The 29th Hunger Games! escrita por Lançassolar


Capítulo 14
O Oponente


Notas iniciais do capítulo

Ai está mais um, quase acabando parte 2!



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Estou nervoso. Experimento uma sensação totalmente nova e terrível. Quando matei Daeron e Varty, estava defendendo minha própria vida. Mas agora, eu estava me encaminhando direto para um assassinato. Eu olharia minha presa, avançaria para ela e depois, lhe tiraria a vida sem nenhum escrúpulo. Se tudo desse certo. Ou então poderia estar morto ainda no fim. Finalmente estou começando a perceber que manter sua humanidade dentro dos Jogos é quase impossível.

“Como fazer o que é certo quando todas as opções são erradas?” Eu não quero matar mais ninguém, mas ao mesmo tempo não quero morrer, e também não quero que Kayleigh morra.

O caminho para a Cornucópia é fácil, agora que eu entendi a arena. Explico minha teoria para minha parceira, e recebo seus elogios. Ela é inteligente, mas não havia percebido isso. Enquanto andamos, eu como algumas frutas, enquanto a ruiva devora um esquilo que acabou em uma armadilha.

Após entrarmos numa clareira Kayleigh para abruptamente. Corre um pouco, apura os ouvidos.

- Sobe na árvore. – Ela me diz. – Agora.

Obedeço sem questionar. Há uma árvore alta a minha direita, com uma boa copa. Nunca tive muita dificuldade em subir em árvores. Kayleigh subiu atrás e esperamos. Qualquer tentativa de explicação foi em vão. Ela me instruiu a ficar em silencio.

Escutei os passos alguns segundo antes de Mindy, a garota do 9, ser derrubada por Ayla logo abaixo da nossa árvore.

- Aonde pensa que vai? – Ayla pergunta enquanto Morgan e Dokk se juntam a ela. “Apenas Marriote na Cornucópia”.

A garota do 9 está aterrorizada. Ela já sabe que vai morrer. Sua única preocupação agora é como isso vai acontecer. Os Carreiristas frequentemente atribuem mortes cruéis à suas presas. Exemplos desse tipo são vistos quase todos os anos. Gostaria de dizer que desci e enfrentei os Carreiristas, mas me faltou coragem. O instinto da sobrevivência falou mais alto. Tudo que fiz foi torcer por uma morte rápida.

- Por favor. – Dizia a pobre garota, apavorada.

Ayla a levantou e a pegou num mata leão. Parecia extremamente excitada com tudo aquilo. Virou para os companheiros e disse:

- Como liquidaremos essa aqui? Morte rápida?

- Não. – Dizia Dokk, enquanto puxava um punhal de dentro da mochila. – A plateia quer um show inesquecível.

Podia sentir a alegria de Dokk ao se aproximar de Mindy. Até Morgan intervir.

- Não há necessidade de nada disso. Matá-la já é mais que o suficiente.

- Pois a presa é minha. – Disse Ayla. – E faço com ela o que eu quiser.

Mindy explodiu em lágrimas, o que é totalmente compreensível. Pode parecer absurdo, mas Morgan parecia sentir pena dela.

 - Matar o oponente já é suficiente. – Morgan disse convicto. - Nós lhe daremos uma morte rápida. Quem não concordar com esses termos. – E desembainhando a espada completou. – Pode trazer sua objeção, aqui e agora.

Percebi a expressão nos rostos de Dokk e Ayla. Aparentemente nenhum deles queria levar sua objeção à diante. Talvez Morgan nem estivesse mesmo interessado em salvar a garota da dor, mas sim estivesse atrás de um motivo para romper a aliança e matar um deles ali mesmo, sem a intervenção do outro.

O ataque do punhal de Dokk foi tão rápido e mortal que só me dei conta de que Mindy tinha morrido ao ouvir o canhão. Nenhum dos três parecia satisfeito ao fim. Ayla fez a Morgan a pergunta que eu queria ter feito.

- Por que está aqui? Você luta bem, mas é obvio que despreza esse lugar. O 2 tem muitos voluntários. Por que você?

Morgan olhou para cima, bem na minha direção, e meu sangue gelou. Por sorte a folhagem era muito espessa e aparentemente, nem eu nem Kayleigh fomos notados.

- Não estou aqui por vontade própria, garanto. Por meu pai. Sempre foi o sonho dele. Ver seu filho mais velho campeão dos Jogos Vorazes. Minha mãe e meu irmão morreram no parto. Não conseguiria trazer mais esse desgosto para meu triste pai. Continuei treinando esperando que um dia ele me pedisse para não participar dos Jogos. Infelizmente esse dia nunca chegou. E, quando foi decidido que eu seria o voluntário masculino do 2 esse anos. Já não havia mais volta.

- Já matou quantos? – A pergunta veio de Dokk.

- Apenas a garota do 11. Poderia ter matado mais, mas não havia necessidade. Deixei o serviço para quem teve prazer em executá-lo.

Imaginei o que passava pela cabeça de todos nesse momento. Morgan havia demonstrado claramente uma fraqueza. O que estariam pensando seus patrocinadores, os telespectadores e seu próprio pai? O que estariam pensando seus parceiros Carreiristas? A revelação poderia causar uma batalha. “Tanto melhor se isso acontecer”. O jogo deu uma guinada isso era visível. Com tão poucos tributos é evidente que a aliança dos Carreiristas estava prestes a rachar.

- Vamos partir. – Diz Dokk.

- Claro. – Morgan fala, pensativo.

Ayla e Dokk se retiram. Morgan vai logo trás. Respiro fundo, essa foi por muito pouco. Ficamos ainda cerca de uma hora em cima da árvore antes de descermos. E não parei de pensar em Morgan nesse período.

A verdade é que estou cada vez mais curioso a respeito do meu adversário. Sim, adversário, pois não o considero um inimigo, apesar de ser um Carreirista. Os únicos inimigos aqui são os Idealizadores dos Jogos além dos próprios Jogos Vorazes.

- Cancelar ataque? – Pergunta Kayleigh.

Penso um pouco. Ainda faltam quatro ou cinco horas para o anoitecer. E os Carreiristas estavam indo na direção contrária a Cornucópia. Olho duro para Kayleigh, antes de dizer:

- Não.  


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Notas finais do capítulo

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