The Figther escrita por Andy


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bem vamos ver no que vai dar, se eu receber algum review eu continuo!
Boa Leitura!



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Era uma tarde fria e chuvosa de outono, dois policiais me escoltavam para fora da área das celas, onde eu passei os últimos dezessete anos da minha vida, pagando por um crime que não cometi.

            Meu nome é John Bailey, tenho trinta e quatro anos, e fui jogado no Presídio Regional de St. Vervelleen, uma cidade pequena, ao norte da Inglaterra, quando tinha dezessete anos*, acusado de matar o meu melhor amigo.

            30 de junho de 1995...

            - Ei Johnny! Como foi a sua noite selvagem com a Katherin? – Gritou Stefan do outro lado do pátio, fazendo com que todos os nossos amigos rissem e zombassem de mim, me chamando de Johnny Flash (um apelido que ganhei devido a fama que tinha de ”pegador”.)

            - Como você mesmo disse, selvagem! – Disse rindo enquanto bagunçava seus cabelos, que ele mantinha sempre perfeitamente arrumados.

            - Desgraçado! Vá desarrumar os cabelos da puta da sua mãe! – Gritou, enquanto tentava rearrumar seus cabelos, os bagunçando ainda mais.

            Stefan Fisher, é meu melhor amigo desde que éramos crianças, nossos pais trabalhavam juntos no banco da cidade, e todos os finais de semana, depois que completamos oito anos, eles nos levavam pra assistir aos jogos de futebol do time da cidade; algumas pessoas achavam que éramos irmãos, devido a nossa semelhança física, éramos ambos magrelos e tínhamos a mesma altura, tínhamos traços parecidos, porém eu tinha os cabelos castanhos escuros e olhos do mesmo tom, já Stefan era loiro e tinha os olhos verdes,  e também ao fato que depois da morte do pai de Stefan, James, quando tínhamos onze anos, ele andava pra cima e pra baixo comigo e com o meu pai. Foi depois disso que nos tornamos inseparáveis, Stefan ficou muito abalado com a morte prematura de seu pai, em um acidente de carro, e viu no meu pai um substituto, e em mim, o irmão que nunca teve.

            Eu ainda ria do “penteado” de Stefan, quando sua namorada Samantha Florence aparece rindo dizendo:

            - Gostei do cabelo amor! Você bem que podia usar sempre assim!

            - Haha, muito engraçado! – disse ele, passando a mão pelos cabelos fazendo-os ficar ainda mais armados do que antes, o que me fez quase rolar de tanto rir.

            - Seu viadinho desgraçado! Vai se arrepender disso, Bailey! Vou te socar até você ficar mais branco que as paredes dessa escola!

            - Não sou quem passa horas em frente ao espelho, arrumando o cabelinho! – respondi – Daqui a pouco vai estar passando batonzinho, e pedindo emprestado os vestidos da Sam!

            Ele ia dizer alguma coisa, mas Sam o cortou:

            - Pare de com isso, Stefie, - disse, lhe dando um rápido selinho – Hoje a noite é o nosso noivado, e eu juro, que se você aparecer de olho roxo, não vai ter noivado, muito menos casamento!

            - Você só escapou porque eu tenho que manter o meu futuro casamento, mas saiba que eu não vou esquecer isso Bailey! Vou acabar com seu brozeadozindo da Califórnia, assim que eu voltar da Lua de Mel!

            - Claro que você não vai esquecer, vai escrever no seu diário assim que estiver sozinho no seu quarto! – eu disse fazendo voz de menininha.

            Samantha riu de nossa discussão e disse:

            - Vocês não tem jeito mesmo! – Se voltando para Stefan – Te vejo a noite então! – e o beijou.

            Não foi só um beijinho de despedida, foi um amasso de despedida, com direito a apalpação e tudo.

            - Sabe eu nunca tinha ouvido falar de pornô ao vivo; ao que parece vocês estão lançando uma nova modalidade de putaria!

            Stefan e Sam riram e se separaram, Sam foi pra sua próxima aula, enquanto eu e Stefan decidimos matar as duas últimas aulas no campo de futebol da escola.

            - Sabe Johnny estou com medo de hoje a noite – Stefan disse e pude perceber um certo tremor em sua voz.

            - Mas não foi você que veio com essa ideia de casamento? – perguntei confuso, com seu tom angustiado.

            - Não, não fui eu, isso foi ideia da minha mãe, e do pai da Sam – disse – Lembra quando a governanta dela nos pegou transando no banheiro dela no meio da noite? – perguntou ele, com um sorriso descarado.

            - É claro que eu me lembro! – respondi, já começando a rir – eu tirei uma com a sua cara por umas duas semanas depois disso!

            - Pois é – ele disse, com um tom que dispensava qualquer brincadeira – Ela disse pra Sam que ficaria calada quanto a isso, mas é claro que ela não ficou – uma pontada de raiva surge em sua voz – ela foi correndo contar pro pai dela, que ficou furioso e foi falar com a minha mãe; Eu estava no meu quarto quando ouvi ele entrar gritando a plenos pulmões: “O seu filho é um devasso! Um cafajeste, deflorador de  jovens inocentes!” – Começamos a rir nessa parte, se a Sam era virgem e inocente, nós também éramos – Minha mãe tentou acalmá-lo de todas as formas possíveis mais ele disse que me mataria se não me casasse com a filha dele; Disse que eu teria que pedir a ela e, que não poderia contar que ele apareceu na minha casa gritando que eu era a encarnação de tudo de ruim na face da terra – ele suspirou cansadamente e disse – e a partir daí você já sabe.

            Eu estava com dificuldade em entender o que ele tinha acabado de contar. Quero dizer, casar, pelo amor de Deus quem ainda pensa assim? Aparentemente o pai da Sam, e qualquer um que tivesse mais de quarenta anos em nossa cidade, St. Vervelleen, que foi fundada a uns duzentos anos, seu nome, foi uma espécie de homenagem que o fundador quis fazer a sua esposa, chamada Vervelleen, a qual ele pensava ser uma santa, até descobrir que ela já havia dormido com metade dos homens poderosos da cidade na época.

            - Cara, mas você não ama a Sam? – Perguntei.

            - Eu gosto dela, gosto muito, mas eu não sou assim tão apaixonado por ela – ele disse – cara eu acho que nem sou apaixonado por ela, eu gosto de ficar com ela, de conversar com ela, mas eu com certeza não me casaria com ela – ele disse e eu pude jurar que ouvi uma nota de desespero em sua voz. Pera... Stefan? Desesperado?

            - Cara você precisa dizer isso pra eles – eu disse – Você precisa contar que não quer se casar! Pelo amor de Deus você só tem dezessete anos! – Eu mesmo estava desesperado agora, até então eu não tinha caído na real que, meu melhor amigo, Stefan Fisher, estava se casando!

            - Pensei nisso o dia todo sabe, eu acho que vou falar com ela – ele disse com uma expressão preocupada – O problema é que, eles já arrumaram tudo sabe, marcaram a data do casamento, tudo. Eu não queria estragar isso, mas é o meu futuro, sou eu quem vai se casar com alguém que eu não amo. – disse ele com jeito de quem acaba de tomar uma decisão.

             - É sua vida cara, mas saiba que aconteça o que acontecer, eu tô aqui irmão, do seu lado, pra te ajudar no que for! – eu disse decidido a ajudar meu amigo a sair dessa, nem que fosse para ajudá-lo a se mandar no dia do casamento!

            -Eu sei, irmão, você é meu melhor amigo, eu te amo cara! – disse ele com uma voz de garota, piscando sem parar.

            - Depois eu é que sou viadinho! – nos levantamos e fomos andando embora, planejando como Stefan ia contar que não haveria noivado algum e nem casamento.


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Notas finais do capítulo

Deixem um recadinho nem que seja pra dizer que é pra eu excluir essa porcaria e que isso não é história de gente! Melhor do que achar que ninguém leu! :)