Suzanna E Anabella E A Pedra De Raios escrita por Sophia M, Izabella


Capítulo 2
Descobrimos quem realmente somos (Suzanna)


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é bem mais longo, mas espero que gostem.



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Eu estava meio inconsciente quando acordei, olhei para os lados, onde é que eu
estava? 
	– Será que elas são as garotas da profecia? - Ouvi uma garota falar.
	– Acho que sim, estavam na praia certo?
	– Sim, elas estavam.
	– Ela acordou. - Quando uma das garotas disse isso meu coração quase pulou 
para fora da boca e eu ouvi um gemido vindo do lado da cortina que tinha do 
meu lado direito. Quando eu fui olhar, era Anabella acordando.
	– Anabella!
	– Suzanna! Que bom que você ta bem! - Abracei ela.
	– Não podemos falar que somos de bruxas, por enquanto... não se sabe o que o
 ministério pode fazer se quebrarmos as regras...
	– Pois é, ah, toma sua varinha, você deixou ela cair quando a benevolente te 
acertou na cabeça, eu a peguei para que os trouxas não desconfiassem. - Peguei 
a varinha e a puz por debaixo da blusa.
	– Obrigada e você sabe onde a gente está? - Perguntei na esperança de que ela
 soubesse.
	– Vocês estão no Acampamento Meio-Sangue. - eu e Anabella as olhamos 
espantadas e depois reconheci a voz como uma das garotas que estavam 
conversando do lado de fora e que era a mesma que estava na praia. - Sou 
Annabeth Chase e está é Rachel Dare.
	– Olá! - Disse Rachel.
	– Oi! - Eu e Anabella respondemos juntas.
	– Vocês querem tomar banho antes de irmos falar com Quíron? Vocês tiveram uma 
noite longa ontem.
	– É melhor, eu sinto como se tivesse areia em mim.
	– Ultima porta a esquerda, vamos buscar uma roupa para vocês trocarem.
No banheiro, aconteceu uma coisa estranha comigo, quando eu abri o chuveiro e 
entrei de baixo da água, era como se eu a água não me molhasse por completo, 
como se ela não quisesse me molhar. Que estranho, e quando eu olhei para o 
chão, ele estava com a areia que tinha no meu cabelo. Fui me olhar no espelho e 
meu cabelo estava limpo, não tinha areia nem na minha franja lateral e nem nas 
mechas roxas que tinha no meu cabelo q era imenso até a altura da bunda, liso 
na raiz e cacheado nas pontas.
	Sai do banheiro e fui falar com Anabella que ja tinha saído também.
	– Você não vai acreditar no que aconteceu comigo no banheiro! - Anabella começou 
a falar entusiasmada. - Eu senti a água como se ela fizesse parte de mim.
	– Eu senti a mesma coisa! 
	– Que estranho, mas será que é porque somos bruxas ou a gente tem algum
parente com afinidade com água?
	– Não sei... Ah, eu acho que elas acham que nós somos as garotas de alguma 
profecia.
	– Porque?
	– Também não sei, mas eu ouvi isso quando eu estava acordando.
	– Hum... - Anabella ficou pensativa. - Annabeth e Rachel deixaram as roupas aqui. 
– Anabella falou me entregando uma blusa laranja com o desenho de um pégaso, 
estava escrito acampamento meio-sangue e um short jeans. Nos trocamos e saímos 
da casa que eu acho que era um tipo de hospital de acampamento.
	Quando saímos, Annabeth nos levou até uma casa grande, tinha 4 andares e era 
pintada de azul. Quando entramos, vimos um senhor e um garoto conversando, o 
senhor tinha olhos castanhos intensos e era metade homem metade cavalo, um 
centauro, o garoto eu não sabia o que era mas ele tinha pernas de ovelha e o 
cabelo castanho encaracolado.
	– Sejam bem-vindas. - disse o centauro. - Meu nome é Quíron.
	– Eu sou Grover. 
	– Obrigada. - agradecemos.
	– Ele é um dos meninos que salvou a gente ontem. - Anabella cochichou no meu 
ouvido.
	– Obrigada por vocês terem nos salvado ontem, meu nome é Suzanna Foy.
	– E eu sou Anabella Davon.
	– Que é isso... Esse é o meu trabalho. - Grover respondeu dando um sorriso de 
satisfação.
	– Bem, vou explicar o que vocês precisam saber a princípio, mas depois vocês irão 
aprender o resto aqui no acampamento. - Quíron começou a explicar. - Primeiramente 
vocês são semideusas. - eu e Anabella dizemos caras confusas. - Filhas de deuses 
que no caso de vocês são gregos. Nesse acampamento vocês aprenderão a se 
defender dos monstros, porque eles farejam os semideuses e tentam matá-los.
	– Por isso nós sátiros somos mandados para traze-los em segurança até o 
acampamento. - Ah, então ele era um sátiro.
	– Você é meio ovelha né? - perguntei.
	– Ovelha não, bode. Pelo menos você não pensou que eu era metade burro. - 
Grover falou dando uma risada e Annabeth também riu.
	– Porque eu pensaria isso?
	– Bem... Percy pensou isso quando viu minha metade bode, ele também estava 
na praia ontem. - Hum, então se eu não o conheço, porque senti como se o 
conhece-se?
	– Nós fazemos parte de alguma profecia? - Anabella perguntou e eu a olhei com 
um olhar repreensivo. Quíron a olhou com cara de interrogação por meio segundo 
mas recompôs a cara no mesmo instante como se nada tivesse o perturbado.
	– Bem, todos podemos fazer parte de alguma profecia em algum momento, mas 
quanto a vocês eu não sei. - ele olhou rapidamente para Annabeth e Rachel e 
depois voltou a olhar para nós. 
	– Annabeth, pode levá-las até o chalé 11? - Annabeth assentiu com a cabeça. - 
Grover, pode acompanha-las?
	– Claro Quíron.
	– Rachel, preciso que fique aqui, preciso de sua ajuda para resolver uns assuntou 
pendentes.
	– Tudo bem. - Rachel respondeu olhando para Annabeth.
	– Vamos. Mas vamos passar no chalé 6 antes de irmos para o chalé 11. - Annabeth 
falou se dirigindo para a porta junto com Grover.
	O acampamento era muito grande, passamos por uma área imensa, tinham várias 
construções, um coliseu e uma área onde tinham varias mesas de pedra perto de 
uma grande fogueira. Chegamos numa área em que havia uns 20 chalés de varias 
cores, formas e tamanhos dispostos em forma de U. 
	Passamos na frente de um chalé rosa que parecia mais uma casa da Barbie em 
tamanho real. As semideusas que estavam na frente do chalé ficaram nos encarando
enquanto nós passávamos.
	– Porque elas estão nos encarando?
	– Porque vocês são novatas... E também por causa do cabelo de vocês. São grandes
é bonitos, o sonho de qualquer filha de Afrodite. - Annabeth nos explicou e Grover 
deu uma risadinha.
	Paramos quando chegamos na frente de um chalé que tinha o número 6.
	– Este é o chalé de Atena. - Annabeth falou contemplando o chalé e abrindo a porta. 
	– Entrem.
	Seguimos ela, tinha alguns filhos de Atena conversando, eles cumprimentaram a 
gente e nós os cumprimentamos de volta.
	– Aqui. - Annabeth mostrou uma parede falsa que estava cheia de armas. - Um 
semideus não é nada sem a sua arma. Podem escolher uma.
	Eu passei os olhos por todas as armas antes de escolher uma. Tinham escudos, 
maças de guerra, espadas, arcos, adagas, lanças, foices e outras armas que eu 
não sabia os nomes. Mas a arma que mais me chamou atenção foi um arco 
recurvo longo cor de bronze ( que era a cor de todas as armas) e tinha escritas em 
grego e o simbolo da triqueta*, eu o peguei e senti como se me completasse e depois ele se transformou 
num anel de broze com detalhes em pedra da lua e o símbolo da triqueta por todo ele e 
com as mesmas escritas.
	– Uau! - Exclamei. - O que significam essas escritas?
	– Deixa eu ver. - Annabeth pegou o anel e leu o que estava escrito em voz alta. - 
Bullseye, significa alvo certeiro e é o nome do seu arco que também vira uma 
espada.
	– Conte a história do arco para ela. - Grover falou.
	– Ok. - Ela falou tentando se lembrar da história. - Esse arco pertenceu a Karen, uma 
semideusa filha de Hermes e com ela o arco tinha a forma de um bracelete. Ela era 
mensageira da Grécia e foi muito importante nas guerras médicas. Foi ela quem 
avisou aos gregos que a Pérsia ia atacar e os gregos tiveram tempo suficiente para 
arrumar um exercito do qual ela fez parte comandando um grupo de estrategistas.
	– Nossa! - Fiquei impressionada com a história do arco.
	– Ele foi forjado por elfos e semideuses, mas depois eu te conto essa história.
	Anabella pegou um escudo que virou um par de luvas, tipo aquelas que os ciclistas 
usam.
	– Esse escudo pertenceu a um guerreiro grego, não sabemos quem, mas o 
encontramos onde ocorreu a guerra do Peloponeso. Essas luvas também podem 
soltar cordas com espinhos que içam você para lugares altos. Vamos, agora vou 
levá-las ao chalé 11.
	– Annabeth, preciso ir, vou a uma reunião do casco-fendido. Pode tomar conta delas 
sozinha? - Grover falou indo até a porta.
	– Claro que sim. - Ela respondeu.
	Chegando no chalé 11, um garoto de uns 17 anos, loiro e de olhos castanho escuro 
abriu a porta.
	– Olá James. - Annabeth o cumprimentou.
	– Olá Annabeth.
	– Estas são Suzanna e Anabella.
	– Prazer em conhece-las.
	– O prazer é nosso. - Falamos juntas. As vezes somos telepáticas um com a outra 
( isso acontece muito).
	– Normais ou indeterminadas? - James perguntou.
	– Indeterminadas.
	– Ãnh? - Eu fiquei confusa.
	– Vocês são indeterminadas porque não sabemos de que deus ou deusa vocês são 
filhas. E Hermes acolhe todos aqueles que precisarem de sua ajuda.
	– Ah.
	– Venham, vamos apresentá-las a seus companheiros de chalé. - James falou 
apontando para que entrássemos.
	– Gente, atenção. - James teve que gritar já que tinham vários campistas conversando 
alto. Que mico pensei, e nunca gostei de ser apresentada. 
	– Estas são Suzanna Foy e Anabella Davon, elas serão suas novas companheiras de 
chalé até descobrirmos de que deus são filhas. - Annabeth terminou de falar, ela 
nos deixou ali e alguns filhos de Hermes vinheram conversar com a gente.

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Depois de conhecer as pessoas do chalé, eu e Anabella fomos passear sozinhas
pelo acampamento para conversar.
	– Porque será que nossas mães não nos contaram isso?
	– Não sei, minha mãe não fala muito sobre o meu pai. - No momento que eu falei 
isso, uma coruja preta de olhos amarelados apareceu e soltou uma carta nas minhas 
mãos. A coruja era da minha mãe e se chamava Skylar. - Ops, acho que são más 
notícias. - Falei encarando a carta e começando a abri-la.
	Quando terminei de tirar o lacre da carta, ela pulou da minha mão e se dobrou até 
ficar com um formato boca.
	– Suzanna Foy e Anabella Davon, no que foi que vocês se meteram? Eu e Elizabeth 
estamos muito preocupadas! - Depois que a voz da minha mãe terminou de falar 
começou a voz da mãe de Anabella. - O que houve para vocês terem que usar magia? 
Vocês estão bem? Nos digam onde vocês estão! - e a carta se queimou.
	– Temos que encontrar Annabeth e pedir um telefone... - Anabella falou pensativa...
	– Sua mãe deve estar com a minha, vamos. - Falei.
	Encontramos Annabeth perto de um lago conversando com um dos garotos que 
vimos na praia.
	– Annabeth, precisamos de um telefone... - Anabella começou a falar.
	– Aqui no acampamento não se pode usar telefone, nem coisas eletrônicas, se 
usarem é como se estivesse avisando os monstros onde vocês estão. - Annabeth 
falou.
	– e como vocês se comunicam? - Perguntei.
	– Por mensagem de Íris. - O garoto respondeu. - Sou Percy Jackson.
	– Eu me lembro de você, estava na praia quando nos ajudaram né?
	– Nós estávamos sim, e Grover também, vocês já o conheceram.
	– Sou Suzanna e esta é Anabella.
	– Como se usa mensagem de Íris? - Anabella perguntou.
	– Primeiro temos que encontrar um arco- íris, mas se não encontrarmos, podemos 
criar um, e depois vocês pegam um dracma, jogam no arco-íris e falam: "Íris, ó 
deusa do arco-íris, mostre-me..." ai vocês falam o nome da pessoa e do local em 
que ela está. - Annabeth explicou.
	– O dracma é uma moeda grega né? - Anabella perguntou curiosa.
	– É sim. - Percy respondeu.
	– Percy, você poderia fazer um arco-íris para facilitar? - Annabeth perguntou olhando 
para os lados vendo se encontrava algum arco-íris mas não viu nenhum.
	– Mas é claro. - Percy pegou um pouco da água do lago e a controlou até aparecer 
um arco-íris, então Annabeth me deu um dracma.
	– Íris, ó deusa do arco-íris, mostre-me Aline Foy na Califórnia. - E joguei o dracma.
Uma imagem começou a se formar na neblina e a minha mãe e a de Anabella 
apareceram nela.
	– Mãe...
	– Filha, está tudo bem com você? - minha mãe falou aliviada ao me ver. - E você 
Anabella? Onde vocês estão?
	– Estamos sim. - Falei.
	– Estamos no acampamento meio-sangue, benevolentes nos atacaram mas Percy, 
Annabeth e Grover nos salvaram. - Anabella falou apontando para Annabeth e 
Percy.
	– Obrigada por salvarem-nas, se tiver algo que possamos fazer... - Elizabeth falou 
com a voz sumindo.
	– Não precisa agradecer, é o nosso trabalho. - Percy falou respeitosamente.
	– Mãe, a senhora sabe quem é meu pai? - Eu e Anabella falamos ao mesmo tempo, 
isso acontece muitas vezes.
	Nossas mães se entreolharam durante longos segundos como se falassem com os 
olhos "Nossa, tão poucos semideuses bruxos existentes e nossas filhas se conheceram 
tão rápido." e depois deram um suspiro.
	– Poseidon. - Quando falaram ao mesmo tempo, elas se entreolharam e olharam para 
nós.
	Eu encarei Anabella, minha mãe, Elizabeth e Percy. Anabella fez o mesmo, Annabeth 
olhou de Percy para nós e Percy nos olhou sorrindo.
	– Somos irmãs? - Falei ao mesmo tempo que Anabella (de novo...) nos entreolhando 
espantadas. - Somos Irmãs! - E nos abraçamos rindo.
	– Agora eu não vou mais ficar tão solitário no chalé de nosso pai. - Percy falou sorrindo.
A imagem começou a sumir e eu ouvi nossa mães dizendo que explicarão as coisas 
melhor depois e que elas iam trazem roupas para nós.
	– Bem... vocês devem mesmo ser as garotas da profecia - Annabeth falou com um 
a cara pensativa. -porque ela é assim:

Filhas do mar são
Dúvida e certeza terão
Aos 15 irão descobrir
De mundos distintos são
Uni-los elas vão
Na praia as encontrarão.

– E nós as encontramos na praia. - Percy continuou.
	– Nós temos 15 anos. - Anabella 
	– E somos filhas de Poseidon. - Terminei.
	– Precisamos falar com Quíron, mas ele está ocupado agora. - Annabeth falou.
	– Vamos, vou mostrar o chalé de Poseidon para vocês. - Percy falou abrindo um largo 
sorriso para nós.
	Quando estávamos chegando no chalé, um ciclope abriu a porta e correu até Percy.
	– Percy! - O ciclope abraçou Percy levantando-o no ar.
	– Olá Tyson! - Percy respondeu. - Agora pode me soltar? - Tyson o colocou no chão 
com o maior cuidado do mundo. - Tyson, estas são nossas irmãs, Anabella e Suzanna. 
– Percy falou apontando para nós.
	Tyson veio até nós e nos abraçou nos levantando do chão também. - Irmanzinhas! 
– e depois nos colocou no chão.
	– Nossa! Nunca pensei que eu pudesse ter um irmão ciclope! É estranho mas... é legal!
– Quando falei isso, todos riram, inclusive eu.

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Notas finais do capítulo

*um símbolo elfico que significa uma eterna corrente de energia.



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