E ela se foi. Sem mais palavras, sem mais delongas, olhos secos; suas costas para mim. Eu jamais poderia imaginar o choro contido, o desespero interno. Para batalhas, a frieza sempre se fez necessária.

- Xena...

Se eu tivesse olhado somente mais uma vez, teria visto as lágrimas em seus olhos. Seu corpo caído, de encontro à terra. O coração em pedaços...

O fim é o começo.

Tudo que pude fazer era desviar meu olhar perdido, pois o chão há muito tinha ido. Tudo que eu queria e precisava era sua mão, seus braços em volta de mim em um doce acalanto, acalmando. Mas ela estava tão destruída quanto eu.

“I’m hurt inside! Don’t you?”

Por mim ela sorriria em meio ao seu próprio sangue; assim fora em outrora. Mas hoje, hoje ela não seria silenciada, mesmo se a esperança permeasse.

Porque o amor conquistaria...

A porta bateu, talvez para nunca mais voltar. Minha vontade era de me atirar e me sacudir no chão frio. Meu mundo havia partido, se partido. Mas essa guerra não estava acabada... Eu precisava da luz, eu precisava do sol que leva todos os despedaçados para o lugar que nós pertencemos. Porque ontem eu morri, e amanhã eu sangrarei...

“Tell me how you feel! Right now, nothing about the past, right now.”

Eu sei, tudo que eu sei, quem eu sou desde o começo é quem eu preciso ser levada de volta para meu coração. A essência de meu ser está perdida – você a levou. A dor de um prego trespassando não poderia ser comparada – rejeitar seu amor é uma febre doentia. Deixe-me ir e eu correrei, e te puxarei comigo. O grito incontido, e tudo perdido. Fogo baila em volta, queimando a tudo e a mim mesma. E seu amor conquistará tudo...

Eu perdi quem eu sou... E não posso entender a rejeição.

Menos palavras, siga em frente. Meu coração tão partido. Porque o amor não deu errado...

Todo esse tempo desperdiçado, em anos e em ganhos. Daquele que imaginou ou jamais pode, a contenção da vida acometida se tornaria sua morte. Eu poderia gritar.

Não serei silenciada.

E nunca te esquecerei...