Beauty And The Beast escrita por Maria C Weasley


Capítulo 15
Capítulo 15




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Como sempre depois de me despedir de meu irmão segui até a cabine que costumava compartilhar com Tom em nossas viajem para a escola e como de costume ele já estava lá me esperando. Entretanto por mais que tivéssemos muito que comemorar graças a nossas notas nos NOMs eu ouvira umas notícias nos últimos dias na qual eu tinha quase certeza de que meu namorado estava envolvido, o que não seria uma atitude incomum para ele.

- Minha querida Mirach, meus parabéns pelo seu excelente desempenho. – Ele falou sem se dar ao trabalho de se levantar.

- Digo o mesmo para o senhor, afinal não é comum um bruxo conseguir notas máximas em todos os exames que prestou. – Respondi me sentando ao lado dele que rapidamente passou o braço por sobre o meu ombro.

- Ainda bem que nós sempre admitimos sermos um casal incomum. – Ele murmurou e não pude conter o riso diante da verdade.

Porém quando virei minha cabeça para responder notei algo que Tom jamais usara antes em todos os anos em que eu o conhecia, em seu dedo havia um anel e eu podia jurar ter visto o símbolo da Sonserina nele.

- O que é isso?

- Nada. – Ele me respondeu com simplicidade e arquei as sobrancelhas.

- Nada? Então você possivelmente não soube das últimas notícias. Mas não se preocupe, eu conto para você. – Eu comecei sarcástica. – Um bruxo chamado Morfino Gaunt assassinou três trouxas na semana passada, coincidentemente esse mesmo bruxo era filho de Servolo Gaunt cujo qual se não estou enganada, e sei que não estou, é o seu nome do meio.

- De fato não fiquei sabendo disso, visto que não tenho a mesma fartura de notícias do mundo bruxo como você durante as minhas férias, mas eu também não consigo ver porque eu deveria saber.

- Deixe-me esclarecer, os trouxas mortos, embora essa informação não tenha sido divulgada no Profeta e eu tenha precisado buscá-la através de minhas próprias fontes, curiosamente era todos Riddle, o mais novo inclusive tinha um nome que não me é estranho, Tom Riddle, por acaso já o ouviu?

- O que está insinuando? Nós dois somos pessoas que gostam de objetividade, portanto, faça o favor de me fazer isso e me dizer de uma vez o que a está incomodando.

 - Eu não estava insinuando, achei muita coincidência da primeira vez que soube, mas agora acho que já tenho certeza do que estou dizendo, porque levando em conta o que eu já disse e o fato de o aparente culpado depois de ter confessado o crime só sabia dizer que o pai o mataria por ter perdido o anel. – Falei puxando a mão dele de meu ombro e mostrado o anel que estava no dedo dele. – Isso só me permite concluir que você está envolvido nisso, muito embora eu não queria nem imaginar de que maneira.

- Eu os matei! Era isso que queria ouvir? Posso satisfazer o seu desejo, eu matei toda aquela maldita linhagem trouxa que manchou o meu sangue.

- Não devia ter feito isso, já não lhe basta à morte daquela menina no ano passado pesando em sua consciência? O que você fez é errado e passará o resto da vida com essas ações o perseguindo. É isso que você quer?

- Você se preocupa de mais Mirach, posso lhe garantir que minha alma esta completamente em paz.

- É exatamente isso que me preocupa. – Eu resmunguei. – Eu só quero te ajudar Tom.

- Você já faz isso, querida. – Ele comentou beijando a minha testa.

Permanecemos em silêncio pelo resto da viajem, mas muito embora eu estivesse com um livro ótimo não fui capaz de desfrutá-lo. Meus pensamentos se voltavam para Tom e para o quanto mais de segredos eu seria capaz de suportar.

Alguém sensato teria terminado esse relacionamento a muito tempo, mas toda a minha lógica infalível parecia desaparecer de mim quando o assunto era Tom Riddle, porque embora eu tentasse ser diferente eu ainda era uma mulher e no fundo do meu ser desejava ter uma família. E Tom, mesmo com todos os horríveis defeitos, fora a única pessoa capaz de me aceitar da maneira como eu sou. Isso combinado ao fato de eu simplesmente ter permitido a mim mesma me apaixonar por ele acabava impedindo que eu me afastasse.

A verdade é que eu tinha medo que essas ações acabassem por destruir o meu Tom e talvez por isso mesmo que eu tivesse que permanecer ao lado dele, pois por mais que ele se recusasse a me ouvir eu era, provavelmente, a única pessoa que poderia ao menos tentar mudá-lo.

Na manhã seguinte acordei cedo e fiquei esperando por Eillen para que pudéssemos organizar nossos horários, mas foi preciso quase uma hora para que minha amiga ficasse pronta e eu pudesse seguir com o meu planejamento.

Entretanto quando o chegamos ao Salão Principal não consegui localizar o professor Slughorn em lugar algum o que confusa e frustrada.

- Senhorita Prewet, senhorita Prince, venham aqui, por favor. – Dumbledore falou sobre o coro de vozes no salão.

Com Eillen seguindo em meu encalço avancei até o meu querido professor de Transfiguração.

- Sinto muito por tê-las feito esperar, mas Horácio está indisposto essa manhã e fiquei responsável pelos horários da Sonserina além dos da minha própria casa. – Ele falou sério e com um sorriso acrescentou. – E aparentemente não estou dando conta de manter ambas as funções.

- Não há nenhum problema professo, só espero que o professor Slughorn não tenha nada grave.

- Não creio que esse seja o caso senhorita, me parece apenas que o meu colega exagerou um pouco no banquete de ontem à noite. – Dumbledore confidenciou e ao meu lado Eillen abafou o riso. – Agora aos negócios. Senhorita Prince sinto não poder liberá-la para continuar em Defesa Contra as Artes das Trevas tendo tirado apenas um aceitável, mas o professor Wiston ficará contente em tê-la na aula de feitiços.

- Bem não se pode ter tudo, acho que vou ficar com Feitiços então. – Ela comentou dando de ombros e pegando o horário com Dumbledore.

Minha amiga continuaria cursando Poções, Trasfiguração, Feitiços e Herbologia, basicamente tudo o que constava em sua lista de solicitação.

- Quer que eu lhe espere?

- Pode ir na frente, encontro você daqui a pouco.

- Quanto a você, senhorita Prewet, devo dizer que estou muito orgulhoso com seu resultado na minha matéria.

- Obrigada professor.

- Provavelmente não devia lhe contar isso, mas todos os professores estavam quase brigando para terem você e o senhor Riddle em suas classes. – Ele sussurrou embora eu tenha notado um leve ressentimento quando falou de Tom. – Entretanto a senhorita tem certeza de que quer mesmo continuar com História da Magia?

- Sim professor, talvez não saiba, mas pretendo trabalhar no Ministério quando me formar em Hogwarts e creio que essa matéria possa me ajudar a alcançar meus objetivos.

- Sendo assim, boa sorte e estarei aguardando pela senhorita na minha classe. – Ele comentou me entregando meu horário.

Em um processo incomum, o que não é um fato exatamente nova se tratando de mim, desisti apenas de três matérias do meu currículo original. Trato das Criaturas Mágicas porque já tinha todo o conhecimento que julgava necessário, Herbologia porque nunca fui lá muito fã de plantas e Astronomia porque me lembrava em demasia da minha família. Isso me deixava com um total de sete matérias, quase o dobro da grade da grande maioria dos meus colegas, sendo que somado a isso ainda havia os tempos que eu devia gastar em minhas atividades de monitoria.

Claro que isso consumiria quase todo o meu tempo livre, mas talvez seja melhor assim, pois me obrigará a pensar menos nas loucuras de Tom devido a falta de tempo e a me dedicar mais ao meu objetivo, afinal eu já estou quase lá.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que esse foi mais um capítulo expositivo, mas será necessário para a passagem de tempo que acontecerá logo no próximo, pois em pouco tempo Mira e Tom estarão deixando Hogwarts.



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