Era o fim do ano letivo.

Em menos de uma semana quase toda a Escola já estava reconstruída e os feridos recuperados. Todos os alunos arrumavam seus malões e se preparavam para dentro de algumas horas retornarem às suas casas.

Dumbledore reunira todos no Salão Principal para um breve discurso de despedida e esperança.

– Meus queridos alunos de Hogwarts, - começou o diretor com sua voz rouca agora não tão forte – vocês são meu motivo de orgulho e força. Neste ano, com tudo o que aconteceu não tenho outra palavra a não ser, “Obrigado”.

Todos permaneceram quietos e cabisbaixos, então Dumbledore continuou:

– Sei o quão triste foi e está sendo para todos nós a perda de tantos dos nossos amigos e estudantes deste colégio, mas devo-lhes dizer que não percamos nunca nossa esperança de um futuro de paz e que nossos amigos que se foram, serão para sempre lembrados com honra por todos nós e que estarão sempre em nossos corações (...).

Neste momento, algumas lágrimas puderam ser vistas cair silenciosamente.

– Mas não chorem minhas crianças, não chorem... – Prosseguiu o diretor – Não há mal que nos detenha e já não existe mais perseguição. Tom Riddle se foi. O lorde das trevas agora está morto.

Pequenos cochichos foram ouvidos. O diretor então com uma colher, bateu levemente numa taça.

– E peço só mais um pouco da atenção de vocês para agradecer infinitamente ao professor Snape. Este que salvou a todos nós. Este que pôs um fim naquele em que tantos temiam. Voldemort. – O diretor fez uma pausa e começou agora com a voz mais alta e confiante – Severo Snape, que ao lado de Voldemort conseguiu me passar todos seus planos enganando-o, e assim, graças a você – virou-se para o professor que estava sentado na mesa de frente para o Salão, junto aos demais professores – pude arquitetar em surdina, um plano de ataque para a proteção de todos vocês, da melhor maneira, para o bem de vocês. Sim, meus queridos alunos, Severo Snape sempre esteve do nosso lado. Sua demissão no início deste ano letivo não passou de um meio para que ele pudesse se infiltrar aos comensais.

Um pequeno grupo de alunos neste momento bateu palmas respeitosamente ao professor, e os demais vendo que deviam isso a ele, também assim fizeram timidamente; até que o grande Salão se encheu de aplausos direcionados ao corajoso e fiel professor Snape que de sua cadeira, agradecia silencioso por aquele ato. Sentia-se realizado pelo, finalmente, reconhecimento de todos os alunos. Ele que nunca fora compreendido pelo seu jeito carrancudo, agora recebia aplausos de todos seus alunos. Sentia-se feliz. Pleno; e mesmo inexpressivo, como costumava ser, uma lágrima escorreu por aquela face pálida.

Dumbledore retomou a palavra.

– A todos os professores, a todas as raças que me apoiaram e a cada um de vocês, - o diretor apontou agora para os alunos se curvando em seguida – meu sincero respeito e gratidão. - E voltando a encarar os alunos, continuou com um brilho nos olhos por detrás de seus oclinhos de meia-lua – Alegrem-se alunos de Hogwarts! Agora podemos viver em harmonia e seguros de que nenhum mal irá nos perseguir. Acabou! O mau se foi!

Ouvindo aquela injeção de esperança e felicidade, todos os alunos lançaram seus chapéus ao alto entre sorrisos e lágrimas de alívio depois de anos em meio às trevas da incerteza.

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– Você está bem mesmo Draco? – Perguntou Hermione entrando no trem junto aos demais alunos.

Draco olhou para os próprios pés e respondeu tentando esconder sua tristeza:

– Eu quem deveria perguntar isto, Srta Granger! – Passou o braço pelos ombros da garota.

– Draco, estou falando sério. – Retrucou Hermione.

– ‘Tá. Estou bem. Ele procurou o próprio fim. Minha mãe não merecia viver em meio a tanto medo. Tudo por culpa dele (...).

– Não fala assim Draco... Seu pai te amav...

Draco pigarreou interrompendo a garota.

– Não vamos falar nisso, ok?

– Hmm, - pronunciou Hermione beijando-o demoradamente; e se afastando aos poucos falou em seguida:

– Esta cabine está vazia. Vamos entrar aqui. – Sorriu a garota entrando em uma das últimas cabines do trem. – Draco...! – Sussurrou Hermione entre risos.

O garoto ao fechar a porta da cabine, puxou-a roubando-lhe um beijo, mas parou de súbito ao passar as mãos perto das costelas da garota, sentindo uma das grandes saliências que ficaram marcadas em seu corpo.

– Ãn... Isso não é nada... – Falou Hermione segurando a mão de Draco.

– Como não é nada?! Você ficou com essas marcas... Ele fez de propósito, Hermione...

– Draco, - Hermione o interrompeu – estou aqui.

Os dois se encaram. Draco percebendo a importância daquelas palavras abraçou-a carinhosamente.

(...)

– Onde está a Mione? – Perguntou Ana que aguardava sua vez na fila, que fora organizada por Hagrid, para entrar no trem.

– Acho que já deve ter entrado. – Respondeu Harry.

– Sinto que o próximo ano letivo será o melhor! – Disse Ana com um largo sorriso o que fez Rony sorrir também por vê-la novamente em sua habitual alegria.

– Te amo sabia, pequena? – Rony falou para a garota que logo corou bruscamente.

Gina riu abertamente falando em seguida:

– Nunca vi o Rony tão bobo assim! Rony! – Ela chamou a atenção do irmão que olhava ainda para Ana– Entra no trem!

– Ah, sim. Vamos. – Rony falou à medida que suas orelhas iam ficando vermelhas.

Harry percebendo isso, não resistiu.

– Hum, tem alguém com vergonha aqui hein, não é Rony? – Falou Harry ao mesmo tempo em que dava um peteleco na orelha do amigo.

– Ah, cala essa boca cara! – Resmungou Rony segurando Ana e passando na frente à procura de uma cabine.

– Harry não seja tão malvado! – Disse Gina ainda rindo e dando um beijinho em Harry.

Passavam pelas cabines quando perceberam Hermione e Draco acenando para eles. Draco levantou-se para abrir a porta. As meninas, Gina e Ana, entraram e começaram imediatamente a conversar. Em seguida entraram os dois garotos, Harry e Rony.

– Entra aí Potter. – Falou Draco para Harry cumprimentando-o com um amigável aperto de mão; o mesmo fez Rony.

Conversavam tranquilos e riam bastante, assim como todos os outros alunos, que agora rumavam de volta para a encantada plataforma 9 ¾ seguindo a partir daí para seus lares; felizes, sem medo e despreocupados.

Sentiam que agora tudo iria mudar. Mudar para melhor. Viveriam finalmente cada dia com a certeza de que o mal não mais prevaleceria.

...E como previu Firenze: “Fogo e água duelarão, mas ao fim de tudo o sol banhará todas as raças.” E assim se fez.

The End.

Todos inclusive Draco Malfoy, passaram as férias n’A Toca, a convite de Gina. Draco foi recebido com afeto por todos da casa e assim as famílias Malfoy e Weasley se entendiam novamente.

Harry, Rony e Draco, foram aceitos para fazer parte da Ordem da Fênix, para felicidade de Sirius que ficaria finalmente mais próximo do afilhado enquanto que as meninas, Gina, Ana e Hermione, passaram a liderar a Armada de Dumbledore que terá continuidade mesmo depois de terminado o sétimo e último ano.

Harry também passou a ter mais uma pessoa a quem enviar cartas durante as férias: Severo Snape. Harry, além de Dumbledore, tornara-se a única companhia realmente amigável do professor; visitava-o algumas vezes nas férias. Trocavam ideias e explicações sobre tantas das coisas pelas quais já passaram. Severo amava conversar sobre Lílian, o que deixava Harry cada vez mais admirado e grato ao professor por sempre ter estado perto, protegendo-o.

... Assim, mais um ano letivo começou na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e percorreu tranquilamente cheio de alegrias e sossego ficando, sem dúvida, marcado em cada memória de cada um ali dentro.