para um abraço - Nunca mais me assuste dessa maneira, quase liguei para o governador ...
– Não mude de assunto. Vocês dois estão ... ?
– Estamos? - perguntou Poseidon.
– Se conhecendo, saindo, ficando, namorando, dormindo junto, fazendo amor, se pegando, tendo relações sexuais, transando, se comendo, trepando. - ela parou quando todos na sala gritaram que já tinham entendido - Desculpe o declínio do meu linguajar, mas depois do seu discurso sobre os Jackson terem uma deficiência incorrigível de QI, não espera ver você com Poseidon.
Piper tinha corrido na direção do pai e o abraçou, depois de fechar todos os botões da camisa dele. Embora eles parecessem se dar bem, esperava que ela não nos apresentasse, ele estava bêbado e eu parecendo um mendigo.
O meu pai estava bebendo aquele vinho barato e conversando com Hades Di Ângelo quando viu Thalia e eu.
Ele estava como sempre. O cabelo preto com fios grisalhos bem penteado, o terno risca de giz em tons azuis que combinavam com os olhos, sapatos italianos. A única diferença era a taça de vinho na mão e a gravata folgada no pescoço.
– Jason, Thalia! Vocês me causaram um transtorno, cheguei até cogitar mandar umas pessoas lá do Brooklyn darem uma lição em Dionísio, se me entendem. - falou me dando um abraço com o menor contato físico possível, seguido de tapinhas e um sorriso para Thalia.
Thalia revirou os olhos.
Nós nunca fomos muito próximos do nosso pai e com Thalia era ainda pior. Minha irmão não faz nada para agradá-lo, pelo contrário, imaginei como seria a reação do meu pai quando ele percebesse que ela está dando uns pegas no filho de Hades.
– Estamos bem, obrigada por perguntar. - disse minha irmã.
O rosto do meu pai ficou sério, como quando ele narrou no jornal os estragos causados pelo furacão Sandy. Pensei que ele fosse estrangular Thalia, desejar que um raio a partisse no meio, contudo ele se esforçou e manteve-se calmo. Santo seja esse vinho, pensei.
– É claro que estão bem. Dionísio, os policiais e até mesmo eu não me perdoaria se acontecesse alguma coisa com vocês dois. E, definitivamente, não estaria bebendo vinho se achasse que alguma coisa fosse acontecer com vocês. Você - ele focou o olhar em Thalia, indicando que o comentário seguinte era para ela - já me deu sustos piores. Vamos deixar para falar sobre isso em casa.
Minha irmã ficou sem reação.
– Fique tranquilo, não vou fazer você passar vergonha iniciando uma discussão aqui. - respondeu, embora soubéssemos que ela não estava nervosa de verdade, estava apenas zelando pelo título de rebelde.
Nico e Hades conversavam sobre o garoto ser estranho e entrar na mata com hippies ter batido qualquer decepção caótica que ele tinha imaginado.
– E olha, que apostei com Perséfone, que no seu aniversário de dezoito você faria uma festa em uma gruta onde as Stripers estariam vestidas de freiras, estilo Led Zeppelin. - concluiu Hades deixando a ideia no ar - Agora, vamos embora antes de Perséfone decida trazer a mãe dela com ela daquela porcaria de fazenda.
Reparei no quão eles eram parecidos em relação a estilo.
Os Di Ângelo caminharam em direção a porta, e quando Nico passou por nós puxou Thalia e deu um beijo na frente de todos. Ela cravando as unhas no cabelo dele e uma mão dentro da camisa, ele segurando a cintura e a bunda dela. Desviei os olhos, ver minha irmã se pegando daquele jeito era demais até para mim, pro meu pai então, nem se fala.
Foquei os olhos do outro lado da sala e vi os irmãos Stoll conversando com o pai deles.
Hermes tinha o cabelo loiro areia, olhos espertos como os do filho - espera que ele não os utilizasse para roubar, como Travis e Connor faziam - e um sorriso esperto de malandro. Usava uma camiseta amarela de um filme onde surfistas roubam bancos para ir ao Hawaii e bermudas.
– Vocês roubaram o mapa do professor? - perguntou rindo como se os filhos tivessem aprontado uma pegadinha com algum primo de grau distante - Se não tivessem se perdido na mata, me dado trabalho de procurar advogados, me deixado preocupado e feito sua mãe atirar pratos de porcelana em mim, daria mil dólares para cada um.
Meu queixo caiu. Começava a entender porque os irmãos Stoll eram tão safados, mãos leves, malandros, trambiqueiros e piadistas.
Rachel estava conversando com os pais e Leo estava com ela.
– Você está dizendo que esse rapaz é seu namorado? - perguntou o Senhor Dare apontando para Leo como se ele fosse o tesouro depois do prisma do Pink Floyd. - Você nunca nos apresentou um namorado antes, a não ser aquele garoto com quem você se beijou, em uma festa que fez escondido, e as imagens caíram na rede.
Eu entendia o cara, era surpreendente para qualquer um Rachel Elizabeth Dare estar transando com um namorado, porque transar ela transava com qualquer um, namorar ela não namorava nenhum.
Procurei pelos hippies e não os encontrei. Lembrei que não os via desde a metade do caminho de volta, quando Connor roubou outro mapa, este do bolso do funcionário do parque e entregou para eles. Esperava que a esse altura já estivessem longe.
– E nós pensando que poderia ter acontecido alguma coisa com você. Ser estuprada, estuprar. - falou a Senhora Dare gesticulando com a mão de modo refinado - Mesmo assim você está de castigo, sem telas, tintas, celular, internet, saídas, presentes e qualquer coisa que lhe dê prazer. E, Léo, depois que o cárcere privado dela terminar, aparece para jantar lá em casa.
Voltei os olhos para Thalia e Nico que já tinham se separado.
– Sabe isso de ter me surpreendido? Esquece. Você e a filha do Grace se beijando ganhou. - falou Hades perplexo para Nico ao mesmo tempo enquanto falava com alguém pelo telefone. - Fodam-se os cereais, Deméter, passa para sua filha, por favor. Claro que é agora! - ele gritou pegando um charuto do casaco - E Nico, vamos!
– Concordo com ele pela primeira vez na minha vida. - falou meu pai apontando para a saída do parque. - Sabe aquele conversa que teríamos em casa? Então, depois dessa cena ela vai acontecer no carro mesmo.
Thalia não se deu ao trabalho nem de corar.
Queria chegar em casa o mais rápido possível, descansar em uma cama de verdade, comer uma comida descente que não seja um doce roubado pelo Stoll, nada de hospitais ou selvas.
Pensava nisso quando ouvi a voz de Piper me chamando.
– Jason, espera. Quero te apresentar o meu pai!
E, mesmo depois de tudo isso, eu sorri.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O primeiro link é uma brincadeira aushauhsuahsahsuahs Mas, o que acharam do Chris Hemsworth como Jason? Tinham umas fotos em que ele estava mais gato, porém nessa aí ficou mais Jason Grace!
Deixem comentários com o que quiserem, O QUE QUISEREM, O QUE QUIIIISEEEREEEMMMM!
:3 Até o próximo cap!
Beijos!