Amor Proibido escrita por Nyah
Eu já não me sentia bem em sua presença, agora ele passa a estudar na minha classe, e sabe que sou um demônio? Como? Eu pensava que isso era impossível. Bom, pelo menos foi isso que o papai disse pra mim uma vez, na minha infância. Bom, eu nada disse àquela pessoa que acabara de sentar-se atrás de mim, apenas fiquei quieta e permiti ao professor prosseguir com a aula.
Deu o intervalo (recreio pra muitos), e eu guardei meus livros dentro da mochila. Levantei-me da cadeira, o professor já havia saído da sala. A Akiko senta na frente da cadeira ao meu lado. Passei por ela e avisei-lhe que estaria no terraço. Nenhum dos alunos normais da escola vão até lá, o que tornava o local o mais quieto da escola toda.
Saí da sala e fui caminhando até as escadas. Dei uma olhada para o meu lado direito e vi aquele garoto novo. Subi aquelas escadarias, e ele foi atrás de mim. Eu não queria isso, então, apressei meu passo e me pus a correr nas escadas. Sempre soube que isso é contra os regulamentos, mas o que mais eu poderia fazer? Eu não queria de maneira alguma ficar perto daquele ser que tanta repulsa me causava.
Cheguei no terraço, e me escondi no teto da cabine que levava-nos às escadarias daquela escola. Ele apareceu lá e não me encontrara. Ele deu meia volta e saiu daquele local, onde eu encontrava paz absoluta. Mas fiquei escondida, vai que ele não queria apenas que eu aparecesse para me pegar, como a onça-pintada faz quando sente que está na hora de se alimentar. Fiquei ali, sentada, esperando pela Akiko.
Minha amiga apareceu e perguntou onde eu estava. Eu respondo-lhe com o ato de pôr a mão em seu ombro. É claro que ela assustou-se um pouco. Deu pra sentir seus gêmidos e sua sensação de medo. Eu realmente queria poder usar meus poderes de demônio naquela hora. Não, não era pra devorar a alma de minha querida amiga, mas sim porque senti que o rapaz que eu tanto odiava sem saber o motivo estava abrindo a porta com aquele sorriso que me irritava profundamente. E eu NÃO estava virada para a porta. Pelo contrário, estava de costas para aquele ser. Aí você me pergunta como eu sabia que ele estava ali, e como eu sabia também que ele estava sorrindo. A resposta é bem simples: isso se dá pelo fato de eu ser uma demônio.
- Se você se assusta com tanta facilidade, então por que motivo está no clube de Sobrenatural?
- Ah, é para eu poder perder meus medos. - ela ainda estava assustada. - Ah é... Hoje é dia de ficarmos até um pouco depois da hora por conta das atividades de nosso clube, não? - ela se lembrava
- Sim. Hoje acertaremos melhor os detalhes para o festival. Nosso trabalho deve ficar o mais sombrio possível. - eu falei.
Fomos sentarmos no banco que havia naquele local. Eu já não sentia a presença daquele que eu odiara tanto. Me senti mais calma, pois concluí que ele havia saído do recinto. Lanchamos e conversamos um pouco, ou melhor, eu estava sendo obrigada a ouvir suas histórias de vida. Mas até que eu gostava. a Akiko era a única pessoa com quem eu me abria. Bateu o sinal e fomos pra aula.
No fim do dia de aula, eu a Akiko fomos para a sala do clube. Chegando lá, o presidente do clube avisa-nos (a todos os membros presentes) a chegada de mais um membro. E quem mais poderia ser? Era o tal Fulano que me perturbava a alma.
"Mas será possível? Vai me seguir até aqui?" - eu pensei.
Não tive escolha a não ser conviver com ele. Fiz todas as atividades do clube normalmente, e, na saída, a Akiko não pôde me acompanhar dessa vez. Então, eu fui sozinha pra casa. Na metade do caminho, sinto que sou seguida.
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