Beauty And The Beast escrita por Maria C Weasley


Capítulo 10
Capítulo 10




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Depois de guiarmos os novos alunos até o salão comunal da Sonserina, Tom me levou até
o sétimo andar onde até o momento eu acreditava não haver nada, mas outra vez ele provou que eu estava errada quando uma grande porta abriu na parede. Tom havia descoberto a Sala Precisa.

- Tenho juntado seguidores desde o ano passado e eles devem chegar a qualquer momento então temos que ser rápidos. – Ele soltou enquanto eu ainda me sentava em uma das cadeiras.

- Do que diabos você está falando?

- Todos os grandes líderes da história tiveram seguidores e eu não posso ser diferente deles, não acha?

- E o que lhe garante que eles realmente serão seus leais seguidores e que não acabaram por se voltar contra você? – Perguntei arqueando uma de minhas sobrancelhas.

- O simples fato de tanto eu quanto você sabermos manipular as pessoas melhor do que qualquer um nesse castelo.

- Continuo sem entender qual é a razão para todo esse trabalho, mas como sei que não vai me ouvir mesmo prefiro poupar o meu fôlego. Por favor, continue.

- Por hora precisa apenas saber que eles me conhecem como Lorde Voldemort.

- Saúde.

- Não é uma piada Mirach, esse será o nome pelo qual serei conhecido no mundo bruxo.

- Qual é o problema com o seu nome afinal de contas? Tom é um nome muito bonito se quer saber a minha opinião.

- É um nome comum além de ser o nome nojento daquele meu pai trouxa. Eu detesto esse nome com todas as minhas forças.

- Que pena para você, pois continuarei a chamá-lo dessa maneira. Não existe a menor chance de eu lhe chamar de Vol... Está vendo eu nem consigo pronunciar. – Eu reclamei tentando fazer com que ele entendesse o meu ponto de vista. – Da onde você tirou isso, afinal de contas?

- É um anagrama, Mirach. Tom Servolo Riddle. – Ele comentou enquanto escrevia o seu nome no ar com a ajuda da varinha e com um gesto da mesma fez com que as letras se reorganizassem.  – Eis Lorde Voldemort.

- Isso é o cumulo da infantilidade, pelo amor de Merlin, quanta diferença pode fazer um nome?

- Muita diferença, na verdade você não faz nem ideia de como isso é importante, minha doce Mirach.

Eu pretendia retrucar, mas ouvi a porta se abrindo e achei mais prudente manter minha boca fechada uma vez que a maioria das pessoas não gostava dos meus comentários. Essa se mostrou uma escolha ainda mais adequada quando reparei quem eram os integrantes que formavam o grupo de dez alunos que entravam na sala e por um momento tive vontade de enforcar o Riddle.

Os dez eram homens, o que não me surpreendeu nem um pouco, e pertenciam a Sonserina, embora todos fossem mais velhos do que nós. No meio deles pude reconhecer Abraxas Malfoy e Orion Black, o último em breve se tornaria o cunhado do meu irmão e pelo pouco que prestei atenção nos jantares em família parece que ele está namorando a minha insuportável colega de quarto Walburga.

- Por que não me contou exatamente quem eram os seus preciosos seguidores?- Sussurrei para que apenas Tom pudesse me ouvir.

- Porque eu sabia que você não teria vindo se soubesse. – Ele me respondeu antes de sair rapidamente do meu lado. – É muito bom vê-los novamente, meus caros.

- O que ela esta fazendo aqui, Voldemort? – Orion foi o primeiro a perguntar e eu revirei os olhos, porque exatamente eu não ficara surpresa com essa atitude?

- Estava demorando. – Comentei alto o bastante para que todos me ouvissem.

- Ela está aqui como minha convidada Orion, já que me propus a reunir os mais brilhantes bruxos de uma linhagem pura, eu creio que Mirach se encaixe nessa descrição.

- Mas ela é uma mulher. – Um dos outros voltou a insistir.

Como a paciência nunca foi minha maior virtude retirei minha varinha do bolso e lancei um feitiço não verbal de nível NIEM’s sobre eles, feitiço que eu sabia perfeitamente bem que nenhum dele, com exceção de Tom, seria capaz de combater.

- Ela pode ouvi-los e não os aconselharia a subestimarem minhas habilidades, pois conheço feitiços mais poderosos e perigosos do que todos os senhores juntos. – Falei com uma falsa voz melosa e não pude deixar de notar o sorriso vitorioso de Tom ao meu lado, não sei por que, mas tenho a sensação de que ele contava com a minha atitude precipitada desde o começo.

- Muito bem senhores, agora que suas duvidas foram devidamente respondidas, creio que possamos iniciar a reunião.

A contra gosto eles se sentaram nas cadeiras e Tom iniciou o seu discurso, com aquela voz que daria inveja ao melhor orador do mundo e que seria capaz de enganar homens e montanhas. Infelizmente o meu namorado nunca gostou de usar seus talentos para o bem ou ao menos era o que me parecia nesse momento. Para esclarecer ele falava sobre dominação, sobre um mundo onde apenas os verdadeiros bruxos, aqueles de sangue inteiramente mágico, governariam e devo confessar que me foi preciso muita força de vontade para não azarar Tom imediatamente e ir embora daquele encontro no qual ele me metera.

 As horas pareciam se arrastar, mas finalmente eles pareceram terminar seu debate e um a um eles foram se retirando da sala sobrando por fim apenas nós dois.

- O que você achou? É impressionante como é fácil controlá-los, não acha?

- Eu estou fora Tom, nunca participaria disso e você bem o sabia. Vai contra tudo em que eu acredito.

- Mirach devo pedir que reconsidere, isso pode nos levar longe. Não era isso que você queria?

- Não desse jeito. – Eu argumentei acrescentando em pensamento, não de uma maneira que suje a memória da minha irmã. – Dessa maneira eu não quero.

- É realmente uma pena, embora eu não vá obrigá-la a aceitar minha proposta. Entretanto devo alertá-la de que se alguém souber disso as conseqüências para você serão terríveis.

- Riddle se eu realmente quisesse acabar com você teria contado seu segredo em nosso primeiro ano, por que exatamente você acha que começaria agora?

- Você sabe que eu confio em você, mas não custa nada relembrar. – Ele falou me abraçando e admito que gostei do gesto. – Mas isso não mudará nada entre nós, certo?

- Certo. – Eu respondi com um meio sorriso.

Claro que eu levaria anos para perceber que minhas escolhas nesse dia criariam uma barreira entre Tom e eu, uma barreira que eu jamais teria forças para quebrar.


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