Meu Herói escrita por Lari Duda


Capítulo 25
Transfusão de sangue


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, leitores!

Estou meio afastada por conta das correrias da rotina e algumas crises que andei enfrentando de falta de inspiração :/
Mas espero que gostem do capítulo, apesar de ser mais curtinho e sem muitas emoções kkk
Quero agradecer a Tay Garcia pelas dicas excelentes referentes as terríveis ''crises de falta de inspiração'', graças a ela esse capítulo saiu! kk
Também quero agradecer novamente a MoreyLuíse pela maravilhosíssima recomendação! Obrigada de coração e esse capítulo é seu e da Tay novamente *-*
Bem é isso, aproveitem a leitura!



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Enquanto seguia para casa, Peter pensava na garota que amava e na morte do Duende Verde ao mesmo tempo. Precisava trocar de roupa antes de seguir para o hospital para ver Gwen.

Agora que estava mais calmo, após toda a raiva ter se dissolvido quando parou de lutar contra seu inimigo, Peter sentiu uma onda de remorso contorcer seu peito. Não sentia pena de Norman, mas sim de Harry, seu amigo. Nesse exato momento, seu amigo estava no hospital com Gwen, ajudando-o mesmo sem saber sua identidade secreta. Harry estava sendo um bom amigo para ele, enquanto ele retribuía tudo isso sem ter feito nada para impedir a morte de seu pai. Não tinha parado para pensar no quanto Harry iria sofrer quando soubesse.

Ninguém sabia mais do que Peter o tamanho da dor de se perder alguém. E ver alguém sofrer pela morte de alguém que amasse muito parecia ser ainda pior. Sabia disso muito bem por ter visto o sofrimento de Gwen na noite da morte do Capitão Stacy.

Imediatamente sentiu um nó se formar em sua garganta e uma imensa culpa. Sentia-se um monstro.

– Eu não sou um assassino! Não! – gritava para si mesmo, tentando se sentir melhor, embora nada disso resolvesse.

Vestiu a primeira roupa que encontrou e seguiu pela janela até o hospital onde Gwen estava. No caminho, ligou para Mary Jane para receber notícias.

– Oi Peter. Onde você está?

– Estou a caminho do hospital. Como ela está?

– Está inconsciente, perdeu muito sangue. Ela levou pontos na testa, agora está no quarto, acredito que ela esteja melhor.

– Ela ainda corre risco de vida? – Peter perguntou fechando os olhos com força, pois sentia muito medo da resposta que iria ouvir naquele momento.

– Aparentemente corre, Peter. Ela está muito fraca... Eu sinto muito.

– Eu já estou chegando para vê-la. Ela tem que ficar bem...

– Ela vai ficar, temos que ter fé. – em seguida desligou o telefone, ao mesmo tempo em que Peter apressou-se para chegar ao hospital o mais rápido possível.

Assim que chegou ao hospital, Peter avistou Mary Jane abraçando Harry, que estava chorando. Ao correr os olhos pela televisão, ele percebeu que a notícia da morte de Norman já havia se espalhado e já estava no conhecimento de Harry.

– Peter! – Mary Jane o fitou assim que o viu. – Espere um momento Harry. – em seguida, ela se afastou dele, que permaneceu imóvel, com os olhos fixos na televisão, apenas sentindo a dor e as lágrimas rolarem a cada passo pelo rosto.

– Ele já descobriu então... – Peter abaixou a cabeça.

– Peter o que foi que você fez? – Mary Jane o encarou. – Tudo bem, aquele velho idiota merecia uma boa lição... mas olha o que aconteceu, ele está morto. Tem ideia de como Harry está se sentindo?

– Eu não fiz nada! Eu não sou um assassino! Ele mesmo apertou aquele botão, ele mesmo provocou sua morte.

– Acho melhor a gente conversar sobre isso depois... Eu vou dar mais um pouco de consolo para o Harry. Tentar pelo menos.

– Tudo bem, onde está a Gwen? Eu preciso vê-la.

* * *

Assim que abriu a porta do quarto onde Gwen estava internada, Peter sentiu um aperto no peito. Lentamente foi se aproximando da garota, que estava de olhos fechados, repleta de aparelhos que tentavam mantê-la viva e com uma cicatriz na testa. Parecia ainda mais pálida e fraca, por conta da quantidade de sangue que perdeu.

Peter se sentou próximo ao corpo dela e segurou a mão gelada de Gwen com firmeza e suavidade ao mesmo tempo. Acariciou de leve os cabelos loiros dela e sentiu as lágrimas invadirem seus olhos. Automaticamente ele deitou a cabeça no corpo dela e chorou alto. Fazia muito tempo que não chorava assim, desde a morte de Tio Ben.

Abraçava o corpo dela ao mesmo tempo em que ensopava sua roupa com as lágrimas que derramava.

– Você vai ficar bem meu amor. Nós ainda temos muita coisa pra viver juntos, eu amo você. – ele beijou a mão dela com cuidado, e logo uma enfermeira entrou no quarto.

– senhor Parker? – ela perguntou.

– Sim. Ela vai ficar bem, não vai?

– Eu não sei. Precisa de uma transfusão de sangue.

Peter tinha o mesmo tipo sanguíneo que Gwen, mas tinha receio em doar seu sangue aracnídeo para sua amada. Tinha medo de que seus poderes a afetassem, e ele queria garantir que ela ficasse bem.

– Eu posso doar. – Mary Jane entrou no quarto de surpresa. – Meu tipo sanguíneo é compatível ao de Gwen.

– Você faria isso por ela? – Peter fitou a ruiva surpreso.

– Eu faria isso por qualquer pessoa, Peter. Apesar desse meu jeito áspero, eu ainda tenho coração. Vocês merecem ser felizes, e ela é tão nova... – Mary Jane se agachou ao lado de Peter e tocou o braço dele. – Você sabe que eu nunca deixei de te amar, Peter, e é justamente por isso que quero ver você feliz, seja comigo ou não.

– Você é um anjo, Mary Jane. – ele beijou a cabeça dela. – Não sabe o quanto eu fico grato por essa atitude sua.

–Não tem que me agradecer. Eu tenho que fazer isso.

* * *

Assim que o processo terminou, Peter percebeu que as bochechas de Gwen pareciam, aos poucos, mais coradas. Sentia uma onda de esperança inundar sua alma, e o que mais desejava era que a garota de sua vida conseguisse sobreviver e se recuperar.

Seria eternamente grato a Mary Jane por essa atitude. Não esperava que ela se prontificasse a doar seu próprio sangue para sua antiga e detestável rival. A ruiva foi uma heroína, e graças a ela Gwen tinha mais chances de se recuperar sem muito esforço.

Peter percebeu naquele instante que finalmente a rivalidade entre as duas garotas que tanto havia se envolvido e que tanto gostava, cada uma de uma maneira diferente, finalmente chegou ao fim. Naquela noite Mary Jane comprovou isso.

Agora só restava saber se Gwen iria se recuperar tranquilamente, e o que aconteceria com Harry, que havia ficado sozinho a partir de todos esses acontecimentos. Peter precisava dar algum consolo a ele, fazer a sua parte, porém não tinha ideia do que dizer.

A única coisa que o Homem-Aranha teve coragem de fazer naquela situação constrangedora foi dar um abraço silencioso no amigo triste.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham apreciado mais essa continuação da história!
Preciso da opinião de vocês... O que acham que vai acontecer com a Gwen?
Obrigada pela participação, leitores, e até a próxima ^^



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