- Que você está grávida.

- Impossível. – disse a ruiva em choque, eles não tinha feito nada.

Ela tinha ouvido alguma coisa assim quando anunciaram o casamento, mas com o tempo tinha parado. Por que retornou agora?

- Por que impossível? Você não está casada, isso é normal. – disse Vicky.

- Bem, ontem veio o sinal de nenhuma gravidez. – disse Lilian com a não no ventre. – Como esse povo pode achar algo assim?

- Eles andaram escutando coisas que você disse. Que você estava com sono, com desejos e enjoando.

- Já viu o Pettigrew comendo? Isso enjoa qualquer um. – disse Lilian. – E o sétimo ano é muito pesado, tem horas que o sono bate mesmo. E qual o problema de ter desejos por chocolates? Sou chocólatra assumida.

- Que bom, digo, Gravidez ainda na escola não deve ser nada legal. – disse a menina antes de dar um abraço e sair.

Lilian ainda ficou parada no lugar um bom tempo. Depois saiu para encontrar os amigos.

Assim que contou para eles, recebeu um abraço de Tiago.

- Esse povo não tem nada mais pra inventar não. – disse Sirius revoltado.

- Um dos rumores do casamento foi justamente por isso. – disse a ruiva. – E nada mais normal que casados tenham filhos.

- E considerando que se você espirar já falando que você tem a gripe draconiana. – disse Remo.

- Quem está com a gripe draconiana? – Perguntou Pedro, não recebendo resposta.

- Podemos ir para enfermaria e desmentir. – disse Tiago.

- Se formos pra enfermaria agora, vão ter certeza que estou grávida e nos perturbaram para sempre. – disse Lilian.

- Melhor deixar essa fofoca de lado, logo ela desaparece. – disse Maria. – Ainda mais que não terão mais como aumentar isso.

- Acho que pelo menos para Tia Mimi, você tem que contar. – disse Tiago. – Não queremos problemas com os professores se essa fofoca chegar aos ouvidos deles.

O casal seguiu para a sala da professora de transfiguração.

- Infelizmente essa fofoca e recorrente. – disse Minerva. – Basta um casal mais velho namorar que escuto isso. E devo dizer que nem sempre é fofoca.

Os dois puderam ouvir um suspiro triste da professora.

- Mas você sabe que não poderíamos ter um filho. – disse Lilian.

- Sim, Lilian. Mas no caso de vocês, que estão casados, não seria um verdadeiro problema. Poderia alterar um pouco a rotina de vocês e causar alguma mudança nas notas.

- Só viemos mesmo para esclarecer tudo. – disse Tiago. – Sabemos que algumas vezes o pessoal exagera.

- Agradeço, alertarei os outros professores.

Sábado chegou mais cedo que Lilian esperava. Ela até pensou em não ir, arrumar alguma desculpa e ficar trancada no seu quarto. Mas sabia que isso só aumentaria os boatos e ela era a monitora-chefe tinha que estar lá para resolver qualquer problema e ajudar os alunos do terceiro ano.

Ela saiu do banheiro e encontrou Tiago já pronto a esperando.

- Você está linda. – disse ele.

- Nosso casamento é de mentira, Tiago.  Não precisa disso.

- Só estou dizendo a verdade. – disse ele dando de ombros. – Vamos?

- Se não tem outro jeito. – ela falou aceitando o braço que ele oferecia e saíram do quarto.

Havia pouca gente no salão comunal, mas isso não melhorou o animo de Lilian. Sabia que teria muita gente no vilarejo.

Eles saíram com os Marotos e Maria.

Poucas pessoas prestaram atenção no casal. A cena já era comum ali. Isso relaxou um pouco a ruiva.

Eles fizeram o passeio clássico. Passando na Dedos de Mel, Zonko’s e outras lojas.

- Estranho vocês não tentarem ir na Casa dos Gritos. – disse Maria.

- Já conhecemos como a palma de nossa mão.  – disse Sirius.

- Como? – perguntou ela.

- Toda vez que visitávamos o vilarejo íamos lá. – disse Remo, com a resposta na ponta da língua.

- Mas e os fantasmas?

- Tem fantasmas também? – perguntou Pedro tremendo.

- Rabicho, você vive em um castelo cheio de fantasmas, como pode ter medo? – perguntou Tiago.

-Eles eu conheço. – disse o menor dos meninos, fazendo os outros revirarem os olhos.

Depois disso, seguiram para o Três Vassouras.

- Tinha escutado rumores, mas achei que era impossível. – disse Madame Rosmerta.

- Ela finalmente aceitou que sou honesto quando digo os meus sentimentos por ela. – disse Tiago. Não era mentira, já que naquele momento ele estava ajudando.

- Bobo. – disse ela dando um tapa nele.

Tiago não se fez de rogado e roubou um beijo dela.

- Já discutimos para você não fazer isso na frente de todos. – disse a ruiva ficando da cor do seu cabelo.

- Não resisti. – disse ele dando uma piscadinha para ela.

Eles tomaram algumas cervejas amanteigadas.

Logo Sirius disse que tinha algo para fazer.

- Ele vai procurar uma menina sozinha isso sim. – disse Maria.

- Rabicho, você terminou o dever de feitiços? – perguntou Remo.

- Ainda nem comecei. – disse o animago.

- Vamos voltar que eu te ajudo. – o lobisomem puxou o amigo para fora do pub.

- Vela? Eu? Nem me pagando. – disse Maria jogando algumas moedas na mesa e saindo.

- Posso matar eles? – perguntou Lilian olhando paras moedas na mesa.

- Só não deixa ninguém te ver. Posso servir de álibi. – disse Tiago rindo. – Mas o jeito agora e continuarmos com esse ‘encontro’ e voltar pro castelo cedo.

Trocaram alguns beijos, para manter a aparência. E voltaram.