Teias De Aranhas escrita por DezaP


Capítulo 17
Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, sabe quando voce tem uma queda-de-criatividade?, entao.. eu tive



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- Agora mantenha o equilibrio, e nao tenha medo - Disse Antonny segurando em minha cintura, de repente ele solta e eu fui.. ladeira abaixo, admito que não é tao dificil assim andar de skate, levantei minha cabeça, avistando uma arvore, arregalei os olhos levando meu pé até o chão fazendo o skate parar, sem sucesso, senti meu corpo voar e bater com uma grande força na arvore.

Acordei e ja estava escuro, olhei em volta avistando uma horrivel parede no tom verde-oliva, não sei oque deu na ruiva oxigenada a pensar que eu gostaria dessa cor, me sinto na floresta amazonica, me levantei indo até a porta e abrindo a mesma, estava escuro, dava para ver apenas os quadros pendurados na parede, com pessoas desconhecidas sorrindo, outros tinham frases e pensamentos, estranho, nao me lembro de ter quadros no corredor, no maximo tinha umas prateleiras com algumas plantas, objetos e livros, caminhei pelos corredores escuros na direção do quarto da ruiva e meu ex-querido-papai, a cada passo me sentia mais vigiada, olhei para traz, os quadros se mexiam, na verdade, só mexiam seus olhos, avistei um enorme no fim do corredor, nao havia reparado nele antes, ele soltou uma gargalhada alta e assustadora, arregalei os olhos, onde eu estava?, que quadros eram esses?, ouvi um barulho vindo do quarto, finalmente alguem tinha acordado, ouvi um barulho de porta se abrindo, me virei para ver quem era, a ruiva me encarava sorridente.

- Que bom que acordou querida - Ela disse se aproximando de mim.

.

Abri os olhos assustada, minha respiração estava acelerada, vi um vulto preto vir até mim, nao consegui ver direito quem era pois estava embaçado, logo foi aparecendo o formato de um rosto, Antonny, parecia mais um borrão preto parado ali, sua franja que agora parecia estar maior que o normal, cobria um de seus olhos,  nao sei como ele conseguia enxergar, mas admito que gostava de cabelos assim, senti ele alisar meu rosto e  falar algumas coisas, nao conseguia entender, levantei minha cabeça olhando em volta, era um quarto branco, havia duas poltronas, uma em cada parede com Peter e a ruiva-oxigenada jogados no mesmo,  um pequeno criado-mudo de madeira e 3 abajures, incrivel como em um, apenas um mês eu pude estar no hospital duas vezes, veio um medico até mim dizendo que agora que acordei teria alta, depois de meia hora olhando para o teto, eu finalmente pude pisar no chão, caminhei até Peter que agora se levantava da poltrona dando a mão a ele e caminhando até a saida do hospital, paramos na recepção, Peter tagarelava algo com a recepcionista que apenas acenava e escrevia algo em um grande papel, as vezes murmurava algo, olhei para a porta de vidro e avistei Antonny vindo da mesma com quatro sanduiches, ele veio até mim me entregando um, outro para a ruiva e para o papai, ficando com o ultimo, dei uma mordida no meu, estava extremamente bom e gorduroso, terminei e lambi meus dedos, caminhamos até o carro, a volta para casa foi silênciosa, exceto pela ruiva que ficava tagarelando no telefone com uma amiga dizendo o quanto era lindo o salto que ela comprara, Antonny lia um livro sobre zumbis, me aproximei dele lendo junto, vi que ele sorriu e me deu um beijo na testa, encostei minha cabeça em seu ombro e lê-mos, a historia falava de um zumbi que nao gostava de cerebros, ao envez disso ele mordia as pessoas e sugavam o sangue delas, era um pouco engraçado e ao mesmo tempo estranho, vi que a ruiva levou seu olhar até o espelho retrovisor e espionar oque fazia-mos, sorri.. interiormente.

Logo chegamos em casa, entramos na mesma, corri até meu quarto, peguei minha roupa e fui até o banheiro do mesmo, fiquei nas pontinhas dos pés até alcançar a maçaneta do chuveiro, girando a mesma, senti a agua morna bater em minha cabeça e cair no resto de meu corpo, me enxuguei e sai do mesmo. Me arrastei até a cama e adormeci novamente, estava exausta.

Acordei no dia seguinte, levantei e me arrumei, me levei até a sala, encontrando todos aflitos, me sentei no sofá ao lado da Ruiva que olhava para o chão pensativa, logo ela levantou a cabeça e levou seu olhar até mim, parecia ter dó, se levantou e se sentou ao lado de Peter, agora todos me encaravam.

- Lily.. Sua mae.. - Disse Peter se levantando  - ela morreu - Quando terminou de dizer, se sentou fitando o chão. Antonny que agora me abraçava sussurrou:

- Parece que ela bateu o carro.. e ficou em estado grave e nao resistiu - Antonny disse ainda me abraçando.

 Senti como se surgisse um buraco no chão, e eu estivesse caido no mesmo, um buraco escuro e sem fim, senti meus olhos pesarem e uma teimosa lagrima sair do mesmo, me ajoelhei colocando a mao no rosto, só conseguia chorar e soluçar, oque eu faria agora? minha mae era tudo oque eu tinha, admito que Peter nao estava me maltratando como da outra vez que passei as ferias com ele, e tambem que era ótimo ficar aqui com o Antonny, mas nao posso continuar aqui. 

O pior de tudo é, como eu nao fiquei sabendo que mamae estava internada?


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