Pensamos Que Era Uma Brincadeira escrita por Mago Merlin


Capítulo 8
Quão Rico?




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Capítulo 8 – Quão Rico?

O grupo entrou na sala um pouco apreensivos. Não era comum que magos se reunirem com o chefe da nação dos duendes, nem mesmo aqueles que trabalhavam no Gringotes.

- Senhor, Srs e Sras Potter e Weasley. – disse Grampo.

- Pode se retirar. – disse Ragnarok.

Grampo se retirou.

Harry aproveitou que o duende já sabia quem ele era para olhar a sala. Era impressionante, coisa que deixaria Tio Valter intimidado. Tudo era mármore branco, como o saguão, mas parecia ainda mais brilhante. A mesa e cadeiras de Ragnarok o deixam em um nível acima de qualquer pessoa presente, quando sentados, ainda mais ele, que era uma criança.

- Desculpe a intromissão do seu trabalho. – disse Harry, já que ninguém parecia falar nada. – Sei que deve ter assuntos mais importantes.

Ragnarok olhou para ele, analisando.

- As lendas não fazem jus a sua pessoa, Senhor Potter. – disse ele. – Esperava um bruxo arrogante e com ar superior.

- Desculpe se não sou o que esperava. – disse Harry olhando para baixo.

Gina segurou sua mão. O que ele agradeceu.

- Você não entendeu, eu estou feliz que não é assim, senhor Potter. Facilita muito a nossa conversa. Já esperava a sua visita, desde que aconteceu o seu casamento. – disse ele viu o espanto na cara de Harry. – Temos arquivos e feitiços que identificam nascimentos, casamentos e falecimentos. E como tínhamos certeza que você morava com seus parentes trouxas, isso conferimos, e que tinha se casado com uma menina de família bruxa, sabíamos que você uma hora apareceria aqui.

- Mas não precisava ser o gerente do banco. – disse Gina.

- A família Potter é uma aliada da nação dos duendes há anos, Sra Potter. Assim não haveria outra forma de lidar com isso.

- Agradeço a sua disposição. – disse Arthur, que estava desconfortável com toda a situação. – Só estamos aqui para ver a conta do Harry. Sabermos o que ele tem pra Hogwarts.

- Você deve estar falando do cofre de confiança que os Sr Potter abriu para o filho quando ele nasceu. – disse Ragnarok, passando um papel para Harry que retirou de uma pasta. – Como vocês podem ver, tem dinheiro o suficiente para a educação do menino até a sua formação em Hogwarts. E como não houveram retiradas ao longo dos últimos nove anos os recursos podem ser disponibilizados para o Sr Potter aqui.

- Poderia me chamar de Harry. Evita confusões.

- Claro. – disse o duende.

Harry leu o papel que recebeu, mas não entendeu nada do que estava escrito. Só sabia que era muita coisa. Passou para Arthur, que arregalou os olhos.

- Como disse esse é apenas o cofre de segurança do Harry. Existem ainda três outros cofres em seu nome. Mas terá acesso apenas quando fizer 17 anos, o que significa a maioridade no mundo mágico. – disse Ragnarok. – Mas não precisará deles até lá mesmo.

Ele estava com três papeis na mão, mostrando a quantidade de dinheiro em cada uma, mas não fez menção de entregar para Harry, que não fez questão nenhuma de ver.

- E é claro tem as propriedades em nome de Harry. Você pode visita-las, mas não poderá fazer nenhuma transação com elas. E participações em alguns negócios.

Mais papeis surgiram. Desta vez Harry pegou. Eram casas, lojas, terrenos, fazendas. E um monte de coisas que ele nem entendeu. Passou para Arthur, que foi analisando tudo.

- Camarotes? – perguntou ele.

- Os Potter são conhecidos por gostarem de quadribol. Acredito que o último foi um presente a Sra Potter, mãe de Harry.

Harry pegou os papeis, e viu. Harpias de Holyhead. Ele formou planos para essa informação.

- Você pode ser considerado um dos jovens mais ricos do Reino. – disse Ragnarok.

Harry não conseguia entender a dimensão disso. Ele só podia pensar que ele viveu num armário a vida toda e tinha casas. A vida não era justa. 

- Agradeço as informações. – disse Arthur. – temos que ver a questão do dinheiro a mais no nosso cofre.

- Não será necessário sair. Posso responder isso. – disse Ragnarok, pegando um contrato.

- Esse é o nosso contrato de arrendamento do terreno d’A Toca. – disse Molly.

- Sim, já que seu favorecido agora mora na casa. – disse o duende.

- Eu? – perguntou Harry.

- Sim. Esse é um dos motivos pelo qual é bem barato. – disse o gerente. – Os Potter não precisam de dinheiro e permitiram o arrendamento por um baixo preço.

- Vamos continuar a pagar. – disse Molly.

- Nada disso, Molly. – disse Harry. – É minha casa agora também. Não posso deixar vocês pagarem pra eu morar ali.

- Oh, Harry. – disse ela emocionada.

- Só temos um problema.  – disse Arthur. – Não temos a chave para o cofre de Harry.

- Sabemos deste problema. – disse Ragnarok. – Isso já foi arrumado, Grampo está com a chave. Ela foi magicamente devolvida ao banco quando Harry foi confiado a seus parentes trouxas. Não poderíamos deixar os recursos valiosos irem para pessoas que não tiveram a confiança dos pais dele.

Harry então entendeu o motivo de ainda ter dinheiro ali. Se Tio Valter soubesse ele não teria mais nada.

Eles seguiram para o cofre de Harry. A viagem foi um pouco maior que a anterior.

No meio, Harry viu uma chama aparecer e apagar.

- Aquilo era um Dragão? – ele perguntou.

- Sim, Senhor Potter. – disse grampo. – temos Dragões em algumas partes do banco. Mas seus antepassados preferem que não usemos para proteger os seus cofres.

Ao chegar ao cofre Harry teve a real dimensão daqueles números todos. Seu cofre estava cheio das moedinhas douradas, prateadas e avermelhadas como as que havia visto no cofre dos Weasley. Ficou feliz por ter algo dele, mas triste pelo que tinha visto no cofre anterior, novamente pensou que a vida não era justa.

Com ajuda de Molly, recolheu algumas moedas, o suficiente para as despesas dele.

Seguiram para encontrar com os meninos.

Encontraram em frente à Qualidade de Quadribol. Os gêmeos e Rony estavam babando nas vassouras da vitrine, Percy lendo e Gui olhando para eles.

- Tudo certo? – perguntou Arthur, já que Molly ainda estava ligeiramente abalada.

- Tudo. – respondeu Gui, enquanto os gêmeos escondiam algo nos bolsos.

- Vamos fazer o seguinte. Percy, você vai para Floreios e compra os livros, os seus e os dos gêmeos. Lembre-se que tem que comprar apenas um livro para eles. – Molly pegou algumas moedas é passou para Gui. – O resto segue para o brechó. Vamos comprar os uniformes. Depois para Madame Malkins para comprar roupas pra o Harry.

Molly escolheu as vestes de Percy, e deixou os gêmeos experimentarem as usas. Poderia comprar para os dois agora.

O grupo se separou. Molly, Harry e Gina seguiram para a modista, enquanto Arthur e os gêmeos iam seguir para as compras deles. Rony preferiu seguir com os gêmeos. Ele não gostava de comprar roupas, nem livros.

Harry não sabia o que comprar, e foi aceitando tudo que as duas ruivas pegavam para ele.

Ele achava meio estranho as roupas que cabiam nele, mas a felicidade que via em Gina, o fazia aceitar tudo.

Algumas roupas ficariam prontas em outro dia, a preferência era para alunos de Hogwarts. Mas Harry saiu com muitas sacolas. E com uma roupa dele mesmo.

Passaram na loja para comprar um armário para Harry. Compraram um novo, e grande. O menino ia crescer, e Gina poderia usar também.

A última loja que precisavam ir seria a Olivaras. Foram somente Molly e os gêmeos, já que a loja não caberia todos. OS outros foram tomar sorvete, patrocinado por Gui.

Agora que as compras passaram tinha mais um evento para realizar.

O aniversário de Gina.

Molly estava aproveitando que Gina estava entretida com Harry para poder planejar tudo. Já tinha convidado Luna e sua mãe.  Assim como Gui já estava ali, e Carlinhos estava pra chegar.

Ela ia caprichar um pouco e comemorar o de Harry também, que tinha sido alguns dias antes que ele aparecesse ali.

Molly estava na cozinha quando seu filho que vivia na Romênia chegou.

- Oi mãe. – disse ele dando um abraço nela. – Saudades.

- Não fui eu quem me mudei pra longe. – disse ela retribuindo ao abraço.

- Mãe, não vamos começar com essa discussão de novo. – disse ele.

- Eu só acho que você poderia vir mais vezes em casa. – resmungou Molly. – Agora vai tomar um banho que o jantar está quase pronto. Ninguém precisa sentir esse cheiro de esterco de dragão. E você vai ficar no quarto do Rony. Gui está com Percy.

Carlinhos pegou sua mochila, e seguiu para o banheiro tinha tudo que precisava lá.

Abriu a porta sem perceber que o chuveiro já era ocupado e escutou um grito.

- CARLINHOS! SAI!

Era Gina, que tinha gritado. Mas ela estava escondida. Atrás de um menino.

- O que está acontecendo aqui?  - perguntou ele. – Quem é esse menino?

Mas o domador de dragão não conseguiu uma resposta. Foi lançado fora do banheiro e a porta trancada.

Molly apareceu no corredor ao ouvir os gritos.

- Esqueci de avisar que Gina poderia estar no banho. – disse ela.

- Percebi. – disse ele massageando as costas. – Mas quem é o garoto com ela?

- Eles estão tomando banhos juntos de novo? – perguntou ela relaxada. – Venha, vou explicar o que está acontecendo. Aquele lá é o marido do sua irmã. Um tal de Harry Potter.

Molly estava adorando ver a reação de seus filhos quando descobriam isso.


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