Patrulha Vermelha escrita por Artemys Jenkins


Capítulo 10
10. Quebra de paradigmas — uma análise empírica


Notas iniciais do capítulo

DEMOROU MAIS CHEGOOOOU!!! Vamos lá: já estou instalada no lugar do meu intercâmbio, com internet boa (tava melhor até meu ping do LoL dobrar, hunf), e acho que, mesmo com as aulas, isso estabilize um pouco mais meu ritmo de postagem. (MENTIRA, E ACHO QUE VCS SABEM DISSO.). No mais, esse capítulo era pra ter sido postado MUITO antes, porque eu estava perto de finalizá-lo quando tive alguns estresses com meu visto (se quiserem saber mais, visitem meu blog de intercâmbio, tá no meu perfil ^_^); acabei parando de escrever e perdendo o fio da meada :/

Além disso, deixo anunciado: a fic está na reta final. : Agradeço desde agora a todo o carinho e à paciência de aguentar e acompanhar uma pessoa cujo ritmo de escrita é completamente desorganizado, durante esse quase um aninho de Patrulha Vermelha s2 E, mais uma vez, em especial ao André, por todo apoio e à LiLuni, por ser essa fofa ♥!!

Vamos ao que interessa: à fic!

DISCLAIMER: algumas citações pertencem à Frank Herbert (e seus familiares) e à Riot Games.



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10.1 Como os diversos grupos sociais se relacionam com a mudança de estado da arte da vida em sociedade

A nova era havia chegado.

E era horrível.

Enquanto assistia à dança das estrelas, naquele canto remoto do mundo, Bulma se punha a refletir sobre a situação em que se encontrava.

Vivia como refugiada em um deserto afastado que muito lembrava o lugar onde conhecera Yamcha.

Tudo acontecera rápido demais. Depois do surgimento de Raditz, Bulma tentara viver com a normalidade que a impotência da situação lhe cabia, sem sucesso. Cada dia que passava assistindo ao telejornal e ouvindo às notícias desoladoras da privação da liberdade de todos os seres humanos deixava seu espírito mais e mais angustiado, e a sensação de culpa era crescente a cada instante. Apesar de os dias que passara sofrendo em silêncio terem parecido anos de solidão, Bulma não estava preparada para o que viria a seguir.

Falsas acusações de desvio de dinheiro e má administração das ações da Corporação Cápsula começaram a surgir, acusando a ela, a Trunks e a quem mais trabalhasse junto deles. O valor da Corporação na bolsa de valores era cada vez menor, e a calúnia espalhada contra a família Briefs tornara seus produtos invendáveis. E Bulma apenas assistira como, em três semanas, a construção de uma vida era destruída por uma rede de mentiras muito bem tecida e cujo objetivo parecia bastante óbvio. Não surpreendentemente, perdera a Corporação para o novo governo da Patrulha Vermelha. Perdera sua empresa, sua casa, seu saldo da conta bancária... Tudo o que tinha era algumas roupas e um pequeno chalé parte de um grande conjunto de cápsulas-casa – casas essas que acabaram se tornando um vilarejo de amigos desesperançados – que guardara entre seus pertences pessoais para casos de necessidade. Por sorte, os demais moradores da casa não reclamavam muito da situação, somente indignavam-se; indignação essa que podiam extravasar com frequência ao se encontrarem em um canto deserto do mundo.

— Toma, antes que esfrie. — Bulma viu como uma caneca fumegante com o que parecia ser chá-verde lhe era entregue, e sorriu à companheira de exílio. A verdade é que as coisas não estavam difíceis apenas para ela. Assistiu a maneira pouco graciosa como se punha no chão e continuou a sorrir, enquanto bebericava o chá. — Apesar de aqui não ser um lugar gelado, chá quente é sempre muito bão.

ChiChi olhava para as estrelas, desolada. Queria conversar, mas não sabia do quê. Assim como havia acontecido com Bulma, ChiChi assistira a tudo o que havia construído durante sua vida ser-lhe tomado por calúnias sucessivas. Após serem acusados de fraude previdenciária — a morte de Goku sendo tomada como uma tentativa de falsificação para obtenção de pensão alimentícia — , todos os bens lhe foram tomados em uma ação judicial do Ministério Público e do Tesouro Mundial. A casa onde passaram os últimos quarenta anos, a pequena cabana onde Goku crescera, o aerocarro e a plantação de rabanetes, tudo lhes fora tirado. Com Gohan acontecera basicamente a mesma coisa, assim como com todos os outros Guerreiros e inimigos declarados da Patrulha Vermelha. ChiChi suspirou, um pouco cansada. Nunca gostara muito de viver no limite, e seus últimos dias haviam sido uma sucessão sem-fim de aventuras na tênue linha entre a vida e a morte. O motivo?

Assim como todos os outros, estava fazendo parte de uma guerrilha de resistência.

Depois que a Patrulha Vermelha— ou o que sobrara dela— havia tomado o mundo, vários grupos insatisfeitos surgiram, agindo nas sombras, tentando sabotar planos, destruindo símbolos de poder e vandalizando a ordem imposta por aquele que se dizia o Novo Rei da Terra.

Ou seja, Raditz.

A ideia de fazerem parte de tais incursões fora de Dezessete, afinal de contas o androide conhecia quase todas as pessoas que faziam parte dos diversos grupos. Anarquistas, tais quais ele, e pessoas que simplesmente não aguentavam mais viver sob o toque de recolher, formavam a maioria dos membros do que ficara conhecido como DropGangs.

A priori, metade fora contra de forma quase irredutível, outra metade do grupo de Guerreiros aceitara a oferta, alguns de bom grado, alguns relutantes, alguns empolgados. Como resolvido anteriormente, o envolvimento de quaisquer um dos pertencentes àquele grupo de pessoas poderia causar catástrofes grandes demais, envolver civis demais, desencadear incidentes demais. Não era pensável— ou aceitável— envolver pessoas que não tinham como se defender de fato em algo tão perigoso.

A totalidade que ali se encontrava só aceitou participar das demais incursões quando o primeiro esconderijo onde estavam fora completamente destruído pelas máquinas da Patrulha, e seu atual acampamento só estava de pé porque Bulma havia cápsulas reserva suficientes para construir mais trinta pequenas vilas como aquela sem nenhum tipo de dificuldade.

O fato de as pessoas das guerrilhas serem civis, e muitas delas pessoas que nunca haviam militado na vida, ajudara um pouco na decisão de sair do estado letárgico em que se encontravam e colocarem seus punhos e cérebros para funcionarem, cada qual na proporção adequada a cada indivíduo.

Olhando para as estrelas, ChiChi sentiu uma cabeça pousar no seu ombro, e um mar de azul cruzar sua visão periférica. Bulma parecia cansada, tanto quanto ela, mas ChiChi sabia que aquilo não era exatamente um problema para uma pessoa que já havia feito coisas mais perigosas na vida.

— Cansada? — ChiChi perguntara, sentindo-se bastante óbvia, à amiga que se apoiava em seu ombro. Bulma sorriu fracamente, respondendo:

— Um pouco. Não anda muito fácil hackear as máquinas da Patrulha sem decks especializados.

ChiChi não estava entendendo nada, mas também não se sentia à vontade para perguntar do que Bulma estava falando. Pegando sua caneca e a de Bulma, levantou-se enquanto levantava Bulma no processo, e voltou à sua cabana.

Naquela noite, especificamente, havia sido escalada para um serviço em Satan City.

Um serviço para o qual ela não estava nem um pouco preparada ou com vontade para ir.

Enquanto isso, em outra parte do acampamento, Uub, Bra e Dezessete repassavam o que fariam naquela noite. Estavam sentados nos sofás da Casa do Kame, que surpreendentemente sobrevivera aos ataques (todos os dois), debruçados sobre um mapa e alguns gadgets que aparentemente seria usado na próxima incursão. Reviam detalhes enquanto esperavam ChiChi voltar de sabe-se lá onde havia se metido. Bra foi a primeira a sentir ChiChi atravessando a porta, e sorriu, tentando confortá-la. ChiChi sentou-se ao seu lado, enquanto assistia os demais organizarem as coisas.

— Estamos todos aqui? — perguntou Dezessete, montando o silenciador no seu rifle. Uub assentiu. — Ótimo, podemos nos aprontar, então.

Bra começou a revirar cápsulas e organizar os gadgets que estavam sobre a mesa de centro. Pegou alguns deles — um headset integrado com óculos-RV, um bracelete de dardos automático, um produtor holográfico portátil e mais umas tranqueiras enfiadas em cápsulas, provavelmente decks personalizados com softwares específicos. Fechando o macacão preto de lycra e vinil com inúmeros slots, Bra calçou botas igualmente pretas, instalou o headset integrado no produtor holográfico, ajustou os óculos-RV, e colocou as cápsulas escolhidas em uma caixinha, que colocou em um dos slots, da roupa. Prendeu os longos cabelos azuis com um elástico e calçou um par de luvas.

A preparação dos demais integrantes do grupo fora infinitamente mais simples. Dezessete pegou seu rifle e um par de pistolas, vestiu sua jaqueta de couro e pegou as chaves de sua motocicleta. Uub simplesmente ajeitou seu quimono. ChiChi terminou de fechar o obi de seu qipao e pegou o bastão que Goku lhe dera. “Vai te ajudar, caso algo esquisito aconteça. Acho que você ainda lembra de como ele funciona, não?”. ChiChi aceitara, porque não estava no estado de espírito de recusar ajuda, ainda mais para fazer algo que não fazia há anos.

Ok, estivera treinando durante os últimos anos por uma série de fatores, sendo o principal deles o tédio de não ter muita coisa para fazer em casa, mas não se sentia confiante o suficiente para lutar a sério.

Bra terminou de se ajeitar e saiu da casa, desencapsulando sua aerobike e dando ignição na máquina. Dezessete fizera basicamente a mesma coisa. Saíram em direção a uma nova filial da Patrulha Vermelha, com sentimentos confusos e as supra-renais em hiper-funcionamento. ChiChi se abraçou um pouco mais à cintura de Bra, sentindo um pouco de medo.

Não importassem o que dissessem a ela, ela só acharia que tudo havia dado certo quando colocasse sua cabeça no travesseiro e ele, porventura, não explodisse.

*~*~*~*

10.2 Formas de resistência – introdução

Encostado em um carro blindado, enquanto fumava seu enésimo cigarro, Taro Soramame tentava não pensar no quão sujos seus óculos se encontravam. Olhava, de tempos em tempos, seu antiquado relógio de pulso que apenas mostrava as horas, enquanto fingia fazer uma ronda como todo bom policial deveria fazer. Avistou, ao longe, um par de aerobikes se aproximar. Respirou fundo e apagou seu cigarro, tentando desembaçar seus óculos ao menos um pouco. Não acenou, nem fez nenhum tipo de movimento que indicasse o reconhecimento das pessoas naquelas motocicletas.

— Tudo certo? — perguntou Dezessete, como quem pedia indicações para chegar a alguma rua.

— Sim. A menina aqui— e apontou para Bra, que não se sentiu confortável com o gesto — , deve ter tudo nesse produtor holográfico. A entrada é a que está piscando. Acho que eu não tenho nada para dizer, a não ser boa sorte. — terminou, sorrindo.

Bra ligou os circuitos do produtor holográfico, dos óculos-RV, e ajeitou seu headset e começou a mover seus dedos no ar. Através dos óculos, Bra via um tablet, cuja tela mostrava um mapa, um teclado e alguns números. Terminou de digitar alguns códigos no teclado virtual e mexeu em duas ou três coisas do produtor holográfico.

Uma pequena projeção surgiu acima de seu braço. Com os dedos, ela ampliou a imagem. “Isso é um mapa”, limitou-se a dizer, enquanto seus companheiros esperavam que ela dissesse o que eles fariam a partir dali.

— Eu vou guiar vocês, porque as indicações só aparecem nos meus óculos. — completou, buscando uma cápsula em um de seus slots e a abrindo. De dentro dela, surgiram quatro pares de braceletes, muito parecidos com munhequeiras para prática de artes marciais. — São holo-anéis, ou melhor, holo-pulseiras; funcionam como a roupa do Grande Saiyaman. Coloquem se não quiserem que as câmeras de segurança identifiquem vocês.

Ninguém ousou perguntar como as holo-pulseiras funcionavam, e limitaram-se a vesti-las, notando-as incrivelmente confortáveis. Bra deu a indicação de onde deveriam seguir, e, assim, invadiram a sede de Satan City da Patrulha Vermelha.

~*~*~*~*

10.3 Formas de resistência – desenvolvimento

Em outro lugar, uma outra equipe se preparava para uma invasão parecida, mas com propósitos um tanto diferente. Pan, Goten, Dinner e Trunks, juntamente de um grupo revoltoso da região, planejavam destruir uma fábrica de robôs de patrulha. O plano era simples: entravam e quebravam tudo.

Aproximando-se da porta principal do galpão, Trunks respirou fundo e soltou um ataque de energia, que prontamente fora detectado como uma bomba. A estratégia de entrar pela porta da frente não parecia muito inteligente, mas era o que podiam fazer naquele momento. Enquanto olhava a porta completamente destruída, Trunks fingia ouvir às indicações dadas por Pan. Conhecia a planta da construção como a planta de sua casa — talvez até melhor. Fora seu pôster favorito pela última semana, e decorar seus corredores havia sido um dos poucos objetivos que tivera durante os dias que precederam ao ataque. Começou a correr, liderando um dos grupos pelos corredores labirínticos da fábrica. Pensou em sua irmã; o que estaria fazendo naquele momento? Estaria bem, estaria viva? Segura certamente não estaria. Respirou fundo. Não podia ter medo. Como havia lido naquele antigo livro do que chamavam de ficção científica? “O medo é o matador da alma”, ou algo assim. É, mais ou menos isso.

Continuou a correr, destruindo câmeras, paredes e o que mais fosse material e necessário.

Enquanto no corpo de Trunks a adrenalina era distribuída a níveis absurdos, do lado de fora duas pessoas conversavam não muito animadamente.

Até o momento em que guardas apareceram.

Naquele momento, as coisas tornaram-se borrões. Dinner esquivava-se de tiros de metralhadora atirando-se no chão e correndo para algum tipo de barreira, enquanto Goten se prestava a escudo meio-humano. Desesperadamente procurando por algo em seus bolsos enquanto se atirava atrás de uma lata de entulhos, Dinner se preparava para entrar em batalha.

Quando finalmente achou o que procurava— a cápsula que deveria estar em seu pescoço, mas que em algum momento da noite guardara em um dos vários bolsos da calça de estilo militar que usava— gritou:

— Aê, Goten, tu não tava querendo saber o que tinha na minha cápsula?

Goten limitou sua resposta a uma olhadela na direção que concentrava a maior parte do som da voz de Dinner.

— Se liga nisso. — terminou Dinner, apertando o topo da cápsula e a atirando para o ar. A já esperada fumaça tomou conta do ar em torno da cápsula que, aos poucos formava um objeto curvo, mostrando-se pouco a pouco.

De forma graciosa, parecendo leve, um arco e uma aljava de flechas caía em direção às mãos de Dinner, que habilmente agarrou o arco e a aljava, acomodando a aljava de flechas em suas costas e sacudindo o arco para que abrisse suas pontas e ganhasse uma forma ainda maior e mais curva.

— Sabe que eu sempre quis fazer isso? Foi minha mãe que me deu, disse que talvez eu precisasse e…

Goten notara que Dinner não conseguia ficar quieta quando estava nervosa.

Mas não notara quando foi que Dinner havia usado o armamento para soltar uma seta diretamente no joelho de um dos guardas que os perseguiam. Apenas notou um grito agonizante e um corpo a cair no chão.

Era hora de mostrar ação de verdade.

Com Dinner ainda a atirar na retaguarda, Goten desviava dos projéteis lançados de forma não-tão-hábil pelas mãos dos mantenedores da ordem. Respirou fundo ao ouvir o som de passos metálicos se aproximar. Andou em direção aos robôs e passou a lutar com eles, enquanto Dinner o acompanhava com o arco na mão. A aljava, vazia há algum tempo, jazia em algum lugar no espaço onde a batalha acontecia. Enquanto Dinner usava seu arco como uma cimitarra, Goten abria a carcaça das máquinas com a mão e tirava suas entranhas eletrônicas. Não podia usar seus poderes para não chamar ainda mais a atenção da vizinhança onde estavam.

Carcaças voavam, criando amontoados de entulho em uma luta sem fim.

Ao fundo, o som de explosões terminou por acordar o bairro suburbano onde se encontravam…

###

Pan achava aquilo tudo exagerado demais. Bombas, explosões e destruição por todos os lados, compondo uma ode ao pandemônio que lhe dava dores de cabeça. Entretanto, o que Pan pensava não importava sequer uma onça à execução do plano, pois toda aquela balbúrdia era proposital.

Sim, proposital.

Mais do que destruir a fábrica dos robôs, o objetivo de seu grupo naquela noite era única e exclusivamente chamar toda a atenção para si, pois o grande ato, a obra-prima da engenharia de revolução estava acontecendo em outro lugar, numa outra base da Patrulha Vermelha e de modo propositalmente mais silencioso. Avistou, ao longe, uma cabeça lilás e a seguiu; seu trabalho por aquela ala da construção estava feito. Enquanto ouvia, ao longe, seus companheiros de invasão vandalizarem o prédio, pensou em parar por um instante e verificar o resultado da incursão. Era…

Pan não tinha um termo correto para descrever o que via, mas eu, como narradora, tenho.

Era distópico.

Paredes tinham buracos e pichações por todos os lados; as máquinas de produção eram apenas peças de sucata. Robôs estavam na mesma situação. Barulhos ensurdecedores, de demolição, de punk rock, de tudo e qualquer coisa, faziam a trilha sonora de aparente grandioso momento. Alguns focos de incêndio eram facilmente identificados e Pan notava que, do lado de fora, a situação era parecida, embora bem mais modesta. Ouviu o apito para cães que Trunks carregara consigo e notou que era hora de bater em retirada. Sua função estava plenamente cumprida.

*~*~*~*

10.4 Formas de resistência – alguém está dentro do lobo

Tudo estava correndo perfeitamente.

Até aquele momento específico onde o comunicador de ChiChi piscava alucinadamente anunciando não só mensagens de voz de Dezessete e Uub, como também a aproximação de diversos guardas e robôs armados à central de software da Patrulha Vermelha.

Bra estava, impossível saber se com sucesso ou não, formatando a programação original de determinados grupos de androides. Enquanto ChiChi desesperadamente tentava fazer com que parasse, Bra apenas respondia: “estou terminando”.

Bips eram ouvidos a todos os momentos, em efeito doppler, nos ouvidos da dona de casa. Os bips das bugigangas de Bra, os bips das mensagens, os bips da aproximação dos corpos— de carne e de metal— em movimento.

Bra sorriu brevemente, entretanto, logo deixou de sorrir quando um bip mais longo chamou sua atenção— estavam na sala ao lado.

O suor começara a descer pelo pescoço da mulher de cabelos negros, que tentava, em vão, fazer com que a jovem cientista parasse o que estava fazendo. Prestou atenção à mensagem automática do aparelho que usava, ponderando duas opções. Podiam esperar e serem pegas, em menor número e desvantagem; e podiam fugir, se ChiChi quebrasse a parede da esquerda.

Respirando fundo, não teve dúvidas.

Tomou impulso e, usando a força do corpo, quebrou a parede. Bra continuou imutável. Murmurando um breve “perdão” de erre carregado, pegou o bastão e golpeou Bra para que ficasse desacordada. Desconectando da maneira que podia os cabos e equipamentos do corpo da jovem, ajeitou-a nas costas como uma mochila e, com dificuldade, pôs-se a correr.

Um último som binário pôde ser ouvido.

Após isso, o mundo fora feito por explosões...









 


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Notas finais do capítulo

o/

Até a próxima, pessoal :D!!!



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