Shut Up And Love Me escrita por StayLucky


Capítulo 18
Verdades


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo pra vocês , espero que não me odeiem, o problema é com a minha internet. Liguem pra eles e briguem por mim hgkjkhg . Gente peço desculpas novamente pelos erros que podem vir e talvez alguma parte sem sentido já que não tive tempo de revisar. Boa leitura gente linda .



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Era cada vez mais doloroso continuar a ler as palavras presentes naquela maldita pasta . Tudo que pensava do Thomas , sobre como eu o comparava a um hipócrita mesquinho era apenas um pinguinho da verdade. Ele era a pior pessoa do universo . Ele era um maldito perfil de bad boy . Um idiota nojento por quem eu sentia atração. Eu queria bater nele e xinga-lo. Queria ter coragem de me levantar e gritar com ele até minha voz sumir , mas eu não quero tocar nele . Não quero olhar pra ele, nem mesmo pensar nele . Aquele nojento , ridículo que eu jamais queria ter conhecido . Hoffman era um nome que agora me causava náuseas. O pai do Thomas era um traficante , isso sim . Ele participava de um negocio de mulheres e drogas por dinheiro , e se já não bastasse isso , o Thomas usufruía dessas mulher e drogas . O trailer que ele havia me levado na primeira vez em que nos encontramos , era lá que ele dormia com aquela mulher nojentas. Era lá que ele jogava sinuca e bebia , se é que não usava drogas também . Ele usava tudo do trailer e não paga , pois seu pai era o dono . Porém , havia um terceirizado que acabou ficando com todo o negocio após a desistência do Sr. Hoffman . Assim que o pai do Tom saiu de lá , o tal Jeremy cobrou os milhões que ele devia pelas putas e pelas drogas e jogos . Se não bastasse isso o Thomas não o havia pagado e agora eu estava envolvida nessa divida, como se eu fosse uma das putas que ele pegava , como se eu fosse dele pra ser usada como chantagem . Ele iria mesmo pegar o colar da minha mãe e eu idiota e estúpida achei que ele gostava de mim . Achei que ele me queria bem e nada mais . Eu jamais senti tanto nojo e raiva de uma pessoa, como eu sinto agora. Espero que esse filho da puta morra. - Hermione? - chamaram Lucy , Ryan e Carlos ao mesmo tempo. - Estou aqui . - falei após esconder a pasta no meio das roupas, e esfregar freneticamente meus olhos para que ele não percebessem que eu estava chorando . - Mione! Meu deus , que bom que você está bem . Eu quase morri sem você - disse Lucy enquanto atravessa o closet e me dava um forte abraço. Será que eu devo contar para eles sobre o Thomas ? -Eu fiquei fora uma noite Lucy. Deixa de ser exagerada ! - Uma noite ? - perguntou Carlos . - Você acha que ficou fora por uma noite ? - Sim . - respondi . - Pelo amor , você sumiu à uma semana , só apareceu agora . Como acha que uma semana se resume a uma noite ? - sua voz saiu quase chorosa . - Isso é impossível Carlos ! Eu sei muito bem que foi uma noite . Uns caras me levaram ontem a noite e agora eu estou de volta , não seja exagerado . - Exagerado ? - gritou o menino de sorriso fácil que agora parecia apenas uma criança rabugenta. - Eu quase morri de preocupação , eu não poderia perder mais pessoas , eu não poderia perder mais um irmãos! Já não bastasse o Tyler e você ainda quer me dizer que ficou uma noite sumida ? . - Ei! Calma cara. - falou Ryan . - Vamos lá fora . Carlos estava vermelho e seus olhos carregavam a mistura de vários sentimentos . Raiva, felicidade, alivio. Eu nunca havia visto o Carlos mostrar sentimentos, nunca o havia visto assim. Me senti culpada . Ele se virou e saiu do quarto sem dizer mais nenhuma palavra. - Ele vai ficar bem . - tranquilizou Lucy . Estava assustada demais. Pedi a Lucy para me deixar dormir pois já era tarde da noite e eu estava esgotada . Não acredito que eu fiquei uma semana sumida , não acredito que eu não percebi o tempo . Será que eu não estava acordada, será que fui dopada? - Mione ? -chamou o menino de cabelo acaju. - Me deixa. - respondi arisca. -Mione, tudo bem ! - o menino alto e musculoso passou a mão no rosto tentando espantar o sentimento nocivo do seu corpo e voltou a se paracer com uma criança descontrolada. Vá dormir, é o melhor que você tem a fazer . Eu o encarei , tentando analisar seu pensamentos , mas logo desviei o olhar e me deitei na cama . Ele respirou fundo tentando se controlar. Eu estava confusa, ele estava confuso . - Carlos ? - chamei em voz baixa. - Sim ! - disse já mostrando controle . - Você pode dormir comigo hoje ? Eu estou assustada e confusa. - confessei . - Claro que sim feiticeira banca. - disse na sua voz calma e protetora de sempre . O menino de cabelos curtos se deitou ao meu lado e fez cafuné em minha cabeça , como sempre fazia quando éramos menores. Ele era um irmão perfeito pra mim . Eu jamais pensaria nele como outra coisa, ele me passava segurança , conforto. Eu o abracei forte e comecei a chorar, eu sei como ele se sente. Sentimentos embaralhados, eu jamais aguentaria perde-lo , jamais aguentaria perder o único irmão que me restou. Depois da morte do Tyler é como se nós estivéssemos ligados por uma força maior. Com se o Tyler e a mamãe permanecessem conosco , quando nós ficamos juntos eu senti paz e segurança . Assim como eu sentia quando estávamos todos na sala assistindo a um filme numa sexta-feira à noite. Rapidamente eu cai no sono e um sonho estranho me apareceu. " Eu corria por uma floresta , estava com a mesma roupa do dia do sequestro, minha cabeça latejava e eu sentia um medo enorme, não conseguia olhar para trás . Eu respirava fundo , mas o ar parecia não encontrar o caminho correto para meus pulmões. Abri o olhos e me deparei com um cara imenso a minha frente. Ele parecia um muro de tão alto e forte que era , virei de costas me preparando para correr mais ainda e avistei mais um homem . Atrás dele estava o Percy , com um olhar triste nos olhos , como se sentisse pena de mim . Eu voltei a correr mas dessa vez para os lados, a cara de espanto de todos eles me fez sorrir .Mas quando virei para a frente novamente tropecei na raiz de alguma arvore e fui com tudo para o chão . " Acordei respirando fundo novamente , o ar não chegava em meus pulmões , exatamente como no sonho . Meu cabelo estava grudado na testa, que estava molhada de suor. Carlos que dormia ao meu lado se assustou e acordou demorando um pouco para perceber o que estava acontecendo. Ele se levantou e me puxou para debaixo do meu braço, apoiando minha cabeça no seu peito . Não sei o motivo mas comecei a chorar descontroladamente e ele cantarolava no meu ouvido , como minha mãe sempre fazia quando eu tinha pesadelos . Desci as escadas devagar , com passos leves mas firmes . Estava calor então eu estava apenas com uma camiseta de alça com rendas e um short jeans preto . Calcei meu tênis e pendurei minha bolsa nos ombros. Havia feito uma trança embutida como eu sempre fazia nos dias quentes em Manhattan, a única diferença é que a roupa que eu usava lá era muito mais sofisticada que as que uso aqui . Todos estavam na mesa da sala , comendo o cafá matinal . Até mesmo Carlos estava junto. Meu pai não pareceu se importar com ele dormindo aqui , o que é bastante estranho , descabido pode-se dizer. Meu pai sempre foi velho e antiquado , tenho certeza de que ele não entenderia a relação ágape que eu e Carlo temos . Meu pai iria me chamar de insensata e dizer que eu era uma qualquer e tudo o mais . Só que ali sentado na mesma mesa que ele , passando-lhe a manteiga , meu pai parecia uma pessoa totalmente diferente. -Bom dia! - falei numa voz alegre que assustou a quase todos . - Bom dia flor! - respondeu James enquanto se levantava e me dava um beijo na testa. - Onde pensa que vai vestida assim ? - Para a aula , ora essa. -disse como se fosse a coisa mais obvia. - Não senhorita . - disse Lucy se levantando também , pegou minha mão e me fez sentar no sofá . - Todos nós vamos ao médico com você. - Médico ? - perguntei assustada . - Sim querida, Lucy me contou que você acredita ter sumido apenas uma noite, acho melhor fazermos uns exames de rotina e ver se está tudo bem com você. - falou James com a maior naturalidade. - Eu não quero fazer exames ! Eu estou bem , me sinto esplendida . - Você vai sim Mione . Vai te fazer bem - Carlos falou pela primeira vez e novamente enfiou o pão na boca . Cruzei os braços em frente ao meu corpo e fiz biquinho como uma criança mimada . Foi então que percebi olhares em cima de mim , e não era da minha mais nova família . Virei meu rosto para o lado direito, onde havia o enorme vidro da varanda e bem ao fundo, parado na calçada estava Thomas . Ele estava com o cabelo bagunçado pro lado , usava sua ridícula jaqueta de couro e seus óculos escuros. Ele estava tão imóvel que parecia ser uma estátua, mas quando eu me preparei para levantar ele se virou e entrou em seu carro. - Pra ode você está olhando sua maluca ?- perguntou Lucy tentando achar um Thomas que eu nem sabia se realmente esteve lá. - Nada. - disse . - Vamos logo para o médico antes que eu mude de ideia. ∆∆∆ Ela estava linda , com uma camisa de alça que realçava seus ombros . Usava um shortinho que mostrava seus pernas e uma trança que ressaltava sua sardas . Ela é perfeita , eu daria tudo pra poder entrar naquela casa e agarra-la . Ela se virou em minha direção e me encarou durante alguns segundos . Parecia bem, feliz . O idiota do Carlos estava na mesa comendo e a Lucy estava sentada na mesa de centro virada para ela . Quando Mione ameaçou levantar eu me virei e entrei no meu carro . Eu não posso ser visto por ela , não posso chegar perto dela . Parece que um imã me atrai até ela, eu estava seguindo para a escola e quando percebi já estava na rua dela . Eu só queria poder abraça-la . Ter ela em meus braços , dar lhe proteção . Eu queria sentir que ela estava lá comigo e que sempre estaria. Mas isso é impossível, alem de ser coisa de mariquinha . Segui para a escola como havia planejado , mas a diretora não me deixou entrar por causa do horário. Já era meu quinto atraso e a partir do quarto eles dão suspensão parece que eu dei sorte nos outros dias mas hoje eu tive que voltar. Não entrei em casa. Segui para a floresta Eu gostava de andar por lá , era reconfortante . Em poucos minutos eu estava na estrada de terra, estava nublado , mas quase seco .Um belo dia para Fairchild . Avistava o alto da floresta de longe e névoa ao seu redor a deixava roxa .Parti para o bosque , que estava cheio de vida. Todas as pequenas criaturas aproveitando os momentos secos , que era raros aqui . Passei por um galho baixo e empurrei a minha mais velha amiga samambaia na altura do peito . Eu estava na campina. Era o mesmo lugar de sempre , o tempo não a havia consumido. A clareira era perfeitamente simétrica , totalmente redonda , como se alguém tivesse planejado e criado intencionalmente um circulo impecável. Me dirigi até o meio da clareira , onde havia um pinheiro gigantesco que eu e minha mãe havíamos plantados quando eu era menor. Ela era cinco anos mais nova que eu e cinco vezes maior , quando eu era menor minha mãe sempre me trazia aqui e nós fazíamos um piquenique , a tarde ela me contava historias e eu adormecia com as costas no tronco da arvore. Quando eu me sinto desgastado ou pressionado eu venho até aqui e ficou horas sentado no pé dá arvore , na maioria das vezes eu não penso em nada , apenas leio . Ler é uma coisa que eu aprendi com minha mãe, um dos poucos gostos que temos em comum. Com o passar dos anos , nós nos distanciamos e ambos são orgulhosos demais para pedir desculpas um ao outro . Mas eu tenho certeza de que ela também vem aqui quando está triste. Alguns minutos depois de eu me aconchegar na clareira , eu ouço barulho no mato. Tenho certeza de que é minha mãe então apenas fecho os olhos e espero ela se aproximar de mim . - Você não me contou . Por que não ? - ela fala como se eu tivesse ideia do que ela estava falando . Abri meus olhos e me deparei com ela , cabelos soltos e vestindo um casaco por sobre uma camisa preta e uma calça jeans . - Como sabia que eu estava aqui ? - fechei os olhos novamente. - Alfredo me disse para procurar uma clareira aqui em cima . Ele disse que era só seguir um gigante pinheiro no meio da floresta. Foi fácil . - Alfredo é um traira. - Não mude de assunto. - disse com as mão no rosto como se quisesse esquecer alguma coisa. - Fico que feliz que está bem , e não sei do que você está falando . Ela faz uma careta . - Você não me contou sobre a sua estúpida divida. - disse entredentes.- Por que não me contou ? Eu sinto uma onda subir pelo meu peito e me levanto , ficando de frente para ela . - Porque eu não … - balancei a cabeça . - Eu não sabia como . Ela fez outra careta. - É fácil , Thomas… - Ah é sim , - disso balançado a cabeça. - É extremamente fácil . Só preciso chegar e dizer : Meu pai era traficante , alias eu devo à um dos terceirizados por ter comido umas putas , e você está incluída no meio da divida. mas como foi o fim de semana ? " Não é fácil? Não é ? Ela tirou as mãos do rosto e eu consigo ver lágrimas encherem seus olhos e rolarem seu rosto abaixo. Ela grita : - Por que eu sou uma das putas ? Por que eu matei minha mãe ? Por que eu matei o meu irmão ? Você acha que tem o direito de me envolver e envolver a minha mãe no meio disso ? Você acha que é fácil sorrir quando na verdade tem uma culpa te corroendo por dentro ? Você acha que falar que é um mesquinho fodido é mais difícil que isso ? Fiquei em silencio por um tempo . Ela acha que foi sua culpa a morte da mãe e do irmão . É por isso que ela anda tão triste , é por isso que eu sempre a vejo com olhos fundos e com cara de quem não dorme a dias. - Mione - digo gentilmente enquanto toco em seu ombro . - Desculpe-me , eu não deveria fingir que entendo . Eu só queria que … - paro pra consegui coragem de dizer isso . - Eu gostaria que você confiasse em mim . Ela tira a mão do rosto e eu posso ver seus olhos vermelhos e seu rosto inchado , ela fica mais linda ainda quando chora. Ela me olha como se tentasse me dizer algo mas não conseguisse. - Quer dizer - continuo - , eu fiquei sabendo que você estava mal pelo Carlos. Isso é estranho ! - Tem coisas bem mais estranhas - ela grita com a voz falhada. - Como descobri que o cara que você gosta é na verdade filho de um "ex -traficante" e que ele é um viciado em drogas e prostitutas. O mais estranho de tudo , é descobri isso depois de ter sido sequestrada. Depois de ter que roubar o seu sequestrador. Meu deus , Tom !Isso me parece um pouco estranho . - Em primeiro lugar , não use o meu nome como uma arma - retrucou . - Em segundo lugar , eu me arrisquei indo até um maldito casebre com um bando de caras que querem me matar só para salvar você . Se isso não é o bastante eu preciso fazer o que ? - levanto uma sobrancelha - Você quer que traga um pouco de xá e escolha uma iluminação adequada? Frustrada ela solta um grunido e chega perto de mim . A ponta de nossos nazis se tocando , seu dedo bem no meio do meu peito . Meu coração batendo a mil nos meus ouvidos. Ela fala de maneira suave : - É só isso ? É só isso que você tem a dizer ? - ela franze a testa . - O que mais você quer que eu diga ? Ela balança a cabeça e segue para fora da clareira. - Nada, Tom. Nada. Olho para Mione enquanto ela vai embora. Um buraco se abriu dentro de mim , um vazio que cresce tão rapidamente, um vão que rapidamente vai me despedaçar.


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Notas finais do capítulo

Comentários são bem vindos, não demora nada e nem dói. Não se sintam obrigados a elogiar. Se não gostou do capítulo, pode falar também, pois criticas construtivas também são muito bem vindas, mas se gostou de verdade por favor avise, comente.



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