Por Que Eu Sei Que É Amor. escrita por Cmagal


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Nossa, atualizei rapidinho, tô ficando até gente boa vai u.u sqn haushausha
Boa leitura gente!
e ah, você são muito fofas, sério *-* fiquei muito feliz com os comentários no capítulo anterior, me senti até amada haushaus que foreveralonismo issae, enfim... obrigada.



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_Eu sinto muito, mas não conseguimos trazê-la de volta. Ela perdeu muito sangue devido ao ferimento...

Nada mais precisava ser dito pelo homem à nossa frente. Ela morreu. Ela morreu por mim, para me salvar. Senti meu peito apertado e o nó na minha garganta aumentar cada vez mais e desde o pior momento da minha vida me permiti chorar, alí naquele hospital.

Flashback:

O dia amanheceu nublado mas só do lado de fora. Acordei nos braços da pessoa que eu amava e nem se o mundo estivesse caindo do lado de fora faria diferença naquele momento. Eu estava completamente enganada...

_ROBERTA, ABRE A PORTA, EU PRECISO FALAR COM VOCÊ.

Levantei correndo quando ouvi os murros que a Glória dava na porta e vi que a Duda acordou no pulo, tão assustada quanto eu.

_O que foi Glória?- perguntei assim que abri a porta.

_Qual o nome daquele traficante a quem sua mãe devia?

Senti um calafrio percorrer minha espinha e algumas lembraNças daquele homem tomarem a minha mente.

_T...Tony, porque?

_Meu Deus, meu Deus, meu Deus...- ela andava de um lado pro outro com as mãos na cabeça, só então percebi o papel em suas mãos e os tomei com a minha.

   Querida Glória, desculpe sair sem avisar, mas se eu dissesse o que estava para fazer você certamente não me deixaria ir. Tenho que ir para São Paulo resolver um último problema com o Tony, isso que estou prestes a fazer acabará de vez com todas as minhas dívidas com esse homem e ele finalmente me deixará em paz. Ele nunca mais tocará na minha filha. Volto o mais breve possível. Beijos, Karina.

_Como ele...- o mundo ao meu redor foi ficando escuro, senti toda minha força me abandonar naquele momento.

_Eu vou atrás dela!- foi a única coisa que ela disse antes de sair do quarto.

_Glória, isso é loucura. Você nem sabe onde eles estão.- a segui.

_Você sabe onde esse Tony ficava, me diz onde é que eu vou até lá. Eu não posso perder minha filha de novo.

_Então eu vou com você.

_Nem pensar, pode ser perigoso.- parou no corredor virando para mim com um olhar que misturava repreensão e angústia.

_Então eu não falo onde ele "trabalhava".- cruzei meus braços no peito e foi só então que percebi que estava semi-nua._Você sabe que não vou mudar de ideia.

Recebi um suspiro derrotado em resposta e sai correndo de volta ao meu quarto para me vestir. Assim que entrei encontrei a Duda já terminando de colocar seu tênis.

_Você não achou que eu fosse ficar aqui né?!

##

_É aqui!- apontei para o bar a nossa frente.

Ele ficava praticamente na entrada da favela e durante o dia parecia abandonado mas durante a noite o movimento era absurdo. Alí tinha de tudo quando a noite chegava.

_Ele está aqui Glória, aquele é o carro dele.

_Eu vo lá dentro, quero que as duas fiquem aqui e isto é uma ordem Roberta.

Acompanhei com o olhar enquanto a via entrando no local. Meu coração apertado, eu sabia o mal que havia ali dentro. Eu não podia ficar alí sentada enquanto via a Glória entrando naquele lugar sozinha. Saí do carro, comecei a caminhar até a porta do lugar até sentir a mão firme da Duda me segurando.

_Por favor, é perigoso.- ela não estava me dando uma ordem, aquilo era um pedido, uma súplica.

_É a minha família, eu não posso deixá-las sozinhas.- tirei sua mão do meu braço e voltei a caminhar para o bar.

Assim que entrei o cheiro de bebidas, drogas e todas as imundices do mundo pareceram me abraçar. Aquele cheiro era insuportável e ficava empregnado até no último fio de cabelo de quem passasse perto. Ouvi vozes exaltadas mais ao fundo do bar e corri em direção à elas. Abri a porta devagar e encontrei aquele miserável com um sorriso no rosto sentado atrás da única mesa da sala.

_Sua mãe? Ah, você só pode tá de brincadeira, achei que sua mãe tivesse morrido. Que gracinha, mal conhece a filha que tem e vem tentar salvá-la?- soltou uma gargalhada debochada.

_Deixe-nos ir, por favor. Eu pago o que ela deve à você, só me diga quanto é.- o tom de voz dela era calmo mas eu sentia todo o nervosismo e medo por trás de cada palavra que ela dizia.

Tentei me aproximar um pouco mais e acabei sem querer esbarrando em uma latinha de cerveja que estava no chão chamando a atenção de todos para mim.

_Ah, mas é bom demais pra ser verdade, a família toda reunida. Quanto tempo princesa, sabia que eu senti sua falta?

Ele levantou da cadeira e caminhou com aquele mesmo sorriso ainda estampado em seu rosto. Eu me senti como no momento que ele me tomou para ele, aqueles olhos frios me encarando, eu só queria encontrar um lugar seguro e me esconder mas meus pés não me respondiam, era como se o mesmo medo que me fazia querer correr me mantinha firme como uma defesa absurda, uma defesa inútil já que eu não poderia vencer.

_Sabe Karina, por um momento eu pensei que você tivesse mudado mesmo, mas aí olha que você me traz de presente.- tocou meu rosto com aqueles dedos fedendo a cigarro. 

_Você não vai tocá-la, eu vou fazer o que você pediu, esse era o nosso acordo.- ela se aproximou de onde nós estávamos mas ele sequer olhou para ela, seu olhar ainda preso ao meu.

_Mas o que eu pedi para você eu posso conseguir outro que o faça, já ela... só você soube fazer minha querida.

_NÃO.

Foi em questão de segundos. Em um eu vi minha mãe pulando em cima daquele homem tirando suas mãos do meu rosto, no segundo seguinte ela estava no chão com o canto dos lábios sangrando sendo acolhida pela Glória. Ele caminhou de volta à mesa e abriu uma gavetinha retirando dali uma arma pequena.

_Sabe Karina, você já me deu tanto trabalho que eu não sei mais o que eu faço com você. Você não aprende.- balançava a cabeça negativamente enquanto brincava com a arma nas mãos._Mas sabe, você mudou e isso é lindo da sua parte, sério, fico comovido.- colocou a mão no peito fingindo estar emocionado._ Veio até aqui para fazer algo que poderia te colocar atrás das grades apenas para nunca mais me deixar tocar na sua filha, uau, quem diria que você era uma mãe heim? O que será que você faria se por acaso eu errasse a mira e a acertasse? Bom, seria um desperdício é claro, mas acidentes acontecem não é mesmo?!

_Tony por favor não faz nada com ela, eu te imploro.- as lágrimas já corriam pelo rosto dela.

Eu não conseguia agir. O vi chegando cada vez mais perto até ficar a uns quatro passos de distância e mirar a arma para a minha cabeça. De novo, era como se eu estivesse fora do meu corpo observando aquela cena de longe, vendo minha vó e mãe alí estiradas no chão chorando minha futura morte. O sorriso maldoso no rosto daquele homem em causar dor por prazer.
 
_Um disperdício...

Fechei meus olhos já esperando o que viria a seguir. Um tiro. Nada. Sem dor. Abri meus olhos lentamente.

_DUDA, NÃO.

Caída no chão, sangrando... e por mim.

_Seu desgraçado.

Foi só naquele momento que minhas pernas finalmente pareceram criar vida. Por impulso pulei em cima dele o pegando desprevinido já que como todos ele também estava um pouco assustado com a quinta pessoa na sala. Mordi seu braço fazendo-o deixar a arma cair no chão e o soltei indo em direção à ela, mas não fui rápida o suficiente. Ele me puxou e chegou junto com minha mãe que em algum momento também foi em direção a arma.

Um outro tiro. Meu coração parou novamente quando vi que ele se levantou e ela ficou deitada no chão com o peito sangrando.

_POLÍCIA, LARGA A ARMA E COLOCA A MÃO NA CABEÇA, AGORA.


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Notas finais do capítulo

Aí, esse capítulo ficou emocionante na minha cabeça kkkk o que acharam?