Inoportuno Destino - Dramione escrita por Isabella Borsatto, DramioneFanClub


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

gente não postei ontem pq fui em show do capital inicial do c*ralho. espero que gostem.



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Pilot

Hermione era uma medi-bruxa, mas trabalhava como médica em um hospital trouxa. Sendo dia de plantão da madrugada no pronto-socorro, lá ela estava. Exausta. Dia após dia, os trouxas chegavam à emergência do hospital com acidentes mais estranhos e sangrentos e, ás vezes, ela dava poções á estes não vendo nenhuma alternativa trouxa para salvá-los. Acabara de examinar seu ultimo paciente, um jovem rapaz de 22 anos que sofreu um acidente de carro. Deixou os prontuários na recepção e caminhou para o estacionamento.

 Enquanto retirava o jaleco, tentava achar as chaves do carro dentro da bolsa e segurar seu cabelo - seu prendedor acabara de arrebentar - só percebeu que estava no estacionamento quando, sem querer chutou a lataria de um carro, que teve seu alarme disparado, enquanto balbuciava uma quase-azaração para o dono do mesmo já que o tinha colocado bem na sua frente. Examinava seu pé. Nada grave, só um possível hematoma. Contornou o carro e voltou a andar. Novamente esbarrou em algo, mas dessa vez era maior que ela e muito mais macio que a lataria do carro.

- Uou morena! Cuidado por onde anda. Sabia que acabou de chutar o meu carro? - uma voz grossa -e linda, achou Hermione- falou. A castanha revirou os olhos ao ouvir “morena”. Sabia que já havia ouvido aquela voz com um pequeno toque de arrogância. Subiu o olhar para ter certeza afinal, não podia ser quem ela esperava... Definitivamente o seu dia estava cada vez pior e isso a amedrontava, pois precisava de toda a sorte hoje. Na sua frente, havia um homem de ombros largos, braços fortes, rosto marcado, olhos tempestuosos e um cabelo inconfundivelmente loiro platinado. Ela não estava errada. Sabia perfeitamente quem era o dono da incrível e arrogante voz.

- Malfoy, o que diabos está fazendo aqui? - Não se  conteve. Ela não sabia ser simpática com ele, mesmo que ás vezes tentasse ser ao menos educada.

- Granger, Granger... A sua educação me encanta! – Ironizou. Aquele ego gigante irritava a ela de uma forma que nem ela mesma achava que fosse possível. Somente revirou os olhos e deu as costas para o loiro.

- Hey! –Protestou- Não se dá as costas à-

- ...Um Malfoy- Completou a frase do loiro em voz de falsete- Ah grandes coisas! Cala a boca Draco! –Suspirou- Depois de tanto tempo você ainda me irrita só de chegar perto de mim. – ainda procurava a chave dentro do carro, mas optou por uma maneira mais simples e rápida. Uma maneira bruxa. Pegou sua varinha e conjurou. – Accio chaves! - E em um segundo as chaves saíram do bolso da frente da bolsa e pararam em suas mãos. - Então era aqui que eu havia deixado vocês?! Falava com as chaves, mas ignorava totalmente Draco, que vinha em seus calcanhares.

- Sempre achei que você era maluca. – Hermione estava de costas e só sentiu o quão perto Malfoy estava de si quando sentiu o hálito quente dele em seu pescoço. Espasmos de arrepio surgiam involuntariamente em seu corpo. Draco sorriu ao ver e quis provocá-la mais uma vez. – vejo que não mudou muito sabe-tudo...

Hermione se virou para xingá-lo, mas o loiro já estava distante e rumava á entrada do hospital. Hermione ficou intrigada. Nunca esperou que o visse no mundo trouxa, ainda mais em um hospital e naquele horário? Poxa, eram cinco da manhã, ela estaria dormindo se pudesse, mas tinha coisas mais importantes para se preocupar, por exemplo, o exame que faria dali a algumas horas. Isso mudaria sua vida. Entrou em seu Mustang preto e dirigiu até Westminster. O salário que ganhava era muito bom e assim ela pôde comprar um duplex na cidade de Westminster. Seu prédio fica do lado da Abadia de Westminster e podia ver a Whitehall de sua sacada. Estacionou na frente do prédio e correu para seu elevador privado. Ao chegar em casa, subiu para o segundo andar e foi tomar um banho. Precisava relaxar e se acalmar... Sentia que tudo daria certo.

Depois de um delicioso banho de aproximadamente 40 minutos, resolveu dormir afinal, trabalhou a noite inteira. Programou seu aparelho celular para despertá-la e aninhou-se entre cobertas e travesseiros em sua cama king size.

 ***

Duas horas depois enquanto Hermione estava desligada do mundo em seus sonhos, Draco esperava que a sessão de terapia de sua mãe acabasse. Iria ficar algumas semanas na Suíça resolvendo negócios da Malfoy LTDA. Tinha que se despedir de sua ‘velha’ e, cada vez mais louca, mãe. Uma enfermeira avisou ao loiro que ele poderia ir para o quarto de sua mãe e ele foi pelo tão conhecido caminho. Ao adentrar no quarto, viu sua mãe sentada com toda classe e elegância que ainda lhe restava. Vestia uma roupa de uma grife trouxa e apenas encarava o vazio. Adentrando o quarto, o loiro pigarreou e Narcisa finalmente o olhou.

- Olá Abraxas! Como vai? - lançou lhe seu melhor sorriso. Draco juntou todas as suas esperanças e o resto de sua paciência para respondê-la.

- Olá mamãe. Não sou o vovô Abraxas... Sou eu, seu filho, Draco. - Narcisa ouvia o filho atentamente, mas logo deu uma risadinha.

- Ora Abraxas, pare de gozação, sim? Mas ‘Draco’ é um lindo nome, se um dia eu eventualmente, tiver um filho, talvez coloque o nome dele de Draco...! Se bem que prefiro Carlisle... Adoro os italianos... –Dizia pensativamente-, mas onde está Lucius? Com meu Lorde, imagino. – levou a mão na boca no instante seguinte e vociferou. – Eu não poderia ter falado isso! Bella me mataria se soubesse...

Aquilo foi demais para Draco, ela havia esquecido de que tinha um filho? O loiro não sabia mais o que fazer quando seu celular começou a vibrar no bolso. Retirou-o e viu na tela que se tratava de uma chamada de Scorpius . “Mas que diabos esse menino está me ligando esse horário? Ele está de férias, era pra estar dormindo.” -Pensou.

Oi filho.

Olá papai, como vai a vovó?

Draco controlou o tom de voz para que sua mãe não o ouvisse.

Ruim meu filho, muito ruim... Ela está em um péssimo dia. Um dia que ela ainda não seu casou e não tem filhos...

Lamento papai, mas agradeça a Merlim porque ela nunca tentou beijar-te. – Draco nunca se esqueceria do dia em que sua mãe tentou beijar Scorpius. Ela tinha certeza que o neto era o marido, mas Scorpius foi rápido e fugiu dela. Assim descobriram a Alzheimer de Narcisa.

Eu também lamento, mas me explique o motivo de me ligar a esse horário... Está de férias, não era para estar dormindo?

Queria saber se não poderia passar o dia na casa dos Potter...  Alvo acabou de me ligar. Lilian está dando uma festa na piscina.

Tudo bem, mas volte antes das duas da manhã! Quero me despedir antes de ir para a Suíça e também deixar algumas regras, não quero minha casa destruída quando voltar.

Claro, claro... Escute papai, Lilian chamou os amigos trouxas também e com a lareira rodeada de pessoas eu não posso usar esse meio... Também não tenho idade para aparatar então... Posso pegar um dos carros?

Draco suspirou.

É claro que tinha algo, estava estranhando você me pedindo permissão para sair. Mas garoto, se você arranhar um dos meus carros eu te quebro! E fuja da policia, ainda não pode dirigir. As chaves do Jaguar estão na segunda gaveta da esquerda no escritório, agora vou desligar. Tchau, filho.

Valeu papai.

Draco deu um beijo na testa da mãe e rumou ao parque industrial de Londres, depois da guerra teve que arrumar algo para fazer, já que o ministério deixou claro que nunca mais aceitaria um Malfoy em algum cargo lá dentro, não aceitariam nem mesmo um elfo doméstico da família Malfoy ou Black. Deixou de lado seu sonho de ser um auror e foi viver no mundo trouxa, cursou Administração e, com o resto do dinheiro que restou de sua fortuna, abriu uma empresa de cosméticos. Convidou algumas amigas trouxas da universidade que cursavam química para criar perfumes. Elas criavam as fragrâncias, Pansy desenhava os frascos e ele bancava tudo. Os perfumes eram ótimos, mas não o bastante para competir com tantas outras marcas famosas do mundo trouxa, então Draco mudou a sua estratégia. Ao invés de criar perfumes e maquiagens ele somente produzia, começou a produzir os perfumes de marcas como Chanel, Dior, Nike e fazer as maquiagens da MAC, Mary Kay, entre outros. As fábricas passavam as fórmulas e eles reproduziam. Draco ficou sozinho com essa empresa já que não tinha espaço para as amigas químicas e Pansy, mas, felizmente, Michael Kors contratou-as para que fizerem novas fragrâncias e novos fracos e, claro a indústria de Draco produzia tudo. Amanhã iria a Suíça avaliar um terreno para criar uma nova filial da Malfoy LTDA.

*** 

A raça sangue-puro estava quase extinta. Os Malfoy, os “poderosos Malfoy”, agora eram só dois. Scorpius e seu pai, Draco. Eles moravam em uma bela mansão em uma bairro de luxo de Mayfair. A garagem era cheia de carros caros e luxuosos. LUXO. Isso definia a vida de Draco e Scorpius, Eles tinham um heliporto também. Draco não gostava do trânsito trouxa, e como não podia usar uma vassoura, ele andava para lá e para cá em Londres de helicóptero. Aliás, havia comprado um para Scorpius também, mas só iria para a casa no aniversário do mesmo que seria no próximo mês. Tinham mordomos e empregados trouxas, mas estes sabiam do mundo mágico. Com tanto dinheiro e dois loiros lindos, quentes e solteiros, claro que atraíam muitas vizinhas solitárias.

 Eram dez horas da manhã e Scorpius tomava seu café da manhã no jardim sul, estava terminando o suco quando o telefone de uma das empregadas o chamou para um recado da portaria.

- Senhor Malfoy, a senhorita Storm está na portaria, posso liberar a entrada?

Loureai Storm era uma garota loira com olhos verdes. Ela fica atrás de Scorpius dês de que ele mudou-se. Ela morava a três casas da dele, era mimada, mesquinha, fútil e a voz... Infinitamente irritante. Achava que era a dona de Scorpius e agia como tal e o pior de tudo na opinião do loiro: ela sempre dava um jeito de colocar a melhor amiga do bruxo para baixo. Direta ou indiretamente ela ofendia Nirvana, e Pansy iria deixar Nirvana na mansão Malfoy dali à aproximadamente doze minutos para irem juntos à casa dos Potter.

- Droga de garota, mande avisar que estou de saída.

- Sim senhor.

O empregado falava e Scorpius terminava de tomar seu chá.

- Meu senhor me desculpe, mas o porteiro disse que a senhora Parkison chegou e a senhorita Storm aproveitou-se para entrar com Nirvana. Seria muito embaraçoso barrá-la.

- É claro que seria Mary Anny... Eu me viro, vá recebê-las e as traga aqui.

A empregada saiu e Scorpius condenou até a última geração de Loureai, pegou um pão brioche e passou um pouco de chocolate, de longe pôde ver as duas, os cabelos de Loureai caiam em um liso perfeito até a cintura, roupas de grife, uma saia plissada amarela, uma camisa azul bebê com um casaco preto e  uma sapatilha preta e prata. Nirvana usava uma blusa de alguma banda de rock trouxa, um shorts largo, tênis e os cabelos dourados presos em um coque que estava quase se soltando. Elas andavam a três metros de largura longe da outra, Scorpius estava sentado na lateral da mesa e, ao seu lado havia uma cadeira. Nirvana rumava para ele e Loureai também, aquela loira azeda estrava estragando seu dia. Nirvana chegou primeiro e Mary Anny puxou a cadeira para que ela se sentasse, mas Loureai empurrou-a e sentou-se primeiro. Isso irritou Scorpius de um jeito que nem percebeu quando vociferou grosso para a loira.

- Saia dai agora Storm! Esse lugar é, e sempre será da Nirvana. – até a garota dos cabelos dourados se assustou, não gostava de quando Scorpius falava grosso, lembrava muito as histórias do Lorde das Trevas que seu tio Draco, tio Zabini, tia Amanda, tia Astória e sua mãe contavam.

- Mas Scorpius, querido...

- Loureai você não é nem uma convidada, por favor, se não quer passar a humilhação de ser colocada para fora daqui, me respeite.

Com muito contra-gosto, Loureai levantou-se e andou até o outro lado da mesa e Nirvana ocupou seu lugar.

- Não precisava fazer isso. – Nirvana sussurrou para Scorpius.

- A entrada dela nem estava liberada- respondeu Scorpius alto, mas Loureai era tão cara de pau que fingiu não ouvir.

Nirvana e Scorpius conversavam animados e comiam enquanto Loureai só observava então o loiro falou.

- Loureai será que você poderia nos deixar sozinhos, temos uma festa para ir agora.

- Festa é? E essa ai é convidada para festas? - Olhou enojada para Nirvana.- Posso saber de quem é e porque ELA vai e eu não?

- Mas eu não acredito nessa sua cara de pau... Eu vou sim, algum problema? E não te interessa de quem é a festa, agora some menina, se não percebeu, você não é bem vinda. – Nirvana bateu as mãos na mesa e levantou-se. – Scorpius, te espero lá dentro enquanto você se despede da convidada indesejada. E a quase loira saiu, Scorpius sorriu involuntariamente ele amava ver sua pequena brava, ficava tão linda com aquele biquinho.

- Vai a deixar falar assim comigo Scorps?

- É claro que vou... Estou de saída Loureai, com licença.

A loira estava incrédula e encarava as costas do bruxo, como se atreviam trata-la assim? Aqueles dois iriam pagar, essa era sua única certeza.

POV Scorpius

Impossível achar uma garota mais abusada que a Storm, mas papai e mamãe me deram educação tenho que suportá-la, Nirvana com certeza estaria no meu quarto. Entrei na casa, passei pelo hall de entrada e fui para o elevador privativo do meu quarto. Nirvana estava deitada de barriga para baixo no sofá da saleta enquanto mexia no iPad que eu, provavelmente, esqueci-me de guardar. A blusa havia subido um pouco e podia ver um pouco de pele de suas costas, sua bunda arrebitada ficava em evidência, acredite ou não, mas Nirvana tem tantas curvas no corpo quando a Megan Fox e eu era o único que já havia desvendado e percorrido cada uma delas e conhecido a mais intima parte dela.

Flashback on

Eu tenho 14 anos e Nirvana 12, ela sempre teve uma quedinha por Alvo, todos já haviam percebido isso menos ele, Nirvana não se cuidava nem um pouco e, sinceramente não tinha chances com meu amigo. Ele era o queridinho das meninas, o garotinho romântico, fofo e todas as baboseiras imagináveis, eu fui criado com a menina dos cabelos dourados ela era a irmãzinha que nunca tive. Surgiram em meus ouvidos que algumas garotas da Lufa-lufa estavam aborrecendo ela, então fui atrás dela, sai da minha aula de transfiguração e corri para esperar Nirvana sair de sua aula de poções, era aula da Corvinal, casa minha, da Nirvana, dos Potter e dos Weasley- e Lufa-lufa, a casa das garotas que a atormentavam. Algumas garotas passavam e suspiravam, achavam que tinham chances comigo, coitadas. Nirvana, Lilian e Mariah saíram juntas.

- E ai gatas do Scorplindo, como vão?- um sorriso de lado e uma piscadela foram suficientes para que as garotas que estavam envolta suspirassem, mas não a minha dourada, e tampouco minhas duas ruivas.

- Mas ele não se acha nem um pouco, né? – Lílian comentava com as outras duas que reviravam olhos e vieram em minha direção. Ganhei um beijo e um abraço de cada uma, mas com Nirvana eu segurei-a e desci abraçado para o almoço.

- Quero falar com você depois, minha gata. – sussurrei para que só ela ouvisse.

- Tudo bem, Scorp.

Almoçamos e eu a puxei para a sala precisa, mentalizei meu quarto e entramos.

- Seu quarto? Tudo bem... – fez um biquinho fofo.

- Hey é sério está bem, vem pra perto de mim.

Meu quarto tem uma sala com dois sofás, uma mesa de centro, um piano e muitas coisas mágicas que aos olhos dos trouxas eram só objetos estranhos. Do lado esquerdo havia duas portas. Uma delas dava em uma sala com um telão e poltronas, era coberta de caixas de som e tinha um pequeno frigobar, a outra era uma pequena sala de jogos, nada comparado com a que tínhamos no subsolo. Do lado direito era aonde ficava meu quarto, uma cama king size, sofá na janela e uma varanda que pegava todo o segundo andar da casa, um frigobar, algumas poltronas, quadros, alguns artigos mágicos, nada que chamasse atenção, uma bancada aonde eu deixava meus eletrônicos descansando e em cima todos meus livros particulares, o resto ficava em uma biblioteca. Uma porta de correr espelhada que dava em meu closet e, dentro do closet, uma porta que dava no meu banheiro, que tinha uma banheira com lugar para seis pessoas, ducha para dois, tudo controlado por computador.

- O que está acontecendo?-Perguntei.

- Acontecendo...? Nada, eu não sei do que está falando. – quando Nirvana mente ela olha para mim para ver se eu acredito ou não. E foi exatamente o que ela fez.

- Mentira! O que as lufanas estão fazendo com você?

- Nada demais Scorp...- Ela olhava para baixo e cobria o rosto com o cabelo, mas o pouco que não foi encoberto pela cortina dourada, mostrava um rosto rubro.

- Você está com vergonha de mim, Nirvana? DE MIM?

Ela engoliu seco.

- São coisas de menina, Scorpius você não entenderia... – coisas de meninas? O que seria? Claro Scorpius! Seu burro... Deve ser aquilo.

- Você.. han... virou, ai meu Merlin como eu vou falar...?– quem estava rubro agora era eu. – você virou ‘mocinha’ e está com problemas?

Faziam exatamente três minutos que Nirvana não parava de rir de mim. Eu, todo solidário, e a menina rindo! Por Merlim, depois eu sou o violãozinho de Hogwarts.

- Ai que lindinho... Todo solidário. – mais risos da parte dela e eu com cara de paisagem. – Isso já aconteceu há anos é algo muito mais vergonhoso que isso. – ela deixou o sorriso morrer e desviou o olhar.

- Droga Nana – apelido de criança, qual é? Eu não sabia nem falar meu nome imagine “Nirvana”. – Você sabe que não existe segredo entre nós, vai falando.

- Scorp não é nada demais, eu juro. – nunca vi uma loira mais teimosa que aquela.

- Nirvana Parkinson, ou você fala agora ou eu mando uma coruja para a tia Pansy.- ela revirou os olhos e me encarou irritada.

- Droga, Malfoy! Porque você tem que ser tão irritantemente protetor comigo?- ela respirou fundo e falou de uma vez. – Eu nunca beijei um garoto e elas riem de mim por isso. Está feliz agora? - seu rosto poderia ser confundido com o cabelo de um Wesley agora.

Qual o problema de nunca ter beijado? Na verdade eu agradecia por isso... Ela era minha menininha e eu estava feliz por isso.

Suspirei aliviado.

- Ufa, achei que era algo mais grave...

- MAIS GRAVE? VOCÊ FALA ISSO POR QUE TEVE SEU PRIMEIRO BEIJO AOS SETE ANOS.

- Oito. – ela me encarou profundamente com os olhos azeviche. Resolvi ficar quieto e esperar que ela acabasse de me xingar.

- Sabe eu só estou esperando, eu não quero que seja qualquer um! Na verdade, eu queria que fosse com o Alvo, mas Deus se nem o fracassado do Silvetor tem a coragem de me beijar, imagine só o doce, lindo e perfeito: Alvo Severo Potter.

- Eu posso te beijar, se é o que você tanto quer... – eu disse sem pensar eu achava que ela ia me bater, quebrar meu quarto, mas ela fez o inesperado começou a chorar. Droga, como eu sou otário.

- Viu como eu sou ridícula? As pessoas me odeiam, os meninos me abominam, e eu não quero ser beijada por pena, Scorpius!

Pensa seu loiro retardado, foi você que fez ela ficar assim.

-Nana, vem aqui. – ela relutou, mas andou arrastando-se até mim. – mia bella, eu só estou tentando te ajudar, não precisa significar nada, nós damos uma lição nelas... Nada demais. Elas sempre ficam em cima de mim, eu te beijo na frente delas e esse inferno acaba pra você.

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Dois dias se passaram e Nana tinha aceitado minha proposta, eu tinha acabado de sair de um jogo de quadribol e nós corvinais ganhamos dos lufanos. Nós rumavamos para nosso salão principal e todos estavam lá, até os lufanos. Nana corria em minha direção. A situação que eu desenhara era perfeita na minha cabeça, ela me abraçou e me parabenizou. Eu a suspendi no ar e comecei a roda-la, tão leve, quando a deixei no chão falei no ouvido dela.

- Eu vou te beijar agora. – sussurrei e mordisquei seu nódulo.

- Eu te proíbo Scorpius Hyperion Malfoy.

Não dei-lhe ouvidos, grudei nossas testas e esperei que ela fechasse os olhos involuntariamente - o que não se demorou-, depois grudei nossos narizes.

- Scorp... – então grudei nossos lábios calando-a, mordisquei o lábio inferior e passei a ponta da língua nos lábios fechados em um momento de deslize dela deslizei minha língua para dentro de sua boca. Ela estava incerta no começo, mas logo se rendeu. Nossas línguas enlaçadas dançavam uma calma, doce e sensual dança à procura de espaço. Seus lábios macios e doces borbulhavam nos meus, não era um beijo de desejo ou paixão, me aparentava mais um beijo lamurioso. Agora minha Nana estava entregue ao beijo. Suas mãos brincavam em meu pescoço e nossas bocas não paravam, eu conseguia ouvir burburinhos das pessoas que nos estavam assistindo, mas eu não me importava afinal, estava ajudando uma amiga. Minha melhor amiga.

O oxigênio faltou e nos separamos, Nirvana escondeu-se no meu peito enquanto todos nos olhavam, alguns maliciosos outros incrédulos, mas a maioria gritava e ria de nós. Lancei um sorriso torto para meus amigos que me encaravam maliciosos e arrastei minha garota dos cabelos dourados para nosso salão comunal.

Flashback off.

Nós tínhamos coisas muito íntimas, coisas de amigos com benefícios, mas não corríamos riscos, pois ela era gamada em Alvo e eu era de todas. De qualquer maneira, ela nunca deixaria de ser a minha pequena, doce e frágil Nana.

- Hey bicho preguiça dos cabelos dourados, vamos logo antes que os Potter e os Wesley nos matem... – Eu disse e bati em sua bunda e fui revidado com uma almofadada na cara.

- E como vamos, sua loira azeda?- Retirei as chaves do Jaguar do bolso e chacoalhei em sua frente, ela sorriu e levantou-se.

- O que estamos esperando? - ela levantou-se pegou as bolsas.

Entrando no carro, rumamos para uma festinha nada inocente de Lílian Potter.

***

Loureai: 

http://www.polyvore.com/blogger_style/set?id=32754774&lid=1823596

Nirvana:

http://www.polyvore.com/ac_dc/set?id=61965313


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Notas finais do capítulo

por favor comentem e opinem :D