–O Cato não mora mais aqui.-Diz Jessica.

–O que?

–Ele queria ter mais liberdade então demos um apartamento para ele.

–Ah bom...Qual é o endereço?

Jessica me dá o endereço.Sigo meu caminho até o apartamento de Cato.

Quando chego aviso ao porteiro.Ele me deixa entrar.

Em frente a porta de seu apartamento respiro fundo.

Bato com minha mão na porta.

Ele logo abre.Quando me vê seu sorriso desaparece.

–Achei que havia morrido.-Diz Cato sério.

–Cato me desculpa por não ter retornado sua ligação e nunca mais ter falado com você.È que algumas coisas ruins aconteceram.Por favor me perdoa?-Lágrimas escorrem de meu rosto.

Abraço Cato.Encosto minha cabeça em seu peito.Deixo que as lágrimas escorram.Ele me abraça forte,mas sem me machucar.Depois encosta sua cabeça na minha.

–Entra aqui e a gente pode conversar.-Diz Cato.

Entro em seu apartamente.È muito chique.Deve ter custado uma fortuna.Tem 2 andares.

Sento com ele no sofá.

–O que aconteceu?-Pergunta Cato.

–Marvel terminou comigo.-Digo tentando segurar as lágrimas.

–Não precisa segurá-las.

–Não vou perder lágrimas para alguém que não as merece.

–Clove fica calma.-Ele beija minha cabeça.

–Ele tá namorando com a Glimmer.-Digo.

Cato me olha com espanto.

–Ele é um idiota.-Digo.

–Ele é um idiota por te perder Clove.Se eu tivesse você nunca ia deixá-la escapar tão facilmente.

Abraço ele.Cato tem sido um amigão pra mim.Ele tem me dado mais atenção do que meus próprios pais.

–Posso dormir aqui hoje?-Pergunto.

Ok,é estranho dormir na casa dele.Mas como eu ia aguentar ficar perto da Glimmer e do Marvel se agarrando e meu pai com aquelas piadas mais minha mãe com lamentações que não me confortam nem um pouco?

–Claro.-Diz Cato animado.

Eu e ele vamos até o meu carro,que na verdade é do meu pai,mas ele não vai precisar do carro.E ele tem o da mamãe.

–Seus pais não vão querer saber onde você está?-Pergunta Cato.

–Ele estão mais preocupados com o namorado ''decente'' da Glimmer.

–Que nem é tão decente assim.

Ele carrega as malas para seu apartamento.

–E então o que podemos fazer?-Pergunta Cato.

–Podemos ver filmes de romance,eu fazia isso com eu tava com o...

–Não quero fazer uma coisa que você fez com ele.Podemos fazer algo original.Tipo...cozinhar!

–Cozinhar?

–È!Podemos cozinhar brigadeiro.

–Brigadeiro?

–De um jeito diferente.Assim ó:primeiro apostamos uma corrida de quem faz brigadeiros mais rápido,depois um tem que jogar o brigadeiro na boca do outro.

–Que louco.Onde você fez isso?

–Quando eu era criança minha mãe brincava disso comigo.

–Queria que minha mãe fizesse isso...

–Chega de lamentações,vamos preparar apenas o que tiver que ser no fogão,depois pra fazer as bolinhas a gente aposta corrida.

–Ta.

Preparamos o brigadeiro no fogão.Depois apostamos a corrida.Adivinha quem vence?Cato,né?Pra falar a verdade nunca fiz brigadeiro...

–Clove você nunca fez brigadeiro?-Pergunta Cato.

–Não...

–Que comida você sabe fazer?

–Leite com nescau.

Nós dois caimos na gargalhada.Eu sei sou bem inútil e admito isso.Cato sabe mais do que eu.

–Agora temos que acertar um na boca do outro.Você começa.-Diz Cato.

Miro bem direito em sua boca.

–Uau que mira Clove linda.-Diz Cato.

Quando ele diz aquilo paraliso.O apelido...Clove linda.Marvel me chamava daquilo.Cato queria ser legal,mas piorou as coisas.

–Ai Clove me desculpa.-Diz Cato me abraçando.

–Não ta tudo bem.-Digo.

–Vou te dar um novo apelido...Pequena.

–Por que?

–Porque você é baixinha.

–Ai seu tapado!

–O tapado que você ama.

–Quem disse que eu te amo?

–Pequena você não vê o jeito que me olha.

Corei.Será que olho para ele muito ridicula?

–Eu te amo como amiga,não estou apaixonada por você.-Digo.

–Eu to por você.Caidinho!E eu acho que sente o mesmo por mim.

–Veremos.-Digo.

Voltamos a nos atirar brigadeiro.A mira de Cato era boa,mas a minha era melhor.

–Agora eu vou ficar me mexendo e você tenta acertar.-Diz Cato.

–Ta.-Digo.

Acertei todas.Nunca tinha reparado na minha habilidade em acertar brigadeiros na boca de pessoas.

Quando os brigadeiros acabaram já era tarde.Decidimos pedir uma pizza.

Conversamos até tarde.Infelizmente comecei a ficar com sono.

–Clove você pode dormir na minha cama e eu durmo no sofá.-Diz Cato.

–Eu durmo no sofá.Não é justo,é a sua cama.-Digo.

–Para de palhaçada.Só se tiver nojo de dormir na minha cama.

–Eu não tenho.

–Então dorme bonitinha e não reclama.

Fiquei rindo dele.E também gostava de vê-lo sorrir.

–Boa noite Cato.-Digo.

–Boa noite Pequena.

Caimos no sono.

POV CATO

A Clove era incrível.Eu estava completamente apaixonado por ela.Eu tenho certeza que ela também está,só acho que ela não quer admitir.Eu mesmo conquistaria ela,mas acho que não é um bom momento.Vou fazer papel só de melhor amigo.

Começo a ouvir Clove gritar.Ela deve estar com pesadelos.

Subo as escadas e vou para o quarto dela(meu).

–Clove ta tudo bem?-Pergunto.

–Eu to com medo Cato.Fica aqui.-Manda Clove.

–Clove...

–Cato fica.Fica aqui comigo.

Deito ao seu lado.Me abraço nela.Ela finalmente se acalma.