Pela Lei E Pelo Coração escrita por Mago Merlin


Capítulo 7
Teatro e novo Poder.




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Capítulo 7 – Teatro e novo Poder.

Tiago precisava dar o próximo passo para o casamento, então ele iria se reunir com os Marotos no apartamento de Sirius.

Seria a hora da encenação.

- Tem certeza de que quer fazer isso? – perguntou Sirius.

- Sim, Almofadinhas. – respondeu ele simplesmente.

Eles ficaram em silêncio até a chegada de Remo.

- Tudo pronto, Pontas. – perguntou o Lobisomem.

- Sim, falta a chegada do Rabicho.

Mais uma vez o silêncio reinou. Eles ficaram olhando para a lareira. Pedro ainda não tinha conseguido passar pelo exame de aparatação. Ele sempre ficava nervoso em teste.

Não demorou muito, e as chamas da lareira ficaram verdes.

- Rabicho. – disseram todos juntos.

- Não sei o que é pior. – disse o menor deles. – aparatar, flu, vassoura, ou andar mesmo.

-Andar. – disse Sirius.

- Chave de Portal. – disse Remo.

- Flu. – respondeu Tiago.

Todos riram.

- Mas o que é de tão importante para você convocar uma reunião marota, Pontas? – Remo começou a encenação.

- Preciso confessar uma coisa pra vocês. – disse Tiago, mexendo no cabelo.

- Que seu cabelo é comportado? – perguntou Sirius.

- Mas ele se comporta. – disse Tiago. – Assim como eu.

- Tá explicado. – disse Remo. – Nem mesmo McGonagall consegue dar jeito neles.

- Ei. – disse Tiago. – Só porque é verdade que não te bato Lobinho.

- Fala logo, Pontas. – disse Rabicho.

- Vocês se lembram de que eu andei meio sumido esse ano. – disse ele.

- Sim, nenhuma brincadeira, nenhuma azaração Ranhoso, nem mesmo encontros. – disse Sirius fazendo drama.

- Bem, eu tive encontros sim. – disse Tiago.

- Teve não. – disse Sirius. – Eu perguntei pra todas as meninas.

- Esqueceu de uma. – disse Tiago.

Remo parecia pensar.

- Não seria ela. – disse ele. – Ela teria me contado.

- Não se ela quisesse que ninguém soubesse. – disse Tiago.

- Ela quem?  - disse Sirius.

- Faz sentido, depois de tudo. – disse o lobisomem.

- Ela que queria segredo, até mesmo de vocês. – disse Tiago.

- Quem? – perguntou Sirius.

- E você teve que aceitar. – disse Remo.

- Claro, faria tudo por ela.

- QUEM É ELA, CARAMBA. – berrou Sirius.

- Lilian Evans. – disseram os dois ao mesmo tempo.

- Repete que eu acho que fiquei maluco.  – disse Sirius.

- Eu estou namorando Lilian ‘Ruivinha’ Evans. – disse Tiago.

- Pare de brincadeira, Pontas.

- Eu não estou brincando, juro solenemente que estou com a Lily. – disse ele.

Sirius caiu no sofá.

- Mas... mas... você não disse nada, nem pra mim. – disse o moreno com as mãos no rosto, como se não acreditasse.

- Lilian não queria que ninguém soubesse. – disse Tiago. – Eu queria eu tudo desse certo, não podia quebrar a confiança dela assim. Eu pedi pra contar pra vocês, mas ela foi firme, nem mesmo Maria sabia.

Rabicho estava quieto no canto dele, sabia que era melhor os deixar falarem tudo antes de se meter. Se interrompesse era possível que todos se virassem contra ele, ou qualquer um por perto.

- Mas podia ter me cotando. – Disse Sirius.

- Ninguém é ninguém.  – disse Tiago. – O seu nome foi o primeiro a ser citado. Lilian não queria que você ficasse zoando com ela.

- Eu não ia... ia sim. – disse ele.

- Mas, Pontas, por que agora?  - perguntou Remo.

- Não ia ficar muito mais tempo em segredo.  – disse ele. – resolvemos conversar com vocês, Lilian está com a Maria agora também.

- Por quê? – perguntou Sirius.

- E que vamos nos casar no fim do mês.

Remo e Sirius começaram a falar, gritar, resmungar juntos, andando de um lado para outro. Tiago esperou eles acalmarem, e foi pegar algumas garrafas de cerveja amanteigada.

- Já acabaram, ou vou ter que esperar para explicar. – perguntou ele depois de 10 minutos.

- Explica logo, Pontas. – disse Sirius, se sentando novamente.

- Digamos, que já estávamos a algum tempo namorando, e as coisas foram ficando mais serias, mais quentes e... Vocês sabem.

- Em Hogwarts? – perguntou Remo surpreso, não esperava isso de Lilian.

- Claro que não. Lilian não e destas que se contentam com armário de vassouras. Foi na casa dela, achávamos que estávamos sozinhos, mas...

- Sogrão pegou vocês. – disse Sirius, achando graça.

- Exato, bem, algumas ameaças aqui, outras ali. Conversas com nossos pais. E decidimos casar.

- Assim, casar? – perguntou Rabicho.

 - Já tínhamos pensado nisso, mas só depois formados. Só estamos adiantando os planos.

- Eu serei o padrinho. – disse Sirius.

- Como se eu fosse escolher outra pessoa.

Passaram o resto do dia discutindo o casamento.

- Terei que ir agora. – disse Rabicho olhando para o relógio. – Minha mãe vai ficar preocupada.

Assim que Rabicho sumiu pela lareira e o fogo voltou ao normal, remo se virou para Tiago.

- Isso era realmente necessário?

- Sim. – respondeu Tiago. – Rabicho é uma peça importante neste jogo. Se ele acreditar, todos acreditaram. E espero não ter que contar pra ele a verdade nunca.

- Olhando por esse lado, um maroto sem saber de nada, pode ser útil. – disse Remo.

- E ele ainda pode pegar informações pra gente sobre o que todos comentam. Você sabe que nem todos acreditam que ele é nosso amigo. – comentou Sirius.

- Infelizmente. – disse Tiago.

Lilian estava na casa de Maria. Ela estava preocupada com a reunião dos Marotos. Sabia que era importante e que Dumbledore e McGonagall concordariam com esse plano.

Mas ela ainda não sabia se poderia confiar neles. Remo era um caso a parte, e Tiago estava se esforçando. O problema era quando todos se juntavam.

- Devia parar de se preocupar com Tiago. – disse Maria. – Ele está se esforçando para que tudo de certo.

- Sabe que eles são terríveis juntos. – disse Lilian. – Eles têm uma gaveta só pra eles na sala do Filch, sem contar a gaveta de materiais perigosos que metade foi confiscada deles.

- Você tem que ver que boa parte do que eles fazem é bem engraçado.

- Eles humilham estudantes, fazem brincadeira de mau gosto, matam aulas, dormem em sala.

- Eles pararam de humilhar, só atacam quem merece e pode se defender. As brincadeiras boas e bem elaboradas, e quanto às aulas, todos tem boas notas.

- Pettigrew não tem boas notas. – disse Lilian. – tem apenas duas aulas de NIEMs.

- Pettigrew não é um Maroto, ele é o fã que segue eles para todos os lugares. – disse Maria, fazendo lembrar o discurso de Tiago.

- E você tem que lembrar que ele não sabe da farsa. Para ele vamos realmente nos casar. 

Elas mudaram o papo para o casamento, já que Maria seria a madrinha de Lilian.

- Acho ótimo que vocês vão fazer um casamento simples, tão romântico.

- Por que você está mentindo? – perguntou Lilian sem saber como sabia isso.

- Eu não estou mentindo. – disse Maria espantada, mas mentido de novo.

- Ta sim, eu sei, como eu não sei, mas sei. – disse Lilian.

- Você tá me confundindo. – disse Maria. – E sim, to mentindo. Queria ver seu casamento com Tiago bem mais glamoroso que isso. Eu sempre achei que faziam um belo casal.

- Agora você não está mentindo. – disse Lilian. – E eu to com um baita dor de cabeça.

- Você pode sentir quando to mentindo ou não? – perguntou Maria.

-Sim. Mas agora você está confusa. – disse Lilian.

- Eu sei o que é isso. – disse Maria correndo para fora.

- Aproveite e pegue algo pra minha dor. – disse Lilian.

Dois minutos depois volta uma descabelada para o quarto com uma revista na mão, e uma poção na outra.

- Semanário das Bruxas, não. – reclamou Lilian.

- Reclama não, a rata de biblioteca aqui é você. Na sua casa deve ter algo melhor, mas no momento, vai ser nosso ponto de partida.

Maria folheou a revista e parou em uma página que Lilian leu poderes raros.

- Aqui. – ela começou a ler. - Empatia: O estado de empatia, ou de entendimento empático, consiste em perceber corretamente o marco de referência interno do outro com os significados e componentes emocionais que contém, como se fosse a outra pessoa, em outras palavras, colocar-se no lugar do outro, porém sem perder nunca essa condição de “como se”. A empatia implica, por exemplo, sentir a dor ou o prazer do outro como ele o sente e perceber suas causas como ele a percebe, porém sem perder nunca de vista que se trata da dor ou do prazer do outro. Se esta condição de “como se” está presente, nos encontramos diante de um caso de identificação.

- Quer dizer...

- Lilian, você é uma empata. E pelo que fala aqui é um poder familiar. Ou seja, agora membros da sua família vão poder ter ele.

- Mas esse tipo de poder não vem de varias gerações, ninguém da minha família é bruxa.

- Você está criando uma nova família. – disse Maria.

- Ai. – foi o que Lilian disse.

Algumas horas depois, chega uma coruja com um bilhete de Tiago.

“Plano realizado com sucesso”

- Pelo menos isso. – disse Lilian, ainda com dor.


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