Eu comecei a dar pequenos passos totalmente atordoada, ainda não podia acreditar que eu tinha sido sorteada como tributo, todos olhavam para mim o silencio era absurdo, a única coisa que eu podia ouvir era o choro de minha mãe.

-Vamos querida, não tenha medo. – disse Katherine

 Eu estava chegando ao palco e vi pelo canto do olho que Katniss, que estava paralisada, quando virei para subir o primeiro degrau da escada ouvi Katniss desesperada:

- Eu me voluntario – disse ela vindo em minha direção, às vezes, em alguns distritos, antes de um tributo ser sorteado alguém se voluntaria para ser o tributo, isso só acontece em distritos carreiristas. Onde as pessoas acreditam que participar dos jogos vorazes é uma grande honra.

- Eu me voluntario como tributo – ela repetiu corajosamente com a voz ainda mais firme.

- não Katniss, NÃO! – eu gritei automaticamente

- Oh queridas, eu sinto-lhes dizer que depois que o tributo é sorteado, não pode mais ser substituído – Eu não sabia o que sentir, se ficava feliz ou triste pela Katniss não poder ir, ou como ela não ia para a arena quem iria morrer lá era eu.

- NÃO, NÃO PRIM, NÃO- Ela gritava desesperadamente – ME LARGUEM – Agora ela se debatia entre três pacificadores, que a seguravam com força levando-a para perto de minha mãe, lágrimas escorriam como rios de ambos os rostos, o de minha mãe e o de Katniss, eu nunca havia visto Katniss chorar, nem mesmo quando nosso pai morreu, ela sempre sem manteve firme, sempre me protegeu de tudo. Agora as duas se abraçavam, algo que não acontecia há muito tempo, Katniss olhava fixamente para mim, sem nem mesmo se atrever a piscar. Subi no palco e fiquei ao lado de Katherine.

- Parabéns Primrose, palmas para ela – Katherine disse em um impressionante entusiasmo, obviamente ninguém bateu palmas apenas algumas pessoas que eu conhecia levaram os três dedos maiores a boca e levantaram a cima das cabeças em um sinal de despedida pra mim.

- bem agora vamos aos rapazes – Katherine disse se dirigindo a bola com os nomes masculinos.

 Eu ainda não acreditava que ia pra arena tentei um beliscão pra ver se estava tendo outro pesadelo, mas infelizmente não estava eu agora olhava para as pessoas abaixo de mim, muitas delas olhavam para mim, tristes, por eu ser uma garota tão jovem, muitos dali me conheciam.  Eu pensava em como ia sobreviver na arena, eu não sabia usar nenhuma arma. Pelo menos tinha a medicina a meu favor. Mesmo assim seria impossível eu ganhar sozinha.

- Chris Thompson – Katherine Disse, todos os olhares se viraram para um garoto que deveria ter uns 17 anos, eu provavelmente já o vi pela cidade, Chris era uma garoto alto, era um pouco forte e tinha cabelo bem preto. Mesmo com medo e atordoado ele subiu confiante, tomando seu lugar no palco logo a minha esquerda.

   Depois de o prefeito ler o Tratado da Traição nós apertamos às mãos, minha mão tremia, mesmo ele parecendo confiante pude perceber que a mão dele também tremia. Não sabia se Chris seria meu amigo ou meu inimigo, só sabia que na arena ele poderia me matar facilmente.