Roses And Demons: Extra escrita por JulianVK


Capítulo 8
Selvageria Assassina




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Qualquer semblante de civilização que uma alma possa ter visto ao passar por Tribuna, Corruptor ou Dominius, assim como a praticidade de seus propósitos, termina ao se adentrar em Gaeratus. Este reino representa o início de um círculo de seis domínios infernais cuja única razão de existência é garantir que as almas humanas sejam condenadas aos sofrimentos mais indescritíveis que se possa imaginar. Como resultado, a grande maioria dos mortos acabando encontrando seu destino final numa destas regiões inóspitas.

Gaeratus existe como uma imensa selva fechada com clima variando entre tropical e temperado, dependendo da região. Assim como em Eolian, não existe qualquer tipo de edificação ou regulamentos. Não, este é o lar de bestas, e criaturas assim só conhecem um tipo de diplomacia: aquela em que se usam garras e presas.

O destino daqueles que chegam ao quinto domínio é brutal. Uma vez dentro da selva, as almas não têm outra escolha senão serem dilaceradas pelos demônios que espreitam, sempre famintos. Justamente por não poderem ser destruídas por completo, a sensação experimentada é ainda mais intensa e excruciante do que a de um humano que fosse devorado por uma fera em Realia. Os mortos não deixam de sentir dor ou agonia nem mesmo depois de terem sido completamente devorados e são expelidos algum tempo depois, retomando suas formas originais apenas para serem estraçalhados por outra besta. Dentro de tal ciclo, a sanidade é lentamente esmigalhada até sobrar apenas uma vítima que se guia somente pelo instinto básico do medo.

Os demônios que vivem em Gaeratus possuem as mais variadas aparências e formas, mas de uma forma geral remetem às feras e monstros que existem em Realia. De fato, existe a crença de que a regente deste reino é responsável pela existência de muitas criaturas estranhas e perigosas que habitam o mundo humano. Mas seus legítimos filhos, contudo, são pavorosamente ainda mais grotescos e assustadores. Cada centímetro de seus corpos foi desenhado para lhes ajudar a caçar, dilacerar, mutilar e matar com a maior eficiência possível.

A regente do domínio é conhecida pelo nome de Visgon, e também como a mais abominável de todas as feras. Trata-se de uma hidra que possui nada menos que doze cabeças e proporções colossais. Suas escamas são de uma tonalidade de verde que beira o negro, e seus olhos vermelhos como o sangue que tanto gosta de ver escorrendo aos borbotões.

Visgon há muito abandonou qualquer interesse no reino mortal e até mesmo em Utopia. Sua existência como aspecto da selvageria a torna profundamente desinteressada nos desígnios e intrigas de outros lordes demoníacos. Enquanto tiver a oportunidade de exercitar sua brutalidade, ela estará satisfeita, algo que implica em certas consequências. Uma delas é o fato de ser vista apenas como uma fera ignorante pela grande maioria dos outros regentes. Apesar disso e devido à segunda consequência, eles demonstram o devido cuidado ao lidar com a hidra, em especial Alexander e Nekrael: Visgon detesta que almas humanas sejam retiradas de Gaeratus. Afinal de contas, quanto mais presas existirem em seu reino, melhor.


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