Hinata deslizou para fora do quarto. Caminhou silenciosamente pelo corredor, encontrando Gaara no meio do caminho. Em silêncio, os dois seguiram para o escritório dele. Ainda era muito cedo, o sol estava despertando. Gaara abriu a porta, dando passagem a ela.

Gaara – Sim, eu enviei a carta. _ Ele disse assim que fechou a porta.

Hinata – Você...? _ Virou de frente pra ele.

Gaara – Comuniquei meu interesse por você, e avisei-o que só agiria se ele aprovasse nossa relação.

Hinata – Interesse p-por mim? _ Ela piscou tentando assimilar.

Gaara – Tanto Konoha quanto Suna já sabem, não podemos simplesmente terminar agora.

Hinata – Terminar?

Gaara – Para todos, nós já temos algo, apenas se oficializou.

Hinata – Oh, kami-sama.

Gaara – Não vou obrigá-la a nada, não era pra ser desse jeito. Pretendia ter seu consentimento antes de anunciar, mas as coisas se complicaram.

Hinata – Eu entendo, aposto que meu pai fez questão de anunciar ao clã e a Konoha o interesse do grande kazekage em mim. _ Suspirou. – Sinto muito.

Gaara – Ele não fez nada que eu não pretendesse fazer, só queria que tivesse aceitado antes.

Hinata – Mas... Somos de vilas diferentes... _ O olhou temerosa. – Terei que ficar aqui?

Gaara – Dentro de três dias. Há uma tempestade rondando o caminho para Konoha, não é seguro que partam.

Hinata – Depois poderei...

Gaara – Sim, eu não a obrigaria a ficar, de qualquer forma.

Hinata – Obrigada. _ Suspira aliviada.

Gaara – Terá permissão para vir a Suna quando quiser. _ Se aproximou. - Como não posso ir até você, gostaria que o fizesse.

Hinata – O que... somos, exatamente? _ Dá um passo para trás.

Gaara – Alguns, como seu pai, nos definem como noivos, outros como namorados. _ Deu de ombros. – Escolha como quer nomear.

Hinata – Não podemos ser noivos... _ Distraiu-se, olhando a própria mão, e não percebeu a nova aproximação dele.

Gaara – Seu pai exigiu que eu fosse a Konoha, me apresentar ao clã e oficializar nosso compromisso.

Hinata – Você vai? _ Ela ergueu o rosto para olhá-lo, encurtando a distância de suas bocas.

Gaara – Vou me programar para ir dentro de três meses, na festa do final do ano.

Finalizando o pequeno espaço, ele fez o que desejara fazer desde que a encontrara. Beijou-a calmo, quase terno. Novamente ela envolveu seu pescoço com os braços, aproximando-se mais dele e exigindo um contato maior. Gaara deslizou uma mão pelas costas dela, fazendo-a se arrepiar. Conteve o suspiro e encerrou o beijo ao ouvir a porta ser aberta.

Kankuro – Gaara você viu...? _ Olhou os dois, que ainda estavam abraçados. – Foi mal, não achei que fosse estar... ocupado, a essa hora da manhã. _ Sorriu. – Bom dia, Hina.

Hinata – Bom dia, Kankuro.

Gaara – Hina? _ Olhou de um a outro.

Hinata – Kankuro freqüenta muito as festas de Konoha, nos tornamos amigos. _ Explicou.

Kankuro – Se você fosse menos anti-social... _ Parou diante do olhar de Gaara. – Não seja ciumento, maninho. Agora ela é minha cunhada. _ Sorriu.

Gaara pôs Hinata a sua frente, guiando-a para fora do escritório, rumo a cozinha, para tomarem o café da manhã. Encontraram Ino, Tenten, Sakura e Neji a mesa. As meninas possuíam sorrisos bobos nos rostos, e Neji uma expressão de fúria contida que fora totalmente ignorada ou não percebida.