First Year at Hogwarts escrita por Rushuell, Juliana Malfoy


Capítulo 9
Como um maroto




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"Eu juro solenemente não fazer nada de bom"

ROSE JÁ TINHA PEGADO as roupas de Fred II no vestiário da Grifinória antes do café da manhã. Ela foi até a Sala de Artefatos para se arrumar e subiu para a Torre da Grifinória. Ela esperou até que algum aluno entrasse e repetiu a senha. Quando entrou foi cumprimentada por alguns alunos que passavam e subiu direto para os dormitórios. Assim que começou a subir, percebeu que não sabia qual era o quarto de seus primos, mas por sorte enquanto passava viu as iniciais dos primos em uma das portas e entrou.

Apesar o que imaginou, o quarto dos meninos até que era organizado, e a limpeza, provavelmente era feita pelos elfos que trabalhavam no castelo. Rose mexeu com cuidado no baú de Tiago e checou se haviam compartimentos falsos, mas não estava lá. Olhou em baixo do baú, do colchão, da cama, nas gavetas e não conseguiu encontrar.

— Estou perdendo muito tempo nisso. - disse a ruiva irritada. - Accio Mapa do Maroto!

Assim que disse isso a porta se abriu e o mapa voou para sua mão.

— Tiago?! - Rose disse assustada quando viu que o primo acabava de entrar no quarto.

— O que quer com o Mapa, Fred? - perguntou o moreno olhando o mapa que havia acabado de voar de seu bolso nas mãos da ruiva disfarçada.

— Tem uma garota. - respondeu a ruiva. - Preciso do mapa emprestado por um tempo, ok?

Tiago ficou pensativo e antes que ele negasse a ruiva continuou.

— Eu vou cuidar bem dele.

— Sei que vai. - disse Tiago. - Até porque se deixar algo acontecer com ele, te jogo dentro do lago, depois de te mandar para a toca das aranhas.

Rose sorriu e deu um tapinha em Tiago em agradecimento assim que passou por ele para ir embora.

— Ei. - Tiago falou e a ruiva parou na porta. - Resolve o que tiver que resolver com a garota e me devolve logo.

— Pode deixar.

— Achei que estava trabalhando em novos produtos.

— Sim, já vou, só vim pegar isso antes.

— Foi mal cara, sei que estou sendo um péssimo parceiro esse ano e devia estar te ajudando, mas sinto que só vou te atrapalhar mais.

— Relaxa. - Rose disse apressada. - Já estou indo, se precisar sabe onde me encontrar.

Rose desceu as escadas o mais rápido que pôde. Ela tinha apenas alguns poucos minutos para o efeito da poção acabar. Quem é que faz uma poção que só dura uma hora? Pensou a ruiva. Deviam pelo menos fazer uma poção que durasse mais tempo com ingredientes mais fortes. A ruiva começou a sentir seu corpo diminuir e as roupas ficarem mais largas até que finalmente conseguiu entrar na sala de artefatos e sentiu o short de Fred II cair no chão. Ela já havia voltado ao seu corpo original, mas tinha conseguido o Mapa do Maroto.

Rose sorriu com a conquista e colocou novamente suas roupas, escondendo as roupas de Fred II em sua mochila, mais tarde passaria no vestiário para devolver as roupas. A ruiva mal podia acreditar que estava finalmente com o mapa em suas mãos, ela ouviu diversas histórias de seu tio George sobre as travessuras que ele e seu falecido irmão faziam utilizando o mapa.

— Eu juro solenemente não fazer nada de bom. - disse a ruiva e viu as palavras serem escritas. - Se estivesse aqui, Aluado, será que conseguiria me ajudar?

A ruiva passava todas as horas que podia olhando para o mapa, observando a movimentação dos alunos nele e fazendo anotações. Nenhum nome incomum aparecia no mapa e não encontrava nada suspeito no movimento dos alunos. Na verdade, todos, exceto Jason. A Sala de Provas não estava no mapa, mas ela notou que sempre que tinha um horário livre, o corvino passava na enfermaria, na sala do diretor, junto com McGonagall ou na Sala de Provas. Ela achava que Jason só ia para lá aos fins de semana, assim como ela, mas percebeu que ele passava pelo menos duas horas por dia lá dentro e só saía durante a noite.

Um dia ela viu que Jason cruzou com o zelador Balzoni nos corredores, que passou direto. Rose não sabia dizer o motivo, mas isso a deixou preocupada. Ela nunca havia estado na sala da diretora e Jason nunca havia a chamado para conversar com a enfermeira. Rose resolveu que talvez fosse melhor mesmo não contar a Jason sobre o mapa e procurar sozinha quem poderia ter invadido a floresta.

O sábado da visita á Hogsmead finalmente chegou, para a alegria de muitos e tristeza dos primeiranistas e segundanistas. Tiago, Fred II e Roxanne fariam a primeira viagem á Hogsmeade de suas vidas e queriam que a visita fosse memorável.

— Queria ir junto. - disse uma chateada Molly II para Roxanne.

— Você pode ir ano que vem.

— Mas um ano é bastante coisa, como você vai ficar lá sem mim?

— Hmm... Bem? - Roxanne disse e riu com a expressão de incredibilidade sua prima. - Qual é Molly, passei um ano inteiro aqui sem você, vou ficar bem.

— Ok, ok. - Molly II disse se levantando do sofá. - Acho melhor você ir mesmo, assim já vou me acostumando a ficar sem você quando se formar.

— Queria saber como consegue ser tão dramática. - Roxanne disse e respirou fundo. - Você vai ficar bem. Eu vou ficar bem. São apenas algumas horas, e vou trazer algo para você, aí não precisa ficar toda chateada aí, ok?

— É isso. A que ponto cheguei da minha vida, pra ser comprada com doce.

— Tudo bem, se não quiser não vou trazer.

— Roxanne, você é uma péssima amiga. Acho bom trazer muito doce para compensar.

— Você não disse que não era comprada por doce? Há tipo, dois segundos atrás?

— Vamos deixar o passado no passado e focar no futuro? Que, no caso, sou eu triste, mas cheia de doces, não esquece, meu futuro depende de você.

— Por Mérlin! O que fiz para merecer você na minha vida.

— Olha, não sei não, mas deve ter sido algo muito bom, até porque Mollyzinha só tem uma. No caso duas, já que sou Molly II, mas isso não vem ao caso agora.

— Tchau Molly. - disse Roxanne e se virou para sair com seus primos, deixando a ruiva chateada para trás.

Quando estavam caminhando em direção aos portões para serem revistados por Archie Balzoni, zelador e ex-lutador que substituiu Argus Filch, quando saiu para a aposentadoria. McGonagall achou que fosse melhor contratar não apenas alguém que pudesse trazer mais segurança para a escola, mas também incentivasse os alunos a seguirem mais as regras. O que de fato reduziu quase pela metade a quantidade de anuos encrenqueiros.

Na fila para ser revistado, Tiago viu seu irmão andando próximo ao lago, ao lado de seus companheiros de quarto da Sonserina e Lysander, irmão gêmeo do colega de quarto de seu irmão que havia entrado para a Corvinal.

— Tiago esquece seu irmão! - falou Fred atrás do moreno. - Pelo menos agora ok? Eu sei que é difícil, mas deixa para encher seu cobertor de lágrimas quando voltarmos.

— Cala a boca Fred. - Tiago disse e empurrou o primo. - Você é tão inspirador.

— Obrigado, me deve dez galeões. Já que te alegrar ultimamente não está fácil, estou cobrando, pode me pagar em Hogsmeade.

Tiago riu e revirou os olhos, mas sabia que seu primo estava certo e que desde sua briga com o irmão, seu senso de humor havia mudado, quase sumido. Era difícil o moreno encontrar algo que despertasse seu interesse, mas não queria pensar em coisas ruins. Ainda mais quando estava prestes a visitar Hogsmeade pela primeira vez.

Chegando a Hogsmeade, Tiago e Fred II foram para a Dedos de Mel e compraram quase todos os doces da loja.

— Sabe, acho que dava pra vender alguns doces pros mais novos e ganhar uma grana extra. - comentou Tiago e Fred II sorriu.

— É assim que se fala parceiro. - Fred II pegou mais alguns doces para vender e guardou tudo em sua carteira enfeitiçada.

Depois, foram para a filial da loja do pai de Fred. Para se reabastecerem de Kit Mata-Aulas, Marcas negras comestíveis, fogos espontâneos Weasley, orelhas extensíveis, Nuga Sangra-Nariz, pena auto-revisora e vomitilhas. Alguns produtos não eram vendidos em Hogsmeade, mas como Fred II e Tiago haviam pedido a encomenda especial conseguiram encontrar tudo o que queriam. O ruivo colocou todas as sacolas fechadas em sua carteira, assim não teriam problemas com a revista de Balzoni na volta.

Era quase meio do dia quando os dois entraram no Três Vassouras para planejar o que poderiam fazer para aquela ida a Hogsmeade ficar para a história.

— Já sei. - Fred II falou e se levantou da mesa depois de ter bebido a cerveja amanteigada. - Paga lá para mim, você estava me devendo lembra? Depois me encontre na caverna.

Tiago revirou os olhos para o primo, mas pagou a bebida e aproveitou para pegar doses extras para levar para a escola e colocou no recipiente que ele e Fred II haviam criado capaz de manter a bebida na mesma temperatura por até 4 dias. Depois foi encontrar Fred II na caverna, que Sirius Black havia se escondido com Bicuço.

Chegando lá ele encontrou Fred II e Roxanne conversando em voz baixa.

— O que está fazendo aqui?

— Nós vamos participar priminho. Não acharam que iriam ficar com a diversão sozinhos, não é? - Roxanne disse falsamente ofendida.

— Tudo bem, mas vocês querem fazer o favor de me falar o que vamos fazer?

Todos os alunos de Hogwarts estavam animados com a primeira viagem do ano á Hogsmeade, e o lugar que mais atraía estudante era a filial das Gemialidades Weasley, seguido pelo Três Vassouras. O cair da tarde trouxe também medo aos alunos que passavam perto da casa dos gritos, onde se ouvia gritos do que parecia uma menina de 7 anos. Alguns alunos se perguntavam se uma criança havia entrado por engano lá dentro, ou se era algum efeito que a casa possuía.

Em meio aos alunos assustados se encontrava Fred II, Tiago e Roxanne. O trio havia acabado de sair da Dervixes e Bangue, uma loja de instrumentos mágicos e artigos sortidos, localizada perto da caverna, quando começaram a ouvir os gritos.

— Eu vou entrar lá. - Tiago disse e subiu a colina para a casa dos gritos.

— Não Tiago! - Fred II gritou e fez com que todos olhassem para ele. - Você pode até querer morrer, mas eu não vou deixar que se arrisque sozinho.

— Escuta Fred, eu estou indo e não há nada que possa fazer para me impedir.

— AAAAAAAAAAAAAH! SOCORRO! - a voz da menina de dentro da casa interrompeu a discussão dos dois.

— Ok, vou contigo então. - Fred falou e foi atrás do moreno na direção da casa.

— Sério?! Cara é muito perigoso.

— Tiago olhe só para você, acha mesmo que pode ter alguma chance sozinho? Eu vou. Fim. E não há NADA que possa fazer para me impedir.

Tiago assentiu e foi com Fred II ao seu lado correndo para dentro da casa. Assim que cruzaram a porta ouviram mais um grito da menina seguido de uma explosão. Os alunos que observavam do lado de fora começaram a gritar e saíram correndo. Dentro da casa, Tiago, Victorie, Roxanne e Fred II morriam de rir com o susto surpreendente que haviam dado na multidão de alunos.

— Ainda bem que me chamaram, é sempre bom ver algumas pegadinhas de camarote. - disse Victorie recuperando o ar. - Agora se segurem em mim, vamos embora antes que a McGonagall ou outro professor nos veja aqui.

Seus primos obedeceram e se seguraram a loira que aparatou para a caverna. Dentro da caverna os primos se olharam e voltaram a rir.

— Rox, você foi absolutamente incrível, a sua ideia de beber a poção da voz foi brilhante! - Tiago disse satisfeito.

— A atuação de vocês também foi muito boa, eu tive que me segurar demais para não dar risada. - respondeu Roxanne em meio a risos.

— Tá, tá. Todos foram incríveis. - falou Fred que havia parado de rir. - Agora vamos pegar nossas coisas e voltar para a escola.

Assim que saíram da caverna encontraram Harry, Gina e George parados na entrada.

— Mas... O QUE? - Tiago disse atordoado e Fred II jogou uma pedra no pai.

— Foi mal, só para saber se é real.

— Olá meninos. - disse Harry sério. - Vocês têm que aprender que temos amigos por toda Hogsmeade e que podem ouvir tudo o que disserem no meio das ruas ou na Dervixes e Bangue.

— Vocês sabem o que vocês fizeram? - George perguntou fingindo indignação.

— Sim. - respondeu Fred e sorriu. - Acabamos de garantir que os alunos tenham pesadelos até o final do ano letivo.

Tiago, Victorie, Fred II e Roxanne riram, parando assim que viram o olhar fuzilador de Harry e Gina.

— É meninos. Eles têm razão. - George falou contendo a risada. - Vocês não podem fazer isso com esse bando de alunos e saírem impune.

— Como assim? - disse Victorie chocada.

— Bem simples Vic. Vocês erram e devem pagar pelo que fizeram. - Harry começou a explicar. - Antes de vir aqui, tive uma com a McGonagall e contei sobre o que vocês pretendiam fazer.

— Como? - foi a única coisa que Fred II conseguiu falar.

— Simples. - disse George e sorriu mostrando as orelhas extensíveis. - Sei que vocês conhecem bem esse material, não?

Fred II e Tiago se olharam com raiva e apreciação pela iniciativa dos adultos, pelo visto o espirito das pegadinhas ainda existia neles. Até porque se sabiam desde o início e deixaram eles continuarem com o plano, é porque também queriam ver o espetáculo.

— Acho melhor irem agora. Um longo mês de detenção está à espera de vocês. - Gina informou.

— UM MÊS? - os alunos perguntaram indignados.

— Sim, e agradeçam que McGonagall foi generosa, pois pelo transtorno que vocês causaram na mente dessas crianças mereciam o ano inteiro.

Os Weasley e os Potter andaram em direção às carruagens. Harry pediu a Gina para se despedir dos outros, enquanto conversava com Tiago em particular.

—Tiago. - Harry chamou o filho que parou e foi até onde seu pai estava. - Sei que não esperava que seu irmão fosse para a Sonserina, mas quero que saiba que o Chapéu Seletor ia me colocar na Sonserina. Como eu queria muito ir para a Grifinória ele levou meu pedido em consideração.

— É Isso papai! Vamos colocar o Chapéu de novo no Al e falar para ele pedir para ir para a Grifinória. - Tiago falou animado.

— Não meu filho. - Harry falou com calma. - Eu quero dizer que eu poderia ter sido da Sonserina. Se ele foi para lá você deve respeitá-lo, afinal, você conhece seu irmão, acha mesmo que ele é um sonserino arrogante?

— Bom... Desde que ele foi para aquela casa ele mudou muito.

— Ele ainda é seu irmão, Tiago. Talvez tenha percebido coisas que antes não via. Você sempre tentou controlar a vida dele, filho. Só que agora seu irmão está aprendendo a se virar sozinho e não quer mais ficar te obedecendo.

— Mas ele defendeu aquele filhote de doninha! - Tiago disse indignado.

— Por Merlin Tiago! Você parece o Rony! - Harry falou e continuou. - Você gostaria que ele falasse mal de Fred para você?

— Claro que não! O Fred é primo dele.

— Então, entenda isso filho. Se ele é amigo do Malfoy, é porque talvez o garoto não seja tão ruim quanto pensa. Dê uma chance para eles, antes que você acabe perdendo seu irmão. E pense bem nas atitudes que você andou tomando esses meses.

— Ok papai.

— Agora vai, sua detenção começará hoje, não se atrase. Por falar nisso, quando chegar em casa nas férias de Natal vai ficar de castigo.

Tiago bufou antes de se despedir do pai e voltou para as carruagens, para se despedir de sua mãe e de seu tio favorito.

— O que o tio Harry queria? - Fred II perguntou assim que entraram na carruagem.

— Falar sobre o Al, você também acha que eu estou sendo um mau irmão?

— Sei lá Tiago, talvez um pouco.

— E agora uma pergunta preocupante.

— Manda. - disse Fred esfregando as mãos.

— Você me acha parecido com o tio Rony? - Tiago disse abalado.

— Essa é difícil... - Fred II falou e ganhou um empurrão no ombro de Tiago. - Ai! Claro que não Tiago, calma. O tio Rony ainda tem que melhorar muito pra ter um senso de humor igual ao seu.

— Sem contar que só eu consigo ter esse charme maravilhoso que encanta todas as meninas. - disse bagunçando o cabelo.

Quando as carruagens pararam e depois da revista de Balzoni, Tiago foi em direção ao castelo, quando viu que o grupo de amigos no lago havia aumentado. Agora também contava com Molly II, Alice Longbottom, Lucy e Rose, que lia um livro um pouco mais afastada do grupo.

Tiago pensou no que o pai disse e resolveu ir até o grupo, sendo acompanhado por Fred II.

— Eu nem te perguntei. - lembrou Tiago. - Como está indo com a garota?

— Que garota? - perguntou Fred II.

— Aquela que você me disse que precisava do Mapa do Maroto.

— Como assim Tiago, do que está falando? - Fred II estava confuso. - O mapa não está com você?

— Não Fred! - disse o moreno exasperado. - Você me pediu há duas semanas no domingo, não lembra?

— Você está bem Tiago? - perguntou Fred II preocupado. - Estou trabalhando nos produtos para a loja, passei todos os últimos domingos apenas no vestiário, apesar de ter encontrado a Rose nesse dia, ela me disse que queria fazer uma pegadinha com Malfoy e precisava de alguns produtos.

Tiago voltou a andar em direção ao grupo, dessa vez a passos rápidos e furioso. Ele estava disposto a tentar dar uma chance para o irmão.

 – Alvo Severo Potter! - gritou Tiago chegando perto do grupo. - Eu sei o que pegou de mim e quero de volta. Agora!

— Tiago? - Alvo disse confuso. - Do que é que está falando?

— Não se faça de desentendido. - Tiago falava com raiva. - Me devolva o mapa que pegou de mim!

— O que? O... - Alvo estava confuso e se assustou ao entender de qual mapa seu irmão estava falando. - Não está com você?

— Claro que não! - Tiago disse exasperado. - Você roubou de mim! Grande plano, fingir ser o Fred, espero que já tenha usado o bastante porque acho bom me devolver logo.

— Fingir ser o Fred? Tiago, você tá louco? O mapa não está comigo. - Alvo disse e se levantou. - Se quiser pode me revistar.

— Deixe o mapa no meu armário do vestiário até o fim do dia, tenho certeza de que não vai ter problemas com isso.

Tiago disse e foi para a detenção junto com Fred II. A detenção deles foi separada, Fred e Roxanne ficaram com Archie Balzoni para limpar os troféus. Tiago e Victorie tiveram que ajudar Neville Longbottom a limpar as estufas.

Alvo estava preocupado com o sumiço do mapa. E curioso para saber quem havia pego o mapa de seu irmão. Pensou que deveria ser alguém de sua família, já que os outros alunos nem sequer deviam saber sobre a existência desse mapa. Mas o sonserino não havia dito nem mesmo á sua prima sobre o Mapa do Maroto que encontrou no escritório do pai. Ao ser questionado por seus amigos, Alvo apenas disse para que não se preocupassem e que logo Tiago acharia o que estava procurando em seus malões, depois não quis mais tocar no assunto.

— Rose, pode me ajudar com a lição de poções? - perguntou Scorpius para a ruiva que estava sentada em silêncio no canto do Salão Comunal. - Me acompanha até a biblioteca?

— Cla-claro. - disse a ruiva se levantando e pegou o livro, onde escondia o Mapa do Maroto e seguiu o loiro.

Scorpius não quis falar nada enquanto andava pelos corredores a noite com a ruiva que estava agarrada com o livro.

— Nunca a vi carregando um livro dessa forma. - comentou Scorpius de forma casual. - Sabe outra coisa que nunca vi? Alguém passar a tarde inteira vendo a mesma página de um livro.

— Aqui não. - Rose segurou Scorpius pela mão e o levou até a Sala de Artefatos, lançando o feitiço Abaffiato na porta.

— Sei que fui eu que te dei essa ideia, mas tinha que pegar algo logo do Tiago?

— Eu ainda preciso do mapa Scorpius. - assumiu Rose chateada. - Ainda não deu tempo de conseguir o que eu precisava.

— Posso ver?

A ruiva entregou o velho pergaminho ao loiro, falou a frase para o mapa se abrir e deixou Scorpius impressionado.

— Isso é incrível! - disse Scorpius impressionado e sorriu para a ruiva. - Eu sei de uma coisa que pode te ajudar. Tem algum pergaminho por aí?

Rose procurou na sala de artefatos e entregou um outro pergaminho a Scorpius, que colocou os dois mapas no chão, um ao lado do outro e começou a conjurar feitiços. Rose olhava com curiosidade para o que o loiro estava fazendo até que ele acabou e a ruiva pulou ao ver que agora haviam dois mapas.

— Scorpius! Você é incrível! - Rose pulou nos braços de Scorpius para lhe dar um abraço e o loiro caiu para trás, levando Rose junto com ele. - Me desculpa!

— Não fica tão animada. - Scorpius disse rindo e se levantando junto com a ruiva. - Não são dois Mapas, este que criei é apenas um espelho para o mapa original, mas não tem encantamento para a cópia se apagar, então vai ter que tomar cuidado, pois qualquer um poderá ver o mapa.

— Tudo bem. - Rose disse sorrindo. - Muito obrigada por me ajudar e por não contar para ninguém sobre... Você sabe.

— E vou perder a chance de poder falar pra todo mundo que eu pude ajudar Rose Weasley com um feitiço? - Scorpius falou e foi empurrado pela ruiva.

— Por sinal, como sabia esse feitiço? - perguntou a ruiva.

— Também estudei alguns feitiços antes de vir para Hogwarts ruiva. - respondeu Scorpius dando de ombros. - Agora acho melhor a gente devolver o mapa original antes do jantar para ninguém desconfiar.

Rose assentiu e saiu com Scorpius a caminho do vestiário da Grifinória. Ela sorria durante o caminho e estava impressionada com o loiro.

No dia seguinte, Alvo estava a caminho do café da manhã com Scorpius quando foi parado por seu irmão.

— O que foi agora Tiago? - perguntou o irmão mais novo impaciente.

— Fico feliz que tenha tomado a decisão certa. - começou Tiago. - E também quero que você me perdoe por... Você sabe, não deveria ter te apavorado tantas vezes ou mandado você fazer coisas que não queria. E principalmente por não ter te apoiado quando você foi para a Sonserina.

— É... - disse Alvo pensativo. - Não sei bem se apoiado é a palavra que eu usaria, mas é, definitivamente não apoiou.

— Qual é, sempre achei que a Sonserina fosse lugar para comensais e pessoas arrogantes. Quando o Chapéu Seletor te mandou para essa casa senti como se eu tivesse vendo meu irmão receber a marca negra.

— Como você é dramático Tiago, Voldemort já nem existe mais e os comensais já estão todos mortos ou presos.

— Quero que me desculpe por ser tão superficial, eu sei que eu errei. Mas nunca mais me engane de novo para pegar o mapa, ou não darei uma segunda chance.

— Claro Tiago! - Alvo disse abraçando o irmão, achando melhor não falar sobre o mal-entendido do mapa, não queria entrar em outra discussão logo agora. - Eu imaginava uma desculpa pior vinda de você, mas até que se superou maninho.

— Sabe, era para ter uma banda ali do lado, mas eles não vieram. - Tiago falou fingindo decepção.

— Ainda o mesmo Tiago. - Alvo disse e sorriu feliz em ter feito as pazes com o irmão. - Vamos tomar café da manhã?

— Pode ir indo, estou esperando alguém.

— Até mais.

No café da manhã, Alvo sorria mais que o normal, sentindo-se finalmente livre por ter tirado um grande peso de suas costas.

 

Próximo Capítulo:

— Deite-se querido. - Madame Pomfrey disse enquanto encostava a cabeça enfaixada do menino novamente no travesseiro. - Você sofreu uma queda feia, deve descansar.

— Queda? - Scorpius perguntou confuso.


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Notas finais do capítulo

N/A: Oiii meus amores, eu quero pedir para que vocês leiam a fanfic da minha querida Beta, é a primeira fic que ela escreve também e quero muito que vocês leiam - será uma Dramione - ela ainda está editando algumas coisas e passei aqui só para postar o capitulo, no próximo eu mandarei o link da fic. Muitooooo obrigada a todos que estão lendo e quero comentários u.u
Beeeijinhos amo vocês.



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