Forever And Ever? escrita por Anieper


Capítulo 58
Batalhas, lutas e planos.




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Pov: Poseidon

Eu estava esgotado. Eram meses lutando, meses aguentando os ataques em meu reino sendo destruído aos poucos. Eu olhei novamente para o chão e ci que onde o navio estava explodiu.

– Jorge? – chamei sem olha-lo.

– Meu senhor? – falou me olhando.

– Pegue alguns ciclopes e veja se vocês encontram Percy e o outro garoto.

– Sim meu senhor.

Depois de algumas horas eles voltaram com Percy. Infelizmente Beckendorf tinha morrido. Percy foi levado para dentro do palácio e eu voltei para a minha luta.

...

Eu estava de pé ao lado de Atena, John e Delfim.

– Delfim – disse para o golfinho. – Mande Paláimon e sua legião de tubarões à frente ocidental. Nós temos que neutralizar aqueles leviatãs.

Delfim respondeu

Sim,senhor!

E ele foi embora.

– Pai? – eu escutei a voz do Percy.

– Olá, Percy. – falei olhando para ele.

– O que – o que aconteceu com você?

Tyson o cutucou. Ele estava sacudindo a cabeça com tanta força que eu tive medo que ela fosse cair.

– Está tudo bem, Tyson – disse. – Percy, desculpe a minha aparência. A guerra tem sido dura para mim.

– Mas você é imortal – ele disse em voz baixa. – Você pode aparentar... ser o que você quiser.

– Eu retrato o estado do meu reino – falei. – E nesse momento esse estado é bem sério. Percy, eu deveria apresentá-lo - pena que meu tenente Delfim, Deus dos Golfinhos, tenha acabado de sair. Esta é minha, hã, esposa, Anfitrite. Minha querida...

Atena olhou friamente para ele, cruzou os braços e disse:

– Com licença, meu senhor. Eu sou necessária na batalha.

Ela nadou para longe. Limpei minha garganta. Isso foi constrangedor.

– Sim, bem... e este é meu filho Tritão. Hã, meu outro filho.

– Seu filho e herdeiro – John falou. Ele sorriu para Percy, mas não havia amizade em seus olhos. – Olá, Perseu Jackson. Veio ajudar, finalmente?

– Me diga o que fazer – falou Percy.

Tritão sorriu como se essa fosse uma sugestão fofa – como se ele fosse um cachorro ligeiramente divertido que havia latido para ele ou algo assim. Ele se voltou para mim.

– Eu irei para a linha de rente, Pai. Não se preocupe. Eu não falharei.

Ele assentiu educadamente para Tyson. Então ele foi embora rapidamente para mais dentro d’água. Eu suspirei. Ergui meu bastão, e ele se transformou em minha arma normal – um tridente enorme. As pontas brilharam com uma luz azul, e a água a seu redor ferveu com a energia.

– Eu sinto muito por isso – disse.

Uma serpente do mar gigante apareceu acima de nós e começou a descer em espirais até o telhado. Era laranja brilhante, com uma boca com presas grande o suficiente para engolir um ginásio.

Mal olhando para cima, eu apontei meu tridente para a fera e atirou energia azul. Cabum! O monstro explodiu em um milhão de peixes dourados, todos nadaram para longe assustados.

– Minha família está ansiosa – continuei como se nada tivesse acontecido. – A batalha contra Oceano está indo mal.

Eu apontei para a borda do mosaico. Com o cabo de meu tridente, apontei para a imagem de um tritão maior do que os outros, com chifres de touro. Ele parecia estar dirigindo uma carruagem puxada por lagostas, e ao invés de uma espada ele bradava uma serpente viva.

– Oceano – ele disse. – O titã do mar?

Assenti.

– Ele se manteve neutro na primeira guerra entre deuses e titãs. Mas Cronos o convenceu a lutar. Isso é... bem, não é um bom sinal. Oceano não se comprometeria a lutar a menos que tivesse certeza que escolheria o lado vencedor.

– Ele parece ser estúpido – Percy disse tentando soar otimista. – Quero dizer, quem luta com uma cobra?

– Papai vai dar vários nós nelas – disse Tyson firmemente.

Eu sorri.

– Eu aprecio sua fé. Nós estamos em guerra há quase um ano agora. Meus poderes estão sendo postos a prova. E ele ainda consegue novas forças para jogar contra mim – monstros marinhos tão antigos que eu tinha me esquecido deles.

Ouvimos uma explosão à distância. A quase um quilômetro dali, uma montanha de coral se desintegrou debaixo do peso de duas criaturas gigantes. Uma era uma lagosta. O outro era um humanoide gigante como os ciclopes, mas estava cercado por uma agitação de membros.

– Briareu! – Percy falou.
 

– Ele luta bem – falei. – Eu queria ter todo um exército como ele, mas ele é único. – Percy, nós não temos muito tempo – falei novamente. – Conte-me de sua missão. Você viu Cronos?

Ele contou tudo para mim, apesar da sua voz ter ficado abafada quando expliquei sobre Beckendorf. Ele olhou para os pátios abaixo e viu centenas de tritões feridos deitados em leitos improvisados. Ele viu filas de corais que tinham virado sepulturas precipitadamente.

Eu mexi em minha barba.

– Percy, Beckendorf escolheu uma morte heroica. Você não tem culpa disso. O exército de Cronos se desordenará. Muitos foram destruídos.

– Mas nós não o matamos, matamos?
Enquanto dizia isso, eu sabia que era uma esperança ingênua. Nós podíamos explodir seu navio e desintegrar seus monstros, mas Titã não seria morto tão facilmente.

– Não – admiti. – Mas você comprou algum tempo para o nosso lado.

– Havia semideuses naquele navio –ele disse.

Coloquei minha mão em seu ombro.

– Percy, haviam poucos guerreiros semideuses naquele navio, e todos eles tinham escolhido lutar por Cronos. Talvez alguns tenham escutado seu aviso e escaparam. Se não fizeram isso... escolheram seu próprio caminho.

– Eles sofreram lavagem cerebral! – falou. – Agora estão mortos e Cronos ainda está vivo. Isso deveria fazer com que eu me sentisse melhor?
Ele encarou o mosaico – pequenas explosões de azulejo destruindo monstros de azulejo. Parecia tão fácil quando era só uma figura.

Tyson pôs seu braço em sua volta. Se qualquer outra pessoa tivesse feito isso, ele a teria empurrado, mas Tyson era grande e teimoso demais. Ele o abraçava quer você queira quer não.

– Não foi sua culpa, irmão. Cronos não explode bem. Da próxima vez vamos usar um bastão grande.

– Percy – disse. – O sacrifício de Beckendorf não foi em vão. Você dispersou a força da invasão. Nova York ficará segura por um tempo, o que libera os outros olimpianos para lidarem com a ameaça maior.

– Ameaça maior?

Os deuses responderam ao desafio. Logo serão destruídos.

Uma sombra passou pelo rosto meu rosto.

– Você teve tristeza suficiente por um dia. Pergunte a Quíron quando voltar ao acampamento.

– Voltar ao acampamento? Mas você está com problemas aqui. Eu quero ajudar!

– Você não pode, Percy. Seu trabalho é em outro lugar.

Ele olhou para Tyson para ajuda.

Seu irmão mordeu seu lábio.

– Papai... Percy pode lutar com uma espada. Ele é bom.

– Eu sei disso – disse gentilmente.

– Pai, eu posso ajudar – ele disse. – Eu sei que posso. Você não vai se aguentar por muito mais tempo.
Uma bola de fogo foi lançada pelo céu pelas linhas inimigas. Ela pousou no jardim exterior e explodiu, mandando tritões rodando pela água. Ele pisquei como se tivesse acabado de ser esfaqueado.

– Volte ao acampamento – eu insisti. – E diga a Quíron que está na hora.

– De que?

– Você deve ouvir a profecia. A profecia completa.

– E se essa for a decisão? – Ele disse. – Ficar aqui para lutar ou ir embora? E se eu partir e você...

Eu sabia que ele ia fala. E se eu morrer. Eu sabia que Percy era um bom garoto, mas nunca pensei que ele preferia ficar aqui, do que ajudar os amigos.

– Percy, você deve ir – Eu insisti. – Eu não sei qual será sua decisão final, mas sua luta está no mundo acima. E por motivo algum você deve falar para seus amigos no acampamento. Cronos sabia seus planos. Vocês têm um espião. Nós vamos aguentar aqui. Não tempos opção.

Tyson agarrou sua mão desesperadamente.

– Sentirei sua falta, irmão!

Eles olharam para mim, que me senti envelhecer outros dez anos.

– Tyson, você também tem um trabalho a fazer, meu filho. Eles precisam de você na sala de armas.

Tyson fez outra careta.

– Eu irei. – Ele fungou. Ele Percy abraçou com tanta força que quase quebrou suas costelas. – Percy tome cuidado! Não deixe os monstros te matarem!

Ele tentou assentir confiantemente, mas isso era demais para o grandão. Ele chorou e nadou para longe em direção a sala de armas, onde seus primos estavam consertando lanças e espadas.

– Você deveria deixá-lo lutar – Ele me disse. – Ele odeia estar preso na sala de armas. Você não percebe?
Eu sacudi a cabeça.

– Já é ruim o suficiente eu ter que enviar você para o perigo. Tyson é jovem demais. Eu devo protegê-lo.

– Você deveria confiar nele – ele disse. – Não tentar protegê-lo.

Os meus olhos faiscaram. Então ele olhou para o mosaico e meus ombros se envergaram. Nos azulejos o tritão na carruagem de lagosta estava se aproximando do palácio.

– Oceano se aproxima... – falei. – Eu devo encontrá-lo em batalha.

– Eu aguentarei – prometi. – Eu não desistirei de meu reino. Apenas me diga Percy, você ainda tem o presente de aniversário que lhe dei no verão passado?

Ele assentiu e puxei seu cordão do campo. Ele tinha uma conta para cada verão que ele esteve no acampamento meio-sangue, mas desde o verão passado também tinha uma bolacha de areia pendurada. Eu pai tinha lhe dado de presente de aniversário de quinze anos. Eu lhe disse que ele saberia como “gastá-lo”, mas até agora ele não tinha entendido o que eu quis dizer com isso. Tudo o que ele sabia é que não entrava nas máquinas da cantina da escola.

– O tempo está chegando – eu prometi. – Com alguma sorte eu te verei no seu aniversário semana que vem, e nós faremos uma celebração apropriada.

Eu sorri. Então o mar inteiro ficou escuro na nossa frente, como se uma tempestade de tinta estivesse passando. Um trovão crepitou o que deveria ser impossível debaixo d’água. Uma enorme presença fria estava se aproximando.

– Eu devo assumir minha forma real de Deus – falei. – Vá, e boa sorte, meu filho.

– Adeus, pai – eu consegui dizer.

Quando vi que ele não estava mais ali, assumi minha forma e fui lutar.

...............................

Eu já tinha lutado contra Oceano e ele já estava nas profundesas do mar. Eu estava ajudando com os outros monstros quando senti que alguém tinha sentado no meu trono.

– QUEM OUSA...

Minha voz parou abruptamente. A raiva cedeu.

–Percy. A minha voz ainda estava com raiva, mas controlada. O que, exatamente, você está fazendo no meu trono?

Me desculpe, pai – ele. – Eu precisava chamar sua atenção.

– Fez uma coisa muito perigosa. Mesmo sendo você. Se eu não tivesse olhado antes de fulminá-lo, você seria agora um pudim de água do mar.

Me desculpe – ele disse de novo. – Ouça, as coisas estão barra-pesada por aqui.

Ele me contou o que estava acontecendo. Então falou sobre o seu plano.

Fiquei em silêncio por um longo tempo.

–Percy, o que você pede é impossível. O meu palácio...

Papai, Cronos enviou um exército para lutar com você de propósito. Ele quer separá-lo dos outros deuses, porque ele sabe que você pode fazer a diferença.

– Seja como for, ele está atacando o meu lar.

Eu estou no seu lar - ele disse. – O Olimpo.

O chão tremeu. Uma onda de indignação tomou conta de mim. Depois o tremor abrandou. No fundo da nossa ligação mental, sabia que ele podia ouvi explosões subaquáticas e sons de gritos de guerra: Bramidos de Ciclopes, grito de tritões.

E Tyson está bem? - perguntou.

A questão tinha me pegado de surpresa.

– Ele está bem. Fazendo muito melhor do que eu esperava. Embora "manteiga de amendoim” seja um grito de guerra bem estranho.

Você o deixou lutar?

– Não mude de assunto! Está ciente do que está me pedindo para fazer? O meu palácio será destruído.

E o Olimpo poderá ser salvo.

– Você tem alguma ideia de quanto tempo eu trabalhei na reforma deste palácio? A sala de jogos levou seiscentos anos.

Papai...

– Muito bem! Será feito como me pede. Mas meu filho, reze para isto funcionar.

Já estou rezando. Eu estou falando com você, certo?

– Poseidon preciso de ajuda. - Atena gritou.

– Ah... Sim. Bem pensado. Anfitrite... estou indo!


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