Diferentes Direções (romione) escrita por Nicole Marcon


Capítulo 13
Tristeza, Por Quê Me Invade?


Notas iniciais do capítulo

Agradeço os comentários de:
Geovana Torres: obrigada pela animação e pelo comentário, de verdade ^^
Isadora Weasley Potter: sempre comenta, querida ♥3 obrigada mesmo :)
Gente, os comentários de vocês me motivam e me dão inspiração, eu adoro quando vocês falam o que acharam do que eu escrevi, do que eu criei e moldei, mesmo tendo sido ruim quero que vocês comentem "Não gostei, pode melhorar pá pá pá".
Enfim, obrigada pela leitura e por quem, mesmo não tendo gostado do capítulo, continua acompanhando ♥
BOA LEITURA.



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POV Hermione

Acordei com o som de passos e batidas de panelas e pratos. Levantei-me e coloquei uma roupa quente, pois estava com frio. Comecei a tossir.

Saí do quarto passando a mão direita nos olhos.

– Bom dia, Hermione. Desculpe te acordar... – disse Rony, transferindo um ovo frito da frigideira para seu prato.

– Bom dia, Rony... Cof, cof. Não foi... Não foi nada.

Bocejei e me espreguicei rapidamente.

– Seus pais já saíram?

– Sim, são sete horas. Quer alguma coisa para comer? Posso fazer um omelete de presunto com salsicha.

– Não, obrigada. Como aguenta? – perguntei, sorrindo e desamarrando os cabelos.

Dei uma leve tosse e senti meu nariz escorrer.

– Aguento o quê? – ele pediu, virando um pedaço suculento de bacon na frigideira.

– Acordar sete da manhã pra ir trabalhar umas quatro vezes por semana, principalmente depois de uma vitória no banco imobiliário da madrugada...?

– Ah, isso a gente acostuma... – respondeu o ruivo, rindo. Aquela risada engraçada, acompanhada de um sorriso. – Se quiser voltar a dormir, pode ir lá, vou deixar as chaves em cima da mesa.

– Não, não, estou bem.

Espirrei duas vezes seguidas.

– Saúde – ele disse meio despreocupado e dando atenção ao bacon – Vou fazer um bacon frito com torradas pra você, se não quiser pode levar ou deixa aqui que eu como mais tarde.

– Não precisa, é serio... – falei indo ao banheiro lavar os olhos.

Joguei uma água na cara e me apoiei na pia. Olhei-me no espelho: meu rosto estava marcado pelo travesseiro. Escovei rapidamente os dentes e prendi o cabelo em um coque baixo.

Assuei o nariz e tossi mais uma vez. Afinal, o que havia comigo?

Voltei à cozinha. O cheiro de comida invadiu minhas narinas e logo, sem perceber, eu estava sentada á mesa junto de Rony.

– Por que você não dormiu em casa? – pediu Rony, dando uma garfada no seu bacon. – Quer dizer, fiquei feliz por vir aqui dormir, mas... Entende...

– Já falei, é uma longa história.

Engoli um pedaço da torrada maravilhosa.

– Seu marido não está em casa hoje, por isso? – disse Rony após uma pausa.

– Quase isso. – Me servi de suco de laranja e finalizei o banquete com um bacon no ponto certeiro. – Você cozinha bem, sério mesmo.

Tossi mais uma vez, cobrindo a boca com o braço.

– Não é nada...

– Nada? Está louco? É maravilhoso! Sabe, a comida... O paladar é uma coisa fantástica. Podemos provar de tudo, mas uva e cereja...

–... nunca terão o mesmo sabor, exatamente! Concordo com você, a comida é uma coisa que tem de ser sofisticada e ao mesmo tempo boa. Não têm comparação, é... É...

–... fantástico.

Um minuto de silêncio entre nós, que nos olhamos com brilho nos olhos. É aquela mesma sensação do abraço, o calor de outro corpo se juntando ao seu, emoções dançam e a tristeza se esvai, dando espaço para a alegria e o sorriso; sensação de alegria, leveza e felicidade.

– Fantástico. – repete Rony, mantendo o olhar preso em mim e dando um leve sorriso.

Tossi, quebrando o silêncio.

– Então... – falei – Você vai a pé para o trabalho? Posso te dar uma carona.

– Pode ser, mas não quero atrapalhar o seu caminho...

– Não, não atrapalha.

Levantei-me da cadeira e levei o prato e o copo a pia.

Fui buscar e arrumar meus pertences enquanto Rony recolhia o seu avental e escovava os dentes.

Entramos no meu carro. Dei a partida.

POV Rony

Entrei no carro de Hermione e me sentei no banco do passageiro. Ela deu a partida. Coloquei o cinto e parei por um instante.

Dei uma olhada rápida e não conseguia acreditar.

Era Hermionástico. Hermionezástico. Hermionelândia. Como preferir.

Tinha cheiro de cereja e morango. Por outro momento, tinha cheiro de lavanda e rosas. Já por outro, maçã e café. Tinha cheiro de Hermione, um cheiro inexplicável. Só sentindo para saber.

Achei engraçado o jeito como ela organizava as coisas por lá. Ou talvez achei isso porque acho ela engraçada. Talvez os dois, talvez nenhum.

CDs invadiam os espaços das portas e moedas estavam pousadas em um potinho ao lado do banco dela.

Dois dados azuis dançavam pendurados no espelho enquanto o carro se movia. O rádio tocava um CD que, segundo ela, havia sido comprado após um show de música clássica em um teatro. Tocava uma sinfonia de violinos misturado com piano e baixo. Uma música bonita.

Durante todo o caminho, Hermione ficou tossindo e espirrando. Confesso que fiquei preocupado com a saúde dela.

O que mais me chamou atenção no carro foi um pequeno caderno de anotações abandonado no porta-luvas aberto. O caderno estava gasto e, por isso, as folhas davam volume ao mesmo. Dava-se para se ler algumas palavras, e me pareceu que aquele era um caderno de poesias.

– Você escreve? – pedi, olhando para ela.

– Como assim?

– Escrever tipo, histórias, poesias...

– Não. De onde tirou isso? – ela parecia preocupada e assustada com o que eu disse.

– Pensei.

O resto do caminho se seguiu em silêncio, exceto pelas tossidas de Hermione.

Ela estacionou na frente da cafeteria e eu saí.

– Obrigada pela carona, obrigada mesmo. – falei enquanto desamassava meu avental.

– Não foi nada. – ela olhou pra mim e deu um sorriso melancólico.

Senti por um momento que Hermione estava triste, e tive vontade de reentrar no carro e abraçá-la, mas, antes que meu pensamento pudesse enlouquecer meus sentidos a fazer isso, o carro já havia partido.

Levei alguns minutos para me tocar de que havia chego ao trabalho e que precisava entrar na porta e começar a servir pessoas com comida. Fantástico...

POV Hermione

Cheguei em casa, já sabendo o que me esperava. Imaginei fumaça saindo dos ouvidos de Draco e dei uma risada nasal acompanhada de um sorriso.

Abri a porta e fui entrando devagar.

Uma tossida revelou a minha presença.

Coloquei as chaves sobre a mesa e joguei minhas coisas no sofá. Dei uma profunda respirada e, por fim, me joguei em uma cadeira.

– Hermione, eu não te entendo. Eu não consigo te entender, como é que você faz uma idiotice dessas: você sai na madrugada da noite e deixa um mísero bilhete dizendo que foi dormir em uma amiga. Não sei onde você está, não sei o que está fazendo e não sei por que não dormiu em casa. Me fala agora, onde é que você passou a noite?

– Na Ângela, uma amiga que conheci. Ela era caixa do mercado. – menti de sangue frio. – Não dormi aqui porque estou cansada de dormir no sofá.

Tossi fortemente mais uma vez.

Merece dormir no sofá, mesmo. - exclamou ele, finalizando a conversa.

Sem POV / Narrador

Hermione subiu as escadas tossindo e se aconchegou na cama.

Estava gripada. Não conseguiria visitar sua mãe e sua irmã. Isso a arrasou.

**

"Se eu fosse um garoto

Eu acho que entenderia

Como se sentir por amar uma garota

Eu juro que seria um homem melhor

Eu a escutaria

Porque eu sei como magoa"

If I Were A Boy - Beyoncé


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Notas finais do capítulo

Lembrem-se que não é obrigatório comentar, não estou pressionando vocês a nada, mas também não esperem capítulo legal sem uma animação :)
Boa segunda-feira...