-Então... Como você vai nos ajudar? – Perguntou Dean desencostando-se da parede.

Ele olhou, olhou e depois de muito refletindo respondeu.

-Eu darei a vocês um enigma. Se encontrarem a resposta, eu levo vocês ao império de Plummbius, assim podem pegar a próxima chave e ajudar meu povo. – Ele fez uma pausa como se esperasse um “Começa logo” - Em uma pequena cidade mora um barbeiro que faz a barba de TODOS e SOMENTE aqueles cidadãos que não fazem a própria barba. O barbeiro também é um cidadão, ele faz a própria barba? Sim ou não? - 

O que?! É muita coisa para uma pessoa tão linda quanto eu parar para raciocinar. Disse eu com a maior sinceridade. Pois, poxa vida já enfrentamos coisas que nem o avô louco do marombadinho da montanha acreditaria, já desafiamos as leias biológicas do tempo e ainda nos aparece mais problemas.

Todos nos entreolhávamos, a dúvida rolava solta em nosso meio. Então a menina que eu tenho uma pequena queda e nunca vou admitir, quer dizer a Katrina começava a dizer:

-Bom, na verdade é fácil. – Fácil? Como essa gente pode achar fácil um negócio desses? Eu realmente não entendo. – O barbeiro... – A sombra de um ser tocou a parede e todos pararam para ver que era.

-Então é aqui que você está? – Disse uma voz feminina e rouca.

P.O.V.’s Secret:

Bem, já cheguei nesse país chato e imundo. – Pensava eu, tentando andar com meus lindos sapatos pela arei dura daquele cais, quando de repente avisto um amontoado de pessoas atrás de umas caixas.

Será que são eles? Bom... Pode ser que eu finalmente consiga detê-los e acabar com toda essa brincadeirinha.

Por que Aliant os escolheu, se podia escolher a mim? Eu, uma dama, uma guardiã, jogada de lado por um bando de gente desconhecida que mal sabe a diferença entre um gnomo e um duende.

Avancei até onde eles estavam, agora mais depressa, pois o solo em meus pés era feito de madeira. Quando me aproximo as pessoas viram, e posso ver um bando de bêbados nojentos caindo no chão.

-Hey Princesa! Vamos montar no meu unicórnio. – Riu um deles para mim, me possibilitando ver o único e horrível incisivo central. Senti-me completamente ofendida e me virei correndo daquele lugar grotesco.

Droga, não foi desta vez que consegui achar o grupo.

P.O.V. Logan:

-Então é aqui que você está? – Disse uma voz feminina e rouca.

-Sophie? – Indagou a Katrina, como se não estivéssemos ali e/ou soubéssemos o que estava acontecendo.

-Sophie? Só isso que você tem para me dizer? – Falou a ruiva com cabelos curtos. Bom, ela não era feia, mas a voz estragava... Pior que taquara rachada.

A louca extravagante puxou Katrina para conversarem a sós antes que eu pudesse escutar o resto. Não que eu estivesse muito interessado, é que tenho que me manter informado.

De longe eu me mantinha calmo, mas rindo por dentro, ao ver as caretas que a marrentinha fazia. Afirmo, era impagável. A essa hora o “coelho”, ser mágico, ou sei lá o que aquilo era, dava pequeno pulos, tentando subir nas caixas, enquanto os outros estavam distraídos com algo. Que afirmo, não era a resposta do enigma.

Quando as duas voltaram, a loira estava branca e apavorada.

-Logan, você lembra quando me “convenceu” a vir? – Por que ela está usando aspas? Eu realmente a convenci.

-Tá, lembro. E daí? Vai me dizer que se arrepende de não ter se declarado lá para mim e agora está com vergonha?

-O que?! – Ela fez uma cara... Que com certeza entrou para a história. Parecia que ela estava ao mesmo tempo, pasma, assustada e... Feliz? – Não. Cala boca!!! O que estou querendo dizer é que tentei avisar que dividia o hotel com uma amiga. Bom, ela está aqui.

A ruiva nojenta deu um passo a frente. Sim eu não fui com nada dela.

-Essa é Sophie. – Imaginava depois que haviam dito esse nome. Bom, mas... – Nos conhecemos lá no internato em Londres. Ela ficou preocupada comigo e ligou para meus avós para ver se eles sabiam, pois meu celular estava fora de área. Acho que vocês sabem o porquê. Bom... Eles rastrearam meu celular, e me encontraram aqui.

-E daí? – Falou Cys, enquanto remexia a tela de seu super caro iphone. Essa gente que tem celular melhor que o meu...

-Eles estão vindo me buscar para mim voltar para Londres e começar uma faculdade.

O QUE?!!! Esses velhos piraram? Como eles podem fazer uma coisa como essa?

-Eles não podem fazer mesmo isso? OU podem? – Disso Luke curioso e vendo que se ele não dissesse aquilo, eu diria.

-Tanto podem que já estão vindo. – Ela sorriu. E confesso que esse sorriso quebrou meu coração. – Sinto muito, mas... Tenho que dizer “adeus”.

Eu ainda não entendi. Espere. Em menos de uma semana atrás eu estava fugindo da polícia, quando me deparo com uma linda loira, que faz manobras circenses e a convenci comigo de fugir praticamente para o horizonte. Encontramos uma criança veterinária, que é apaixonada por seu tigre. O menino virou meu irmão mais novo, tanto como a menina. Depois, vieram o a menina do pôker, que eu a subestimei confesso, porém ela é inteligente. E também tem o cara da montanha, ele tem uma arma... Certo, eu não gosto muito dele também, mas depois veio o anão, e agora o coelho. E tudo isso vai acabar antes mesmo de começar?

-Vvocê não pode fazer isso. – Eu disse de forma firme.

-Logan... – Eu a interrompi.

-Não. Você não pode. Apesar de não estarmos cem por cento ligados eu sinto cada um de vocês em mim. E você... Eu te amo. Não me deixa... Eu preciso de você, Katrina.

-Logan, por favor, não me pede para ficar. Eu não posso. – Neste momento todos estavam com lágrimas nos olhos.

Ela abraçou a ruiva nojenta e foi embora, sem despedir-se. Todos permanecemos estáticos. Como aquilo aconteceu de uma para outra? Eu a via indo embora e não podia fazer nada para impedir.

Caí no chão chorando. Com certeza a culpa é minha. Mais uma vez alguém que eu amo vai embora... E por minha culpa.

Desculpa Katrina...

Desculpa Pai...