I Want To Break Free escrita por Dhampir


Capítulo 3
Capítulo 2 - O Começo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/287144/chapter/3

- Aaaaaaaaaah vai, por favor. - De jeito nenhum! Ele não vai largar do meu pé. Você sabe como o Ken é bom em cobrar favores!- Ah, ele vai no máximo grudar em você por uma semana, só isso! E o Ken é um doce de pessoa.- Ele é tão doce que me deixa diabética… - falei revirando os olhos.- Por favooooooooooooor! Eu te empresto… Não, não… Eu te DOU meu vinil dos Beatles.- Hmm… - Reconsiderei afinal The Beatles merecem sacrifícios… - É um caso a se pensar...O show correu, eles eram bons, mas sem dúvidas, o baixo fazia muita falta… Em algumas músicas o moreno trocava da guitarra base pro baixo, mas em outras não se podia deixar só o guitarrista solo. No fim do show eles anunciaram o tal concurso. Foi o vocalista, lord lindo, quem falou:- Aeee galera! Como vocês sabem, a gente tá aqui por causa do concurso, vamos escolher um baixista pelo país. Faltam só cinco cidades pra irmos, então se alguém aqui manda bem no baixo – Tive um clique. Podia ser minha chance… Ninguém da cidade tocava tão bem quanto eu, modéstia a parte... – E quer participar, amanhã a gente vai estar aqui no Called de nove ao meio dia fazendo os testes!     Fiquei muito, muito empolgada, passava mentalmente as músicas que tocava melhor, pensando em qual ia tocar. Quando vi o ruivo cochichando algo pro de cabelos brancos.- Ah, lembrando pessoal. Só pros garotos.Oi? Como assim? Eles não podiam fazer isso comigo! Fiquei remoendo minha raiva mais um pouco, até que Diamantine me despertou do “transe”.- Ae, vamos lá?- Que? - No camarim! – E me deu um tapinha na cabeça. – Tá hipnotizada Dham? Eles são lindos e tudo de bom, mas… - Mal ouvi o que ela disse. Estava pensando em como persuadi-los. Eles iam ter que trocar essa regra idiota.Ela me arrastou pra onde Ken estava, ele quem cuidava das coisas pelo Called. - Kentin…- Dhaaaaampir! - O baixinho falou, quase emocionado.- Precisamos de um favorzinho… - Disse Diamantine dando um sorriso "a la coringa". - Ah, tudo que minha Dhampir quiser. Ergui uma sobrancelha, às vezes o “amor” de Ken me assustava.- A gente podia ir aos camarins? – Perguntei sem muito interesse.- Ah, claro! Podem ir lá com isso aqui. É meu passe.- Passe? Todo mundo aqui não te conhece? Porque precisa de um "passe"? - Ah, tem um segurança lá dentro, na porta do camarim, é segurança da banda. E o produtor deles também achou mais seguro o pessoal da casa ter um. Pegamos o tal passe. Passar por Dajan foi fácil, mas quando fomos entrar no camarim o segurança da banda nos segurou pelo braço.- Quem são vocês?- Trabalhamos aqui, nós temos um passe.- Um passe?- Sim! – Diamantine mostrou o “crachá”.- Tudo bem então. Ele abriu a porta que dava em outro corredor, mas quando fui entrando ele me segurou novamente:- Um passe. Uma pessoa.Fiquei boquiaberta. - M-mas, eu to com ela. Eu trabalho aqui também. – seria minha oportunidade de persuadi-los a mudar as regras.- Se trabalha me mostre seu passe e eu libero a entrada.Como resposta, grunhi e saí de lá. Fiquei conversando com Dajan na porta enquanto Diamantine não chegava pra eu pegar o passe.Ela demorou cerca de vinte minutos. Quando saiu, quase desmaiando de emoção, peguei o passe e entrei. Mostrei-o pro segurança com cara de "OlhaQuemMandaAgoraOtário" e ele simplesmente disse:- O horário de visita acabou.- Oi? - Eles já devem ter saído do bar.- Pois deixa eu verificar isso lá dentro. Eu tenho o passe. Você não pode me barrar!Ele pegou o passe, olhou pra minha cara e disse:- seu nome é Jorge Kentin?- Sim. Eu sou… um transexual, mas não consegui mudar de nome. As coisas por aqui são muito lentas. – Pisquei.- Vaza. - Nossa… aquele segurança REALMENTE não tinha ido com minha cara.
Tomei o passe das mãos dele e saí pisando duro. Que ódio. Quem ele pensa que é? Fazer isso comigo! COMIGO!Saí transtornada. Preferia levar uma facada a um não. E quando digo isso é porque já levei uma facada… Mas isso é outra história. Saímos do bar e fomos pra praça, eram umas duas horas da manhã, a cidade estava bem escura, iluminada apenas pelos postes de luz fraca. Parecia uma cidade fantasma. Os mais novos continuariam no Called até umas 4 da manhã, a hora que fechava e os mais velhos já estavam dormindo há muito tempo. Sentamos de frente pra fonte, em uma das mesinhas.- Porque você demorou tanto?- Eu não demorei.  - Demorou sim!- Não passei nem vinte minutos. Você disse que não queria entrar mesmo.- Mas você ouviu o que eles disseram?- Lá dentro? Sim, claro, eu estav…- Não! No palco. Do concurso. Eles querem um baixista.- Sim, eu te digo isso desde as 8 da manhã.- Você não disse que era um baixista.- Se qualquer forma tem que ser homem.Estávamos nessa quando ouvimos uma voz por trás de nós:- Vocês conhecem algum baixista?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!