Teias De Aranhas escrita por DezaP


Capítulo 25
Um diario


Notas iniciais do capítulo

Depois de anos e seculos sem criatividade. Ai está.. O ultimo capitulo de Teias de Aranhas.



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Me levantei, tudo parecia girar ao meu redor, ainda nao conseguia acreditar que Nicholas nao estava mais no mesmo mundo em que eu. Caminhei até a cama e me sentei na mesma, meus olhos nao conseguiam sair do garoto palido e gelado deitado no chão, imovel, senti algo grosso encostar em minha perna, me agaixei e encontrei um caderno, sua cor era preta e havia muitos desenhos de caveiras e mortes, abri o mesmo e o li, nao era um simples livro, e sim um diario. O diario de Nicholas.
" Particularmente eu odeio diarios, odeio ter que dizer sobre a minha vida para um caderno, mas eu preciso conversar com alguem então acho que é a melhor opção.
Sou Nicholas Fire, tenho 15 anos e sou um assassino.. ".
Então tudo aquilo que Wendy disse era verdade?, Nicholas seria mesmo um assassino?, havia matado os proprios pais?. Me deitei em sua cama e voltei a ler o caderno de capa preta. 
" Semana passada eu matei meus proprios pais, era um dia de inverno, a neve cobria o chão, arvores e casas, até mesmo as pessoas, havia um penhasco e um carro. E meus pais "
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- Ja pegou o casaco querido? - Disse Rosie, sua voz estava calma e doce, como todos os dias, admito que nunca a vi nervosa, nem mesmo quando eu roubei o disco do the beatles. 
Vesti meus sapatos e caminhei até o carro cor da noite que me esperava ao lado de fora de minha casa, sorri para meu pai que segurava o volante orgulhoso pois havia tirado a carteira de motorista a pouco tempo. 
- Oque voce acha de aprender a dirigir meu filho? - Disse Marley, sua voz firme e forte fazia com que fosse impossivel o ignorar - Posso te ensinar o basico agora mesmo. 
Claro que nao irei negar, imagina o tanto de garotas que iria sair comigo se eu soubesse dirigir, sorri e me sentei no banco da frente, era um dia de inverno, havia muita neve, mais que o normal, era quase impossivel ver as estradas e por isso muitos carros haviam batidos e muitas pessoas haviam morrido apenas neste mês. segurei o volante e pisei levemente no acelerador, senti que o carro andava devagar e logo senti o orgulho tomar conta de mim.
Meu pai ia dizendo oque eu tinha que fazer e eu apenas dirigia, admito que nao é tao dificill. acelerei um pouco mais pois ja sabia tudo oque eu tinha que fazer, estava-mos indo para a casa da vovó, do outro lado da cidade, eu adorava ir para lá pois ela era a avó mais rabugenta do mundo, reclamava das minhas roupas, cabelo, amigos, mas eu a amava, muito, e fico feliz por ela nao ser a avó calma e legal como as demais.
Ao avistar uma curva tentei reduzir a velocidade, mas o gelo nao permitiu e fez com que o carro escorregasse e batesse em uma enorme rocha, assustado olhei para o lado, mamae e papai estavam deitados, sangrando e gelados, devia apenas ser coisa do momento, sei que daqui a pouco eles estarao na casa da vovó comigo novamente. Puxei o caco de vidro que entrou em meu braço e procurei o celular, desesperado liguei para a ambulância que chegou em menos de 20 minutos. Entrei na mesma junto com meus pais.
Após ficar horas encarando os pontos de meu braço, levanto a cabeça e encontro um homem alto e vestido de branco, fez um balanço com a cabeça para avisar que é para que eu entre na sala, o obedeci. 
- Nicholas Fire? - Assenti - Sinto muito em lhe informar mas.. seus pais nao resistiram. 
- Não resistiram ao oque? - finalmente perguntei.
- Eles morreram - Ele disse e colocou sua mão em meu ombro, buscando me dar conforto.
Dei as costas e sai do hospital, nao iria escutar aquele medico mentiroso, claro que meus pais nao morreram, eles nao me deixariam assim, nunca. Peguei um taxi até a minha casa, ao chegar me joguei no sofá e fiquei esperando até que meus pais finalmente chegue em casa. Horas se passaram e nada, flashs do Doutor dizendo que eles haviam morrido se passaram por minha cabeça, seria verdade?, Senti uma lagrima teimosa descer em minha boxexa, a limpei rapidamente e continuei esperando. Mas eles nao voltaram. Caminhei até a minha cama e terriveis pensamentos começaram a passar pela minha cabeça.
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Semanas haviam passado, desde então eu nao saira de casa, nem para ir ao enterro de meus pais, ainda nao havia aceitado que eles tinham partido. Me levantei e caminhei até a porta amarronzada e sai pela mesma, senti o vento abafado bater em meu rosto e até os passarinhos cantarem, caminhei pelas ruas de Stamford, logo ouvi um sussurros e gritos. Me virei para traz, dois idosos pontavam para mim e gritavam " assassino ". Senti algo em minha garganta, como se estivesse a apertando e sufocando-a, outra lagrima saiu de meus olhos. Eu seria mesmo um assassino?, Eu teria mesmo matado meus pais?. Corri para casa e me tranquei, e nao sei de casa por mais semanas e semanas.
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Dois anos haviam se passado e eu ainda nao havia contado a mais ninguem sobre oque acontecera, e nem ninguem me vira. Meu unico amigo era meu caderno, onde eu contava meus segredos e pensamentos. Havia me acostumado com aquela vida solitaria, nao precisava de mais ninguem para nada, apenas eu e a escuridão ja era bom. Ouvi um barulho vir da biblioteca, me levantei rapidamente e fiquei imovel encostado na parede, podia ser apenas um rato, mas um rato nao abriria a porta e entraria em meu porão. Fechei os olhos com força para que eu logo acordasse e voltasse a minha biblioteca suja e solitaria. Ao abri-los encontrei a imagem de uma garota morena, uma das garotas mais bonitas que eu ja havia visto. Seu olhar era de espanto, dei um passo para traz até encostar na parede.
- Oque faz aqui? - Disse, tentando fazer com que minha voz nao saisse como um sussurro. 
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Fechei o livro de capa preta e me levantei, caminhei até Nicholas e me sentei ao seu lado, alisando seu rosto. Peguei o celular e liguei para a ambulância. Me levantei e caminhei até a porta de saida, Não sei descrever oque estava sentindo, angustia, medo, dor, mas nem sequer uma lagrima saia de meu rosto. Amanhã irei me mudar para Washington com meus pais, terei uma nova vida, novos amigos e verei novos lugares. Sai da antiga biblioteca e caminhei até chegar em casa. Havia caixas por toda a parte e a placa " FOR SALE " ja havia sido retirada de nosso gramado, caminhei até meu quarto e adormeci. 
Olhei pela janela do avião que agora estava pousando, podia ver as nuvens desaparecendo dando a visão de uma linda cidade. Sai do aeroporto com meus pais e pegamos um taxi até uma simples casa branca, florida e perfumada, ao entrar encontro um homem moreno, seus olhos cor de esmeralda brilharem.
- Antonny - sorri e corri até o mesmo, o abracei e o senti afagar meu cabelo, suas roupas pretas cheiravam a suor. O senti alisar meu rosto e sussurrar " Como voce cresceu minha paçoca ", sorri e logo senti sua respiração, nossos labios se aproximaram seguidos de um longo beijo intenso e apaixonado. 


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Notas finais do capítulo

Sei que disse a uns capitulos atras que iria fazer outra fic, mas como podem perceber estou tendo umas quedas de criatividade, e como nao quero que isso aconteça na proxima fic isso pode demorar. Mas juro que quando postar ( se postar ) enviarei uma MP para todos voces.



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