I Want To Break Free escrita por Dhampir


Capítulo 9
Capítulo 8 - Turnê


Notas iniciais do capítulo

Sou péssima com nome de capítulos OAISAPSIPASIOAPSOI *chora* Com notas de capítulo também *chora mais* ç-ç



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A bola caiu3 pontos... Faltando 10 segundos pro jogo terminar. Castiel ficou embasbacado no meio da quadra. Dei um tapinha em suas costas e disse em seu ouvido:
- Não foi hoje ruivo… - Fui para onde estavam os outros, que pareciam bem divertidos, Castiel realmente odiava perder. 
Enquanto eu andava ele arremessou a bola com força bem nas minhas costas.
- Tua sorte não vai durar pra sempre, novato!
- Quem disse que foi sorte? – Gritei de volta, mandando um beijinho em seguida.
Fomos para o restaurante do Hotel - Minhas costas doíam da bolada. Aquele ruivo era o ser mais estúpido que eu conhecia... - Acabei pedindo um talharim ao molho delícia e vinho. Comemos enquanto conversávamos. Leigh era bem legal, diferente da imagem de esnobe que eu tinha dele. Nath era um fofo. Lys também, apesar de ser meio farrista, por influência do Castiel, óbvio, mas só por isso. E Castiel era o imbecil que eu achava mesmo...
- Nosso pequeno Nath foi laçado pelos estratagemas do amor? É isso? – disse com voz zombeteira, Castiel.
- Ela é incrível, cara. - Nath sorriu. 
- Você namora a distância! 
- E daí? Você nunca gostou de ninguém, não sabe como é. 
- Ainda bem! Imagina ficar de "nhe nhe nhem" com uma menina há quilômetros daqui? Ainda mais com essas outras todas à solta! 
- Eu não preciso disso Castiel. E você devia ter mais consciência do que faz. – Continuou Nathaniel mais sério.
- Mas elas precisam de nós. Precisam de nossos corpos. – Deu um beijinho no próprio ombro e sorriu de canto.
- Você é a personificação do narcisismo. – Pensei... Alto o bastante pra Castiel rebater.
- Pelo menos eu pego alguém. Fica nesse mimimi, faz quanto tempo que você não sabe o que é uma boca? Vou dizer boca, porque é o máximo que você deve conhecer, né?
- Você é tão solitário… Deve ter sido muito rejeitado… E agora faz isso pra compensar sua carência e elevar seu ego. - Reproduzi uma voz piedosa.
- O que? – Castiel levantou-se, ficando na minha frente, de punhos cerrados. Levantei-me também. Ficamos nos encarando like a luta de vale tudo. 
- Tá bom! Parem com isso. Estamos aqui pra nos divertir. – interferiu Leigh, levantando e nos empurrando pra nossas respectivas cadeiras.
- Falando em diversão… Você perdeu uma aposta pra mim.
- Ah, o que você vai querer? – disse contrariado.
- Não se preocupe, no momento certo eu digo...
- Olha, você não vai fazer nenhuma proposta esquisita não, né? Eu não faço essas coisas…
- Relaxa. – Respondi entornando meu vinho e pensando "Me aguarde Castiel. Me aguarde…"
- Vamos pra piscina? Faz tempo que não vejo a luz do Sol… - Nath, provavelmente tentando quebrar o clima estranho que havia ficado. O ruivo prontificou-se, mas Lys não pareceu gostar muito:
- Ah, não sei… Cloro deixa meu cabelo verde. 
- Que frescura… Mas você não acha que vamos pra nadar, acha? - Nathaniel lançou um olhar a Castiel.
- Digo… EU. O Senhor Casado vai pra nadar. – Revirou os olhos. - Você vai Leigh? 
- Tenho que resolver algumas coisas com Faraizer...
Antes de descobrir que Leigh tinha uma loja e era sócio de Faraizer na banda e na loja, confesso que achei que eles tinham uma espécie de caso. Não que uma coisa descarte a outra, mas preferia não imaginar nenhuma cena Yaoi, até porque Leigh às vezes povoava minha imaginação fértil e carente… Preferia pensar “quem sabe um dia...” do que imaginar coisas com Faraizer no meio.
- E você, novato? – O platinado dirigiu-se a mim. E é… o “apelidinho” que Castiel me deu tinha pegado.
- Não… Não curto piscina.
- Você gosta de que? Você é estranho… Não vejo se divertir nunca.
- Eu gosto de música. E eu estou me divertindo, acredite... – respondi, lembrando-me dos fins de semana em Littleville.

Passou-se mais uma semana e meia até eu nem saber mais quem era Catrinn. Minha mãe já estava mais calma, e até pensando em mandar a bendita emancipação. Com o fim da turnê em três dias eu imaginava pra onde iria no fim. Não podia voltar a minha casa, nem queria… Falei com Diamantine sobre isso, ela disse que os meninos voltariam para a cidade deles, Westown. Sim, ela sabia mais sobre eles do que eu, devido a sua “relação” com Nathaniel. E me disse que iria pra lá também. Ficaria em um apartamento da Tia, seus pais nem protestaram, afinal a tia dela, mãe de Charlotte tinha grana... Muita grana. E ficou super feliz com a ideia de “uma boa amiga para Charlotte”. Ia passar um semestre lá, com a desculpa de que o estudo na Sweet Amoris era superior ao do Mister Chair School, o que não deixava de ser verdade. Iria pra lá em duas semanas, quando as aulas começassem. Disse que eu poderia morar com ela, que pediria a minha mãe e que poderia providenciar tudo. Diamantine estava cem vezes mais empolgada com a ideia do que eu.

Westown não era bem meu ideal de lugar incrível pra morar, não que eu conhecesse, mas pelo que ela falava do tempo que morou lá, mesmo que há anos, não parecia nada mais que uma Littleville com, provavelmente, internet melhor e TV à cabo. Mesmo assim, assenti. 
Minha mãe ligou três horas depois - chorando - dizendo que ia mandar os papéis necessários. E que a tia de Diamantine havia concordado em ser minha tutora. Não... Ela não ia me emancipar. 
No final ia dar no mesmo, eu ia estar longe de casa e a tal tia, a Senhora Charlie, parecia ser do tipo de perua que cuida mais das unhas do que dos filhos, imagine da sobrinha e da… Seja lá o que eu fosse dela agora.
Pouco depois me ocorreu a ideia que eu ia ter que “ser um menino”. Se apresentasse os documentos do meu irmão seria presa, extraditada e queimada em praça pública. E não seria muito fácil manter a farsa na escola. Um desespero me tomou.
- Tá me ouvindo? – Era Faraizer, que parecia estar falando comigo há muito tempo. Os meninos olhavam pra mim.
- Oi? O que disse? 
- Estava falando sobre o fim da turnê, e sobre você. Pra onde vai? Bem, de preferência você deve ir pra Westown conosco.
- Sim, sim. Já providenciei isso. Vou morar com… - lembrei que Nath conhecia Diamantine, e se me visse com ela poderia juntar as peças – uma velha amiga.
- Qual o nome dela? Talvez a gente conheça... – disse Leigh.
Hesitei. Não podia dizer a verdade… Já que minha “existência” era uma mentira por si só. Agora eu tinha só uma identidade falsa e um grande problema.


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