Vigaristas escrita por Juh, Amanda, Taís


Capítulo 40
Escolha


Notas iniciais do capítulo

Tem alguém ai que ainda lê essa fic?

Bom... Queremos agradecer a todos que comentaram o capítulo anterior isso nos motivou a postar este tão rápido e espero que os que ficaram muito frustados não tenham desistido de ler até o final.

Realmente ficamos impactadas com os lindos elogios e as duras pedradas que recebemos. Nós já esperávamos por ambas reações e estamos felizes pra dedéu!

Queremos dedicar este capítulo a Sra Do Deserto, que lindamente recomendou a fic *--*

Também queremos acrescer um agradecimento especial a leitora Milk, nós realmente gostaríamos que toda a gratidão que sentimos por seu carinho coubesse na palavra Obrigada!

Boa- Leitura à todos!



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Era como se o sol tivesse aparecido depois de uma década de tempestades. Você finalmente passa a enxergar o brilho dos raios que emanam dele, como é quente lindo e fenomenal. E de repente como uma usurpadora desfalcando-lhe a alegria, surge uma nuvem negra que lhe impede de viver seu milagre. Um milagre interrompido. As luzes se apagaram para mim.

— Sakura... Deixe-me ajudá-la, não vou lhe fazer mal. — Itachi dizia agachado a meu lado enquanto eu fitava a água avermelhada diante de mim. — Você foi usada, não teve culpa... Lhe darei o tempo que precisar, lhe ofereço minha casa e partilhar do que me pertence. Basta querer. — disse aproximando sua mão da qual me desviei antes que pudesse me tocar. Fiquei de pé, ainda num estado mórbido, mas me permiti lançar-lhe um olhar... Acreditando que seja lá o que for que tivesse encontrado neles, compreendesse o que estava sentindo no momento. Palavras não se faziam necessárias.

E logo a dor me atacou novamente, a dor de lembrar-me de seu ultimo olhar.

Sasuke...

Comecei a correr como se pudesse fugir do que estava sentindo. Correr e correr... Para fora dos limites daquele enorme portão. Da prisão sufocante que se tornara.

Um império decaído, o lugar onde a única coisa que tinha na vida se dissipara.

Correr, fugir... Torcer pra que a dor não me alcançasse, não me consumisse, engolisse por completo.

Mas não havia paz, nem interior e nem exterior, pois logo escutei o motor do carro se fazendo próximo de mim.

Não ia permitir que Itachi me pegasse... Não! Me obriguei a continuar, no ritmo mais ágil que pude quando tropecei caindo no asfalto. O carro havia parado e logo senti os braços me rodearem.

— Sakura... Somos nós... Venha. — Hinata disse fazendo-me abrir os olhos. Hinata e Ino estavam ali.

— O-o que estão fazendo aqui? — perguntei sem a certeza de que fosse mesmo realidade.

— Ficamos encarregadas de levá-la conosco quando tudo terminasse. Os meninos estão lá dentro e vão matar o Itachi. — Ino explicou.

— Onde eles estavam quando Sasuke precisou? Agora ele está morto... Morto, e nada mais importa! — disse soluçando em meio ao choro.

— Ele quis assim Sakura... Não permitiu que os meninos entrassem na mansão... Venha, precisamos sair daqui. — Hinata disse ajudando-me a levantar do chão e me colocando dentro do carro.

Durante o caminho, por quanto tempo não sei, havia pegado no sono. Estava numa cama, pude reconhecer o quarto em que estava, era o qual já havia dormido algumas vezes... Estava na boate. As duas adentraram o quarto, Hinata estava com uma bandeja em mãos que logo depositou ao meu lado da cama.

— Precisa se alimentar. — disse me olhando com cautela. Apenas recusei num leve manear de cabeça.

— Sakura... Sei que está chocada com o que aconteceu, mas precisa comer... — Ino insistiu. Ignorei.

— Quer conversar sobre o que aconteceu... Quer desabafar?

— Pode falar com a gente, Sakura... Desabafe, vai te fazer bem... — Proporam. Eu só queria ficar quieta só isso.

— Não pode ficar calada eternamente... Tem que reagir Sakura, não queremos que adoeça! — ralhou Ino. Permaneci muda.

— O que podemos fazer por você? Diga-nos Sakura... Nos diga e faremos... Não vamos agüentar te ver assim! — Hinata insistiu e eu levantei o olhar para encará-las.

Eu sabia o que fazer.

— Podem me levar a um lugar? — perguntei e ambas meio incertas assentiram.

Tomei um rápido banho, colocando um vestido qualquer que haviam me dado. Peguei uma bolsa e logo estávamos no carro, trilhando a estrada a procura do lugar que lhes falei. O dia ainda não havia amanhecido completamente, eu havia apenas cochilado... Já podia reconhecer o caminho, vi que logo chegaríamos.

Hinata no bando de trás comigo, acariciava-me os cabelos e nos assustamos quando Ino que estava ao volante freou bruscamente o carro e colocou seu corpo pro lado de fora. Estava vomitando.

— Minha bolsa... — pediu sem nos olhar, preocupada me estendi ao banco da frente para pegá-la, quando me atrapalhei derrubando-a, e de dentro espalhando-se pelo carro diversos trecos que pareciam termômetros. Lancei um olhar interrogativo à Hinata que apenas riu.

— São testes de gravidez. Ino vai ser mamãe. — Hinata disse surpreendendo-me.

— C-como? — perguntei quando Ino voltou se limpando com um lenço aos resmungos.

— Quando um homem e uma mulher transam sem se prevenir, é isso o que acontece! — Ino disse irônica. — Fiz trinta e nove vezes, e os trinta e nove deram positivos! — disse decepcionada.

— Bastava fazer uma, estes testes são noventa e nove por cento de certeza! Se ficar azul, você é a mais nova premiada. — Hinata disse dando de ombros. Fiquei receosa quando as palavras de Ino novamente ecoaram em minha cabeça...

Quando um homem e uma mulher transam sem se prevenir, é isso o que acontece!

Sasuke e eu...

Eu... Eu... Não! Claro que não! Foi minha primeira vez... Não posso ter ficado... Não!

Nervosa, comecei a recolher os testes que haviam caído de sua bolsa, guardando-lhes novamente. Num impulso peguei um deles, escondendo-o comigo.

— Argh! Estou uma droga! Pedirei pra usar o banheiro daquele estabelecimento ali. — disse Ino.

— Vou com você! — eu disse e fomos até lá.

Assim que adentrei o banheiro, peguei o teste fazendo xixi sobre ele. É claro que eu não estava grávida! Sasuke e eu havíamos dormido juntos apenas uma vez. Tinha noventa e nove por cento de certeza que não estava!

Então porque me sentia tão nervosa? Argh!

Só o que me faltava... Guardei aquele treco na bolsa que havia trazido comigo. Não queria saber a cor que tinha dado. Logo voltamos para o carro.



Eram por volta das 04h20min da manhã, quando estávamos em frente à pensão onde há um dia atrás havia estado com Sasuke. Pedi que permanecessem no carro, o dono da pensão se recordara de mim e permitiu que eu entrasse no quarto em que pernoitamos.

Respirei profundamente antes de abrir a porta...

Entrei em passos lentos, visualizando o lugar onde havíamos feito amor. Onde confessamos senti-lo um ao outro.

E logo as lágrimas quentes tornaram a percorrer por meu rosto. Encostei-me na parede ao lado da cama, lembrando-me de seu sorriso, seu olhar, seu toque. Fechei os olhos permitindo-me escorregar o corpo ao chão, segurando o rosto ao ser atingida pelas lembranças. Logo apoiei as mãos no chão como se aquilo pudesse me prender a realidade, e ao percorrer os olhos mais adiante, pude ver algo em baixo da cama.

Limpei uma lágrima que escorria pela bochecha e engatinhei pelo chão, estendendo o braço para alcançar o papel... Estiquei até alcançá-lo.

“Volto logo"

Era o bilhete que Sasuke tinha escrito antes de me deixar... Virei o bilhete que me fez estremecer. Havia mais no verso...

Corri escada abaixo, atirando-me em direção ao carro, sem dar explicações pedi para que seguissem o endereço que lá estava escrito. Meu coração acelerava tanto quando o carro que estava a mil, Ino havia entendido meu desespero e pisou fundo, o lugar não ficava longe... Dava numa praia há minutos dali. O que ele queria que eu visse?

Cravei os olhos na estrada vendo os primeiros raios de Sol saírem, segurava com força o bilhete que Sasuke havia deixado. Não sabia no que daria, mas lá no fundo tinha uma enorme esperança, mas de quê? Não sei. Apenas necessitava com urgência seguir naquele endereço.

Ino seguiu com o carro numa rua sem asfalto e rodeada de mato, ao fim da estrada podíamos ver o mar sendo iluminado pelo Sol que aos poucos se tornava mais forte. No fim da estrada de terra, virou para esquerda, dando na areia branca da praia totalmente deserta. Havia mato por toda a parte, mas ali, em frente ao mar, tinha um casebre velho com um galpão enorme ao lado. Abri a porta antes mesmo de Ino desligar o motor, correndo para entrar no casebre.

Forcei para abrir a porta de madeira podre, buscando pelo cômodo algo do qual não fazia idéia do que pudesse ser. Varri o lugar com os olhos, que mais parecia cenário de filmes de terror, uma casa mal assombrada. Observei aquela cozinha caindo aos pedaços e empoeirada, somente com uma mesa de madeira no centro e alguns armários pregados nas paredes cheias de teias de aranha, provavelmente cupins também. Visivelmente aquele lugar estava abandonado... Aquilo não tinha coerência, mas eu precisava me agarrar na esperança daquilo me dizer algo.

Andei até o fim do pequeno corredor, abrindo lentamente a porta do que parecia ser um quarto. O cheiro ali não era de poeira e coisas velhas, o chão não estava sujo e havia uma cama de solteiro com lençóis limpos... Percorri o quarto que recentemente fora habitado, congelando com a visão a minha frente, de costas olhando para o mar através da pequena janela. Meus olhos arregalaram-se, meu coração saltava do peito... De repente o ar começou a faltar, e eu contive um grito abafado agarrando-me as paredes do quarto, quando a pequena bolsa que segurava caiu ao chão.

Céus!

Não podia ser...

Sasuke!

Trajava suas habituais roupas pretas e estava distraído olhando a vista da janela, com os cabelos levemente afastados pela brisa que batia em sua face perfeita. Estava sereno, em pé, e não havia sinais de tiros ou qualquer outro ferimento evidente... Parecia um anjo. Logo entendi que só poderia ser uma coisa...

— Valhei-me nossa senhora mãe de Jesus Cristo amém! — disse sem acreditar no que via a minha frente. O choque de minha visão fez com que minhas pernas ficassem bambas, meus olhos estáticos a sua figura magnífica. Ele virou-se para me fitar saindo de seus devaneios, e quando vi aquele rosto de feições celestiais sem machucados ou expressão de dor alguma, soube na mesma hora que se tratava de seu fantasma... Ou talvez fosse outro daqueles ataques que tenho em que o vejo em tudo e todos.

Pisquei várias vezes tentando apagar aquela visão do quarto, era óbvio que minha mente estava cansada e projetando coisas irreais. Sasuke havia morrido na minha frente, não havia como negar! Esfreguei meus olhos, mas nada mudou... Ele permanecia ali, imóvel encarando-me.

Aquilo não era real, não era real!

Eu o vi, ele estava morto! Fechei os olhos tentando convencer minha mente de que aquilo era uma ilusão, mas quando abri, ele ainda estava ali. Comecei a tremer e chorar, minhas emoções estavam confusas demais. Sasuke estava perfeito diante de mim, só podia ter aparecido para se despedir. Céus, eu nunca acreditei em fantasmas!

Sasuke voltou pra me assombrar!

Ele deu um passo à frente, na minha direção. Fechei meus olhos colando ainda mais minhas costas na parede, fiz vários sinais da cruz pedindo mentalmente para que aquilo desaparecesse. Sasuke se quer esperou que eu me deitasse pra vir puxar meu pé.

—Sakura... — Chamou fazendo-me borrar ainda mais de medo. A voz da alma penada é igualzinha a dele!Parecia real... Neguei-me a abrir os olhos, insistindo pra que fosse um sonho. Mas lá no fundo eu sabia o que seu espírito queria antes de partir. Vovó Haruno já havia me contado de pessoas que voltam para se despedir antes de seguir a luz... Sasuke queria se despedir de mim.

— Pode fazer a passagem, Sasuke querido. Já lhe perdoei meu amor... Siga a luz... Vá... — disse abrindo lentamente meus olhos que já derramavam milhares de lágrimas.

— Mas o quê? — perguntou encarando-me confuso. Ai, já sei! É isso, só pode ser isso... Sasuke não sabia de sua morte. Vovó já me contou que em alguns casos, as pessoas morrem tão rápido e de formas tão trágicas que no começo nem sabem ou aceitam que morreram, é isso. Pobrezinho...

— E-eu sei que é difícil de aceitar, meu amor... Mas siga a luz, faça a passagem tranqüilo. Aceite seu destino, assim como eu estou aceitando o meu. Vá em paz, você irá para um lugar muito melhor, não tenha medo Sasuke... — disse confortando-o. Certamente a alma dele estava perdida na vingança, meu coração doía mais e mais a cada vez que o olhava tentando me conformar de que nunca mais o veria. Analisei-o bem, com suas roupas pretas... Droga, os espíritos do bem sempre aparecem com roupas brancas não é mesmo? Sasuke estava com as pretas! Na certa estava perturbado...

— Está maluca, Sakura? Eu estou aqui! Não morri! — disse enraivecido aproximando-se mais de mim, virei o rosto tentando não encará-lo.

— Pare de mentiras! Não vê que acabou? Você já conseguiu acabar com a sua vida! E pra completar me deixou prenha! Buchuda dum filho teu... É assim que queria que eu terminasse Sasuke? Heim? Acha justo, querer procriar antes de morrer? Fazia parte de o seu plano bater as botas e me fazer continuar sua descendência? Hm? Queria perpetuar a espécie Uchiha é isso? — Questionei lançando minha raiva sobre ele. Estava brava, como ele podia ter morrido e me deixado aqui? Como? Pra completar nem sabe que morreu... Argh! Suspirei tentando explicar-lhe... Até sua alma era cabeça dura, eu heim! — Você precisa se conformar com a sua morte... Você morreu na minha frente! Eu o vi... Aceite seu destino... E se possível não reencarne em nosso filho, não quero te ver tão cedo. Este é meu ultimo pedido... — Tentava convencê-lo. Devagar fui levantando meu braço em sua direção a fim de tocá-lo. Precisava provar para ele que estava morto... Fantasmas não têm matéria, certamente meu toque passaria reto através dele. Ele não ia sentir nadinha, e só então se convenceria de que morreu... Ergui a mão quando sua gargalhada sarcástica me fez retroceder.

— Pare com essas maluquices... Não está grávida coisa nenhuma! — o espírito disse como se eu fosse à louca. Deveria ser mesmo, pra falando com gente morta. Argh. Quando o principal morrer deixa um filho de brinde, até parece que não assistia filmes quando ainda era vivo!Ah, sim... Espíritos podem ver através dos objetos... Certamente estava vendo a cor que tinha dado no meu teste que estava dentro da bolsa caída no chão. Enfim, uma noticia boa. Pobre já é ruim, viúva aos vinte e um é a desgraça, mãe solteira já é demais né?! Argh!

Precisava acabar logo com isso!

Meu coração acelerava cada vez que aproximava minha mão de seu rosto, sabia que tocaria o nada, e aquilo cortou meu coração. Seria difícil quando ele se desse conta de que já não estava mais entre nós. Meu Deus, quando é que esse sofrimento vai acabar mesmo?

— Olhe para mim, Sakura! Eu não morri! — ele disse tentando me convencer. Coitado, é difícil compreender que não faz mais parte desse mundo, eu o entendo. Recuei minha mão, fui uma cagona e não tive coragem suficiente para tocá-lo. Não queria vê-lo sofrer novamente quando percebesse que não estava vivo, que não passava de um espírito. Irritado, Sasuke avançou para me segurar, mas me esquivei. Fechei os olhos e comecei a rezar para que sua alma partisse em paz.

— Pai Nosso que estais no céu. Santificado seja o vosso nome... — rezava de olhos fechados, quando senti suas mãos segurarem firmemente meus ombros. Pulei de susto na mesma hora, soltando um grito abafado.

— Caia na real, eu estou vivo! — disse sacudindo-me. Petrifiquei na mesma hora, caindo de joelhos no chão. Não podia ser... Eu o vi! Não estou maluca! Comecei a tremer novamente e as lágrimas vieram com mais intensidade. Não podia ser...

Sasuke agachou-se na minha frente, e aos poucos fui erguendo a mão para tocar-lhe no rosto. Meus dedos trêmulos tocaram- lhe a bochecha firme, seguindo para os lábios numa carícia. Ele fechou os olhos quando subi meus dedos para tocá-los... Impossível! Inexplicavelmente era tudo real, Sasuke estava ali de músculo e osso... Como? Acariciei seu rosto com ambas as mãos, tentando provar a mim mesma de que tudo era real. Com o polegar, Sasuke secou minhas lágrimas, e eu descansei minha testa na dele. A felicidade em meu peito invadia-me por completo, tentava formular alguma explicação cabível para isso, e logo o senti roçar seus lábios nos meus. Afastei-me dele rapidamente, levantando-me afoita e voltei a me escorar nas paredes. Não era justo o que ele estava fazendo comigo. Ele morreu, e eu vi acontecer!

— Eu não sei o truque que você está usando Sasuke, mas não é certo mexer com magia negra, eu vi você morrer... Eu não estou maluca! Isso não pode ser real!

— Eu sei o que você viu, mas eu estou vivo! E se parar de dar chilique posso explicar! — disse com os dentes trincados.

— C-como? — perguntei balançando a cabeça... Vai ver eu é que estou louca mesmo.

— Sente-se, a história é longa... — disse saindo de minha frente fazendo menção pra que eu fosse até a cama, andei até a mesma sem desgrudar os olhos dele. Sasuke foi até a janela, suspirou antes de continuar. — Lembra que eu trabalhava com Lee em sua farmácia, por vezes até tarde? — perguntou e eu assenti. — Lee vinha trabalhando a alguns meses numa droga. Desenvolveu uma espécie de veneno que aplicado no coração, petrifica-o sem que haja danos aos outros órgãos ou quaisquer vestígios no organismo, causando morte imediata. Ou uma morte temporária, caso o antídoto seja aplicado diretamente no coração, cerca de dez minutos após a morte. Nós tínhamos o veneno, mas precisávamos ter cem por cento de certeza que o antídoto funcionaria. Então ganhei tempo para o Lee quando roubei o dinheiro de Itachi antes do combinado, fugindo com você. — contou-me e aquilo ainda não estava fazendo sentido para mim. Sasuke suspirou novamente antes de prosseguir com a história.

— Quando fomos à festa na casa de Itachi... Lembra? — fiz que sim com a cabeça. — Naquele dia, mandei Sai mapear a casa, e eu fiz aquele desenho nas suas costas... Exatamente a área do escritório de Itachi, calculei a distancia até a piscina lá embaixo. Nessa época eu desenvolvia meu plano final, achei aquele escritório o lugar mais óbvio e provável de executá-lo. Eu precisava morrer. E Itachi precisava presenciar minha morte, ou nunca iria sair da minha cola depois que roubasse seu dinheiro. — disse num tom cortante. — Mas ainda faltava algo... E foi você quem me deu a solução. — disse virando-se para mim.

— E-eu? Mas o quê? — perguntei. Não era ele que sempre deixou claro que eu o atrapalhava?

— Sim, você. Para o meu plano dar certo, precisava colocar os meninos na cena. Nunca iria conseguir sozinho. Itachi sempre teve muitos seguranças... E quando a coloquei para espioná-lo, você me contou uma fraqueza que poderia ser usada contra aquele otário. Itachi é um completo idiota, achava-se superior por ter o rabo cheio de dinheiro... — disse de repente mudando o tom de voz ao lembrar-se. — Você contou-me que ele nunca olhara para um empregado, tratava-os como se fossem invisíveis! O imbecil só nota as pessoas que são do seu nível financeiro! Quando me contou isso, você não teve noção de que acabara resolvendo meus problemas.

— E você nem me agradeceu... — resmunguei e ele sorriu. Falo mesmo!

— Quando invadi a casa de Itachi, os meninos mataram os seguranças passando-se por eles em seguida. Itachi nunca notaria... E foi aí que eu entrei na casa para o nosso confronto final. Necessitava olhar bem nos olhos daquele perdedor, e ele precisava acreditar na minha morte. Então quando tive a oportunidade, me posicionei ficando de costas para janela. O plano era me jogar de lá, cair na piscina e imediatamente um dos meninos teria que aplicar a injeção com o veneno no meu coração. Quando Itachi chegasse ao local, eu já estaria morto. Com isso, os meninos pegariam meu corpo levando-o para a van, onde Lee estava preparado com o antídoto e se necessário fosse, usaria um desfribilador para me reanimar. Não foi preciso. — contou-me.

— Espera aí... Está me dizendo que os meninos se passaram por seguranças? — perguntei lembrando-me de quando olhei seu corpo boiando na piscina, ali tinha um segurança tirando-o da água... Era um dos meninos! Ele assentiu. — Tem coisa errada aí, como você explica os tiros? Hm? E não adianta vir com a desculpa do Matrix. Você levou três tiros que eu vi!

— Sim, eu levei os tiros e esperava mesmo levá-los. Só reforçaria minha morte! Eu estava com um colete à prova de balas... Também sabia que Itachi não era um bom atirador, e contava com a sorte para que ele não acertasse minha cabeça, e não acertou.

— Está mentindo descaradamente, Sasuke! Eu vi seu sangue lavar a piscina! Muito sangue... Tipo... Sangue pra todo lado! Como me explica isso, hein? — perguntei, agora não tinha como ele inventar, né? Sasuke então começou a desabotoar sua camisa preta, deixando a mostra seu peito e abdômen definido e sem nenhum furo de tiros. Não é hora de pensar besteirinhas!

— Está vendo? Eu não fui atingido... Só alguns hematomas, nada demais... — disse e eu comecei a analisar bem caçando algum furo de bala ali. Inacreditável! — O sangue foi idéia de Naruto... Ele quis inventar de colocar algumas bolsas de sangue no meu colete para ficar tudo mais real. ­— explicou aproximando se de mim, sentou ao meu lado na cama segurando em meu queixo. — Acredita em mim agora? Acredita que estou vivo?

— Não vejo como tudo isso pode ser possível... Vou acordar a qualquer momento.

— Então como você me explica tudo isso? — perguntou olhando bem nos meus olhos, pegando minha mão e a levou encostando a palma no seu coração que batia forte, acelerado. — Se é tudo mentira, explique-me por que ele esta batendo? — Meus olhos encharcaram novamente. Seu coração batia... Sasuke estava mesmo vivo. Abracei-o com força, e senti seus braços apertando-me contra si. Despejei todo o meu sofrimento naquele abraço, mas ainda precisava de mais explicações, afinal... Ele me abandonara me fizera de isca e fez com que eu acreditasse na sua morte, me fez sofrer, por quê?

Empurrei-o com força, levantando-me da cama novamente. A dor dera lugar para a raiva...

— Por quê? Por que me abandonou naquela pensão logo depois da nossa noite? Eu te dei meu coração, acreditei que você sentia o mesmo, e você me abandonou, Sasuke! Me deixou ser capturada pelo seu irmão! Todo o tempo que fiquei lá, rezei para que você estivesse bem e que me salvasse... E você disse que não se importava comigo... Por quê? — perguntei secando as lágrimas.

— Você é o meu ponto fraco Sakura, e Itachi não podia saber disso... — disse num sussurro baixo e eu custei a acreditar. — Sabia que ele a usaria contra mim, então tomei uma atitude... Eu tinha que ser mais esperto que ele. Te abandonei para que ele soubesse que não me importava mais com você. Você sempre foi inocente, Sakura. Ele iria te machucar se soubesse que era minha única fraqueza, e eu não me perdoaria por isso. Você desistiu do dinheiro por ele, desistiu de roubá-lo... Não poderia pagar por uma coisa que eu fiz! Eu sabia que ele acreditaria em você, na sua verdade. E ele não te machucaria se soubesse que não me importava mais... Ele só acreditaria se você acreditasse. Foi por isso que te abandonei... — contou-me e eu corri para socá-lo, precisava descontar meu ódio.

— Seu idiota! Eu sofri tanto quando você morreu, por que não me contou? Ainda não acredita que pode confiar em mim? — dizia enquanto socava seu peito de pedra, ele não fez nada para me impedir.

— Droga, será que você não percebe que ele tinha que acreditar? Itachi nunca te deixaria em paz enquanto não me matasse! Ele precisava acreditar na minha morte... Você precisava acreditar que morri para ele também acreditar! Não podia falhar nisso! — disse enraivecido segurando meus pulsos. Apoiei minha cabeça em seu peito, tentando formular tudo o que ouvira. Eu queria estar com raiva de Sasuke, eu deveria estar, mas acontece que não conseguia... Estava tão feliz em saber que ele está vivo! Argh sou uma fracote mesmo.

— Só me prometa que nunca mais vai fazer isso comigo... — disse desistindo de brigar com aquele homem lindo. Sasuke tomou meu rosto com as mãos, segurando-o firme. Secou novamente minhas lágrimas, e ficou a me encarar, por fim sorriu.

— Você está diferente... Quer dizer, nunca te vi assim, você está sempre tão maquiada, arrumada, até mesmo na nossa fuga. Nunca te vi tão frágil, eu... Sinto muito... — disse ao me analisar.

— Ai, me solta... Deixa eu esconder meu rosto! Devo mesmo estar um dragão! Não tive tempo de me arrumar direito, estava inconsolável por tua causa. Pode confessar que eu to mais feia que a Britney quando raspou o cabelo, vou entender... E nem ouse tocar na palavra divórcio, caso contrário eu mesma te mato, desta vez definitivamente! — ameacei tentando me soltar dele para esconder o rosto, mas medir forças com este homem nunca dá muito certo... Argh.

— Não... Você está linda! Você é linda! — ele disse prendendo-me contra si.

Assim não dá, meu coração vai derreter! Maldade hein!

Sasuke me abraçou e nós ficamos assim por um bom tempo, até que ergui minha cabeça escorando o queixo em seu peito para encará-lo.

— Senti falta do teu mal humor... — Confessei.

— Senti falta das tuas frescuras... — Disse dando-me um selinho.

— O que vai ser de nós agora? — perguntei, e ele suspirou antes de responder depois de um tempão.

— Eu falhei. Perdi. Não me resta mais nada... Não consegui ficar com nenhum tostão dele. Não tenho mais casa. Não tenho mais um carro. Não tenho dinheiro algum, e ainda estou me passando por morto... — disse. — Eu que lhe pergunto: e agora? Cabe você escolher... Os meninos me contarem que Itachi não te culpa. Ele tem o dinheiro, gosta de você e pode lhe dar tudo o que você merece... Não vou te impedir de escolher ele.

— Espere aqui... — pedi soltando-me de seus braços. Saí da casa correndo para a praia, sabendo que Sasuke me seguira confuso... Mas precisava ter uma conversa com alguém do além. Olhei para o céu azul, cheio de nuvens. — Mamãe... Segui todos os seus ensinamentos a risca até agora. E eu sei que você espera, e tem certeza da minha escolha... Mas, acontece que descobri que existem coisas mais importantes que as incríveis novas coleções de bolsas da Prada... É eu sei, nem eu acredito! Calma aí mamãe veja bem... Eu ainda sou sua filha querida e ainda amo o dinheiro, isso não vai mudar nunquinha! Lhe dou minha palavra! A questão é que não posso seguir seu ensinamento, não dessa vez mamãe. Então peço que mande o papai tapar os ouvidos e faça o mesmo também. Ah, e, por favor, não mande uma raio na minha cabeça quando ver qual foi minha decisão, hein... — disse e então me virei dando de cara com Sasuke que ria descaradamente mostrando todos os seus dentes branquinhos e perfeitos.

— Ei, não ria das escolhas de sua esposa! Afinal... Você é uma delas! — Disse deixando-me ser beijada por ele... Pelo meu Sasuke.


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Notas finais do capítulo

Rá!!! Pegadinha das escritoras...

Teremos ainda um ultimo capítulo, heim!

Damos o crédito da idéia do veneno e antídoto injetados no coração para forjar a morte ao lindo do Jack Bauer da série 24 horas *---*

Nós pensamos em colocar isso desde o inicio e confessamos que trememos de medo de nos matarem antes de descobrirem que Sasuke estaria vivo. Sorry pelo susto!

Nós simplismente detestamos finais em que os principais morrem, mesmo havendo aquele papo de "realismo", gostamos é de finais felizes *---*

Queremos que visitem novamente o blog, para verem uma montagem que fizemos com as capas de Vigaristas e também para verem a sinópse da nossa nova fic, que postaremos após uma breve férias de Vigaristas, aqui está o link:
http://taisamandajuliana.blogspot.com.br/

Nós vemos no ultimo capítulo *--*

Bjs*****