Emily acorda e percebendo que é domingo, faz um pouco de manha na cama. Quando se levanta, toma o café da manhã e fica estudando Física: A matéria que mais detestava.

Sua mãe, preocupada como sempre, fala para ela aproveitar à tarde para dá uma saída e ir ao cinema. Emily acha uma boa ideia e estuda durante toda a manhã e se arruma para sair à tarde. Ela veste um short jeans, uma blusa roxa e um tênis de tecido preto, no estilo All Star, e sai para o shopping.

Ao chegar lá leva um susto: a fila estva enorme. Mesmo assim ela fica e compra um dos últimos acentos vagos que são numerados. Emily aproveita e compra um saco de pipoca com um enorme refrigerante. Ela podia ser magrinha, mas era super gulosa.

Como está muito cheio, ela não consegue enxergar direito o chão e tropeça. Antes que ela caísse e derrubasse a pipoca toda, um homem a segura a tempo. Quando ela olha para o sujeito para agradecê-lo, tem uma surpresa: era Sebastian.

— Você aqui?

— Vim assistir um filme. Há muito tempo que não assisto a algum.

— Que seja. Vou indo. Obrigada mais uma vez. – Diz Emily apressando o passo, indo em direção à sala de exibição do filme que vai assistir.

Ela percebe que Sebastian também se dirige a mesma sala e começa a ficar nervosa. “Ele vai assistir ao mesmo filme que eu? Droga. Espero que, pelo menos, o número da cadeira dele não seja do meu lado” pensa ela se dirigindo ao seu acento.

Para sua surpresa, o acento de Sebastian é do seu lado esquerdo.

— Ora, ora. Meu acento é bem do seu lado. Que coincidência.

“Era só o que me faltava” pensa Emily ficando em silêncio enquanto come sua pipoca. O filme é de ação e aventura, acompanhado de um pouco de romance, tendo uma história fascinante.

Ao término da sessão, Sebastian se aproxima de Emily.

— Nós podíamos aproveitar para sair a algum lugar juntos agora. O que você acha?

— Por que eu deveria sair com você agora? Eu mal te conheço.

— Por que eu sou o demônio que salvou sua vida ontem e evitei de você tropeçar e desperdiçar toda a pipoca e refrigerante que acabou de comer. Além disso, a tempos que não venho a terra, e queria ver o que mudou nesse meio tempo que estava distante. Você podiria me mostrar o que mudou por aqui.

— Você pode ter me ajudado, mas não pedi por isso, então não tenho a obrigação de sair com você. Procure outra pessoa.

— Ah,..Mas não seria nada interessante. Você parece saber bastante das tecnologias atuais... - fala ele de modo sorridente.

— Isso é verdade, mas...

— Então, me mostre como o mundo está hoje em dia.

— Não quero e ponto final.

— Então que tal se nós fizermos uma aposta? Nós lutamos. Se eu ganhar, você terá que me mostrar o mundo atual, e se eu perder faço qualquer coisa que me pedir.

— Hum... Feito. – Responde ela apertando a mão dele, firmando assim a aposta.

Os dois se dirigem a um lugar mais apropriado para ocorrer à luta, indo em direção a uma pequena floresta que fica no final da cidade.

Eles estão de frente um para o outro, se entreolhando, e Emily começa a luta. Ela tenta chutar Sebastian com todas as suas força, mas ele consegue se defender com os braços rapidamente. Ele pega sua perna e a gira, jogando Emily um pouco longe.

Como um gato, ela consegue se movimentar no ar e cair de pé, se curvando somente um pouco. Sebastian a ataca mais seriamente e ela se desvia de todos os seus golpes. Emily concentra todo seu poder nas mãos e o joga contra ele, que também consegue se desvencilhar com facilidade.

Sebastian aparece atrás dela, prendendo seus braços para trás.

— Acho que ganhei. – Disse Sebastian sorrindo.

— Não comemore tão cedo. – Disse ela fazendo um rápido movimento, se desvencilhando dele, concentrando mais uma vez seu poder na mão e o socando no rosto.

O soco é tão forte que ele cai a metros de distância dela. Sebastian se senta no chão e fala:

— Uau. Tenho que admitir. Você é bem forte. Se esse soco tivesse acertado um mortal,... Ele estaria morto.

— Acho que isso significa que venci. –Diz ela estendendo a mão para ajudá-lo a levantar.

— Sim, você venceu. – Diz ele segurando a mão dela.

Ele se levanta e seus olhares se cruzam. Emily admira rapidamente os lindos olhos vermelhos dele e olha em outra direção.

— Qual será seu pedido já que me venceu? – Pergunta o demônio.

— Nenhum. Eu posso te acompanhar em passeios para te mostrar o que mudou atualmente.

— Mas você disse que...

— Eu sei muito bem o que disse, mas acabei de perceber que meu pai estava certo a seu respeito.

— Como assim?

— Meu pai também é um demônio. O nome dele é Edgar e ele não é meu pai biológico, antes que você me pergunte. Falei que você me ajudou ontem e ele disse que você não me faria nenhum mal. Mesmo sendo palavras ditas pelo meu pai, continuei desconfiada, mas acabei percebendo que você não estava lutando tão justamente assim. Se lutasse com todas as forças, sei que você teria me vencido.

— Eu te disse que podia confiar em mim. Agora você está errada numa questão: eu lutei justamente sim, só que você é bem forte.

— Isso é o que você pensa. Sou bem fraca e covarde no fundo.

— Então que tal sairmos nesta quarta?

— Quarta não tem nada para eu fazer. Por mim,... tudo bem.

— Até quarta então, Emily. – Disse Sebastian se despedindo.

Quando ele já está bem longe dela, ela pensa melhor e comenta:

— Pera, eu acabei de marcar um encontro? Foi isso mesmo?