Kuroshitsuji - Feitos Um Para O Outro escrita por Dark Tenshii


Capítulo 1
Capítulo 1 - Uma emboscada




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Era uma noite fria, típica de inverno. Uma criança de quatro anos está chorando, ajoelhada diante de dois corpos mortos enquanto a casa atrás dela esta sendo consumida pelas chamas. De repente, a criança vê um vulto preto a sua frente que se transforma num homem, que de imediato lhe estende a mão direita.

— Venha. Vou tirar você daqui.

Sem entender o que estava acontecendo e sem alternativas, a criança segura na mão do homem, que a coloca no colo e a tira daquele lugar sombrio, cheio de lembranças desagradáveis.

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O despertador toca. A menina que estava deitada na cama, acorda com o barulho, pega o relógio e o trava novamente. Ela se despreguiça e rapidamente se levanta. De imediato, toma um banho e coloca o uniforme de seu colégio: Uma saia de pregas xadrez, com diversos tons de azuis, acompanhado de uma blusa branca polo. 

Em seguida, ela vai até a cozinha onde encontra seu pai e sua mãe preparando seu café da manhã.

— Bom dia Emily. Dormiu bem? – Pergunta sua mãe preocupada.

— Bom dia mãe. – Disse ela beijando o rosto da mulher. – Dormi muito bem. Pena que tinha que acordar cedo. Odeio isso.

— Veja pelo lado bom querida: esse é seu último ano no colégio. – Disse seu pai enquanto terminava de preparar suas panquecas.

— Isso você está certo. Finalmente é meu último ano naquele lugar infernal. Com todo respeito, pai.

Ele dá uma breve risada.

— mas será somente seu último ano se você tirar nota boa em Física, senhorita Emily. – Disse a mãe a provocando.

— Não me lembre disso. Só de imaginar me dá dor de cabeça. Vou indo. Tchau mãe, tchau pai. – Disse Emily se despedindo, pegando uma panqueca que seu pai acabara de preparar, saindo rapidamente.

Emily é uma adolescente de 18 anos que está prestes a terminar o Ensino Médio. Ela parece uma pessoa qualquer entre as outras, mas não é.

Emily sofreu a perda de seus pais quando tinha apenas quatro anos de idade, e não se lembrava do motivo do porque eles terem morrido. A única coisa que ela se lembrava era de um homem a ajudando, mas seu rosto não era muito nítido em sua memória. Seus pais atuais, Helena e Edgar, disseram que o homem que supostamente a salvara, entregou ela para que pudessem cuidar.

Emily vivia feliz com seus pais adotivos e não tinha do que reclamar. Além disso, eles não são pessoas comuns,apesar das aparências enganarem. Eles na verdade são imortais. Helena é um anjo enquanto Edgar é um demônio. Eles contaram para a garota que durante séculos viveram se odiando e lutando intensamente, mas de um momento para outro perceberam que se gostavam e decidiram ficar juntos, se distanciando tanto do céu quanto do inferno.

A garota amava a história deles e num ponto os invejava por serem imortais e por se gostarem tanto. Será que ela um dia viveria um amor daqueles? É o que ela pensa quando os apreciava.

Emily chega ao colégio e começa a assistir a todas as aulas. Ela não é nem uma péssima aluna ou tão pouco exemplar. Suas notas estão na média e não possui tantos amigos.

Quando a aula termina, Emily corre para ir a seu lugar predileto: uma casa abandonada, que fica um pouco distante da confusão da cidade no qual ela considerava um tipo de "casa da árvore’’ . Ou melhor, “casa da reflexão”. Ela adora ir para lá quando tem que estudar, pensar em algo ou esvaziar sua mente.

Dessa vez, ela desejava esvaziar sua mente, pois algo estranho lhe perturbava atualmente: ela quer saber quem foi à pessoa que a salvou no dia em que sua casa estava em chamas e seus pais morreram.

Ela segura seu cordão que é a única lembrança que possui de sua família, e tenta esquecer sobre esse assunto.

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Enquanto isso, em um lugar desconhecido, o vulto negro também estava pensativo. Ele está sentado em uma cadeira,enquanto admira a imagem que está a sua frente: um reflexo do mundo real refletido por uma espécie de espelho. O reflexo mostra Emily sentada em um canto de uma casa, segurando um cordão.

O vulto a admira e percebe que ela não parece muito bem. Isso o deixava extremamente preocupado.

Esse vulto na verdade é o demônio que salvou Emily de um incêndio. Desde que resgatara a garota, ele acabou tomando simpatia por ela e começou a vigiá-la. Ele quer se aproximar dela, mas sabe que isso não é o certo. Além disso, como ele poderia fazer essa aproximação?

Ele toca na imagem refletida no espelho tentando de alguma forma amenizar o que a garota estava sentindo, e a imagem de imediato desaparece.

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Já era tarde da noite. Dois homens estão do lado de fora da casa abandonada, de forma discreta, esperando Emily sair do local para poder pegá-la.

— Porque essa menina está demorando tanto?

— Eu não sei. Ela geralmente sai daqui essa hora. Também estou achando estranho.

— Precisamos pegá-la logo.

— Eu sei Richard, mas cala a boca. Você me irrita. Vamos esperar mais um pouco. Se ela não sair hoje dessa casa, amanhã a capturamos.

— Droga de casa com barreira protetora. – Comentou frustrado o outro homem.

A casa possui uma barreira protetora que foi colocada pelos seus pais sem que ela soubesse. Por isso, nenhuma criatura podia entrar sem que Emily deve a permissão.

Enquanto eles esperam, Emily ainda esta dentro da casa. Ela sente uma sensação estranha e algo lhe dizia que não era uma boa ideia sair daquele lugar sozinha durante a noite.

Como ela tem comida estocada que as vezes levava,e uma cama naquele lugar, ela decide permanecer por lá. Emily avisa a seus pais pelo celular, come um pacote de biscoito e vai dormir. Percebendo que é inútil permanecer ali, esperando, os dois sujeitos acabam indo embora.


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