Sweetie Guardian escrita por lols


Capítulo 17
Seventeen


Notas iniciais do capítulo

Não sei se posto mais hoje.
Enfim, espero que gostem *-*



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Olho para minhas mãos. Vejo atraves delas que o sol já está começando a nascer e ainda estamos na igreja. 

Dou um enorme suspiro e recolho minhas asas. Vou até onde Harry está e o encontro ainda dormindo.

Me aproximo dele e tenho vontade de beijar seus lábios como ele me beijou na noite anterior. Por um segundo, eu queria não ser um anjo. Queria poder ser uma humana normal, só para poder amar aquele garoto. Suspiro. Sei que o que eu quero é impossivel e está longe de ser realizado. 

Passo minhas mãos pelos cabelos dele e me inclino. Tenho que fazê-lo esquecer boa parte da noite anterior, mas não quero fazer. Minhas asas doem em seu esconderijo e sei que isso é um aviso. Suspiro e me inclino um pouquinho mais até que meus lábios entram em contato com sua tempora. Ele brilha por alguns instantes mais e depois volta ao seu estado normal. 

Me afasto dele e deito no chão. Tenho que fingir que estou dormindo para que ele pense na minha historia fajuta. Fecho os olhos e respiro profundamente. 

- Allie? - escuto Harry me chamar e tenho vontade de voltar a chorar como na noite anterior. Mas não faço isso. Me remexo e viro as costas para ele.

- Alison, acorde!- ele diz e eu abro os olhos um pouquinho.

- Que horas são? - pergunto, fingindo me espreguiçar.

- Não sei. Onde estamos?

- Na Igreja.

Ele me olha com olhos desconfiados e ao mesmo tempo confusos.

- E por que estamos na igreja? - ele pergunta.

- Ah, ontem a noite, quando voltavamos para casa, começou um temporal cair lá fora. Ai eu sugeri para que entrassemos aqui. Você estava um pouco bebado e caiu no chão assim que entramos. Isso é falta de respeito, sabia? - solto uma risada forçada.

Ele me olha e fica mais confuso ainda. Sua testa começa a brilhar e sei que o beijo está implantando o que eu lhe disse em suas memorias.

- Ah, tinha me esquecido disso. - ele diz. Dou um sorriso e me levanto.

- Acho que nossos pais estão preocupados. Melhor irmos. - digo. Ele faz que sim com a cabeça. 

Estamos saindo da igreja até que Harry começa a rir. Isso me deixa confusa.

- Qual o problema? - pergunto.

- Seu vestido está todo rasgado. - ele diz. Reviro os olhos e continuo andando.

Sinto dedos em minhas costas e minhas asas formigam dentro de seu esconderijo.

- Interessante. - diz Harry.

- O que é interessante? - faço a pergunta, mesmo sabendo a resposta.

- Você tem uma tatuagem.

- Eu sei.

- Nas costas.

- Sei disso.

- E elas são asas de anjos.

- Pode parar com o obvio? 

Soltamos uma gargalhada e seguimos em frente. Olho para o dia amanhecendo e suspiro. Uma nova pontada em meu peito enquanto observo o Sol se espreguiçando e tocando, com seus dedos iluminados, cada pedacinho do céu aos poucos. Olho pelo rabo de olho para Harry e o vejo exibindo um minusculo sorriso. Isso doi meu coração e tento segurar minhas lagrimas enquanto seguimos para sua casa.

P.O.V Harry

Quando acordei, tenho que revelar que tive um sonho estranho. No sonho, eu beijava Allie com todas as minhas forças e ela retribuia de boa vontade. Alguma coisa estranha aconteceu, então. Em suas costas, uma coisa branca começou a se desenrolar e depois a debater-se. Asas tão puras e brancas nos saudaram e depois envolveu a nós dois. De inicio, o abraço era bom, até que começou a pegar fogo e depois e eu dei um grito em meus pensamentos.

Ainda estou pensando nisso agora, com Alison do meu lado, abraçando seus proprios ombros e com o vestido todo rasgado. Ela anda a minha frente e ainda posso ver a tatuagem que nunca tinha prestado atenção. Ela é contornada por preto e dourado. Dentro, um brando puro se alonga e é possivel ver que o tatuador fez algumas penas aqui e ali. Com o sol batendo vez ou outra, parece-me que as asas estão se movimentando, querendo alcançar voo e serem gloriadas lá em cima.

- Por que tem uma tatuagem? - pergunto para ela. Alison parece estar distante e, quando escuta eu falar, balançou a cabeça confusa por alguns instantes e depois volta sua atenção para mim.

- Oi? - pergunta ela, ainda meio distraida.

- Por que você tem essa tatuagem? - pergunto novamente.

- Ah, foi em um momento de desespero. Todos estavam fazendo tatuagens em Paris e eu resolvi fazer uma também.

- Você tem apenas 17 anos.

- Quase 18.

Olhei para ela. Nunca pensei que faria uma coisa daquelas. Ela parecia tão... pura. Inocente. Sinto alguma coisa dentro de mim e me lembro de seu beijo em meus sonhos. Minha boca começa a formigar de desejo, mas não acho que seja a melhor hora. 

Continuamos a caminhar até chegar a frente de minha casa. Olho para Allie.

- Vai entrar? - pergunto.

- Não, estou indo direto para casa. - responde, ainda meio sonhadora.

- Certo então.

Nos despedimos com um tchau chato de chato e entro em casa. Assim que abro a porta, sou saudado pela minha mãe com lagrimas nos olhos. Droga, talvez ela esteja preocupada comigo, ou sei lá.

- Pronto, mãe cheguei em casa eu esta... - começo, mas sou interrompido por minha mãe, que chora mais e mais.

-O que foi, mãe? - pergunto, indo abraça-la. Ela me abraça com força e chora mais ainda.

- Ettie... - ela diz, numa voz abafada.

- O que tem Ettie? - pergunto.

- Ela... Ela está no hospital. 

Ao ouvir isso, abraço com mais força minha mãe e choro junto com ela. Ah, minha doce Ettie.

P.O.V Allie.

Assim que cheguei em casa, todos pareciam preocupados. Mas quando viram meus olhos, fingiram que eu havia acabado de chegar da casa de alguma amiga e se dispensaram enquanto eu ia para meu quarto, tomar um banho e trocar de roupa.

Eu entro na banheira de meu quarto e penso em descansar um pouco, até que o espelho que ganhei antes de vir para cá começa a brilhar. Me cubro com a toalha e pego o espelho.

Vejo o rosto de Brian ali. Ele está sério. Muito sério.

- Algum problema, Brian? - pergunto a ele.

- Sim. - ele responde.

- E qual seria?

- Acho que você iria gostar de saber...

- Sim...?

- Harriet teve um ataque cardiaco e se encontra no hospital nesse exato momento. Está em risco de vida.

E, com isso, deixo o espelho cair no chão. Levo as mãos para o rosto e começo a chorar mais do que eu chorei na noite anterior.


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