Eu mirei no zumbi, engatilhei a arma e me preparei para atirar nele.

– Eu consigo, eu consigo – murmurei.

Acidentalmente Bruna soltou o zumbi, mas segurou com as duas mãos seu rosto para não mordê-la, quando eu iria atirar o zumbi começou a abrir a barriga dela, atirei, mas errei e Bryan correu até a amiga.

– Bruna! Bruna! – ele pegou seu canivete e enfiou na cabeça do zumbi – Bruna, não!

Eu não sabia o que dizer, ele me odiaria para sempre, eu quase que fui a culpada da morte da Bruna.

– Ela está perdendo muito sangue o que vamos fazer? – diz Bryan.

– A culpa foi minha, eu fico aqui e termino com isso...

Ele me interrompe.

– Você não pode, foi um acidente, sempre acontece um acidente, não como esses, mas sempre acontece – disse Bryan.

Os zumbis já estavam a menos de um metro de mim e de Bryan, ele pegou a arma dele e, com um pedido de desculpas, deu um tiro na cabeça de Bruna.

Nós corremos dos zumbis e fomos para o prédio. Quando chegamos, vimos Sam e a mãe abraçadas com a garota que eu conheci.

– Sarah – disse Bryan.

Sarah? O nome da garota que conheci é Sarah?

– Bryan! – chamou feliz, mas logo sua expressão mudou – onde está Bruna?

Bryan começou a chorar e Sam, já que não estava no momento em que Bruna morreu, chorou mais ainda.

– Olha, a culpa foi minha OK? Eu pensei muito antes de agir, sempre devemos fazer isso, mas eu gastei um tempo precioso.

Depois da última palavra, eu me sentei sozinha.

– A culpa não foi sua, não fez de propósito – disse Sarah para mim.

Eu me levantei e olhei para as ruínas da rua, além de estar cheia de zumbi, estava tudo destruído por causa do terremoto.

– Vamos precisar mudar de país, é o único jeito – decide a mãe – e a propósito, qual é o seu nome? – ela pergunta para mim.

– Eu me chamo Bethy.

Nós conversamos e descansamos um pouco antes da viagem, o nome da mãe de Bryan e Sam é Natasha. Sarah estava feliz por rever seus amigos, eu fui a única que ainda não encontrei nenhum conhecido meu, todos dizem que há esperanças para tudo, mas para o apocalipse, bom, não, não há esperanças, se houver, é uma chance de 2%.

– Vamos viajar para os Estados Unidos – argumentou Natasha.

– E por que não para um país mais próximo? – pergunta Bryan.

Eu respondi antes de Natasha.

– Porque tem mais chance dos zumbis estarem também mais próximos e eu acho que esse apocalipse surgiu a partir do terremoto, com certeza deve ter atingido outros países.

Continuamos discutindo sobre o iríamos fazer. Resolvemos viajar para os Estados Unidos e ver como vão ser as coisas lá.

Não é que seja esperança, mas sim, uma probabilidade.