Aku no Okoku (Reino do Mal) escrita por Airi van der Horst


Capítulo 1
Prólogo: Os gêmeos miseráveis


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo, somente um prólogo da história real



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Há vários anos atrás, corria um boato de um reino extremamente corrupto. Todos por lá eram infelizes e não poderiam ir contra sua rainha de apenas 14 anos: Kagamine Rin. Seu irmão gêmeo e servo, Len, era o único amigo que ela tinha, além de obedecer qualquer ordem que lhe fosse dada. Mas reza uma lenda que esse garoto foi à guilhotina no lugar da irmã. Uns dizem que foi proposital, outros porque os crimes eram dele. Mas isso só foi descoberto alguns dias depois da suposta morte de Rin.

–--7 anos atrás---

–Len-kun, está na hora de entrar! - Disse Rin, com sua doce voz, ainda com seus inocentes 7 anos.

–Já vou, estou terminando de fazer uma coisa.

Ela se aproximou de Len, curiosa com o que o irmão fazia, porém, ele apenas escondeu o objeto em seus braços.

–Sai, Rin. Vai estragar a sua surpresa...

–Por que minha surpresa?

–Não se lembra? Seu aniversário se aproxima, sua boba.

–Verdaaaaade!! Mas você não quis dizer nosso aniversário, seu baka? - Ela pôs o rosto emburrado na frente do de seu irmão.

Len ri da cara de sua irmã, que deu um sorriso bobo quando viu seu irmaozão rir.


Mal eles sabiam o que aconteceria com suas vidas, aquelas crianças ingênuas que sempre foram felizes. Alguns minutos depois, uma voz os chama.

–Crianças, hora de jantar, temos um aviso para dar a vocês! - Grita Kamui Gakupo, o mordomo do jovem príncipe e da futura rainha.

–Obaaa!! Ambos correm, gritando em uníssono.

Ao chegar ao grande salão onde o banquete estava feito, Len puxa a cadeira para sua jovem irmã, que se senta com um lindo sorriso e diz:

–Obrigado, Len-kun!

–Não há de que, Rin-chan.

O mordomo chega ao salão, acompanhado da dama de companhia de Rin, Megurine Luka. Se sentam para jantar.

Durante a refeição, Rin deixa escapar um arroto e Len abafa a risada que quer dar. Mas Gakupo o encara e diz:

–Jovem príncipe, deveria ser mais sério nos modos à mesa! Em outras ocasiões isso pode constrangir a moça. - Ele emburra a cara e volta a comer.

–E você também, Rin-sama! Esse tipo de comportamento não é adequado para uma princesa! - Repreende Luka, ao lado da princesa Rin.

–Gommene, Luka-san... - Disse a pequena loira, com lágrimas ameaçando cair.

–Não há porque chorar, princesa... Eu só quero seu bem, para assumir o reino logo, logo. - A dama limpa o rosto da princesa com um lenço ao lado dela.



–Agora vão dormir, meus pequenos. - Gakupo diz, chamando os pequenos no grande salão, onde brincavam com a caixinha de música dada por uma jovem de cabelos verdes que frequentemente visitava sua vila.

–Aaahhh... Mas a gente quer brincar um pouco mais, Gakupo-san!! - Rin reclama, cruzando os braços, com expressões malcriadas.

–Infelizmente, ohime-chan... Não haverá mais "a gente", um aviso será dado. - Uma voz veio do arco atrás de Kamui. Era uma moça que usava maria chiquinha levemente ruivas, que davam espirais, formando um "furacão" ruivo-rosado. Gakupo dá um passo para o lado e diz:

–Esta é Kasane Teto-chan. Ela é uma educadora de servos. Ela veio buscar-lhe, jovem príncipe. - Ele direciona o olhar para o jovem Len.

–O-O que? Eu e Rin iremos nos separar?! - O loiro recua um passo e corre ao abraço de sua irmãzinha, que não entende o que se passa.

–Desculpem-me, mas seus pais deixaram claro antes de partirem que Kagamine Len-kun deveria ir ser treinado para ser um servo de Kagamine Rin-sama. Estamos somente seguindo o último pedido de sua família, crianças. - Luka abraça os gêmeos por trás.

–Por que, Luka-san? Por que nos separar? Quando falta tão pouco para nossos 8 anos! - Rin revida, empurrando o braço que a envolvia.

Luka apenas abaixou a cabeça e seu sorriso sempre resplandecente havia sumido.

–Luka-chan, o que está acontecendo? Você nunca ficou com este rosto antes! - Len diz, com o tom bem entristecido.

–A verdade é que não podem haver irmãos comandando ao mesmo tempo... E as tradições deste reino dizem que se houver um caso de gêmeos, o que veio primeiro deverá se tornar o servo pessoal daquele que assumir o poder. - A morena de cabelos rosados diz, com a face triste coberta pela longa cabeleira.

–Então você quer dizer que eu... Irei servir a Rin? - Len troca olhares com a irmã, que o segura pela manga da roupa que usa.

–Oni-chan... Não quero que você vá embora... Mesmo que você tenha que me servir, não quero me separar de você! - A menina dizia, com lágrimas que não paravam de cair.

–E quanto tempo eu ficaria sem a minha irmã, Gakupo-san? - Len pergunta para o rapaz, ainda pasmo com o que viria a acontecer.

–Basicamente, você, Len-sama, virá comigo e Teto-chan para uma cidade vizinha, onde será treinado como um servo adequado para a princesa Rin. - Ele levantou a cabeça, um pouco decepcionado com o que teria de fazer.

–Eu quero saber quanto tempo! Não porque e onde! - O menino grita, indignado.

–Aproximadamente 10 anos, dependendo do nível do seu aprendizado... - Diz a ruiva, intrometendo-se na convesa deles.

Os gêmeos se espantam com a fala de Teto, que não muda o rosto nem a postura desde que entrou no grande salão. Seu salto indo para cima e para baixo ecoava pelo lugar gigantesco, que agora estava completamente quieto.

–Deixe-me ir, irmão! - Rin abraça o pescoço de Len, imóvel.

–Não posso, Rin... Eu devo ir. 10 anos vão passar rápido, você vai ver. - Ele dá um sorriso consolador e abraça a pequena gêmea, que logo não teria sua metade por um bom tempo.

–Bom, já que concorda... Partiremos amanhã cedo. - Teto diz, com uns livros em mãos.

Algumas horas se passaram, os pequenos estão embalados em sua grande cama. Len está virado para Rin, que dorme tranquilamente, apesar de ainda haver algumas lágrimas correndo sobre seu rosto rosado.

Então ele vira para o lado oposto e tenta fechar os olhos. No instante em que repousa a cabecinha, Rin abre os olhos e encara a cabeleira loira do mais velho, preocupada. Ela estende a pequena mão para o cabelo do irmão, mas evita tocar, recua sua mão e pensa:

–-Será que iremos mudar muito, Len-kun...? Queria não ter que deixar você ir embora... Eu não conseguiria ser a mesma sem você para ajudar a Luka-san, limpar minhas bochechas quando comemos chocolate juntos, ficar jogando água para fora da banheira quando tomamos banho... Eu queria que isso nunca acontecesse... -- Então a futura rainha adormece.

Amanhece. O jovem príncipe está com suas roupas guardadas e seus pertences encaixotados e guardados sobre um armário. Ele está na porta, esperando a carruagem que o levaria para o reino vizinho. Sua irmã está em prantos à sua frente, que tenta cobrir as lágrimas com as mangas da camisola que ainda usava. Ele apenas puxa o braço e beija sua mão.

–Em breve eu volto para te ver. Não precisa ficar angustiada, ohime-sama. - Ele busca algo em sua mochila, porém, ao começar a entregar à Rin, é puxado por Gakupo e Rin, por Luka.

Ele estende o braço e de lá surge uma coroa de flores. A pequena arregala os olhos e estende o braço também, mas a coroa cai no chão. A menina tem o ouvido levado aos lábios de Luka, que balbucia:

–Me desculpe, madame... Mas não poderás sair desta casa por alguns dias.

A menina se assusta com que houve e assiste o irmão ir embora, chorando um pouco também e fazendo um bico malcriado e entra na carruagem, encarando o rosto da irmã.

–LEEEN!! VOU SENTIR SUA FALTA!!- A menina grita, fazendo seu irmão virar o rosto de dentro do transporte e chorar cada vez mais.

–EU VOU VOLTAR, NEE-CHAN!! E EU VOU TE PROTEGER!! É UMA PROMESSA!!

E a carrugem desaparece de vista, após um certo tempo.


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Notas finais do capítulo

Bom, tiveram muitas repetições de "Rin","Len","Princesa","Irmão/Irmã/Irmaozão/Irmãzinha" e "jovem loiro/pequena (o)"... Falta do que colocar para se referir a eles :s